Oioi, Eu estava relendo essa série e pensei " Rapaz, acho que a galera da CDC deve ler essa série" . E comecei a postar. Conforme vou relendo, eu vou postando aqui na CDC.
Pessoas que me pediram o livro e não enviei ainda, não me odeie. Vou postar quando tiver em um Wifi. Bjss
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A sala estava coberta de rosas. Pétalas cor de rosa pálida estavam espalhadas, a iluminação, as cores, tudo isso dando um ar romântico, uma sensação suave de feminilidade. Tudo estava impressionante. O quarteto de cordas, o champanhe, os garçons vestidos de branco imaculado, tudo estava tão elegante... e completamente despercebido pelos homens à mesa. Eles pareciam exaustos e eu entendia o porquê. Três dias de casamento era uma rotina difícil, e estávamos apenas no segundo dia.
Eu não tinha ideia de quem tinha decidido que uma despedida de solteiro deveria ser na noite antes do jantar de ensaio, mas eu tinha certeza de que essa pessoa era sádica. Mal recuperados após se arrastarem para casa impressionante ao nascer do o sol, esperava-se que os padrinhos de Dane estivessem sóbrios e com rendimento total no dia seguinte às dezessete horas, para suportarem a prática repetitiva de entrar e sair da igreja. Eles também deveriam estar impressionados com o quarto adorável e ambiente íntimo, quando tudo o que queriam fazer era beber ainda mais para curar suas ressacas. Eu estava feliz por ter tirado uma licença do trabalho para o casamento do meu irmão, pois, se eu tivesse que manter meu horário habitual de compromissos, teria virado instantaneamente em cinzas. Quando eu fui abordado para acompanhá-los em sua farra na segunda noite seguida, escapei, declinando por meio de ausência, e fui para casa dormir. Era uma maneira covarde, mas eu não conseguiria acompanha-los. Todos eles tinham mais tolerância ao álcool do que eu, o que dizia muito, já que eu podia, normalmente, beber uma grande quantidade.
Na manhã seguinte, quando cheguei à suíte com meu smoking dobrado sobre meu braço, não fiquei surpreso por encontrá-los ainda usando as roupas da noite anterior. Havia um no chão, um em cada sofá, um na poltrona e Jude, o melhor amigo e padrinho de Dane, sozinho na cama, babando. Era um espetáculo para ser admirado. Quando a porta se abriu e foi a noiva de Dane, Aja Greene – e não o próprio homem – vindo acordar os meninos, eu senti pena deles. Era o dia de seu casamento, e eles pareciam ter sido atropelados. Esta não era a maneira de cair em suas boas graças.
“Vocês estão brincando comigo?” ela gritou no silêncio.
Os gemidos e choros me fizeram sorrir quando eu comecei a servir café e água. Eu tinha trazido um grande frasco de Tylenol comigo.
“Ei” Rick Jenner disse suavemente enquanto me chamava para ele. “Que horas são?”
“São 10 horas.” Eu sorri para ele. “O casamento não vai acontecer senão daqui a oito horas.”
“Então por que ela está gritando?”
“Ela não está, na verdade.”
“Pois parece.”
“Sim, mas provavelmente você pode ouvir a pintura das paredes descascando,” sugeri.
Ele só gemeu.
“Ela está apenas preocupada porque vocês não vão parecer bem nas fotografias.”
“Owww.” Ele estremeceu, dando tapinhas no sofá ao lado dele. “Sente-se.”
“Foi aquela última dose de tequila do umbigo daquela moça que fez isso,” ele brincou. Eu só podia imaginar no que tinha se degradado a segunda noite de devassidão.
“Como você sabe?” Ele tentou sorrir, colocando sua cabeça em minha perna logo que me sentei.
Eu sorri para ele quando alguém me tocou do outro lado e mãos agarraram meus ombros.
Lance Simmons e Alex Greene, irmão Aja, tinham se juntado a mim.
