Delírio 9

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 3836 palavras
Data: 13/07/2016 19:43:43
Assuntos: Amizade, Gay, Homossexual

Jake estava jogando hóquei no gelo sozinho. Olhou para cima e viu Caleb na escada, a caminho do lago. Deteve-se para observá-lo por um longo momento respirando fundo.

Ele havia prometido encontrá-lo na casa dos barcos, mas se atrasou três horas e Jake acabou comendo com os pais e irmãos.

Jake deu as costas para ele e voltou a patinar.

— Eu sinto muito pelo atraso — gritou Caleb.

— Não tem problema.

— Eu gostaria de me explicar.

— Se quiser conversar, é melhor pegar um par de patins e um taco — disse ele. — Eu estou jogando hóquei.

— Não fique zangado comigo. Eu tive que trabalhar.

— Você pelo menos gosta do que faz? — Perguntou Jake.

— Claro que sim.

— Tem certeza?

— É um trabalho. Eu recebo muito dinheiro por ele. Eu gosto de dinheiro.

— Quer dizer então que é isso o que importa?

— Não, eu também tenho alguma satisfação com ele. Não é o trabalho mais nobre do mundo, mas é o que eu faço, e bem.

— Talvez você deva tentar algo novo — sugeriu ele.

Ele arriscou outra tacada e desta vez acertou o interior do caixote de plástico que fazia as vezes de gol. Quando se voltou, viu Caleb voltando para casa e sentiu um aperto no coração.

— Pelo menos eu não me apaixonei por ele — murmurou ele para si. — Não do jeito como poderia ter me apaixonado.

Jake, porém, sabia que aquilo não era inteiramente verdade. O que ele sentia por Caleb era maior do que o que jamais havia sentido por outra pessoa, mais do que podia imaginar. Se ele voltasse para casa para consertar as coisas com o antigo namorado, ele não teria nenhuma chance. Jake continuou a patinar, movendo-se suficientemente rápido para fazer os pulmões arderem e o coração acelerar.

Será que Caleb tinha simplesmente querido acertar as contas com ele e ele havia caído como um patinho, sem tentar esconder os sentimentos? Jake, na verdade, havia feito de tudo para que ele enxergasse o quanto gostava dele.

— Está disposto a conversar comigo agora?

Jake se virou e viu Caleb na ponta do campo, toda paramentada para jogar. Ele começou a patinar e Caleb o seguiu, agarrando-o pela cintura e pendurando-se sobre ele, até ambos caírem no gelo. Ele caiu com força sobre o ombro e gritou de dor. Jake se ajoelhou ao lado dele.

— O que é que você está fazendo?

— Tentando falar com você, mas você não quer me ouvir.

Jakeo ajudou a sentar-se e esfregou lhe suavemente o ombro.

— O que você quer de mim? Tudo parecia estar correndo bem até agora, mas parece que de repente as coisas começaram a dar errado.

— Eu não sei o que você espera de mim — disse Caleb. — Eu estava envolvido com outro homem até uma semana atrás. Não sei se estou pronto para entrar de cabeça num relacionamento sério, especialmente com alguém que vive do outro lado do país.

— Não é tão longe assim.

— Eu tive um relacionamento com um homem que eu não via nunca — disse Caleb. — Não deu certo e nós vivíamos no mesmo apartamento.

— Eu não sou ele — disse Jake.

— Eu sei, mas você tem a mesma capacidade de me magoar que ele tinha.

Jake desviou o olhar dele, fixando-o na direção de Havenwoods enquanto se perguntava que feridas tão fundas eram aquelas. Talvez ele fosse o único homem capaz de curar aquela mágoa. Jake inspirou profundamente.

— Eu estou apaixonado por você — disse ele, erguendo-se com dificuldade. Ele o levantou e lhe estendeu o seu bastão. — Talvez sempre tenha sido. Achei que você deveria saber disso. É a última vez que eu vou lhe dizer isso. Eu acatarei o que decidir fazer a esse respeito.

— Eu não sei o que dizer. Houve uma época em que isso era tudo o que eu queria ouvir, mas agora... Como é que você pode ter certeza de que me ama?

