Questão de tempo - 21

Um conto erótico de Bib's
Categoria: Homossexual
Contém 3081 palavras
Data: 16/07/2016 17:18:27

Na sexta-feira seguinte, Dylan e eu decidimos tomar nossos drinks de happy hour em um novo lugar. Era chamado de Molly Cool’s Dive Bar e estávamos nos divertindo jogando dardos. Tínhamos sido advertidos uma vez que íamos ter que parar se alguns deles não começassem a atingir o alvo. Eles estavam voando por todo lugar – sobre as mesas de bilhar e paredes, nas bebidas de outros clientes. Foi uma má ideia, de modo que desistimos de jogar e começamos a beber Screwdrivers . Não era o tipo de lugar que servia Cosmopolitan ou Mojito. Ou bebíamos Screwdrivers ou Tom Collins, se quiséssemos uma bebida alcoólica que não fosse cerveja ou tequila. Dylan me desafiou a tomar uma dose de tequila com ela e então, é claro, que no momento em que seu marido apareceu, estávamos muito felizes em vê-lo.

“Ótimo,” ele gemeu. “Vocês estão bêbados?”

“Não,” eu assegurei, balançando a cabeça, tentando não sorrir. “Nós estamos bem. Podemos ir jantar.”

“Todas as evidências provam o contrário.” Ele revirou os olhos para mim, enquanto puxava a mulher de pé. “Só não cantem, tudo bem?”

“Eu canto bem,” Dylan lhe informou solenemente.

“Não, querida, você realmente não canta,” garantiu ele, agarrando meu bíceps, puxando-me para fora da banqueta, deslizando o braço em volta do meu pescoço para me firmar antes de segurar sua esposa. “Mas Jory também não canta, como nós descobrimos na quarta-feira, quando saímos com Dane.”

Tinha sido uma noite divertida. Dylan e eu ficamos altos com o vinho da casa no Tulio’s e, para acompanhar a lasanha e o frango Tetrazzini que foi servido no estilo familiar, cantamos músicas do songbook de Mariah Carey. Chris tinha ficado mortificado até que viu o sorriso de Dane. Ele nos fez calar enquanto comíamos, mas na caminhada até o carro, ele encorajou tanto Dylan quanto eu a liberarmos nossas divas internas. Foi engraçado e Chris agora entendia que Dane tinha uma apreciação para o ridículo e que verdadeiramente gostava de mim. Tudo o que eu fazia estava bem.

“Você sabe, Jory, para quem Dane Harcourt é – ele é um cara muito legal.”

“Eu sei,” eu arrotei.

“Nojento...,” ele gemeu e empurrou-me pela porta à frente dele e de Dylan.

Dinner Date era um pequeno restaurante íntimo no centro que servia um aperitivo de fondue de queijo com base de cerveja e copos enormes de Long Island Iced Tea. Eu pedi um, assim como Dylan, e Chris nos advertiu para que não derramássemos. Quando um homem apareceu perto da mesa, todos nós olhamos para ele.

“Pessoal, esse é Ray Alvarez, que nos deu o cano no último sábado.”

“Isso não é justo,” ele disse rapidamente, e minha cabeça se levantou porque a voz era tão profunda e aquecida com um sotaque muito melífluo. “Você deve ser Jory,” ele sorriu para mim, estendendo a mão. “É bom finalmente colocar um rosto junto ao nome.”

Eu concordei e apertei sua mão. “Você também.”

“Eu entendo que nós dois conhecemos Nick Sullivan.”

“Sim,” disse eu, percebendo que ele ainda segurava minha mão.

Ele apontou para a cabine. “Posso me sentar?”

“Claro,” eu disse a ele, que ele soltou minha mão, ao mesmo tempo deslizando para o assento ao meu lado.

Ele se virou para olhar para mim. “Então, há quanto tempo você conhece Nick?”

“Cerca de um ano.”

“Ah, então mais do que eu.”

“Sim, mas você teve todo o lace do relacionamento com ele.”

Ele riu e eu entendi de onde a obsessão de Nick tinha surgido. Se você chamasse a atenção de Ray Alvarez, queria mantê-la. E não porque ele era tão lindo de morrer, mas seus olhos eram escuros e líquidos e o sorriso que tinha aquele traço de impertinência em vez de gentileza e sua voz ressoava dentro de você. Seu cabelo era quase preto, grosso e reto, curto na parte de trás, mas mais longo em cima. Parecia macio e eu desejei tocá-lo e sentir.

