Encontrei-me com ela as 17h. Havíamos combinado um jantar a dois. Passamos no mercado a fim de comprar alguns ingredientes que faltavam, vinho, morangos e nutella.
Ao chegarmos no meu apartamento deixamos as sacolas no balcão da cozinha.
"Vou tomar uma ducha" anunciou ela. Olhei-a tentado a acompanhá-la mas infelizmente o lugar estava uma zona e eu não gostaria que ela perdesse tempo limpando a casa. Rapidamente recolhi o que havia espalhado pelos cômodos, varri, espanei, passei pano. "UFA". Tudo pra agrada-lá. Após alguns minutos ela saiu do banho, ainda enrolada na toalha. Meu Deus, como eu queria ser aquela toalha!! Pegou a mochila do sofá e seguiu para o quarto a fim de trocar-se.
Resolvi iniciar o preparo do jantar. Coloquei o macarrão no fogo enquanto cortava algumas rodelas de calabresa. Abri a primeira garrafa de vinho e enchi duas taças. Ela gostava de beber enquanto cozinhava, aprendi isso logo que a conheci. Coloquei as rodelas de calabresa no fogo com água para eliminar um pouco do sal. Caminhei até o aparelho de som portátil e coloquei uma música da Rihanna. Tudo exatamente do jeito que ela adorava.
Quando ela saiu do quarto tive que conter o fôlego. Engoli um pouco do vinho e quase engasguei.
"Esqueci meu pijama. Espero que não se incomode de que eu use uma de suas camisas."
O cabelo molhado, as pernas nuas e a camisa masculina que usava resultou em quase ser impossível de resistir. Senti vontade de joga-lá no sofá e tocar todo o corpo esbelto e curvilíneo dela.
Ela seguiu para o balcão da cozinha americana. Sorveu um pouco do vinho e olhou o fogão.
Abriu a geladeira e pegou alguns tomates e manjericão. Assim que o jantar esteve pronto sentamos a mesa e comemos em silêncio. Aquela noite ela esteve quieta, uma ruga esticava-se em sua testa.
"Há algum problema?" Perguntei observando suas expressões.
Ela abriu levemente a boca e fechou. Deveria estar pensando no que dizer como sempre fazia. Calculava e desenhava as palavras em sua mente antes de falar qualquer coisa. Esperei até que se sentisse a vontade.
"Acho que o Léo e eu... Nosso relacionamento... Quero dizer, acabou" Meu coração disparou e senti um pulsar gelado em meu corpo. Encarei-a e notei que apesar de parecer tranquila uma lágrima escorreu em seu rosto. Com a cabeça baixa tratou de secar rapidamente.
"E como você está se sentindo?" Perguntei enquanto dava a última garfada no macarrão. Ela esperou um momento e me olhou. Meu coração deu um tombo. Conhecia ela a dez anos, e todas as vezes que me procurava triste e chorava em meus braços eu me sentia mal, me sentia incapaz, eu só pensava em como tirar o sofrimento dela. Aqueles olhos verdes agora me olhavam como se pedissem consolo. Levantei e puxei-a da cadeira. Encostei sua cabeça em meu peito e ela desabou.
"Íamos casar Will. Foram cinco anos.. Eu.. Eu" ela soluçava e balbuciava algumas palavras que não consegui entender.
Levei-a até o sofá e aconcheguei-a em meu colo. Acariciei seus cabelos negros e deixei que se acalmasse.
Assim que o choro diminuiu, ela secou as lágrimas e se afastou um pouco a fim de olhar mais meu rosto.
"Me perdoe. Era pra ser nosso momento, nosso momento feliz e eu tô aqui chorando que nem uma criança" disse e sorriu. Toquei seu rosto secando as últimas lágrimas e sorri de volto.
"Sou seu amigo. Amigos servem pra isso também. Me conte o que aconteceu" Achei que não fosse falar, mas após um tempo parecia mais aliviada. Léo a estava traindo isso era bastante óbvio, mas eles eram noivos e ela o amava, não enxergava o óbvio e precisou que ele pedisse um tempo para que ela notasse que o relacionamento havia desandado a muito tempo.
"Quando você e a Renata terminaram você também se sentiu assim? Abandonado?" Seus olhos bem abertos esperavam minha resposta. Tive que me controlar pra não agarra-lá naquele instante.