“Ei, pessoal,” eu provoquei, olhando de soslaio para o perfil de Lance. “Já terminaram de vomitar?”
“Não,” ele lamentou, com a cabeça no meu ombro. “Diga-me o que teremos para comer no jantar.”
“Fígado e cebolas,” Eu gargalhei maldosamente.
“Oh, vá se ferrar,” ele arquejou, inclinando-se para se deitar no sofá. O couro estava frio em seu rosto quente. “Fígado o cacete.”
“Alex.” Chamei seu nome baixinho.
“Mmmm.” Ele mal fez um barulho, a testa contra a parte de trás do meu pescoço.
“As suas pálpebras estão doloridas?”
“Se eu erguer minha cabeça, acho que vou explodir.”
“Sua irmã está chegando.”
Ele choramingou antes de ouvi-la gritar: “Vocês precisam se levantar!”
Sua voz era como levar uma chicotada – rápida e dolorosa. Eu a senti percorrer minha coluna.
“Oh Deus,” Alex gemeu atrás de mim, e todos nós rimos quando ouvimos o ruído de sua queda no chão. “Acho que meus olhos estão sangrando.”
“Pessoal!” ouvimos Jude lamentar do quarto. “Vocês querem calar a boca!”
Ela se virou para ir vê-lo, e naquele momento eu agradeci a Deus por não ser Judas Coughlin. Não havia dinheiro suficiente no mundo que compensasse.
“Faça alguma coisa, J,” Rick me pediu. “Você é o único que ela ama.”
“J, você tem que fazê-la parar de gritar,” Alex me pediu do chão, do outro lado do sofá. “Eu realmente acho que poderia me matar.”
“É fígado mesmo?” Lance gemeu no sofá.
Todos nós ouvimos Jude dar um estridente grito, nada masculino, no quarto.
Eu não conseguia parar de sorrir.
“Acho que vou vomitar,” disse Rick do meu colo, cobrindo o rosto com uma das almofadas.
“Eu vou matar todos vocês, se não se levantarem já!”
“J,” Lance quase chorou “faça com que ela pare.”
“Faça com que ela pare,” Rick enfatizou.
“Por favor, faça com que ela pare,” Alex me pediu.
“Ela é sua irmã,” eu o lembrei.
“Sim, mas ela te ama mais do que a mim.”
“Você está me ouvindo?” ela gritou do outro quarto, obviamente ainda torturando Jude.
“Oh meu Deus, apenas mate-a,” sussurrou Lance, de bruços no sofá agora. “Por que vocês me deixaram dormir dobrado como um pretzel? Acho que minha coluna está quebrada.”
Todos nós ouvimos Jude gritar novamente antes de ouvirmos um barulho e um baque.
“Eu aposto que ela o jogou para fora da cama,” Alex suspirou do chão.
“Eu estou bem,” ele gritou para nós.
“O idiota ficou com a cama,” Rick lamentou. “Ele bem que mereceu.”
“Onde está Rick?” ela gritou quando veio correndo para o quarto.
Ele choramingou. “J, ela vai me machucar.”
“Isso é o que dá festejar como se fosse uma estrela do rock.” Eu ri. “Quando você não é.”
“Owww,” Alex lamentou.
“Onde está o balde de gelo?” ela gritou do outro lado da sala.
“J...” Rick balbuciou.
Chamei-a suavemente, mas alto o suficiente para que ela pudesse me ouvir.
Aja Greene atravessou a sala diretamente para mim. “O que?” ela estalou.
“Como você está nesta manhã, moça bonita?” Eu sorri amplamente, olhando para a única outra mulher, além da minha esposa no trabalho e melhor amiga, Dylan Greer, que eu poderia dizer que realmente amava. Na minha vida tinha existido apenas minha avó, depois Dylan, e a futura esposa do meu irmão. Estas eram as mulheres que significavam o mundo para mim. “Você está se sentindo bem?”