“Nós saímos algumas vezes,” ele me disse. “Não se tratava de uma relação.”

Eu não estava escutando. “O que?”

Seu sorriso era largo e, sob a mesa, seu joelho encostou no meu. “Estamos falando de Nick.”

“Oh, claro.”

Ele apoiou o queixo na mão, estudou o meu rosto, seus olhos vindo descansar em minha boca. Engoli em seco, percebendo de repente quanto tempo fazia que eu não ia para a cama com ninguém. Eu senti o sangue correr para minha virilha quando ele se inclinou para perto de mim.

“O que vocês estão bebendo?” ele perguntou, olhando para meu copo vazio, sorrindo para Dylan, “porque, o que quer que seja, é enorme.”

“Long Island Iced Tea.” Ela riu, estendendo sua mão até o outro lado da mesa para tocar na dele.

Ele apertou com força e sorriu para ela.

“Eu estava com raiva de você por ter deixado Jory na mão.”

“Dy” Eu a repreendi.

“Não, está tudo bem,” ele me disse, com o sorriso lá novamente. “Eu fiquei preso explicando as coisas para Nick e não consegui sair de lá. Eu realmente queria conhecê-lo naquela noite e espero que você não use isso contra mim.“

“Claro,” eu concordei e Chris se levantou.

“Eu tenho que mover o carro, gente, já volto.”

“Preciso fazer xixi,” Dylan anunciou e eu franzi o cenho.

“O que?”

“Informação demais,” eu a lembrei. “Só Ei caras, eu já volto seria o suficiente .”

“Oh, não seja uma menininha,” ela falou enquanto escapava da cabine.

“Vocês são bonitos juntos,” Ray me disse quando eu me recostei.

“Eu sou louco pela garota,” eu disse, virando minha cabeça para olhar para ele.

“Jory, eu gostaria de levá-lo para jantar amanhã?”

“Isso foi rápido.” Eu olhei para ele.

“Eu gosto do que vejo,” ele disse suavemente. “E eu deveria alimentá-lo antes de levá-lo para casa.”

“Eu vou indo para casa com você?”

“Depois do jantar amanhã à noite, sim, você vai.”

“Sei.”

“Eu liguei para Nick e ele me contou tudo sobre você. Ele diz que você é incrível na cama.”

“E você confia nele, já que disse a ele que era uma transa ruim?”

“Verdade,” ele sorriu largamente. “Mas só porque Nick é ruim de cama não significa que ele não saiba o que é bom.” Ele riu com indulgência. “Além disso, seu rosto é lindo, e eu aposto que o resto de você bom também. Estética é uma parte importante.”

Eu balancei a cabeça, me afastando dele, me sentando em linha reta.

“Quantos anos você tem?”

Ele não tinha notado a minha lenta retirada e eu não me importava. “Tenho 23 anos. E você?”

“Estou com 30 anos,” ele balançou a cabeça, me olhando como se eu fosse algo que ele estava pensando em comprar. “E sem quebrar o clima agradável que temos aqui, posso fazer uma pergunta?”

Que clima? “Vá em frente.” Não era culpa dele o fato dele ser tão convencido. Ele era quente e eu tinha certeza de que todos que recebiam sua atenção, provavelmente o tratavam como um presente.

Ele tomou uma respiração rápida. “Nós dois estivemos com Nicky e eu sei que ele é versátil, então...” Ele deixou o resto da frase pendente enquanto olhava meu rosto.

“O que?”

“Você é versátil também ou tem uma preferência?”

Eu sempre tinha feito de um jeito, mas eu não estava disposto a compartilhar essa informação. “Ray, estou muito lisonjeado que você queira sair comigo, mas, infelizmente, estou ocupado amanhã.”

Seu sorriso diminuiu um pouco. “Domingo, então.”

“Que tal eu ligar pra você?”

Levou um segundo para que ele percebesse o que eu estava dizendo. “Você está falando sério? Você está me dispensando?”

Eu dei de ombros.

Ele fez uma careta. “Você está bêbado?”

“Um pouco.” Eu sorri. “Mas essa coisa toda de uma noite só não me atrai.”

