Continuação...
-Mas... -Eu ía contestar.
-Mas nada... Se não casar comigo, não faço mais isso com vc... -Falou girando o dedo, ainda dentro de meu sexo. -Eu tava com saudade disso... -Falou, parecendo recordar.
-Ahhh... Mas... E minha mãe? -Falei sentindo seus dedos ainda se movimentando lentamente, como se não se importasse com meu recente orgasmo.
-Diz pra ela... -Falou com os lábios colados em meu ouvido. -Que vc não consegue viver....
-Hum? -Uni um gemido a uma pergunta. Sem nexo.
-...Sem trepar comigo... -Falou Convencida, mordendo o lóbulo da minha orelha, os dedos ainda me massacravam, agora lentamente, enquanto a outra mão, apertava minhas nádegas.
-Eu... Hmmm... Não quero... Ahh... Casar agora... Vc não... Ohh... Saber o que... Quer -Falei entrecortado em meio aos gemidos. Ela era louca de me pedir isso.
-Ok. -Disse parando tudo.
-Ham? -A olhei incrédula, enquanto ela soltava meus braços. -Por que parou? -Perguntei sem entender.
-Vc disse que não quer casar, pra mim a única que não sabe o que quer, é vc. -Falou séria.
-Mas... -Tentei contestar e fui cortada por ela.
-Me dê seus pulsos. -Falou sacando a chave das algemas.
Eu ergui os pulsos pra ela e ela me soltou. Fiquei sem entender, enquanto ela se afastava e ía pra perto de uma pequena janela.
-Valéria... -Novamente fui interrompida.
-Pode ir, Helena. Vc está livre. -Ouvi sua voz embargada e percebi que ela limpava algumas lágrimas discretamente.
-Valéria, não faz isso... Vc não entende, eu... -Disse enquanto me aproximava.
-Vai embora, Helena. -Falou erguendo os braços pra me afastar.
-Quero que me leve, por favor... Júlia deve estar preocupada e eu quero conversar com vc... -Pedi mansamente.
-Eu te levo. Mas o assunto está encerrado. -Disse ríspida.
-Tudo bem. -Respondi contrariada.
Nós saímos dalí e subimos na moto.
Quando chegamos, ela parou a moto e ficou olhando pra frente, me evitando.
-Pensei que sentisse algo por mim. Pena, talvez. Mas vejo que até isso é impossível. -Lhe falei, antes de descer.
-Helena, eu... -A interrompi.
-Seja feliz, Valéria. Boa noite. -E saí caminhando.
-Ei, espera... -Senti sua mão tocar meu braço e a olhei. Estava chorando.
-Eu preciso ir. -Falei me contagiando com suas emoções.
-Me perdoe, eu... Amo vc... Preciso que esteja comigo. Não quero que se afaste... -Parecia perdida.
-Isso é mentira. Vc não me ama! Só quer me prender por que lhe convém. -Tentei me soltar, chorando também.
-Eu te amo! Tenho medo que me troque por outra pessoa! Será que não entende que eu morro de ciúmes de vc? -Aquilo me pegou de surpresa. Arregalei os olhos a encarando. Depois do choque, minha única reação foi saltar e beijá-la, como se tudo o que existisse fosse nós e o beijo.
-Hmmm... -Nossos gemidos eram abafados pelo beijo, a respiração estava ofegante e senti suas mãos pressionarem minhas costas e bunda.
-Vem... -Disse parando o beijo e me abrançando muito forte. Eu não falei nada, apenas fomos abraçadas para o outro lado da rua, onde ficava a praia, agora deserta.
Nos deitamos na areia e continuamos o beijo molhado de línguas afoitas e as carícias nada inocentes.
-Tira tudo... -Sussurrou em meu ouvido antes de se erguer sobre mim para me ajudar a ficar nua.
-Linda... -Sorriu me observando assim pela milésima vez, como se fosse a primeira. Eu corei, antes de decretar:
-Sua vez. -Mordi o lábio anciosa.
Ela se despiu e eu a observei com desejo.
-Isso... -Sibilou após eu afastar minhas pernas, dando espaço para que ela se encaixasse.
-Ahh... -Gememos juntas. O contato me fez arrepiar.
-Assim... -Soltei ao sentir seu clitóres deslizar por sobre o meu. -Hmmm... Continua... -A areia quente, assim como a água gelada que tocava nossos pés, aumentava meu tesão.
-Geme... Ahh... -Foi a vez dela sussurrar.
-Ai...
Em um movimento, ela se virou, me deixando por cima. Eu logo me sentei e rapidamente continuei os movimentos, rebolando com afinco, enquanto suas mãos apertavam meus seios.