Jake deu de ombros.

— Não sei. Eu simplesmente sinto.

— Talvez seja apenas desejo.

— Há uma diferença, e você sabe disso. Jake respirou fundo e pegou as mãos dele.

— É mais do que isso.

— Não faça isso — murmurou Caleb, forçando um sorriso. — Isso só vai tornar as coisas mais difíceis.

Jake soltou um palavrão.

— E daí? Ao menos eu consigo admitir o que sinto por você.

— Eu também posso admitir isso — disse Caleb. — Nós nos conhecemos há anos. Era de se esperar que gostássemos um do outro.

— É mais do que isso — disse Jake.

Caleb puxou as mãos das dele e as enfiou novamente nos bolsos da jaqueta.

— Eu tenho que voltar para casa. Minha mãe deve estar ficando maluca tentando compreender o que aconteceu com o casamento.

— E eu preciso ver Sam e Emma. Vou passar a noite fora, em Havenwoods.

— Achei que nós podíamos...

Jake balançou a cabeça.

— Você tem razão. Nós precisamos nos afastar.

Ele o fitou durante um longo momento com uma expressão indecifrável e então assentiu.

— Está bem.

— Conversaremos mais tarde — disse ele.

— Mais tarde — repetiu Jake.

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Quando Caleb chegou para o café-da-manhã, a casa estava uma agitação só. Todos estavam ao redor da mesa, comendo panquecas,

— O casamento está de pé — gritou Emma, com os olhos brilhantes e um sorriso largo estampado no rosto. Ela saltou da cadeira e jogou os braços em torno do pescoço de Caleb. — Obrigada — sussurrou ela. — Por tudo. Depois olhou para o restante da família e disse: — Eu tenho que ir! Mal posso acreditar que vou me casar amanhã.

Caleb suspirou aliviado. O plano tinha funcionando, mas depois do. casamento, ele e Jake tomariam caminhos diferentes.

Ele atravessou a cozinha às pressas em direção à porta principal. Tinha dormido muito pouco na noite anterior. Havia passado horas olhando para o teto, tentando se convencer de que não precisava guiar até Havenwoods e se enfiar na cama de Jake para sentir o corpo nu contra o dele, nem desfrutar do toque das mãos dele. Quanto mais ele tentava se convencer disso, porém, mais ele percebia que estava completamente enfeitiçado com ele, e não haveria maneira de se desvencilhar.

O corpo dele pertencia a ele, assim como o coração e a alma, e Caleb sabia que tudo isso era fruto da própria culpa. Ele havia se apaixonado novamente por Jake, e desta vez, sabia que ia sofrer muito mais.

Ele devia estar se deixando levar pelo clima romântico do casamento. Viu que Emma e Sam estavam prestes a assumir um compromisso para toda a vida e achou que estava ficando para trás. Afinal de contas, ele era o irmão mais velho e deveria dar o exemplo.

— Diga a ele — sussurrou ele para si. — Arrisque-se. Quem sabe se depois que o fizer, isso não se transforme em realidade?

Caleb olhou para o próprio reflexo no retrovisor. Ele que sempre havia se determinado a permanecer solteiro, agora não conseguia sequer tomar uma simples decisão a respeito da própria felicidade.

Ao chegar ao estacionamento ele procurou pelo caminhão de Jake, mas ele não estava lá. Será que ele ainda estava em Havenwoods?

Caleb deu marcha ré e tomou o caminho da casa de Jake. Tinha de confiar nos próprios sentimentos, e em Jake principalmente. Ele já não era mais um menino. Sabia o que queria, e ele o queria. Poder vê-lo ao menos uma vez por mês ainda era melhor do que não vê-lo nunca mais.

Ele saltou do carro e caminhou até a cabana. Para sua surpresa, a porta estava aberta. As últimas brasas ainda ardiam na lareira. Sam e Emma haviam partido há poucas horas. Caleb fechou a porta atrás de si e começou a vagar pelo lugar, com o coração batendo forte contra o peito. Ele tirou a roupa úmida e ficou apenas de cueca.

O som da porta rangendo a despertou dos devaneios. Ele se virou e viu Jake na entrada, com os braços cheios de lenha.