Ele olhou nos meus olhos. “Você está me dispensando.”

“Sim.”

“Eu?”

Eu sorri amplamente. “Sim.”

Ele me encarou um minuto antes de se levantar e ir embora. Quando Dylan e Chris voltaram para a mesa, eu estava sozinho.

“Jory, onde está...”

“Foi embora,” interrompi minha amiga, sorrindo para ela.

“Mas...”

“Pessoal.” Eu sorri para os dois. “Vocês estão proibidos de arranjar um encontro para mim de novo.”

Chris apontou para sua esposa. “A ideia foi dela.”

Eu ri pela rapidez com que ele a delatou.

“Jory.” Ela riu, pegando a minha mão sobre a mesa.

“Com licença.”

Levantei minha cabeça rapidamente e me vi olhando para Sam Kage.

“Eu preciso falar com você agora.”

“Ok.” Tentei respirar, deslizando para fora da cabine, a sua presença, e não o álcool, me deixando instável.

“Ande logo,” ele quase rosnou para mim.

“Jory,” Dylan disse rapidamente antes que eu pudesse me afastar da mesa. “Quem é esse?”

“Oh, hum, este é o detetive Kage. Detetive, estes são meus amigos, Dylan e Chris Greer.”

Ele acenou com a cabeça, franzindo as sobrancelhas, os músculos de sua mandíbula rígidos. “Olá,” ele disse rapidamente, seus olhos voltando rapidamente aos meus.

“Eu volto logo,” assegurei antes de andar diretamente pela porta da frente até a rua. Eu me virei para encará-lo e ele estava mais perto do que eu pensava, então dei outro passo para trás para aumentar o espaço entre nós.

Ele olhou para mim um longo minuto antes de me perguntar como eu estava.

“Eu estou bem. Você?”

Ele acenou com a cabeça. “Estou bem.”

Enfiei as mãos profundamente em meus bolsos. “O que você está fazendo aqui?”

Suas próprias mãos estavam enterradas nos bolsos de seu casaco de lã. “Nós temos um problema.”

“Nós quem?”

“Nós, o departamento de polícia,” ele esclareceu.

“Ok.”

“Lembra-se da noite que você viu Brian Minor matar aquele cara?”

“É claro.” Eu tremi, em parte pelo frio, em parte pela memória.

“Bem, você se lembra do rosto de qualquer um dos outros caras?”

“Claro.”

“Sim, bem,” ele exalou bruscamente “acontece que um desses caras é um pouco mais bem conectado do que pensávamos.”

“Eu não estou entendendo.”

“Sabe o último dia que você passou na minha casa... você se lembra, naquela manhã, quando você me ligou e eu já estava trabalhando?”

“Sim.”

“Ok, bem, naquela manhã eu estava, na verdade, em seu antigo apartamento. Acontece que o proprietário o alugou logo depois que você foi embora para um cara jovem, que se parecia muito com você.”

“Como assim, como eu?”

“Jovem, loiro... eu notei logo de cara.”

Forcei um sorriso. “Você está me assustando um pouco. Apenas diga o que você...”

“Jory, alguém cortou o cara que parecia você em seu antigo apartamento e deixou claro que eles pensaram que era você.”

“Como?”

“Eles escreveram algo na parede.”

“Na parede?” Eu tremi, engolindo em seco. “Com o quê?”

“Só – estava lá, ok? Não foi feito para parecer um acidente. Foi uma mensagem para nós que eles haviam achado você e também era uma advertência a qualquer um que pudesse pensar em falar.”

Eu balancei a cabeça. “Mas não era eu.”

“Não.”

“E todo mundo me viu no tribunal.”

“Certo.”

“Brian se tornou testemunha do estado, não foi?”

“Sim, ele se tornou.”

“Ok, então o que isso...”

“Acontece que o problema nunca foi Brian.”

“Me perdi agora.”

“Havia outro cara lá na noite em que Brian atirou em Saul Grant.”

“Havia um monte de caras.”

“Sim, mas um em especial era importante. Protegido de Brian, Roman Ivanovich Michaelev.”

“Protegido?”

“Sim. Roman deveria estar aprendendo o negócio de Brian.”

“Por quê?”

“O pai de Roman é, na verdade, o chefe de Brian.”

“E daí?”

“E daí que Brian nunca deveria matar ninguém e colocar Roman em risco.”