-Safada... Ahh... Eu vou... Gozar... -Gemeu Valéria. Eu aumentei a velocidade E nós gozamos juntas.
-Eu te amo, Helena.
A lua e as estrelas testemunhavam tudo, silenciosas.
-Eu te amo, Valéria. -Sorri me aninhando em seus braços, com a cabeça em seu peito, ainda nua. Felizmente o clima estava quente, literalmente.
-Helena... -Sussurrou mexendo em suas roupas ao nosso lado e pegou de lá uma caixinha conhecida.
-Meu anel... -Olhei e vi meu anel de noivado, que eu joguei no chão no dia em que fui embora. Ela colocou em meu dedo.
-Sim... Vc precisa ir, sua amiga deve estar te esperando.
-Mas... -Me lembrei de algo.
-O quê? -Perguntou me acariciando.
-Precisamos planejar nosso casamento. -Me ergui pra encará-la. -Afinal, até amanhã, temos pouco tempo
Ela pareceu surpresa e ficou me encarando, sorrindo abobadamente.
-Eu não acredito, meu amor. -Me abraçou. -Mas não precisa ser amanhã... Quer dizer, não temos nada pronto... Pode ser daqui a uma ou duas semanas. -Eu ri da ânsia de Valéria e a beijei.
-Quando vc quiser... -Sorri, mas meu riso logo morreu, quando lembrei de minha mãe.
-O que foi? -Perguntou preocupada.
-Minha mãe... -A olhei consternada, ao que ela me tranquilizou, segurando em minha mão e dizendo:
-Eu falo com ela, amanhã.
-Mas... Vc vai voltar pra nossa cidade?
-Sim, preciso trabalhar e no fim de semana que vem eu volto.
-Eu quero voltar também... Por favor? -Pedi manhosamente.
-Tudo bem. Esteja pronta amanhã às oito.
-Tá bom. -Lhe dei um selinho.
-Vem cá... -Me puxou pra bem perto e beijou demoradamente.
-Se veste porque infelizmente, eu preciso te deixar em casa...
-Ah... -Fiz uma cara de cão abandonado a olhando se vestir.
-Não se preocupe, esta semana, matamos a saudade. -Sorriu maliciosa e eu ainda a contragosto, fui me vestir e nós saímos.
-Até amanhã. -Valéria me deu um último beijo antes de me largar na casa de Júlia.
-Helena! Onde vc estava? Eu quase morri do coração e... -Ela continuou seu discurso da preocupação e eu apenas me lembrava de um belo par de olhos verdes.
-Amiga? Ei? Por que o sorriso, Helena? Tirou os atrasos, foi? -E riu da minha cara. Eu contei tudo a Júlia que terminou dizendo:
-Na praia? Vcs são duas loucas! Mas eu te ajudo com a festa, amiga.
-Bem, eu quero algo bem simples. Valéria não se dá bem com a família, só a mãe e tem poucos amigos e eu também.
-Tudo bem, não se preocupe. Mas e o vestido? -Falou com os olhos brilhando.
-Nem pensei nisso ainda.
-Vai ser branco? -Júlia sabe ser chata.
-Talvez. Valéria quer que seja.
-Que fofa!
Eu conversei mais um pouco com Júlia e deixei escapar sobre Tamires e a jardineira.
-E vc já parou pra pensar que ela queria te testar? -Disse Júlia após ouvir minha tentativa frustada de dormir com a jardineira.
-Sim... Mas porque?
-Ah, a Valéria é bem mais velha que vc né amiga, talvez seja isso.
-É, vc deve ter razão. Só tenho pena de Tamires.
-Mas e vc já pensou em apresentar ela pra jardineira?
-Não... -Nós começamos a rir e logo depois eu fui tomar banho e me deitar.
Já era tarde quando deitei, mas estava sem sono e Valéria não me saía da cabeça, estava mais apaixonada do que nunca. E com tesão. É, foi muito tempo sem tê-la e o que havia acontecido na delegacia e na praia, não havia apagado meu fogo por completo.
-Ahh... -Gemi baixinho após abrir minhas pernas e meio sem jeito, me tocar. Caramba! Eu estava mais molhada que de costume.
Continuei gemendo e me penetrei com um de meus dedos, a outra mão, massageava os seios.
-Ohh... -Gozei antes do que esperava e ainda sobre o efeito do orgasmo, mandei um sms pra ela:
"Vc me deixa louca... Por favor, venha aqui amanhã, antes das oito, já estou morrendo de saudades... E vontade. Beijos"
Continua...
Então galera, vamos comentar? Desculpem a demora! Beijos