Seu suspiro foi profundo quando ela passou Lance e lhe deu um tapa tão forte quanto podia na bunda. Ele quase uivou.
“Sim, querido.” Ela parou na minha frente, empurrando Rick e movendo-o antes de se inclinar para me dar um beijo. “Eu me sinto ótimo.”
Eu levantei minha cabeça, e o beijo que recebi foi leve em meus lábios.
“Jory.” Ela sorriu, a mão deslizando sob meu queixo, sobre a minha mandíbula. “Venha rápido para o meu quarto. Quero que você conheça meus pais, e o pessoal de Dane já está lá.”
O que significava que o clã Reid – Daniel e Susan Reid, os pais biológicos de Dane, e seus irmãos, dois rapazes e uma moça – haviam chegado para assistir ao casamento.
“Ok,” eu disse, abafando um bocejo e me levantando.
“E vocês precisam se refazer e se preparar,” ela rosnou para os outros. “Agora!”
Os gemidos abafados me fizeram sorrir quando ela pegou minha mão e me puxou atrás dela em direção à porta. Eu os ouvi atrás de nós, e então Rick perguntou se alguém sabia onde estavam seus óculos de sol. Engraçado pensar que um diretor executivo, um diretor financeiro, um dos sócios de um dos maiores escritórios de advocacia da cidade, e um gerente de banco poderiam parecer rapazes de uma fraternidade de ressaca.
“Olha como é bonito,” ela comentou, levantando nossas mãos.
Sua pele lisa e impecável, da cor do caramelo contra meu bronzeado dourado permanente: nós parecíamos bem juntos. As pessoas nos diziam isso o tempo todo.
“Ei.”
Eu olhei para ela.
“Você alguma vez já pensou que seu irmão se casaria com uma mulher negra?”
“Você é negra?!” Eu perguntei a ela.
Ela sorriu amplamente e eu vi as covinhas que eu amava.
“Na verdade,” eu suspirei, “na hora que eu a vi, soube que você era a única.”
“Você está mentindo.”
“Não.”
“Por quê?”
“Você o convidou para dançar.”
“Eu não sou a única que já fez isso.”
“Não, mas você foi a única que o deixou nervoso.”
Ela suspirou profundamente. “Deixei mesmo, não foi?”
“Sim, senhora.”
“Eu acho que nós dois sabíamos o que queríamos.”
“É. E você é perfeita para ele.”
“Por quê?” Ela estava pescando elogios.
“Porque você é inteligente – diretoras de escola precisam ser – bonita, malvada...”
“Malvada?” Ela ofegou em choque fingido.
“Você sabe que é. Quase matou esses pobres homens.”
“Eles vão ter sorte se sobreviverem,” ela resmungou, franzindo as sobrancelhas.
“Você é adorável,” eu assegurei-lhe, minha mão em sua bochecha. “E você é completamente auto-suficiente. Você quer Dane, mas não precisa dele.”
Suspiro profundo. “Não se engane, Jory, eu preciso daquele homem desesperadamente.”
“Sim, mas você é independente. Seu mundo inteiro não gira em torno dele.”
Ela pensou por um momento. “Não, isso é verdade.”
“Veja só, você ama Dane, eu sei disso, mas você vai ser Aja Harcourt e não a Sra. Dane Harcourt.”
Ela assentiu. “Isso é verdade também.”
Eu dei de ombros. “Foi assim que eu soube. Todas essas outras mulheres só queriam desaparecer dentro dele. Você, nós ainda vamos ser capazes de enxergar.”
Ela parou de repente e olhou para mim. “Você tem sido incrível desde o momento em que pus os olhos em você.”
“Eu queria você para o meu irmão,” eu assegurei.
“E eu estou tão feliz porque você vai ser meu irmão.”
“Mas você tem que ser doce com o que você já tem.”