“Mas ele matou.”

“Ele matou.”

“Por quê?”

“Porque Brian é um animal.”

“Ok.” Eu dei de ombros. “Eu não tenho ideia de quem...”

“Mas ele sabe quem é você, Jory, e agora você é o único que pode colocá-lo na cena do crime.”

“Brian também pode.”

“Não, não pode.”

“Do que você está falando?”

“O problema é que todos que estavam na casa naquela noite, incluindo Brian, agora estão mortos.”

“Ah, merda,” eu exalei. “Brian está morto?”

“Está. Ele foi esfaqueado até a morte há duas semanas.”

“Eu pensei que ele estivesse no programa de proteção à testemunhas ou sei lá o que.”

“E ele estava.”

“Ele estava? Então – o quê? Como ele foi assassinado cercado por pessoas que, supostamente, estavam protegendo-o?”

“Parece que temos um vazamento.”

“Você quer dizer que alguém disse onde Brian estava.”

“Certo.”

“Quem?”

“Se soubéssemos quem, não teríamos um vazamento. Eu poderia simplesmente lhe dizer quem era.”

Eu balancei a cabeça. “Ok, então o que acontece agora?”

“Bem, você sabe que é a única pessoa que estava na casa quando Brian Minor matou Saul Grant, que ainda está respirando no momento, além de Roman.”

“E ele quer me matar.”

“Quer.”

“Por quê?”

“Porque você o viu lá, pode colocá-lo lá, e...”

“Mas quem atirou em Saul foi Brian. Os outros só ficaram olhando.”

“Olhar faz de você um cúmplice, Jory, não faz de você inocente.”

Eu balancei a cabeça. “Então, Roman ainda vai tentar me matar mesmo que Brian esteja morto.”

“Sim, porque ele ainda está sendo acusado de um crime, desde que você esteja por perto.”

“Vou ter que testemunhar contra ele?”

“Não, você já deu sua declaração. Eles esperam que ele faça um acordo.”

“Mas, enquanto isso, se acontecer de eu aparecer morto, ele se livra.”

“Certo.”

Levei um minuto para digerir tudo. “E agora?”

“Bem, na noite passada houve alguma atividade sobre você. Ninguém sabe onde você está, parece que você sumiu de vista.”

“E?”

“E eles estão procurando por você.”

“Para me matar.”

“Sim.”

Eu me concentrei na respiração para não hiperventilar.

Ele estava me estudado, os braços cruzados sobre o peito. “Foi um belo toque, mudar o nome de Keyes para Harcourt. Você pensou nisso ou foi seu chefe?”

“Bem, ele não é mais meu chefe. Eu mudei de emprego.”

“Ah. Você ainda mora no mesmo lugar?”

“Sim.”

Ele acenou com a cabeça. “Bem, eu não acho que você vá me deixar colocá-lo sob custódia desta vez?”

“Não parece ter adiantado para Brian.”

“Realmente,” ele admitiu.

“Então... não.”

“Ok.”

Ficamos em silêncio por longos minutos.

“Se Brian e Roman eram amigos, por que ele matou Brian?”

“Primeiro, como eu disse, Brian colocou Roman em perigo ao assassinar Saul com Roman bem ali, e segundo,” ele suspirou, puxando o cabelo para trás de seu rosto severo. “Quando tudo deu errado, Brian estava se tornando-se evidência do estado. Ele teria enterrado Roman e seu pai.”

Eu balancei a cabeça.

“Você entendeu, certo?”

“Sim,” eu disse a ele olhando para meus sapatos.

“Então você deve...”

“Não levar um tiro,” eu disse para o chão.

“Sim. Se esforce bastante.”

“Ok.”

Houve um longo silêncio.

“Eu vi você na semana passada, com Dominic e sua garota Maggie,” eu disse para mudar de assunto, levantando os olhos para ele.

“É mesmo?”

“Sim.” Eu sorri para ele.

“Por que você não parou?”

“Qual teria sido o objetivo?”

Ele deu de ombros. “Não sei.”

Eu limpei minha garganta. “Escute, eu estou congelando, então vou voltar para dentro. Foi bom vê-lo e eu realmente agradeço você ter me procurado para me dizer tudo isso. Serei cuidadoso.”

“Bom.”