— Uau! Caleb sorriu.

Ele atravessou o lugar e então passou as mãos ao redor da cintura dele, beijando-o nos lábios.

— Eu acho que você só está querendo me ver nu — disse Caleb.

— Eu posso ficar nu se você preferir — disse Jake. Ele tirou a jaqueta e começou a desabotoar a camisa. Caleb o deteve.

— Eu vim aqui para conversar com você — disse ele.

— Vestido desse jeito?

— Você não sabe o que eu vim lhe dizer — respondeu ela.

— Sim, eu sei. Você vai me dizer que eu não devo pensar sobre o futuro e que mais cedo ou mais tarde nós vamos acabar nos separando, mas eu acho que posso dar conta disso. Só queria que terminasse depois de nossas férias.

Caleb engoliu em seco, tentando desfazer o nó na garganta. Isso não era de modo algum o que ele planejava lhe dizer. Queria pedir a ele que lhe desse uma chance, que lhe desse um tempo para superar as suas dúvidas e temores quanto a um compromisso, mas ele estava abrindo mão de tudo com muita facilidade.

— Você estava certo, Caleb. Eu devia ter enxergado as coisas como elas realmente são, um simples caso.

Caleb respirou fundo, tentando se conter.

— Isso é exatamente o que eu ia dizer — murmurou ele.

— Fico feliz por estarmos falando a mesma língua. Então era assim, pensou Caleb, ignorando o desejo de confessar os verdadeiros sentimentos. Ele não era mais um adolescente e declarar o seu amor por ele só causaria ainda mais problemas. Desta vez, ele ia tomar a decisão certa. Se existia algo que ele havia aprendido nos últimos 11 anos, era que não podia fazer com que Jake sentisse alguma coisa que ele não sentia.

— Acho que vou me vestir — murmurou ele. — Emma está precisando de ajuda com os arranjos de casamento.

— Ela e Sam estão bem — disse Jake. — Tem uma garrafa de calda de chocolate ali.

Ele sabia o que ele estava lhe pedindo, mas não sabia se devia concordar. Ele o queria, precisava do corpo dele, só mais uma vez. E embora não quisesse admitir, ele também precisava dele.

— Você está planejando me fazer uma xícara de chocolate quente?

— Estou planejando transformar você num sundae — disse ele.

Jake pegou a lata de creme de chantilly.

— Sugiro que você tire a lingerie nova se não quiser que ela fique toda grudenta.

Caleb pegou o creme da mão dele e borrifou uma fina camada sobre o lábio dele.

— Você está usando roupas demais.

Ele ficou na ponta dos pés e lambeu o creme com a ponta da sua língua.

Jake gemeu suavemente.

Caleb passou um pouco mais de creme no queixo dele e continuou lambendo-o.

Estava determinado a fazê-lo lembrar-se de cada minuto que passasse com ele de agora em diante. Ele nunca mais encontraria uma mulher que o excitasse da mesma forma que ele excitou e se perguntaria eternamente se havia feito a escolha certa deixando-o partir.

Caleb passou ainda um pouco de creme em cada um dos dedos de Jake e começou a sugá-los lenta e languidamente, um por um.

— Gostaria de experimentar? — Perguntou ele, estendendo-lhe a lata.

Jake traçou uma linha de creme que ia do ombro de Caleb até o pulso. Seguiu então a trilha com a boca, terminando por beijá-lo debaixo da orelha. Depois, como se já estivesse cansado daquele jogo, ele arremessou a lata longe, pegou-o pela cintura e o ergueu.

Ele cruzou as pernas em torno dos quadris de Jake e ele o beijou, sentindo o doce sabor do chantilly.

Jake o carregou até a cama perto da lareira e sentou-se com ele no colo. Eles se beijaram por muito tempo, explorando as bocas à perfeição. Cada beijo intensificava ainda mais a paixão de Caleb e elevava o desejo a um grau frenético, fazendo-o ansiar por uma conexão mais íntima.

Caleb se despiu lentamente e então o puxou novamente para a cama, fazendo o corpo dele cair sobre o dele, com os quadris entre as pernas dele.