Ela franziu a testa novamente. “É melhor que ele se aprume, porque se ele arruinar o meu casamento... que Deus me ajude, eu vou acabar com ele permanentemente.”
“Ok, agora você está ficando um pouco assustadora.“ Eu ri.
“Oh Jory.” Ela suspirou. “Eu amo você. Venha comigo.”
E eu fiz.
* * * * *
Os olhos de Aja estavam enormes e sua boca estava aberta. Sua mãe tinha uma expressão idêntica, assim como todas as suas damas de honra. Provavelmente foi por causa da dança. Seu pai, o juiz Greene, e eu estávamos dançando o twist ao som de Fats Domino e cantando junto. No momento, a música My Girl Josephine estava quase estourando as caixas de som.
“Senhorita Aja,” eu ouvi sua melhor amiga Candace rir alto, “Olhe para o seu pai, menina.”
“Jory,” ela me chamou e eu ouvi a risada profunda. “Baby, o que...”
“Deixe-o em paz,” o juiz interrompeu-a alegremente. “Estamos ocupados.”
“Kenneth Greene, o que, em nome de Deus, você está fazendo?” A mãe de Aja perguntou a seu marido, seu sorriso fazendo seus olhos brilhar.
Em vez de responder, ele fez sinal para ela de novo. Imediatamente, ela foi até ele e, segundos depois, ele a tinha em seus braços, inclinando-a para trás, dançando com ela em torno da suíte.
De repente, Dane encheu a porta, de pé ao lado da mulher que seria sua esposa no final do dia. Foi engraçado ver a expressão dele quando ele olhou através do cômodo para onde agora eu dançava em um círculo de mulheres bonitas. Ele inclinou a cabeça para mim, e eu sorri de volta. Eu o vi colocar um braço em volta dos ombros de Aja e puxá-la para perto, antes de beijar sua bochecha.
“Jory.” Ele chamou meu nome.
Havia mãos no meu cabelo, nas minhas costas, deslizando por meus ombros, segurando a minha camisa antes que eu me libertasse para atravessar o quarto. Quando eu pisei na frente de Dane, ele colocou uma mão na lapela da minha camisa e me puxou para frente em seus braços.
“Obrigado,” disse ele, seu rosto enterrado em meu ombro.
Meus olhos se desviaram para Aja quando ele me soltou e foi embora tão repentinamente como tinha chegado.
“O que está acontecendo?” ela perguntou rapidamente.
Tossi uma vez. “O Sr. Reid veio aqui fazer perguntas sobre você, e seu pai se ofendeu.”
“Me desculpe, o que?”
“Não foi grande coisa,” eu menti.
“Perguntas? Que tipo de perguntas?”
Eu dei de ombros. “Ele não sabe nada sobre você e Dane nem sequer os convidou para nada além do casamento e da recepção, então... Acho que eles queriam conhecer você.”
“Entendo.”
“Bem, seu pai não entendeu. Você não pode culpá-lo.”
Ela sorriu para mim. “Não é típico de meu pai ficar chateado com algumas perguntas inocentes.”
“Foi demais,” eu defendi seu pai. “Também me senti desconfortável.”
Ela assentiu com a cabeça. “Então o que aconteceu?”
“Seu pai disse que a única família com quem Dane se preocupava, era eu.” Eu sorri para ela.
“Oh.” Ela assentiu com a cabeça. “Já que você e Dane são os únicos Harcourts no local.”
“Certo.” Eu dei um sorriso largo, me inclinando e beijando-a na testa. “Pelo menos até às seis horas.”
Ela suspirou profundamente.
“Você vai ser a nova Harcourt lá na frente de vestido, certo?”
Como resposta ela envolveu seus braços em meu pescoço e me abraçou apertado. “O que você fez?”
“Eu peguei meu iPod e perguntei ao seu pai se ele ainda conseguia se mexer.”
Eu a senti tremer em meus braços.
“Como você pode ver, o homem ainda pode se mexer.”