"Eu não amava a Renata, e quando ela anunciou que o namoro havia acabado imaginou que eu fosse atrás dela, mas eu não fui e ela ficou furiosa" dei de ombros. Coloquei uma mecha do cabelo dela atrás da orelha e ela sorriu.
"Lembro disso. Ela me culpou, disse que eu era sua amante. Ri na cara dela" e soltou uma gargalhada. Ah! Como gostaria que realmente fosse minha amante.
Ela suspirou e baixou a cabeça.
"Eu sempre tive uma curiosidade" disse baixinho enquanto brincava com a barra da camisa.
"Qual curiosidade?" Perguntei. Ela continuava sentada entre minhas pernas e aquilo fez meu corpo acordar para a cena sensual que minha mente tratou de imaginar.
"Somos amigos a bastante tempo, mas não sou cega. Seu corpo... Digo.. Você é bastante bonito. Faz as garotas perderem o fôlego." Meu corpo e minha mente já respondiam instintivamente aquelas afirmações. Ela me olhou e ergui uma sobrancelha desafiando-a a continuar.
"É que pode parecer engraçado, mas algumas vezes as garotas comentam, sabe? Sobre você e tals"
Ela parecia um tanto envergonhada, olhava para baixo tentando evitar meu rosto.
"O que elas comentam?" Instiguei.
Ela pigarreou e respirou fundo. Achei divertido. Ela nunca foi de medir palavras comigo e agora parecia ter vergonha.
"Ah! Sobre como você é.. Bom, como você é na cama. Como seriam seus beijos. Você nu, já que tem um corpo tão musculoso e um rosto muito bonito. Elas te comparam ao Chris Evans, só que mais alcançável" ela riu e meu corpo vibrou em resposta. Ela queria saber como eu era na cama e eu queria mostrar, mas nossa estreita amizade impedia isso.
"Elas perguntam a você?" Ela se remexeu pondo-se deitada ao meu lado no sofá, encostou a cabeça em meu peito e esfregou a bochecha de leve em minha camisa comprovando o conforto.
"Quase sempre. Acham que já fizemos. Claro que neguei, mas não acreditam" ele gostaria de fazer realizar o que as outras pessoas já imaginavam mas limitou-se a assentir.
"Entendo. As pessoas tem mentes maldosas" comentei e senti negar com a cabeça.
"Não diria maldosas."
"O que diria então?" Ela levantou a cabeça e me encarou. Seus olhos verder estavam dilatados e aquilo fez meu pênis se revolver na cueca.
"Não é nada que eu já não tenha pensado alguma vez. Você nunca pensou em mim desta forma? Quero dizer, além da amizade?" Um frio percorreu a espinha e meu estômago revirou-se.
"Algumas vezes" respondi. Ela se levantou um pouco e jogou uma perna sobre mim. Virou-se e ficou de frente rodeano meu corpo com as pernas.
"Talvez possamos testar ao menos um beijo. O que acha?" Gostaria mais que um beijo, a queria nua na cama, queria sentir seu corpo e ouvir gemer enquanto te proporcionava um enorme prazer.
Assenti, era impossível conseguir falar qualquer coisa nesse momento. Ela se aproximou de meu rosto e me beijou. Seus lábios ainda tinham o gosto do vinho, eram grossos e deliciosos. Lambi seu lábio inferior e ela abriu a boca em resposta, abri caminho e enfiei a língua em sua boca. Acariciei suas costas, apertei sua bunda e segurei seus cabelos com força. Havia esperado esse momento durante dez anos. Ficamos nos beijando por um tempo e assim que ela se afastou terminando o beijo, estávamos sem fôlego e excitados. Meu pênis estava como rocha e sua bunda encaixada sobre ele não colaborava.
"Nossa!" Exclamou enquanto tentava controlar a respiração. Pôs a mão no seio e sorriu.
"Você beija bem. É por isso que as garotas correm loucas atrás de você?" Ela riu.
"Isso na verdade é só o começo" dei de ombros fingindo desinteresse.
"Acho que sei do que está falando. Estou sentindo ele pressionar minha bunda" disse e se afastou um pouco. Tocou e quase gozei naquele mesmo instante. Ela sorriu e apertou um pouco mais. Segurei sua mão e respirei fundo.
