Delírio 2

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 4102 palavras
Data: 06/07/2016 04:51:47

Um grito de choque escapou o dos lábios. Ele se afastou dele apressadamente, caindo no chão com as pernas nuas enrascadas no edredom.

— O que você está fazendo na minha cama? Perguntou Caleb rouco

— Creio que a pergunta mais apropriada seria, o que você está fazendo na minha?

— Essa não é a sua cama. Este é o quarto de Emma. A cama é dela. — Caleb piscou, tentando afastar o sono. — E você não é ela.

— Emma ficou no hotel para pode ter um pouco de paz e tranquilidade. Minha casa já estava cheia, por isso sua mãe me ofereceu a última cama vazia.

O celular de Caleb tocou novamente, Miley Cyrus o estava irritando já . Ele olhou ao redor e então começou a rastejar pelo chão à procura da bolsa. Olhou para ele de maneira receosa enquanto atendia.

— Alô?

Jake sorriu para ele, apreciando as pernas desnudas e a bunda incrivelmente redonda naquela cueca preta. Aquele adolescente desajeitado tinha desaparecido completamente e no lugar dele havia agora um homem incrivelmente sexy.

— Sim, John. Eu entendo. Eu o enviarei para você no final do dia. Para você, também. Tchau.

— Seu namorado? Indagou Jake

— Chefe — respondeu ele. — Você estava na cama ontem à noite, comigo?

Jake assentiu. Droga, ele estava dormindo mesmo. Lá se vai sua vantagem.

— Sim, mas não com você, pelo menos não no sentido bíblico. Nós só ficamos lado a lado. Depois você acordou. — A última coisa de que ele precisava era que Caleb saísse correndo escada abaixo, acusando-o de ser um pervertido. — Foi um engano. Estava escuro e você pensou que eu fosse a sua irmã. Como poderia saber?

Ele franziu a testa.

— Quer dizer que não aconteceu nada? Jake estremeceu. Bom, queria saber a definição de nada. Porque a mão no pênis dele e seu dedo em sua entrada foi alguma coisa.

— Bem, houve alguma coisa, mas foi outro engano. Eu achei que você tinha se enfiado na minha cama por uma boa razão, portanto...

Ele tocou os próprios lábios.

— Você me beijou?

— Sim, mas você me beijou de volta. Nós também nos tocamos um pouco. Você colocou a mão por baixo da minha cueca.

“Adore You” tocou novamente. Caleb olhou no visor e decidiu não atender. Em vez disso, agarrou a ponta do edredom e o puxou da cama para se cobrir, deixando-o apenas de cueca. Sua ereção ficou um pouco visível demais.

— Você achou que eu era outra pessoa?

— Sim — disse ele rapidamente, embora ele pudesse facilmente deduzir, pela culpa estampada no rosto, que ele estava mentindo.

— Algum outro homem chamado Jake? Perguntou Jake tentando não ser presunçoso

— Sim. Eu conheço uns três ou quatro Jakes além de você.

Ele agarrou uma ponta do edredom e a puxou sobre o próprio colo. Ia ser difícil sustentar a versão de que nada havia acontecido com aquele membro duro com a cabeça saindo pelo cós da cueca. Jake pigarreou e se forçou a sorrir.

— Como você está? Já faz um bom tempo, não é? Onze anos?

Ele assentiu, apertando o edredom contra o peito. As bochechas ficaram vermelhas e a respiração ofegante. O cabelo grosso e ondulado caía sobre os olhos. Ele

estava mais belo do que nunca. Jake baixou o olhar, era melhor olhar o chão do que escarniar toda a perfeição do corpo de Caleb— Sua mãe disse que você só chegaria pela manhã.

— Eu decidi vir diretamente do aeroporto. Quando foi que você chegou?

— Ontem. O que você tem feito?

— Nada especial — respondeu Caleb. — Só trabalhando. Ainda estou naquela firma de relações públicas à qual me filiei logo depois da faculdade. Fui aceito como sócio no mês passado. E você?

— Eu abri a minha própria firma de design. Trabalho principalmente com arquitetura. Especializei-me em casas de lago. Veraneio

— Que interessante. — Ele respirou fundo, já impaciente com aquela conversa fiada enquanto eles estava quase nus. — O que você está fazendo por aqui? Por que você quis vir à festa de aniversário de casamento dos meus pais?