Ela me agarrou com mais força, a cabeça para trás, quando a risada borbulhou dela.
Quando eu olhei de volta para os pais dela, fui recompensado com o sorriso de sua mãe.
Tinha sido tenso. Os pais de Dane, especialmente seu pai, questionando o juiz sobre a sua filha... o que tinha começado com apenas uma conversa, tão inofensiva, se deteriorou rapidamente em uma inquisição total. Eles não sabiam nada sobre Aja e queriam saber tudo. Tinham sido bem intencionados, mas soaram críticos, tendenciosos, e quase racistas. Dane e eu estávamos voltando de nosso jogo de raquetebol e ouvimos as vozes do corredor. Nós interrompemos e Dane insistiu em mostrar aos Reids sua suíte no andar superior, longe da suíte comum sendo usada para que os padrinhos e madrinhas pudessem visitar com convidados ou comer alguma coisa antes da cerimônia. Ele levou seus pais, bem como seus irmãos Caleb e Jeremy e sua irmã Gwen, para que o juiz pudesse se recuperar e recolher os seus pensamentos. O olhar que Dane tinha me dado quando deixou o quarto tinha sido tão doloroso que eu senti meu peito apertar só de olhar para ele. A última coisa que ele queria fazer no dia de seu casamento era aborrecer seu futuro sogro com as pessoas que tinham mínima importância para ele. A verdade era que ele simplesmente gostava do juiz mais do que de sua família biológica. Eu tinha que consertar. Eu tinha que restaurar a camaradagem do início do dia; isso era o que o olhar de Dane tinha me comunicado em sua saída. E eu tinha conseguido, dançando ao redor da suíte como um idiota com o pai de Aja.
“Jory, o que seu irmão faria sem você?” Aja me perguntou, mais uma vez me apertando.
“Eu não sei, mas nós nunca teremos que descobrir.”
“Não.” Ela balançou levemente a cabeça. “Não teremos.”
“Jory!” o juiz me chamou.
Corri de volta para ele e ele me mostrou que ainda podia se sacudir. Pensei que a mãe de Aja fosse desmaiar. O fato que todo mundo estava rindo era uma coisa muito boa.
* * * * *
A igreja estava cheia de um mar de gente que ficou de pé quando a noiva apareceu com seu pai no final do corredor. Ela estava incrivelmente bonita, simples e elegante, e o orgulho no rosto de seu pai fez sorrir a todos. Os pais e os irmãos de Dane estavam sentados na primeira fila à direita, a mãe e os avós de Aja à esquerda. Sua extensa família enchia os três primeiros bancos, e depois estavam os amigos da família e amigos que eram como família. Dane e Aja agora compartilhavam muitas pessoas, as que estariam compartilhando suas vidas com eles. Os mais próximos e mais queridos de todos estavam lá com o noivo no palco, enquanto esperavam que a noiva se juntasse a eles. Candace Jacobs estava régia e deslumbrante, a cabeça erguida, enquanto observava sua melhor amiga no mundo andar em direção ao homem que amava. Todas as madrinhas de Aja retratavam a perfeição em seus vestidos sem alças cor de estanho, de modelagem sereia, linhas graciosas com cabelo erguido, pele impecável que lembravam delicados e graciosos cisnes. Estavam luminosas.
Jude estava resplandecente em seu smoking Armani, e ficou ao lado de Dane orgulhosamente, parecendo como se tivesse saído das páginas de uma revista. Eu nunca o tinha visto mais bonito. Os amigos de Dane se reuniram para ficar ao seu lado, todos eles impecáveis, simplesmente exuberantes, causando um alvoroço quando tinham tomado seus lugares nas escadas, descendo até mim. Eu tinha me preocupado ao ser incluído, não querendo manchar seu momento, pois não tinha a mesma altura, largura dos ombros, ou peito. Dane não tinha se importado. Ele estava menos preocupado com a imagem perfeita e mais com seu irmão no altar com ele. Aja, com o mesmo desejo, afogou minhas objeções.
