O que a vida me ensinou - Parte 26

Um conto erótico de Júlio Caio
Categoria: Homossexual
Contém 2711 palavras
Data: 26/07/2016 00:42:02

Meu pau está latejando dentro da cueca, Mel simplesmente sai andando rebolando aquele traseiro gostoso nessa calça verde que deixa a bunda toda empinadinha. Ah meus ovos vão ficar roxos!

Vejo virar-se em minha direção e me encarar daquela forma que faz minha perna direita tremer de tanta vontade de socar firme e forte dentro dele.

- Amor não sei se lhe contei, lógico que não né que cabeça a minha - diz com um sorriso malicioso, e começa a revirar a bolsa lateral que carregava - não precisa chamar um táxi não - diz muito concentrado na busca de algo na sua bolsa - eu peguei um táxi a uns dias atrás e ele disse que não me cobraria nada, apenas eu deveria lhe chamar na próxima vez que necessitasse. Cadê o cartão dele, poxa nem lembro o nome, mas aquele sorriso é... Ui Juca meu amor.

- Você não anda com porra nenhuma de taxista ou caralho a quatro que for! - porra foi um pouco mais de duas semanas e já tem macho correndo atrás do que é meu? - Vamos para casa agora Melanio, você não sai do meu lado.

Seguro firmemente em seu braço. Puta que pariu, posso está parecendo um homem das cavernas rebocando Mel assim, mas caralho não posso confiar na porra de um profissional!

Ruim ele não está achando para está com esse sorriso que eu adoro e sou até mesmo cativo.

Assim que chegamos ao estacionamento vou em direção meu carro resolvo fazer algo que estou morrendo de vontade desde que o vi. Jogo as costas de Mel contra a porta do passageiro e enfio minhas mãos em seu quadril, dobro meus joelhos para ficar com meu pau duro na altura do seu e esfrego com força para que ele sinta a intensidade de tudo que provocou em mim.

- AAhhh - diz revirando os olhos e agarrando meu pescoço. - aah amor podem nos ver.

- Você não está preocupado com isso pequeno príncipe! Lá dentro estava parecendo disposto a foder comigo sem se importar quem quer olhasse.

- E não me importava mesmo. - diz já com a boca contra a minha. - por favor, me beija amor... Sei que tenho muito a explicar, mas eu preciso saber que ainda é meu, que me ama.

Não perco tempo, pois mesmo que queira dar uma lição nele, nada nesse mundo me privaria de beijar essa boca. Sinto a língua quente e deliciosa de Mel se retorcer na minha.

Indescritível é a palavra que molda tudo que eu sinto neste momento, sinto minha mente limpar de todo medo, dor e tristeza. Nesse momento apenas Mel a domina.

- Poxa Juca, maldade me deixar para trás – Hadassa! Sua voz corta de imediato nosso beijo - ainda bem que decidirão se atracar aí senão eu que teria que correr atrás de táxi. - diz Hadassa esbaforida. Caralho me esqueci dela.

- Hadassa, puta que pariu - digo soltando Mel e indo até ela. - está bem? Hadassa respira com calma.

- Eu estou - diz ainda puxando o ar com força - essa barriga que só me atrapalha, faremos assim você me dá uma carona e Já que seu namorado prec...

- Marido, sua quenga! - diz Mel se aproximando com um olhar assassino.

- Mel, por favor, ela está grávida! - Vejo Mel respirar fundo. - amor, por favor. - eu bem sei que não adianta eu querer cantar nesse terreiro, Mel não está mais paciente.

- Você irá ao banco de trás, lhe deixaremos em casa e só! Não teste minha paciência, pois ela se esgotou no momento em que ousou por sua boca suja no meu homem! - ele chega mais próximo dela e eu o seguro pelos ombros - não me importo de estar grávida, posso não fazer nada agora, mas não vai carregar esse filho para sempre.

Caralho sei que é errado, mas me bateu baita de um tesão em vê-lo defender o que é dele assim, porque convenhamos eu sempre fui e sempre serei só dele. Não faço ideia do que foi que deu na cabeça de Hadassa de me beijar, vou tirar essa história a limpo ainda hoje.