Jake percebeu o que estava acontecendo. Emma ainda não havia lhe contado nada. Ficou se perguntando se deveria ser ele a dar a notícia ou se Caleb deveria ficar sabendo de tudo na mesa do café, com a família.

— O motivo da festa não é o aniversário de casamento dos seus pais, mas sim Emma e Sam.

Ele franziu a testa com a menção ao irmão mais jovem de Jake.

— Emma e Sam?

— Eles vão se casar.

Caleb olhou para ele, incrédulo.

— Isso não é nada engraçado.

— É verdade. É por isso que estamos todos aqui. Vai ser uma cerimônia simples, na Igreja da cidade, no Dia dos Namorados. O vestido de noiva já está pronto.

— Mas eles nem sequer estavam namorando.

— Acho que estavam sim. Emma e Sam vinham se encontrando secretamente nos últimos três anos. Não queriam que ninguém soubesse a respeito do relacionamento. Você conhece as nossas mães. Sabe que elas sempre sonharam com uma união entre as nossas famílias. Eles ficaram noivos no réveillon e decidiram se casar imediatamente, antes que Fran e Jean pudessem transformar o evento numa festa gigantesca.

— Mas eles só têm 21 anos.

Ele respirou fundo e olhou para Jake, como se precisasse de um momento para digerir a novidade. Baixou lentamente o olhar em direção ao peito dele e então para as pernas e para um relevo montanhoso muito grande entre as coxas dele. Depois puxou o edredom até a altura do próprio queixo e disse:

— O que você acha de se vestir e...

Foi então que a porta do quarto se abriu, deixando entrever a cabeça de Teddy, o irmão mais novo de Caleb, pela fresta.

— Olá, Jake. Você vai querer...

Ele perdeu a fala ao se deparar com a cena.

— Olá, Caleb. Você já chegou... — Depois olhou para Jake, forçando-se a sorrir. — Bem, o café está pronto — murmurou ele, enquanto fechava a porta.

— Oh, não! — Resmungou Caleb. — Agora ele vai descer e contar para todo mundo o que viu. Vamos ser o assunto principal do café-da-manhã. Nós dois, de roupa de baixo, no mesmo quarto. Mesmo que você seja hetero isso levanta suspeitas.

— E na mesma cama — disse ele. —Eu sou bi. Nós bem que podíamos nos enfiar debaixo das cobertas novamente e fazer jus ao falatório — propôs Jake.

Caleb lhe lançou um olhar entre chocado pela revelação quando irritado pela ousadia. Ele ergueu as mãos, fingindo se render.

— Piadinha infeliz. Desculpe.

Contrariado, ele se levantou, jogando o edredom de lado.

— Você não mudou nada, Jake . Continua não levando nada a sério.

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Jake o observou enquanto ele procurava a calça.

— Não fique preocupado à toa. Eu vou esclarecer esse mal entendido, sem entrar em maiores detalhes, é claro.

— Não venha me dizer como eu devo ou não agir! Além do mais, eu não me lembro de nenhum detalhe, uma vez que estava dormindo.

Jake riu. E pensar que ele havia temido o embaraço de revê-lo. Eles mal tinham se reencontrado e já haviam retomado a antiga dinâmica briguenta. Lançou as pernas para fora da cama e teve de fazer muito esforço para conter o desejo de puxá-lo de volta para o colchão e fazê-lo se lembrar de como havia reagido ao beijo dele, como o cuzinho dele piscou para ele.

Ele sempre soubera que havia uma forte atração entre eles, mas jamais tomara qualquer atitude em relação a isso, era melhor para a sanidade dele. Caleb era jovem e ingênuo demais naquela época, e Jake sabia que ele estava apaixonado por ele. Acreditava, ainda hoje, que havia feito a coisa certa naquela noite em que, 11 anos atrás, ele lhe oferecera a sua virgindade.

Ele certamente ainda estava ferido por conta da rejeição, caso contrário, por que estaria tão zangado?

— Se você ainda está com raiva de mim por causa... Caleb arfou e jogou um sapato na direção dele.

— Calado, Imagine se eu ainda vou me importar com uma bobagem dessas! Eu era muito novo e estúpido naquela época. Já dormi com muitos homens desde então, todos eles muito melhores amantes do que você jamais poderia ter sido. Pode ser que algumas mulheres o achem atraente, Jake, mas eu não.

