Dedicado ao meu doce amigo que é o mais recente chegado a mim, mas que me conquistou e amparou em momentos inóspitos mesmo a distância. Thi meu amor muito obrigado por tudo.
*
*
*
*
- Papai – fala caleb animado com os olhinhos brilhando – quando eu crescer e ficar grande do tamanho do papai Mel eu vou trabalhar no restaurante dele!
Meu pequeno falava aquilo com tanta empolgação e Mel o olhava em seus braços como se estivesse segurando a coisa mais preciosa de sua vida. Realmente nossos meninos são as maiores preciosidades que ganhamos.
- Então você já decidiu que quer ser um chef igual seu pai, bebê? – falo me levantando. Caio continuava bem concentrado nas ultimas questões.
- Eu vou ser chefe – falava olhando para dentro dos olhos de Mel, e depois para mim – e eu vou ser professor também.
- Essa é nova meu amor – digo sorrindo – você quer ensinar o que?
- Eu quero ser professor de alegria.
- Professor de alegria? – pergunta Mel com aquele ar curioso. Não estou diferente, quero entender também o que diabos na cabecinha dele isso significa.
- É que eu disse para o maninho que ele sabe ensinar as pessoas a serem alegres – falou Caio escrevendo a ultima linha em seu caderno e fechando em seguida olhando para onde estávamos próximos a porta e sorriu, não com os lábios, mas com os olhos. – eu disse que ele me ensinava a ser alegre todos os dias, quando ele perguntou se podia ser professor eu disse papai que ele podia ser qualquer coisa que quisesse, então ele quer ser professor de alegria.
Ver a sinceridade nas palavras de Caio, o quanto ele acredita integralmente que Caleb pode ser o que quiser e que não era a situação financeira, ou restrição motora do meu bebê que impediria de se realizar na vida. Olho para Mel e vejo a manteiga derretida que ele é. Está com aquela boquinha gostosa toda tremendo.
- Eu tenho os melhores filhos do mundo – diz o meu amor – vem cá meu filho – chama a Caio – quero lhe abraçar meu amor, um abraço duplo de filhotes.
Depois de todo o carinho daquele momento fomos almoçar. Incrível como quando Caleb senta numa mesa para comer ele simplesmente esquece que existe vida além do prato. Caio já é bem mais atencioso, meu menino já consegue se soltar mais, consegue confiar que seremos sim o seu porto seguro e além de tudo eu adoro a forma como ele já é cuidadoso com Mel, vejo nele um espelho meu.
- Mel amor, o Pat não quer sair do quarto? – pergunto achando estranho ele estar assim, já que adora uma implicância e também ele adorou os meninos.
- Não está em casa amor – fala cortando um pedaço de torta de abobora com carne seca que eu venero de olhos fechados, para por no prato de Caio. – mais cedo ele estava dormindo e quando fui com Caleb verificar ele tinha saído não se preocupe que ele é assim mesmo. Come mais um pouco meu amor, você está em fase de crescimento.
- Obrigado papai – fala mais uma vez sorrindo com os olhos. Uma característica sua.
Almoçamos e mais uma vez Caleb saiu sendo arrastado da mesa.
- Papai – fala Caleb pendurado em meu pescoço. Ele e caio estão no meio da cama, entre eu e Mel. Caleb grudou no meu pescoço. – a mamãe dele morreu? Foi para o céu dos peixinhos?
Antes de falar algo que provavelmente séria uma besteira olho para Mel e ele faz um leve sim me olhando profundamente.
- Sim filhote, a mamãe deles morreu, mas não fique triste viu – falo acariciando seus cabelos – às vezes não entendemos como as coisas acontecem ou o porquê, mas não podemos nos deixar abater porque mais a frente descobrimos que podemos conseguir ser mais forte, mesmo com as dores.
- Mamãe também morreu – falava com uma voz melancólica. Percebo que Caio fechou a cara com isso. – mas eu não sei se ela foi para o céu. Eu queria que ela fosse.
Depois disso continuamos a assistir o filme. Vez ou outra Caleb perguntava alguma coisa, Caio era bem centrado em tudo. Ao final de tudo dei sequência colocando bob esponja, eles riram bastante e acabaram dormindo, aproveitamos e deixamos o quarto com nossos pequenos bem cobertos descansando.