E enquanto eu os observava, com as mãos entrelaçadas, falando as palavras que os juntariam para sempre, eu estava grato por estar lá, compartilhando o seu momento. Era maravilhoso testemunhar o início de uma nova vida, a que iriam partilhar em conjunto. Fechei os olhos e suspirei quando eles foram apresentados. Senhor e Sra. Harcourt, marido e mulher. A imagem gravada na minha mente para sempre de Aja levantando a cabeça para receber seu beijo, seus olhos se cheios com a imagem dele, Dane com as mãos no rosto dela, puxando-a perto enquanto ele se inclinava para selar seus lábios juntos. Os braços dela envolveram seu pescoço e ele a puxou contra seu peito. Eles estavam impressionantes juntos, a imagem perfeita do amor. Houve uma erupção de aplausos quando eles se separaram e foram apresentados como marido e mulher, um som estrondoso que consumiu o silêncio de segundos antes. Eu não podia imaginar um momento mais perfeito.
* * * * *
A recepção foi pródiga, dinheiro que eu nem sequer sonhava em ter, gasto para dar a Aja o dia que ela tinha sonhado desde os dez anos. Houve um jantar de seis pratos, acompanhados por vinho e champanhe e qualquer bebida que o convidado solicitasse. As pessoas estavam maravilhadas pela orquestra e pela pista de dança cheia e pelas milhares de velas que lançavam um brilho aconchegante pelo salão. A primeira dança para os noivos foi de uma precisão fluida e fascinante de assistir. Eles se moviam naturalmente, misturando-se perfeitamente porque se encaixavam. Quando Aja dançou com o pai, ninguém fez nada a não ser olhar para o homem impetuoso e sua filha. Dane flutuou sobre o chão com a mãe de Aja, e foi o mesmo. Era evidente pela maneira como todos se abraçaram depois, que esta era uma união que tinha tanto a aprovação quanto o apoio deles. Não era de estranhar, uma vez que era difícil imaginar qualquer pai não querendo Dane como genro.
Eu sabia que a Sra. Reid queria a dança mãe-filho com Dane que ele havia dado para a mãe de Aja. No final, Dane tinha convidado seus pais biológicos, junto com sua irmã e dois irmãos, para vir a seu casamento, mas fui eu, sem o benefício de laços de sangue, que estava ao seu lado. Eu era o único com o mesmo sobrenome; fui eu quem ele abraçou com força após a cerimônia. Eu era o único que sua esposa se referia como um novo irmão e que seus pais viam como a família trazida por ele para o casamento.
Eu ouvi os discursos. Fiquei emocionado com as palavras de Candace para a noiva, ri das palavras de Jude para Dane, e quando Dane e Aja se levantaram e agradeceram aos convidados por terem vindo e celebrado com eles, eu estava tão feliz por eles que me levantei e aplaudi de pé com todos os outros.
Quando todos tinham se sentado novamente, Dane suspirou quando Aja se inclinou para seu lado. Acenei para o fotógrafo e ele tirou a foto antes que eles se separassem. Eu tinha a sensação de que seria uma das melhores fotos da noite. Logo depois, Alex se levantou e dirigiu toda a atenção para a tela ao lado da pista de dança. Quando a cortina se afastou, as imagens e a música começaram – uma montagem de Dane e Aja, suas famílias, seus amigos, e seus tempos antes e depois de se conhecerem. A última foto era de Dane de joelhos na frente de Aja enquanto estendia uma rosa para ela. Ambos olharam para mim, em um instante se lembrando da viagem para Carmel e a foto que eu tinha agarrado. Fiquei satisfeito com as lágrimas nos olhos da noiva e mandíbula cerrada de Dane quando a música favorita de Aja, do cantor Stevie Wonder, encheu a sala. Os aplausos vieram como um rugido quando os convidados foram à loucura. A mãe de Aja se levantou de seu assento em um movimento fluido, correndo de sua mesa até a minha para me tomar em seus braços. Ela entendeu, finalmente, por que eu precisava olhar seus álbuns de fotos com ela. Quando ela me soltou, eu me virei para os noivos e gesticulei para que eles abrissem a pista. Dane guiou sua esposa, passando por mim e deixando sua mão em meu rosto por um momento, antes de ir.