"Não comece o que não vai concluir" alertei. Ela lambeu os lábios e aquilo quase me tornou louco. Liberou um sorriso sedutor.
"Quem disse que não quero concluir?" Agarrei-a e beijei novamente, desta vez o beijo foi completo desejo e luxúria. Ela circulou meu pescoço com os braços e eu apertei sua bunda contra meu pênis. Queria-a, queria me afundar nela, queria estar dentro dela.
Puxei a camisa que usava e tirei-a por cima. Seus seios saltaram à vista e não pude resistir. Suguei os bicos, lambi, beijei, mordisquei. Era deliciosa, como imaginei durante anos. Ela gemia e aquilo me instigou a mais.
"Vamos para cama" segurei-a em meus braços e levei-a a cama. Me pus entre suas pernas e admirei seu corpo seminu. Apenas a calcinha se entrepunha entre mim e o caminho da felicidade. Retirei enquanto deixava um rastro de beijos em suas pernas. Ela respirava forte. Tirei minha camisa e a bermuda. Voltei para o meio de suas pernas e toquei sua pele, bem no centro de seu prazer. Ela gemeu meu nome e aquilo me incentivou a fazer o que sempre desejei. Lambi a ponta de seu clitoris e enfiei um dedo comprovando o quanto estava quente e úmida. Pronta pra mim. Suguei, lambi, beijei. Ela se contorcia e segurava meus cabelos com força. Notei seu corpo vibrar e logo soltar-se sobre a cama respirando descompassada.
Levantei a cabeça para olhar seu rosto e vi o desejo estampado em seu rosto.
"Por favor, Will" sussurrou. E aquilo quebrou qualquer limite, não havia forças para me afastar dela. Subi beijando sua barriga, seus seios, rocei seu pescoço e o lóbulo de sua orelha. Ela gemia e eu adorava aquele gemido. Ela havia pedido e sussurrado meu nome exatamente como imaginei, não, melhor do que imaginei. Beijei-a novamente e ela me apertou contra seu corpo. Me livrei da cueca e meu pênis deu um salto. Gemi.
Senti as mãos delicadas acaricia-lo e aquilo quase me fez gozar. Mas ainda não, eu precisava estar dentro dela primeiro. Ela me encaixou na entrada e empurrou um pouco para dentro. Soltou as mãos e prendeu-se em meu pescoço. Escorreguei para dentro com calma, abrindo caminho.
"Tão apertada. Tão quente" sussurei e beijei seu pescoço. Com movimentos leves comecei o vai e vem. Assim que notei como se empurrava de encontro ao meu corpo acelerei as imvestidas e foi aí que ela quase gritava. Aquilo me deixou louco e me fez perder o controle. Enfiei com força, num vai e vem frenético. Até que senti contrair a vagina e aí que não pude mais segurar. Gozamos juntos. Me deixei cair sobre ela por uns instantes até recuperar o sentido. Meu coração batia desparado.
Saí de cima dela para não esmaga-lá. Deitei de costas do colchão e puxei ela para que se aconchega-se em meu peito.
Ela suspirou e roçou a bochecha em meu peito como sempre fazia.
"O que fizemos?" Olhou-me e sorriu. Beijei sua testa.
"Eliminamos sua curiosidade" ela riu e tocou meu queixo.
"Se eu soubesse que seria assim teria pedido isso muito antes. Foi tão.. Tão incrível. Eu.. Acho que era pra estarmos envergonhados agora" ela apertou os olhos e vincou a testa. Por fim sorriu.
"Não costumo me martirizar por algo que eu quis" respondi acariciando seu cabelo.
Ela sorriu, eu sorri de volta. Adormecemos assim.
Acordei primeiro e tratei de preparar o desjejum. Arrumei a mesa e quando esteve tudo pronto resolvi acorda-lá. Era incrivelmente linda dormindo. Como um anjo.
"Linda" chamei enquanto beijava seu pescoço. Ela se esticou e apertou seus braços em meu pescoço.
"Não quero levantar. Deite comigo aqui" sua voz era rouca e seus olhos permaneciam fechados enquanto falava.
Abracei-a e puxei-a para mim.