Hadassa caminha para o banco de trás e Mel para o passageiro ao meu lado. Durante todo o percurso sinto o clima estranho e pesado no carro, o trajeto inteiro foi realizado com Mel olhando pelo espelho do parasol que as mulheres geralmente usam para se maquiar e Hadassa apenas de cabeça baixa. Assim que chegamos decido resolver essa situação.

- Mel nada de chilique. irei ajudar a Hadassa a descer do carro e leva-la até a portaria, quero entender de onde diabos saiu esse beijo, e você Hadassa - digo olhando agora para ela. - nada de gracinhas, Mel quando está ensandecido é impossível de segurar.

Vejo o leve sorriso de Mel para Hadassa como uma ameaça velada da qual percebo que ela entendeu.

Saio do carro dou a volta e a ajudo-a a sair. Enquanto caminhamos de costas para o carro sinto o olhar do meu amor em mim e isso me trás paz, enfim uma paz que não conseguia sentir há semanas.

- Ha, porque fez aquilo? - pergunto logo de uma vez, não gosto de rodeios - não me leve a mal, mas acho que sempre deixei claro que amava e amo só uma pessoa e ela está naquele carro, e independente dele ter me feito passar pelo inferno do qual eu não acredito, nada faria mudar o que sinto por ele.

- Eu armei isso - no mesmo momento dou um passo para trás e sinto raiva. Porra agora todo mundo acha que pode manipular minha vida?

- Hadassa eu est...

- Não! Não foi nesse sentido, bem você precisa saber primeiro que Mel conheceu os meninos - diz cansada, mostrando-me mais uma vez seu lado mais frágil igual ao momento que abriu sua vida para mim. - não é justo que eu tenha lhe falado, mas para entender o que eu fiz é necessario.

- Como assim Hadassa? Mel conhece meus filhos? - começo a me prender nesse detalhe.

- Sim e eles o adoram, bem irmã Chansey me falou de como eles três se interagem e eu falei com os meninos, contei que já sabia, então eles expressaram o desejo de ter vocês dois juntos com eles logo. - fala me olhando com toda a sinceridade - sabe que está criança que carrego comigo não significa nada para mim, mas Caio e Caleb tem o meu coração e não queria que algo que se Mel não fosse tão idiota e babaca já estaria acontecendo.

- Ok, não precisa elogiar tanto assim o meu amor - digo meio ofendido.

- Então bolei hoje, Caleb estava perto de mim, na verdade eu tentei convencer o Caio de me ajudar antes de tudo isso, mas ele não gostou da ideia então decidi pelo menos tentar algo menos elaborado. Bem foi isso ele o Caleb ouviu aquela ligação e quando desligamos fiz questão de falar aonde iriamos e que eu iria lhe beijar para que ele escutasse e olha só deu certo.

Fico olhando para Hadassa sem saber se rio de tudo isso ou se dou uns cascudo nessa porra de cabeça oca.

- Hadassa e se Mel tivesse interpretado errado, porra mulher eu poderia ter-me fodido mais ainda! - digo exasperado. - Coitado dos meus filhos, olha a cagada que vou ter que arrumar agora, tenho que limpar tua barra com os três. - brigo e ela somente de cabeça baixa.

- Não briga comigo não. - diz me abraçando pela cintura - você é como meu irmão só queria te ajudar - estanco pois nesse momento é a Hadassa, não a ogra demônio, mas só a menina assustada que já fez merda demais na vida.

- Calma princesa, não estou com raiva - digo beijando o topo de sua cabeça. Escuto ao longe uma porta de carro bater violentamente.

- SOLTA ELE VAGABUNDA!!!! - vejo um Mel espumando vindo em nossa direção.

- Desculpe, eu não queria... - vejo Hadassa desfalecer em meus braços.

- HADASSA!!!!.

- Agora é a pobre menina grávida que desmaia porque tem alguém brigando com a coitadinha - diz Mel de um jeito que não acredito ser ele mesmo falando.

- Mel, para. - digo segurando-a em meus braços e indo em direção à portaria. -pode pedir uma ambulância?