- Vem amor – falou Mel baixinho.
Fomos para a mesa da varanda com mel sentado no meu colo lógico.
- Estou tão feliz, Juca. – meu bebê olhava o horizonte como se focasse um ponto bem longe. Lembrei-me do nosso primeiro café da manhã e de sua revelação quanto a sua origem e a mágoa que tinha de sua mãe. – eu me sinto tão... Pleno – enrosco Mel mais ainda em meus braços. – eu não sei descrever meu amor como esse dia está me fazendo bem.
- Olha para mim bebê – toquei seu queixo e fiz seu rosto virar – te amo tanto Mel, tanto – falo firme olhando dentro das pedras de citrino – eu amo meus filhos e amo você, nunca imaginei que estaria na mesma posição que Joaquim, estar apaixonado e desejar ter esta pessoa ao meu lado, assim com tanta intensidade.
Toco seus lábios com os meus. Encontrar sua boca, sentir o gosto de sua língua e fazer amor com ela é algo que me deixa fora de meu corpo. Sei que o beijo que estou dando em Mel é indecente, mas foda-se caralho! É meu marido e eu como a boca dele do jeito que quero.
- Hmmm – Mel tenta se soltar, mas percebo que ele também intimamente não quer – amor, Juca você está duro – fala sorrido com a boca ainda colada na minha.
- Sim e hoje seu cuzinho será punido – sinto Mel estremecer em meu colo – eu vou chupar seu cú até você gozar... – falo mordendo seu queixo e sinto sua bundinha gostosa se contrair em meu colo – vou te comer com força Melanio – falo lambendo seu queixo e sua boca o encarando – vou deixar seu cu doendo, você vai me pagar por ter me deixado longe desse corpo por tanto tempo. – finalizo chupando seu pescoço.
- Hmmm amor... ai para, se não eu caio de quatro nesse chão agora... aaahhh – falava ainda se tremendo – e as... As crianças...
Paro por que ele tem razão. Ficamos num namoro mais calmo, apenas com beijos mais suaves e palavras de carinho. Quando se está com alguém que se ama às vezes nem palavras são necessárias apenas o olhar é o suficiente para fazer você ter uma parada cardíaca. Cara amar é foda pra caralho.
À noite depois do jantar conversamos com caio e Caleb sobre a consulta de Caleb que aconteceria na terça. A princípio ele se mostrou arredio, mas depois percebemos que ele só estava com o medo mesmo natural que algumas crianças têm de ir ao médico.
Pior parte do dia foi ter que ir deixa-los. Sinceramente a vontade que tinha era de dar um grande foda-se porra de juiz filha de uma puta arrombada! Quero os meus filhos comigo, quero saber que eles estão dormindo em segurança em seus quartos, em nossa casa.
Depois de deixar os meninos no dormitório já com a roupa de dormir e de lhes contar uma historia, na verdade Mel que contou sobre a princesa do espelho. Achei uma historinha mais ou menos. As minhas são mil vezes melhor.
Fomos ao gabinete da irmã Adeilza saber como está o andamento do processo.
- Boa noite meus queridos – diz docemente nos permitindo-nos entrar – estou muito feliz que tenham encontrado novamente o caminho conjunto.
- Obrigado – fala Mel dando um abraço na senhora – obrigado mesmo por me ajudar e nos ajudar.
- Sentem-se queridos, pelo pelas horas que já são nossa conversa será rápida, mas creio que ficaram imensamente felizes pela noticia.
Mal me sento e já levanto num impulso da expectativa.
- Vamos poder leva-las hoje? – Mel me olha com o sorriso lindo e alegre se põem ao meu lado.
- Não – fala sorrindo – querem um milagre e o que eu tenho hoje é apenas uma boa noticia.
Volto a me sentar e vejo no Mel estampado em seu rosto a mesma frustação que está no meu.
- Desculpe-nos é que por um momento... – fala Mel gesticulando com as mãos – o dia de hoje deveria durar para sempre.
- Meu querido eu sei. Bem, o que quero dizer é que como já tinha lhe explicado Júlio, posso facilitar todo o tramite que normalmente duraria até mais de um ano a se reduzir a até quatro meses. – falava com alegria – bem, não terão que esperar tanto.