O celular de Caleb tocou pela quarta vez. Caleb devia mudar esse toque, era irritante. Jake saltou da cama e o agarrou, puxando-o para junto de si. Sem hesitar, ele o beijou, profunda e intensamente. Ele o sentiu amolecer e o segurou pela cintura quando os joelhos fraquejaram, para que ele não perdesse o equilíbrio. Quando ele finalmente se afastou dele, o rosto de Caleb estava afogueado e os olhos fechados. Os membros duros despontando na cueca de ambos dava para vê que eles não estavam imunes. Pelo jeito, aquela ia ser uma semana daquelas...

— Você vai atender?

— Isso pode esperar — respondeu Caleb, arfante.

— Foi o que eu pensei.

Nada havia mudado entre eles. Ele o desejava tanto como sempre desejara.

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Caleb abriu os olhos e fitou-o, deixando um suspiro escapar.

— Acho melhor eu me vestir. Todos devem estar nos esperando para o café.

Elepegou a mala e correu para o banheiro da suíte batendo a porta atrás de si.

Jake sentou-se na cama e sorriu. Pegou o jeans pendurado aos pés da cama e o vestiu. Depois encontrou uma camiseta limpa na mochila. Ele tinha de encontrar um modo de continuar o que eles haviam começado.

Ao chegar lá embaixo, Jake encontrou a cozinha enorme repleta de gente. Jean, a mãe de Caleb, estava ocupada ao fogão, preparando panquecas.

— Bom dia para todo o mundo — disse Jake, sentando-se no primeiro lugar vazio.

Pouco depois um prato foi colocado à frente dele.

Jake mal havia começado a comer quando Teddy entrou pela porta de trás, coberto de neve, carregando uma braçada de lenha. Ele lançou um olhar cúmplice para Jake, e então pousou a madeira ao lado da porta.

— Bom dia, Jake. Dormiu bem?

— Teddy, eu quero que você leve um pouco de lenha para a casa de Ellis e Fran — disse Jean. — Jake pode ajudá-lo a carregar.

Teddy sorriu.

— Acho que ele está muito cansado para isso, mamãe. Você conseguiu dormir direito, Jake?

— Eu preciso arranjar um novo colchão para aquela cama — disse Jean. — Estava muito desconfortável?

— Desconfortável não, mas talvez um pouco lotada— disse Teddy.

A mãe de Caleb franziu a testa.

— Do que é que você está falando? Todos na mesa se viraram para ouvir a resposta. Bando de curiosos

— Caleb estava dormindo com Jake. Jean arfou.

— Caleb está em casa? Quando foi que ele chegou?

— Aproximadamente às 3h da manhã.

Todos viraram novamente, desta vez em direção a Caleb, que estava à porta da cozinha. Parecia um jogo de tênis maldito.

— Eu achei que estava deitando na cama com Emma. Foi apenas um engano. Não aconteceu nada.

— Emma ficou no hotel — disse Jean — indo até o filho para abraçá-lo. — Você ainda não soube da grande notícia, não é?

— Jake me contou — respondeu Caleb. — Sam e Emma. Quem poderia imaginar? — Todos olhavam estranho para ele. Ele pigarreou e cruzou o olhar com o de seus irmãos. — Não aconteceu nada. Foi um engano.

— É claro que não aconteceu nada — disse Jean confirmou. Dando por encerrado a desconfiança

— Você dois são como óleo e água e Jake não é gay. Ela beijou a bochecha de Caleb e sorriu para Jake. — Como você pôde confundi-lo com Emma?

— Ele estava com o edredom puxado sobre a cabeça — disse Caleb. Não é gay, ele quase revirou os olhos.

— Emma quer que você seja o padrinho dela, querido. Ela optou por não escolher alguma mulher , só porque é tradição. Espero que você aceite. Bacon ou salsicha?

— Eu prefiro as minhas panquecas sem nada — disse Caleb, olhando para Jake através da mesa. — Eu reservei um quarto no hotel da cidade. Poderei ajudar Emma, já que serei o padrinho. Jake pode ficar com o quarto dela só para si.

Ele e Jake comeram em silêncio, ambos fingindo escutar a conversa ao redor. Ele roçou o pé na perna de Caleb e ele quase engasgou.

Como era bom poder tocá-lo, pensou Jake. Ele sentiu a mão dele tentando afastar a sua perna por baixo da mesa e entrelaçou os dedos aos dele. Caleb arregalou os olhos quando o polegar dele descansou sobre seu pulso.

— Qual é a programação para hoje? — Perguntou Caleb, com a voz um pouco alterada.