- Não precisa Juca... - começa Mel.

- Para Mel! Não é porque ela não se comporta como uma mulher grávida que não esteja.

- Não se preocupa moço. - diz o porteiro - dona Hadassa é uma mulher forte, isso já aconteceu e foi mais porque aquela senhora deve ter vindo antes, vocês estavam discutindo eu vi. - fala se aproximando com um paninho úmido - ela deve estar abalada.

- Tem certeza? - pergunto aflito.

- Vocês teriam a visão do capeta se ela acordasse num hospital. - põem o lenço abaixo do seu nariz e ela começa a mexer-se em meus braços. Lentamente abre os olhos.

- Uaaauu - diz fracamente - eu morri e estou nos braços do pecado. - fala rindo.

- Estou aqui sua...

- Menina engraçadinha. Mel, por favor. - falo lhe encarando sério.

- Vamos subir e leva-la para seu apartamento, quero ir para casa meu amor. – diz Mel não dando tanta importância.

- Sim. Obrigado senhor - digo puxando algumas notas e entregando ao homem que parece um caniço de tão alto e magro.

- Que isso moço, não precisa não - diz meio nervoso.

- Sei que essa não é a primeira vez que o senhor deve ajuda-la e acredito que não será a ultima. Aceite.

Depois de relutar um tanto quanto desnecessário, senhor José aceitou o dinheiro e disse que dobraria os cuidados com a demônia. Subimos para o nono andar e entramos num apartamento pequeno, porém elegante e com uma decoração realmente de alto nível.

Mel disse para eu esperar na sala enquanto ele a ajudava a trocar de roupa. Antes o fiz prometer que não a maltrataria nem faria ameaças, claro que ele aceitou porque senão eu que teria de ajuda-la.

Enfim depois de dar um remédio que a médica da própria havia prescrito para tais situações a deixamos descansar. Ainda na sua sala de Hadassa contei toda a sua situação para ele e inclusive o que ela tinha me falado há pouco.

- Eles são lindos meu amor. - fala Mel - Caio me conquistou com aquele jeito marrentinho que agora sei perfeitamente de onde veio.

- Ele é incrível, tem tantas responsabilidades para sua idade - digo com um aperto em saber que meus meninos não estarão em casa quando chegar. - queria tanto já tê-los comigo.

- Eu sei. - fala Mel com os olhos formando rios descendo pelo rosto - eu os amo tanto Juca, tanto que chega a doer - diz me olhando tão firme - como pode ter tanta gente disposta a fazer atrocidades com eles? - diz já tremendo seu lábio - Caleb já sofreu tanto tadinho tão pequenino.

Não aguento mais e vou até ele colocando no meu colo, incrivelmente ali não era um ato sexual apenas duas pessoas se abrindo sobre algo que era maior que tudo naquele momento, o amor de pai recém descoberto por ambos.

Ficamos duas horas falando sobre Caio e Caleb, contamos cada um como conhecemos nossos filhos e tudo que fizemos esses últimos dias, todas as brincadeiras e meu coração não se cabia dentro do peito em cada cena que Mel me descrevia saber que aquilo tudo a partir desse momento seria realizado entre nós me deu uma alegria imensurável, mas logo em seguida uma pontada no meu peito se formou quando minha mente acusatória ditou um número e não o quatro, mas o cinco.

Até aquele momento tínhamos evitado qualquer assunto que trouxesse a tona o motivo de nossa separação, porém com aquela nova realidade de me fez enxergar um número maior do que eu realmente queria me fez perder o sorriso.

- Amor, eu falei algo errado? - perguntou Mel - amor me fale.

- Você ouviu a gravação, certo? - Mel apenas assente com um sinal afirmativo. - como pode estar tão calmo?

- Bem, primeiro o mais importante é saber que você não está me repudiando, já imaginou se você faz igual ao Said?! - fala fazendo uma careta nervosa.

- Quem diabos é Said, Mel?

- Dalton Vigh amor, ele repudiou a Jade - diz como se agora sim eu pudesse entender de que porra ele estava falando - nossa eu ficaria destruído se dissesse três vezes eu te repudio e me jogasse ao vento. - fala com uma cara falsamente triste.