Ambos estavam tentando agir como se estivessem fazendo apenas sexo e nada mais, mas ele sabia que aquilo não era verdade. A força que os havia aproximado não tinha desaparecido, nem ia desaparecer, não importava o quanto eles tentassem ignorá-la. E se chamava amor.

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Caleb olhou para Jake do outro lado da igreja e sorriu. Jake lambeu o lábio inferior. Ele enrubesceu e Jake se sentiu um verdadeiro pecador por tentar provocá-lo em plena casa do Senhor.

A orquestra começou a tocar e Caleb veio na direção do altar, com as mãos dobradas à frente. Jake perdeu o fôlego. Ele desviou o olhar dele, incapaz de controlar a emoção. Se havia uma pessoa que poderia fazê-lo feliz pelo resto da vida, esta pessoa era Caleb.

Jake notou uma expressão estranha no rosto dele, quando Caleb chegou finalmente a seu lado. Estava com olheiras e sua respiração parecia ofegante. Quando seus joelhos quase cederam, ele correu até ele e o segurou pelo braço.

— Você está bem? — Perguntou ele baixinho.

Caleb balançou a cabeça.

— Estou um pouco tonto.

— Podemos fazer uma pausa? — Perguntou Jake a Emma. — Eu preciso ir ao banheiro.

— E eu preciso beber um pouco d'água.

Caleb colocou o buquê nas mãos do ministro e caminhou na direção da porta, seguida por Jake.

Ela se debruçou sobre a pia do banheiro e vomitou. Jake acariciou lhe as costas.

— O que aconteceu?

— Nada — disse Caleb. — O meu estômago está revirado.

— É por causa do casamento? Ele olhou para ele.

— Eu costumo ter ataques de pânico. Não tive nenhum ultimamente, mas este aqui está realmente grave. Tudo está acontecendo tão rápido. Acho que estou precisando de um pouco de tempo para pensar.

— Caleb, você sabe que não somos nós que estamos casando, não é? Padrinhos não têm ataque de pânico.

Ele sorriu, tentando se refazer.

— Eu sinto muito.

Foi então que Jake percebeu que ele estava chorando e secou lhe uma lágrima com o polegar.

— Eu estou cansado — disse ele. — E um pouco emocionado. Emma está se casando e eu não tenho a menor ideia do que fazer com a minha vida.

— E o que é que você quer, Caleb?

Por que ele não podia compreender como era raro encontrar algo assim tão especial quanto o que eles compartilhavam?

— Eu não sei, só não quero mais me sentir assim, confuso, inseguro.

— Você não está feliz agora?

— Nós tivemos uma semana maravilhosa juntos. Eu pude realizar uma fantasia de adolescente e isso deveria ter sido suficiente.

Jake sabia que ele ainda tinha mais alguma coisa a dizer.

— O que você quer? — Repetiu ele.

Um sorriso tímido curvou os cantos da boca de Caleb.

— Eu quero que você me diga para deixar de ser infantil — disse ele. — Desculpe. Eu não tenho dormido muito ultimamente. É duro sobreviver apenas de sexo e creme de chantilly.

— Vamos voltar e cumprir com os nossos deveres. Depois voltaremos a Havenwoods. Eu acenderei o fogo e nós vamos dormir agarradinhos.

Ele olhou para ele com os olhos ainda úmidos.

— Eu não posso. Prometi a Emma que permaneceria com ela esta noite no hotel.

Jake lhe ofereceu o braço e voltou com ele para dentro da igreja. Emma estava esperando por eles. Jake apertou a mão dele e então o deixou, antes de assumir o lugar novamente ao lado de Sam.

— O que está acontecendo com vocês? — Perguntou Sam.

— Nada — disse Jake. — Ele só ficou um pouco emocionado ao ver a pequena Emma seguir para o altar.

O resto do ensaio transcorreu sem nenhum incidente. Jake ouviu cuidadosamente as instruções que o ministro lhe deu, mas a mente permaneceu ocupada com pensamentos que ele não estava seguro se deveria ter. Ele podia tentar convencer Caleb a ficar e viver com ele. Tudo o que ele tinha de fazer era pedi-lo em casamento.