Depois da meia-noite a orquestra encerrou e o DJ entrou em cena para agitar a festa até as primeiras horas da manhã. Casacos e gravatas foram retiradas, os saltos altos foram descartados e a dança de verdade começou. Eu teria participado, mas havia pequenos detalhes que precisavam de atenção. Eu tinha que entregar os “ganhos” – como Aja chamava, indo de mesa em mesa para garantir pessoalmente que todos tivessem uma lembrança do casamento – dar coordenadas para o gerente de catering, e me certificar que todas as câmeras descartáveis em cada mesa fosse recolhida.
Quando senti os braços envolverem minha cintura, me virei em seu abraço e encontrei a noiva.
“Venha dançar comigo.” Ela sorriu.
Eu sorri de volta e fomos juntos para a pista. Como sempre, nós dois juntos não conseguíamos permanecer sérios nem por um minuto sequer. Ela em seu vestido e eu em meu smoking, apresentamos uma valsa exagerada. Houve giros e mergulhos e nós basicamente fizemos todos rirem e aplaudirem, pedindo bis quando terminamos. Ela me disse várias vezes o quanto me amava, e quando Dane veio para nos separar, em vez de tomá-la em seus braços, ele passou um braço em volta do meu pescoço e me levou da multidão de volta para a mesa.
Nós nos sentamos juntos, nos inclinando para frente, os cotovelos nos joelhos, falando baixinho.
“Então, não é necessário dizer, mas ainda assim... eu tenho a mulher que eu amo, o irmão que eu amo, amigos que eu amo... não há ninguém mais abençoado do que eu.”
Olhei em seus olhos cinzentos escuros, vi o calor lá, e acenei com a cabeça. “Sinto muito porque o Sr. e a Sra. Harcourt não puderam estar aqui hoje com você.”
Ele acenou com a cabeça. “Eles estão.”
“Eles estariam tão orgulhosos de você, Dane.”
Seus olhos me absorveram. “Minha família, as pessoas que significam o mundo para mim... são Aja e você.”
Eu sorri para ele.
“Eu preciso de você sempre comigo.”
Eu balancei a cabeça. “O mesmo aqui.”
Com a mão na parte de trás do meu pescoço, ele apertou antes de soltar e se levantou. “Eu te amo,” disse ele enquanto se afastava. Ele mal conseguiu falar.
Sentei e o observei ir, e senti uma súbita sensação de paz absoluta. Eu deixei minha cabeça cair para trás, fechei os olhos, e apenas suspirei.
“Agora.”
Ouvi o clique de uma máquina fotográfica e abri meus olhos para encontrar Aja pairando do outro lado da mesa, com Candace e outra dama de honra. Olhei para o fotógrafo antes de voltar meu olhar para a noiva. “O que você está fazendo?”
Ela soltou um suspiro profundo, mas não disse nada.
“Jory,” Candace disse, chamando a minha atenção. “Baby, eu não tinha ideia de que você era tão bonito.”
Eu ri e olhei novamente para Aja.
“Você é, sabe.”
“O que?”
“Lindo,” ela me disse, me chamando até ela. “É engraçado porque você ficou preocupado por ter que ficar de pé com os outros, mas a verdade é que, Jory querido, você é o mais belo do bando.”
“Você me ama.” Eu sorri amplamente, envolvendo-a em meus braços. “Por isso é um pouco tendenciosa.”
“Eu te amo, mas isso não faz de você menos lindo.”
Eu ri e a apertei com força e ela escondeu o rosto em meu ombro.