- Mel eu não faço ideia do que você está falando ou de quem, mas eu seria incapaz de lhe jogar em qualquer outro lugar que não fossem em meus braços - digo o apertando mais - mas isso não quer dizer que não haverá um castigo, pois você me fez sofrer demais.

- Eu sei amor - fala - mas se o castigo tem a ver com o Juca Junior que está duro aqui em baixo, eu até me animo - fala e dá uma reboladinha que me faz fechar os olhos e respirar fundo imaginando Quim e Julinha transando para ver se broxo.

- Oh bunda gostosa do caralho. Mel aahh... Fica quieto! - falo sério e ele para. - amor - digo tocando seu lábio inferior tracejando-o e depois firmando meu olhar no seu. - eu te amo, não duvide disso nunca mais ou eu posso não dar mais uma chance a nós dois, porque só eu e meu pau sabemos tudo que eu passei sabendo que você deu a porra da chance para todo cara fodido que passou pela sua vida, menos para nós.

- Meu amor eu não vou tentar me defender porque seria como se eu estivesse tentando menospreza tudo que você passou e que eu passei também. - fala respirando fundo - eu não vou mais ceder a medo algum, porque você Júlio Caio é totalmente diferente de qualquer um que já passou pela minha vida, você e somente você é meu amor, o verdadeiro e único e antes de tudo eu sempre lhe ouvirei.

Sinto o doce dos seus lábios, um beijo simples e singelo apenas de lábios que sela com nossas bocas um pacto eterno entre nossas almas.

- Eu te amo minha vida - falo quando soltamos - mas ainda terá um castigo.

- Eu aceito o que vier. - diz sorrindo, mas ficando com o rosto sério em seguida. - agora seja claro amor, com o que quis dizer sobre a gravação.

- Primeiro Mel, eu quero dizer que vou destruir a vida de cada um que se envolveu nisso inclusive a da sua amiguinha - Mel apenas mostra o olhar de decepção, acho que agora ele está entendendo as proporções de tudo. - segundo... - baixo minha cabeça, um nó se forma em minha garganta e não consigo falar, caralho seu puto covarde. Fala logo porra, Juca seu grande monte de bosta!

- É sobre a vaca oxigenada estar grávida? - fala com uma tranquilidade que me assusta e faz meu estomago gelar. Não consigo nem levantar o rosto e encara-lo. - Amor olha para mim, por favor.

- Eu não sei o que fazer - digo jogando meu rosto no seu ombro, não consigo encara-lo. - Mel, eu sei o que tenho que fazer, mas não quero. Porra amor, como que eu vou te forçar a querer um pedaço de alguém que só te fez mal? Como posso querer que ame alguém que nem eu amo?

- Amor... - diz afagando meu pescoço - como eu poderia não gostar? você esquece que uma parte dessa criança é do amor da minha vida? - sinto puxar meus cabelos fazendo-o encara-lo - essa criança é um fruto seu e todas as qualidades se sobressairão a todos os defeitos de caráter de Fernanda, e mais ela será criada por mim, será amada! - sinto meus olhos se carregarem de lágrimas - não chora meu amor se não eu choro junto.

- Mel - digo sem vergonha nenhum das lágrimas caídas - eu sinto algo tão forte, é como se fosse um alivio.

- Amor - diz me olhando com suas pedras de citrino banhadas em lágrimas também - você já amava essa criança sabia? - diz de forma tão segura - só estava com medo de expor isso, medo de eu não ama-la. Como eu poderia não amar um pedaço seu?

- Eu não sei. – digo sincero – tem tantas coisas nessa história para falarmos.

- Eu vou escutar tudo com paciência, mas agora eu quero ir para a minha casa porque tudo que comprei deve estar na minha sala e eu quero ir para meu quarto que não foi maculado, então posso olhar para aquelas paredes sem medo e receber meu castigo – fala agora juntado seus lábios ao meu ouvido – e eu espero que meu castigo seja grande e grosso e que me maltrate muito.

Puta que pariu seu um fodido sem esperança. Não tenho como resistir.

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