Gente, leiam os novos lançamentos que eu fiz ok ?? Beijos
Cap.26
Ele olhou para mim com uma cara de surpreso.
-Porquê você quer saber isso ?
-Não, por nada... Apenas curiosidade mesmo...
-Sei... Bem... Eu não sei o que pensar a respeito disso. A pouco tempo casamento parecia uma palavra tão distante de mim.
-E hoje mais não ?
-Eu não sei... Sinceramente eu não sei... Agora, do jeito que eu me sinto a respeito de você, pode ser que um dia aconteça.
-Você jura ?
-Juro...
TEMPO DEPOIS
Nós fomos no julgamento do Lucas, como partes da acusação. E depomos.
-Eu fui um dos prejudicados por essa falcatrua cometida pelo réu – dizia, enquanto falava com o promotor.
-Quais foram os seus prejuízos ?
-Bem... Em um primeiro momento, ele forjou um receituário, para tentar provar que eu havia sido o culpado daquela forma. Roubou as minhas únicas provas, os meus receituários verdadeiros que podiam desmenti-lo. E mexeu no circuito interno das câmeras do hospital para que eu não pudesse saber quem havia sido o autor. Fez tudo isso na tentativa de esconder o seu erro ao comprar os medicamentos de procedência duvidosa e fazer com que os médicos tivessem a culpa, e não ele ou o hospital. Pude recuperar meu direito de medicar em seguida, já que provei que não havia tido culpa naquela morte. Além disso, ele me demitiu porque eu... Sou homossexual – as pessoas que estavam ao redor se espantaram.
-Então, além dos crimes já mencionados, o réu também cometeu um crime trabalhista.
-Isso mesmo...
Como não podia deixar de ser, ele foi condenado. Pegou quase 70 anos de prisão por todos os crimes acumulados e perdeu o hospital, que passou para o domínio público.
-O que será feito do hospital ?
-Ouvi dizer que ele vai a leilão. E se não for vendido, deve ser transformado num hospital público.
-Ah...
-Nós temos que pensar no nosso futuro Renato ! O que faremos ?
-Eu estive pensando e... Acho melhor nós abrirmos a nossa clínica...
-Sério ?
-Sim... Acredito que vai ser melhor desvincularmos o nosso nome daquelas pessoas...
-É... Você tem razão... Então vamos começar a procurar...
E começamos... Procurarmos diversos locais aonde uma clínica pudesse ser instalada com propriedade, até que encontramos uma. No Leblon, bairro nobre do Rio. Gostamos pois seria mais acessível do que uma clínica na Zona Oeste, para todos os tipos de clientes. Tinhamos que fazer apenas algumas adequações que a ANVISA exigia para uma clínica médica, e logo poderíamos criar.
-Mas então doutor, o senhor não pode mais cuidar do meu caso ? Eu pago para isso...
-Poder eu posso Seu Alberto, mas agora eu não tenho um espaço para isso. Se o senhor aguardar mais algumas semanas, poderá ser atendido na minha nova clínica no Leblon...
-Ok então, mas assim que o senhor abrir marque uma hora comigo, eu quero ser um dos primeiros.
-Tá bom... - desliguei o telefone e fiquei olhando para o Elias – dá para acreditar que eu tenho recebido quase 20 chamadas por dia de pacientes querendo atendimento ?
-Pois então nós temos que agilizar isso logo. Estamos perdendo dinheiro...
-Você tem toda a razão, então vamos logo na loja ver o preço que eles fazem nos equipamentos que a gente quer comprar.
O Elias tinha a especialização em Ortopedia e Cardiologia. Eu em Geriatria, Pediatria e Obstetrícia. Decidimos também abrir a clínica para sociedade com outros médicos do hospital, que haviam ficado desempregados e queriam trabalhar. Ao final, eramos ao todo 5 médicos. Compramos todos os equipamentos, contratamos uma equipe operacional e logo estávamos prontos para funcionar.
-Doutor, ficou lindo esse lugar ein... - dizia o paciente, entrando no consultório.
-Que bom que você gostou, eu pensei bastante em como decorar... Acho que ficou legal...
-Ficou...
-Então vamos ver como você anda desde o dia em que eu parei de atendê-lo...
MINUTOS DEPOIS
Como eu esperava, a nossa agenda lotou rapidamente. A clínica logo se encheu de pacientes, e o nosso gasto foi logo quitado. A clínica valeu a pena.
-Jesus... - dizia eu, me espreguiçando após mais um dia de trabalho no estacionamento do prédio – ué, o carro do Elias ainda está aqui... Mas cadê ele ?
-Estou aqui... - me virei de repente assim que ouvi a voz dele. Lá estava ele, ajoelhado aos meus pés – quer casar comigo ? - arregalei os meus olhos.
-O quê ? - de repente ele tirou uma caixinha do bolso e abriu.
-Eu nunca imaginei que o amor pudesse me mudar tanto em tão pouco tempo. Mas eu sinto que a minha vida não tem sentido se não for perto de você. E é por isso que eu quero você do meu lado para sempre. Casa comigo ? - só um sorriso veio até o meu rosto.
-Caso... - me abaixei e o abraçei. Eu nem acreditava. Os meus sonhos haviam se realizando. Contra a ironia do destino.
FIM
E ai ?? Gostaram ??? Comentem e votem por favor. Beijos