— Emma escolheu um Smoking para você numa loja da cidade. Você precisa experimentá-lo hoje de manhã. A nevasca está ficando mais forte. Adam a levará no caminhão.

— Eu posso levar Caleb para a cidade — ofereceu-se Jake, apertando a mão dele. — Tenho algumas coisas para tratar por lá.

— Eu posso guiar sozinho — disse Caleb, arrancando a mão da dele.

Jean sorriu para Jake.

— Muito obrigada, querido. Eu sabia que podia contar com você.

Caleb pegou o prato e se levantou.

— Eu preciso dar alguns telefonemas. Posso muito bem guiar até a cidade. Tenho que me registrar no hotel antes de provar o smoking.

Ele olhou friamente para Jake e saiu da cozinha. Jake levou o prato até a pia.

— Parece que nada mudou por aqui. Vamos, Teddy.

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A tempestade de neve havia se intensificado durante toda a manhã. Caleb observou tudo pela janela do escritório do pai, de onde estava tentando enviar um relatório pela Internet, mas acabou decidindo esperar até ter uma conexão melhor no hotel. Concentrar-se no trabalho provou ser tarefa impossível. Sua mente insistia em retornar ao quarto no andar de cima e ao beijo que ele e Jake haviam trocado. Um arrepio percorreu lhe a espinha. Fechou o laptop e recolheu as coisas. Iria se registrar no hotel logo depois que experimentasse a roupa para a cerimônia. No momento, tinha de se concentrar em pegar o carro, que provavelmente estava atolado na neve. Jake havia lhe oferecido uma carona, mas ele havia achado melhor não provocar o destino. Quem sabe o que poderia acontecer se eles tivessem outra chance?

Caleb pegou alguns acessórios para remover a neve que encontrou no armário do corredor, enfiou o celular no bolso e saiu para cavar a neve em torno do carro.

Ele o tinha beijado de verdade, mas as portas do paraíso não haviam se aberto, nem os anjos haviam cantado. Está bem, talvez um pequeno coro de anjos tivesse dado o ar da graça. Nem foi tão especial assim.

Ao começar a cavar, Caleb se lembrou do desejo que havia borbulhado assim que os lábios dele tocaram os dele. Ele havia desejado que aquilo tivesse sido o início de alguma coisa, e não o fim. Que ele tivesse afastando-lhe a roupa e beijado a pele nua, seduzindo-o até fazê-lo tremer. O Príncipe Encantado de outrora, puro e nobre, tinha se transformado num homem com um sorriso irresistível e um olhar que fazia todo o corpo latejar.

Ele havia deixado a vida tumultuada em Nova York em busca da chave para a felicidade e suspeitava de que ia gostar muito de ser seduzido por Jake. Ele era definitivamente muito sexy, bonito e poderoso. Caleb suspirou, soltando fumaça. O lado racional lhe dizia que ele não precisava de mais complicações na vida, mas dormir com Jake talvez fosse mais excitante, perigoso e satisfatório do que exatamente complicado. Ele fechou os olhos e respirou fundo. Já havia quase conseguido liberar uma roda da neve quando Jake chegou dirigindo um caminhão. Ele buzinou para ele, baixou o vidro e sorriu.

— Entre — disse ele. — Eu o levarei até a cidade. Você nunca vai conseguir desatolar esse carro sozinho.

Caleb prendeu a respiração ao olhar para ele. Jake já estava muito bonito pela manhã, apenas de cueca, despenteado e com a barba por fazer, mas agora parecia praticamente irresistível. O olhar desceu até a boca dele e Caleb se perguntou quando ele o beijaria novamente. Retomou então o trabalho, temendo não conseguir resistir.

— Eu posso resolver isso sozinho.

— Vamos, Caleb. Você não vai conseguir tirar esse carro daí em tempo hábil — disse ele, estendendo-lhe a mão.

Caleb olhou para os dedos dele, longos e finos. Uma lembrança atravessou-lhe a mente, nebulosa, mas muito real. Ele o havia tocado naquela manhã. Aquilo não tinha sido apenas parte de um sonho. Os dedos dele estado no seu buraco. Sentiu o dito cujo se contrair. Hesitante, ele pousou a mão na dele e se deixou conduzir até o caminhão, afinal, não estava mesmo querendo dirigir sozinho para a cidade. Ia acabar derrapando e, ainda por cima, teria de aguentá-lo repetir que o tinha avisado.