Eu pressionei meus lábios e dei a volta dele, nervoso por qualquer motivo.

“Quem era aquele cara que eu vi falando com você na cabine?”

Eu me virei para olhar para ele.

“Jory?”

“Que cara?”

“Agora pouco. Havia um cara... quem era ele?”

“Ah... ninguém.”

“Ninguém? Ele estava sentado terrivelmente perto de você.”

Eu fiz uma careta. “Um cara querendo se dar bem. Eu o mandei voltar por onde veio.” Queria saber quanto tempo ele ficou me observando antes de se aproximar para conversar.

“Você não está interessado em se dar bem?”

“Eu não estou interessado em um caso de uma noite,” eu disse a ele. “Não sou assim.”

“Não?”

Eu sorri preguiçosamente. “Eu costumava ser assim, eu admito, mas não sou mais.”

Ele acenou com a cabeça. “Ok.”

“Você se divertiu durante as festas de fim de ano?” Eu perguntei, andando para trás, ainda de frente para ele.

“Bastante. Meus pais são loucos por Maggie e a família dela é demais.”

“Ótimo,” eu disse sem convicção, girando ao redor.

“Jory.”

Eu não parei de andar, mas olhei para ele por cima do ombro.

“Tome cuidado.”

“Sim, senhor, Detetive Kage,” eu disse suavemente, abrindo a porta, sentindo o ar quente me envolver quando eu entrei no restaurante. Eu estava tão orgulhoso de mim mesmo por não desabar, mas estava exausto de toda a energia que gastei. Quem diria que fingir indiferença poderia ser tão cansativo?

Eu insisti para que Dylan e Chris ficassem e jantassem. Eles poderiam transformar a noite em um encontro. Para mim foi um desastre, entre Ray sendo um idiota e Sam tendo se tornado um estranho. E apesar de ter estado congelando, eu decidi ir para casa andando para limpar a minha cabeça. Fiquei surpreso quando meu telefone tocou.

“O que?” Eu perguntei irritado, lendo número no meu visor antes de atender.

“Eu acabei de desligar o telefone com Ray,” Nick começou. “Ele me acusou de fazer você dispensá-lo para me vingar dele. Eu disse a ele que não tenho esse tipo de poder sobre você.“

“E você não tem.”

“Eu sei que não,” ele disse rapidamente. “Como eu falei, foi o que eu disse a ele.”

Fiquei em silêncio.

“Então, só pra conferir, por que o recusou?”

“Porque o cara é um idiota, Nicky,” eu disse a ele. “Por que você, com todas as suas vantagens, deixaria um cara como ele chegar perto de você? Ele é um babaca arrogante.”

“Eu sei.”

“Então, por que?”

“Ele é insistente, J. Ele agiu como se estivesse realmente afim de mim e eu...”

Eu fiz um barulho. “Ele é um completo babaca. Eu teria que ser lobotomizado antes de deixá-lo se aproximar de mim.”

Ele riu. “Sabe, eu gosto de você, de verdade. Quer passar aqui e comer um pedaço de torta comigo?”

“Torta?” Sorri para o telefone. “Ainda não decidi se ainda gosto de você.”

“Você gosta de mim. Sou simpático. Posso ser um idiota, mas eu sou simpático.”

“E então, o quê? Vamos ser amigos agora?”

“Poderíamos, por favor?”

Ele tinha errado, eu também – na verdade, éramos totalmente compatíveis. “Ótimo. Devo ir agora?”

“Seria bom.”

Então, à uma hora da manhã eu fui até o hospital, peguei meu amigo, e fomos comer torta de pêssego e tomar café. Ele me contou tudo sobre Ray Alvarez e nós rimos como idiotas. Ele acabou deixando leite escapar de seu nariz. Você nunca pode ter amigos demais.

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Comentários

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AINDA APOSTO EM SAM COM J. MAS ACREDITO Q O PARCEIRO DE SAM DEVE ESTAR ENVOLVIDO NISSO ATÉ O PESCOÇO. PROVAVELMENTE ELE É QUEM ESTÁ PASSANDO INFORMAÇÕES PRO OUTRO LADO. VAZANDO AS INFORMAÇÕES. CUIDADO J.

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olhe se vc puder me enviar o livro pro meu email eu vou agradecer bastante meu email e mongeclass@gmail.com

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Já estou com saudade dessa história...

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