"O café tá pronto. Hoje é sábado, podemos voltar pra cama assim que comermos" ela sorriu e fez beicinho.
"Só se me carregar até a mesa" abriu os olhos devagar e me encarou.
"Com prazer" levei-a nos braços enquanto a beijava.
Minha! Pensei. Como tinha desejado aquilo, e acontecia. Graças ao ex. Graças aquelas amigas que questionavam-na sobre mim. Curiosidade, chamou de curiosidade. Deixei-a na cadeira e sentei a sua frente. Comemos e falamos do que podíamos fazer aquela tarde. Me concentrei no que ela falava tentando ignorar o que minha mente gritava. SEXO! SEXO! PODEMOS FAZER SEXO! Mas ela falava algo sobre filmes, séries e pipoca. Tomamos banho separados, para minha infelicidade. Ela saiu do banheiro enrolada na mesma toalha que eu tinha desejado ser na noite anterior. Trocou-se no quarto enquanto eu organizava as coisas na cozinha. Ela me ajudou a arrumar a casa e assim que terminamos nos estiramos no sofá. Coloquei um filme de comédia e a vi rir à gargalhadas. Aquele sorriso tão magnífico. Logo que o filme acabou ela se virou pra mim.
"Você não prestou atenção em nenhuma cena do filme" acusou-me. Eu realmente tentei, mas minha mente só conseguia focar na mulher sentada com as pernas cruzadas como um buda e vestida apenas com uma camisa masculina.
"Já tinha assistido." Dei de ombros. Ela me encarou séria e seus lábios formaram uma linha.
"Se arrependeu não foi?" Fez uma careta e roçou os dedos nervosa.
Me aproximei dela e toquei seu rosto.
"O Léo sempre me disse que sou fria na cama" sussurrou. Seu hálito tocou minha pele pela proximidade em que estávamos.
"Então o Léo é um imbecíl." Ela me olhou e eu senti meu corpo arrepia-se. Beijei-a e toquei-a em toda extensão do corpo. Tão linda e apaixonada. Nos entrelaçamos no sofá enquanto nos beijávamos. Retirei sua camisa e joguei no chão, o mesmo fiz com a calcinha. Depois ela me ajudou a me despir. Assim que retirou a cueca tocou meu pênis com a ponta da língua, lambeu e apreciou o sabor. Olhou-me nos olhos provocante e com toda vontade enfiou a carne dura em sua boca. Sugou, beijou, lambeu e quase me pôs louco. Quando estava a ponto de esvaziar-me puxei-a para mim.
"Não quero gozar agora. Ainda não" Coloquei-a sentada em meu colo e a fiz subir e descer, deixei que ela ditasse o ritmo, queria mostrar o quanto ela me fazia submisso. Assim que aumentou o ritmo ajudei fazendo seu corpo subir e descer mais rápido. Alguns momentos depois senti contrair-se, estoquei mais três vezes e por fim me derramei dentro dela.
Ela jogou a cabeça pra trás e eu afundei meu rosto em seu pescoço. Respiramos fundo procurando o ar que havíamos perdido por uns instantes.
Ela tocou minha cabeça e abraçou.
"Precisamos de camisinhas e pílulas. Não tomo anticoncepcional a duas semanas" disse e tinha razão, eu devia ao menos ter tentado sair dela antes de me liberar. Me xinguei mentalmente.
"Quer dizer que vamos fazer novamente?" Perguntei roçando o nariz em seu pescoço.
"Creio que fui convidada a passar o final de semana aqui" falou e sorriu.
"Eu não me lembro disso"
"Ah não? Acho que posso te fazer lembrar" disse e rebolou no meu colo. Gemi em resposta.
"Você é uma garota má" beijei seu pescoço, e suguei um bico de seu seio.
"Caramba! Sou mesmo." E riu.
Continua...
Escrevi um conto a algum tempo, mas não conclui. Sabe quando você não consegue criar nada e um branco ocupa sua mente? É assim que me senti em relação a ele. Voltei hoje com um novo conto. Talvez eu termine o outro, mas não agora.
Esse aqui será mais curto, com dois ou três partes. Ainda tenho mais outros dois em mente. Ignorem os erros pois este estou postando pelo celular.
Um beijo onde quiserem!