Caleb olhou para ele.

— Eu gostaria de deixar uma coisa bem clara entre nós, Jake. Eu não estou mais apaixonado por você, portanto não aja comigo como se você me tivesse na palma da mão, porque esse definitivamente não é o caso.

Depois se virou para a janela, constrangido com a repentina explosão. Justamente ele que era tão cuidadoso com a escolha das palavras. O que será que Jake tinha que o fazia agir como um adolescente petulante?

— Quer dizer que você era apaixonado por mim? — perguntou ele. — Quando foi isso?

— Anos atrás — murmurou ele. — E por cerca de uma semana. Agora não é mais do que uma vaga lembrança. Nem lembrava que você existia.

— Quer dizer que você não sente mais a menor atração por mim?

Um sorriso ergueu os cantos da boca máscula.

— Não — mentiu ele.

Jake pensou longamente na resposta dele.

— Que pena, porque eu ainda me sinto atraído por você. É surpreendente não é?

— Ainda? — Perguntou Caleb, atordoado com aquela confissão.

— Sim, ainda. Eu sempre o achei muito sensual. Caleb riu diante da audácia daquele comentário.

— Por favor — disse ele. Ele sabia que ele era desengonçado no mínimo, um total desastre no máximo.

— É verdade. Achava e ainda acho. Só um louco não sentiria o mesmo. Você é bonito, sofisticado e inteligente.

Caleb não sabia se ele o estava provocando ou dizendo a verdade, mas aquilo o fez sentir-se melhor. Ele sorriu.

— Todos os rapazes eram loucamente apaixonados por você naquele verão antes de você ir para a faculdade.

— Isso certamente é mentira. Mas continue. Caleb disse

— Eu disse a eles que você era comprometido. Ele franziu a testa.

— Mas eu não era. Por que você faria uma coisa dessas?

— Porque eles só estavam interessados numa coisa e eu não queria que eles colocassem as mãos em você. Achava que não estava preparado para isso. E talvez por que eu fosse um tanto quanto possessivo em relação a você.

— Foi por sua causa, então, que eu entrei virgem na faculdade.

— Acredite, eu teria adorado poder ajudá-lo nessa questão, mas não tinha certeza se eu era a pessoa certa para isso. — Ele se deteve. — Suponho que você já tenha resolvido isso há muito tempo.

Caleb teve de rir.

— Está querendo saber se eu ainda sou virgem? Tenho 28 anos, Jake.

— Estava me referindo a encontrar o rapaz certo. Teddy mencionou que você vive com um advogado.

Caleb esteve a ponto de lhe contar que Brian provavelmente estava tirando as coisas dele do apartamento naquele momento, mas admitir isso o deixaria completamente indefeso contra a sedução dele.

— Sim. Nós já estamos juntos há uns dois anos. E você?

Caleb não queria ouvir a resposta. Jake era um homem bem-sucedido e muito atraente devia ter um monte de garotas atrás.

— Ninguém em especial — disse ele. — Acho que estava me guardando para você. Sair para você.

Ele mordeu o lábio inferior, olhando fixamente para a estrada à frente. Por que ele estava lhe dizendo aquelas coisas? Será que estava querendo testá-lo? Jake sempre tinha gostado de provocá-lo, mas aquilo era diferente.

Eles prosseguiram durante um bom tempo em silêncio. Caleb tirou o celular do bolso e começou a digitar uma mensagem para a assistente.

— Você nunca para de mexer nesse negocio ? Leva ele para todos os lugares?

— Eu preciso me manter acessível. As pessoas contam comigo.

— Dê um tempo a si, Caleb. Você precisa de férias.

— Sócios jamais tiram férias — disse ele.

Ainda assim, enfiou o celular novamente no bolso, deixando a mensagem inacabada.

Uma pergunta começou a importuná-lo.

— Se você se sentia tão atraído por mim, por que então me rejeitou naquela noite?

Ele sorriu, mas manteve o olhar fixo na estrada.

— Você havia acabado de completar 18 anos. Eu tinha quase 20. Aquela seria a sua primeira vez e eu achei que deveria ser tudo perfeito. — Jake olhou para ele. — Não queria que você se arrependesse.

Caleb se recostou no banco e ficou olhando pela janela. Embora as palavras de Jake tivessem aliviado um pouco a lembrança da humilhação que ele havia sofrido, ele estava achando muito difícil acreditar que ele havia sido tão nobre.

— Eu fiquei arrasado — disse Caleb.