Jake esperou até quase todos terem ido embora para se aproximar de Caleb nas sombras da escadaria.

— Eu tenho que vê-lo esta noite — murmurou ele.

— Eu não posso. Prometi a Emma.

— Eu esperarei no seu quarto no hotel. Assim que ele adormecer, você vem me encontrar.

— E se ela acordar? E se ela não conseguir dormir?

— Eu não quero passar uma noite sem você — disse Jake. — Isso vai acontecer logo, mas não precisa ser agora, enquanto estamos na mesma cidade.

Jake seria capaz de fazer qualquer coisa para ficar com ele. Ele lhe pediria para ficar, mesmo correndo o risco de ser rejeitado.

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Jake olhou para o relógio ao lado da cama. Ele havia pensado que Emma estaria exausta depois do jantar de ensaio e das seis taças de champanhe, e acabaria adormecendo bem antes da meia-noite. O fato é que já eram quase 2h da manhã e nenhum sinal de Caleb.

Ele fechou os olhos por um momento, tentando relaxar, e acabou adormecendo.

Ao acordar, Jake não sabia ao certo quanto tempo havia se passado. A luz do criado mudo, porém, tinha sido desligada e havia alguém a seu lado na cama. Ele havia desabotoado a camisa dele e baixado o zíper da calça, e estava beijando-lhe a barriga lentamente, descendo cada vez mais.

— Caleb? — murmurou ele.

— Estava esperando outra pessoa?

Jake riu quando ele deslizou a mão por baixo do cós da cueca.

— Não — disse ele. — E você que sempre se enfia na cama errada.

— Talvez fosse a cama certa, afinal — sussurrou ele.

Ele tomou o seu penis nas mãos e começou a acariciá-lo lentamente, provocando a pontinha com a língua. Ele fechou os olhos e se entregou aos prazeres que ele estava lhe proporcionando. Eles podiam conversar mais tarde, pensou ele, enquanto a boca quente dele o envolvia.

Caleb já havia tirado as próprias roupas. Jake deslizou as mãos sobre a pele sedosa, reconhecendo cada curva do corpo dele. Ele afastou as roupas dele lentamente, para beijá-lo e acariciá-lo. Os ombros, os mamilos e a trilha de pêlos que seguia até a ereção, estavam ali para deleite dele e Jake não tentou detê-lo. Caleb estava decidido a seduzi-lo e ele não estava disposto a questionar os motivos. Ele deixou que as ondas de desejo embalassem lhe o corpo enquanto ele o explorava. Embora ele não parecesse estar tentando exercer nenhum tipo de controle, Caleb percebeu quando ele estava a ponto de perdê-lo e desacelerou os movimentos por um instante.

Os lábios dele continuavam a retornar ao membro repetidas vezes, provocando-o até levá-lo à beira do orgasmo, para então se afastar novamente. Ele nunca havia deixado o controle nas mãos dele daquela maneira, mas Caleb parecia precisar disso aquela noite. Havia uma espécie de desespero na maneira como ele estava fazendo amor com ele. Cada vez que ele fazia um movimento para tocá-lo, ele suavemente afastava a mão dele do seu buraquinho..

Jake decidiu não lutar contra ele e lhe deu exatamente o que ele queria: seu corpo. Quando ele se deitou sobre ele, porém, Jake se perguntou o que mais ele ia tomar dele. Será que ele também queria a alma e o coração dele pelo resto da vida? Será que ele os aceitaria se ele os oferecesse a ele? Jake estava disposto a tentar. Tomou o rosto dele entre as mãos e o beijou longa e profundamente, saboreando a boca doce. Ele estava insaciável. Quando ele tentou se afastar, ele o segurou com força, impedindo-a de ir.

— Eu amo você — sussurrou Jake contra os lábios dele.

As palavras saíram naturalmente, sem que ele pensasse duas vezes. Jake não se arrependeu do que disse. Ele o amava e nada poderia mudar isso.

— Eu também o amo — disse ele.