* * * * *
Candace desviou o buquê para os braços da namorada de Jude quando Aja deliberadamente jogou para ela uma hora mais tarde, e o olhar em seu rosto quando ele percebeu foi impagável. A procissão até a porta para ver Dane e Aja indo embora na limusine Rolls Royce, trouxe a festa de casamento para os fundos. Não havia maneira para qualquer um de nós sequer chegasse perto. Dane levantou a mão para mim e Aja soprou-me um beijo. Eu tinha minhas ordens. Nas três semanas que eles passariam em sua lua de mel, eu tinha que coordenar a mudança. Todas as suas coisas, todas as coisas necessárias estariam na nova casa em Highland Park no momento em que eles voltassem. Era tudo comigo. Eu tinha prometido para fazê-lo, mesmo com a minha agenda lotada. Meu irmão estava contando comigo.
As pessoas começaram a ir embora e músicas antigas começaram a ser tocadas, para que todos pudessem dançar e cantar junto. Eu fui me despedir dos Reids, dei um abraço Caleb, e fiquei surpreso quando o pai de Dane fez questão de dizer o quanto ele apreciava eu ter colocado uma foto de sua família na montagem.
“É claro.” Eu sorri para ele.
Ele acariciou minhas costas enquanto eu estava agachado entre a sua cadeira e a de sua esposa.
“Jory, você é um menino tão bom,” suspirou a Sra. Reid, as lágrimas em seus olhos. “Dane certamente escolheu um irmão maravilhoso.”
Eu me inclinei e beijei sua bochecha e sua mão ficou pressionada ao lado do meu pescoço até que ela pudesse respirar sem chorar. Agradeci a todos por terem vindo, e Caleb como Dane tinha sorte por ter a mim. Eu disse a ele que eu era o sortudo.
Eu caminhei lentamente através da multidão, fazendo a última verificação, passando de mesa em mesa antes de encontrar o gerente de catering para agradecê-lo. Terminando, eu me troquei, vestindo meus jeans, uma camiseta de manga comprida e tênis Converse, e me dirigi para a porta. Eu caminhei através da multidão para dizer boa noite para os participantes do casamento e rapidamente beijei e abracei todas as mulheres. Eu encontrei Rick, Lance e Alex sentados juntos e parou em sua mesa.
“Você quer esperar e pegar uma carona, J?” Rick me perguntou.
Eu sorri para ele e balancei a cabeça.
“O que vamos fazer sem ele?” Jude perguntou enquanto caminhava até encostar na parte de trás de uma das cadeiras vazias.
“Ele foi o primeiro a cair.”
“Estávamos sempre juntos,” Rick disse suavemente, olhando para todos nós. “É estranho. É como o fim de uma era ou algo assim.”
“Eu sinto que eu deveria lamentar por meu amigo.”
Eu sorri para eles enquanto ligava meu iPod.
“Você acha isso engraçado, J?” Rick me perguntou.
“Não.” Eu respirei fundo, me afastando da mesa. “Mas vocês têm que crescer em algum momento.”
“Eu não estou pronto para casar,” Rick insistiu. “E eu definitivamente não quero ser pai de ninguém.”
“Tudo bem,” eu concordei, meus olhos deslizando sobre cada um deles, por sua vez. “Cuidem-se. Vejo vocês por aí.”
“Ligue para mim, J,” Rick insistiu. “Vou chutar o seu traseiro num jogo de raquetebol ou algo assim.”
“Claro,” eu menti antes de girar e me dirigir para a porta.
Foi bom que, do lado de fora, estava fresco mas não frio, uma bela noite – ou início de manhã – para a primeira semana de outubro. Era engraçado, mas ao contrário de seus amigos, eu não sentia nada além de contentamento por Dane e uma espécie de tranquilidade por mim. Eu tinha acompanhado meu irmão através de um marco em sua vida. Estava muito grato.
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