Ele lhe acariciou a nuca. O pulso acelerou imediatamente e ele sentiu um desejo intenso quando ele enterrou-lhe os dedos nos cabelos.

— Eu sinto muito — disse ele, forçando-o suavemente a olhá-lo. — Mas se isso o faz sentir-se melhor, eu ficaria muito feliz em fazer isso agora.

Ele viu o sorriso malicioso estampado no rosto dele e não pôde deixar de rir.

— Eu o manterei informado.

— Eu tenho fama de ser muito bom nesse assunto.

— Isso é porque todas as mulheres com quem você dormiu ficavam cegas por causa do seu belo rosto. Elas diriam qualquer coisa para mantê-lo na cama delas. Você já ficou com um homem?

Jake parou o caminhão no meio-fio.

— Nunca. O meu charme parece ter funcionado muito bem com você esta manhã.

— Eu estava dormindo.

— Você disse o meu nome.

Caleb se encolheu, tentando manter uma aparência de frieza. As mãos estavam tremendo e ele estava um pouco zonzo.

— Bem, não vai funcionar mais. Fique à vontade. Pode me beijar. Vai ver como eu não terei qualquer reação.

Aquela era uma estratégia muito obvia, mas ele não estava se importando com isso. Queria beijá-lo novamente e não podia esperar mais. Para surpresa dele, Jake aceitou o desafio. Antes mesmo de Caleb poder respirar, ele tomou-lhe o rosto entre as mãos e o beijou. Inicialmente repleto de frustração, o beijo foi suavizando aos poucos à medida que Jake ia deslizando a língua por entre os lábios de Caleb. Jake agarrou a jaqueta dele e o puxou para si, até ele se esparramar sobre ele. Jake o puxou para o lado e o girou, derrubando os dois ao redor e na porta do lado do passageiro. Ele resmungou quando sua cabeça bateu contra a janela, mas ele passou os braços ao redor de Jake, sem se importar com a batida na cabeça ou com o que quer estivesse furando suas costas ou com o cinto de segurança que poderia estrangulá-lo se Jake o puxasse novamente. lambeu os lábios, forçando seu caminho para lamber e chupar os de Caleb quando os beijos ficaram mais confusos e mais duros. Eles não se incomodaram com nem mesmo tentar desabotoar suas calças jeans, apenas se esfregar contra o outro. Caleb revirou os quadris para aumentar o atrito. Eles eram como adolescentes se agarrando, roubando um momento que não poderia ser adiado por mais um segundo. As furiosas ereções se esfregando, pressionada contra o zíperes.

Ele se curvou para beijar o queixo de Caleb, e depois beijou e mordeu ao longo de seu queixo até que chegou ao pescoço e começou a chupar.

— O que é que você está fazendo comigo? — Murmurou ele com a respiração quente na orelha dele. — Você tem um namorado. Vive com ele.

— Nós rompemos — sussurrou ele aninhando o rosto na curva do pescoço dele.

Jake o agarrou pelos ombros e o afastou para olhá-lo bem nos olhos.

— Não brinque comigo, Caleb.

— Eu não estou brincando. Acabou.

Jake acariciou o lábio inferior dele com o polegar.

— Podemos parar de fingir, então? Eu sou homem suficiente para admitir que o desejo, e acho que você também me quer, certo?

— Talvez — murmurou Caleb.

— Sem talvez — disse ele, balançando a cabeça.

— Está bem. Eu admito que existe uma atração entre nós. Não é aquela coisa irrestivel , mais tem umas faíscas.

— E o que nós vamos fazer a respeito? Perguntou Jake ignorando a provocação

Caleb franziu a testa.

— Não sei. Isso pode ser complicadoEle se afastou e então sorriu.

— Avise-me quando descobrir o que você quer — disse Jake.

Caleb arfou suavemente. Então era isso? Ele não deveria tomá-lo nos braços e beijá-lo até fazer com que todas as dúvidas desaparecessem?

— Avisarei — disse Caleb suavemente.

Jake se endireitou e retomou o volante. Ele iria precisar de uma bebida e de muito trabalho de mão se continuasse assim. Iria ser uma semana fodida.

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Adivinha, quem não dormiu até agora ? Sim euu, e isso é bom e ruim. Bom que tem capitulo novo \0/ \0/ \0/ e ruim porque hoje durante o dia estarei destruída. Kkkk

Bom dia espero que gostem. Bjsss

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