Ele então teve certeza de que tudo ficaria bem. Poderia levar semanas ou meses, mas haveria de chegar um dia em que ele acreditaria nos sentimentos dele. Ele o agarrou pela cintura, rolou sobre ele e afastou-lhe as pernas. Começou então a se mover dentro dele, lentamente a princípio, com os braços apoiados de cada lado da cabeça dele. Ele sabia exatamente como fazê-lo atingir o clímax sem tocar nela. A cada nova investida, ele se afastava e roçava seu pau sobre a próstata dele.

A respiração de Caleb foi ficando ofegante e ele começou a gemer baixinho, agarrando-se aos quadris dele e enterrando as unhas nas nádegas. Ele estava muito perto do êxtase, mas ignorou todos os sinais para esperar por ele. Eles se disseram coisas sem sentido, as palavras desaparecendo em meio à escuridão como se ambos estivessem perdendo contato com a realidade. Foi então que ele arqueou todo o corpo sob o dele e gritou o seu nome. Jake sentiu-o contrair os músculos em torno dele enquanto ele se perdia em poderosos tremores e convulsões, e então se abandonou rendendo-se àquele imenso prazer. Investiu sobre ele mais algumas vezes, enterrando-se nele até o fim, até ficar completamente esgotado.

Aqueles corpos já haviam se tocado das maneiras mais íntimas possíveis, mas desta vez, o encontro havia sido entre as almas.

Jake se deitou ao lado dele, passando uma perna por entre as dele.

— Eu estava falando sério — disse ele. — Eu realmente amo você.

— Eu sei. E eu amo você também.

Houve um longo silêncio entre eles. Jake sabia que havia mais alguma coisa a dizer.

— E o que isso significa?

Ele aconchegou-se mais a ele e beijou-lhe o peito.

— Eu não sei.

Ele percebeu o misto de emoções que havia naquelas palavras. Estendeu a mão e ligou a luz ao lado da cama, determinado a ver o rosto de Caleb enquanto conversavam.

Os olhos estavam arregalados, observando-o calorosamente.

— Isso tem que significar alguma coisa, Caleb. Eu nunca disse isso a mulher alguma antes e tenho certeza de que você é a última pessoa a quem eu o direi.

— Jake, nós só nos conhecemos há apenas uma semana.

— Nós nos conhecemos desde que éramos crianças — retrucou ele.

— Mas isso não conta. Jake riu amargamente.

— E por que não? Deveria contar e muito. Você me conhece, Caleb, e sabe que eu faria qualquer coisa para que esse relacionamento desse certo.

Jake saltou da cama e vestiu o jeans. Não se sentia capaz de conversar sobre coisas tão sérias, nu.

— Eu não vou forçar nada. Você sabe onde me encontrar.

Caleb sentou-se na cama, cobrindo-se com as cobertas. Jake ficou olhando para ele, à espera de um sinal.

— Eu vou partir amanhã depois da recepção. Recebi um telefonema do escritório. Eles precisam que eu esteja em Nova York na sexta-feira de manhã.

— Você não precisa ir — disse Jake. — Pode ficar aqui comigo. Eu cuidarei de você.

— Não me obrigue a escolher. Há pessoas que dependem de mim por lá.

— E você também não merece ser levada em consideração?

Jake finamente compreendeu que não conseguiria fazê-lo mudar de ideia. Ele não estava pronto. Mais cedo ou mais tarde, porém, ele compreenderia isso e voltaria para ele.

— Acho melhor você ir encontrar Emma — disse ele. — Não vai querer que ela acorde e comece a procurar por você. Adeus, Caleb. Foi muito bom.

— Foi mesmo — respondeu Caleb.

Jake assentiu, lutando contra o desejo de tomá-lo nos braços e beijá-lo até incutir algum juízo dentro daquela cabeça. Em vez disso, porém, foi até a porta e a abriu. Olhou mais uma vez para trás e o viu ainda sentado na cama, com o olhar fixo nele. Depois caminhou pelo corredor rumo a uma vida sem ele.

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Comentários

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Eu espero que vc continue ele do msm modo que ta fazendo com sam e jory esse conto é bom d+ pra ser abandonado

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Que conto lindo! Gosto de todos os teus contos. Parabéns

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