Sinto alegria invadir meu coração de uma forma que me falta o ar.
- Caralho irmã não brinca comigo.
- Juca pelo amor de deus olha o respeito – fala Mel me estapeando no ombro.
- Desculpa.
- Bem prosseguindo. Consegui com um juiz muito caridoso e que sempre nos envia recursos semestrais do próprio bolso uma forma mais rápida de adiantar todo o seu processo. Com todos os documentos que me entregaram eles fizeram as avaliações e pesquisas sobre tudo que é de domínio publico da sua vida. Bem agora em duas semanas haverá uma visita de uma assistência social, normalmente são realizadas duas a três, porém com a minha assinatura pudemos suprimir e então depois dessa que creio será positiva vocês terão os meninos em no máximo dois meses. Ganharam um mês.
- Isso é ótimo – fala Mel vindo para meus braços – amor teremos os meninos em pouco tempo – sinto meu ombro ser molhado.
- Ei, pequeno príncipe – falo abraçando mais forte – não chore meu amor.
- É de pura alegria – Mel sai bruscamente do meu abraço e dispara a falar com a irmã – com quanto tempo eu poderei entrar com minha documentação para ter meu nome no registro dos meninos?
Ouvir Mel questionando sobre isso me deixou tão feliz e com um puta tesão também.
- Faça isso após um ano em que os meninos já estavam estabelecidos com vocês. – fala não apagando em nenhum momento o sorriso sincero – fico muito feliz que estejam juntos nessa empreitada.
- Irmã são meus filhos também e eu quero ter o gostinho de ter isso no papel.
Falamos sobre a primeira consulta que Caleb terá e já solicitamos uma saída para as crianças no período da tarde. Dona Adeilza fez algo que nos surpreendeu. Ela permitiu que os meninos dormissem em nossa casa. Sei que isso é algo extremamente arriscado nos dias atuais, não se deve confiar em qualquer um que diga que tem alguma intenção de adotar, concordo no rigor dos processos, a única coisa ruim é o tempo, porém a situação dos meninos é totalmente diferente e a irmã Adeilza, não sei como parece conseguir ler minha alma, acho que por isso é tão bondosa e solicita. Só espero que ela não olhe para meu lado pervertido.
Saímos de mãos dadas com o coração num misto de alegria, ansiedade e um pouco de tristeza por ainda não estar saindo em definitivo com eles.
- Ponha o cinto amor – falo assim que entramos no carro.
- Espera, Juca me olha – sinto um certo receio no tom de voz de Mel que me causa medo – eu quero ir na Julia. Eu liguei ontem pela manhã e eu vou lá pegar o meu computador. Eu não sei o que tem naquelas gravações, mas não posso fingir que nada aconteceu – Mel se joga em meus braços e eu o puxo para que se sente em colo de frente para mim. – estou com medo do que tenha lá te afaste de mim, peter pan.
- Mel meu amor entenda algo que é definitivo em minha vida – seguro seu rosto firme. Seu semblante tem uma sombra de medo que não posso permitir que continue ali, nem que isso me custe meus culhões eu tiro essa porra de lá. – eu te amo e nada nessa porra de mundo me fará deixar que você saísse da minha vida. Isso aconteceu uma vez e pelo amor do meu pau eu nem sei como fiquei vivo.
Mel me dá aquele sorriso tímido. Meu pequeno príncipe que me balançou desde os primeiros momentos com seu sorriso.
- Eu te amo Melanio e quero você para mim e não importa o que aconteceu. Iremos à Julia, mas lhe aviso que assim que eu disser vamos embora não quero discursão, pois eu tenho um cu lindo e vermelho que minha boca e meu pau estão morrendo de saudades – digo estalando o selo – pegaremos seu computar e vamos voar para casa.
Mel concorda mais que depressa e seguimos o curso. Ao chegar próximo peço que Mel ligue para avisar que estamos a caminho, não tenho intenção de ser empata foda de ninguém, principalmente porque eu mataria a bala quem me interrompesse no meu momento com meu pequeno príncipe.
Assim que cruzamos a porta sou atingindo com força e só não caio porquê já esperava por isso. Sempre foi assim.
- AAAAAAAAAAAAHHHHHHH – grita quase me deixando surdo – até que enfim! Eu disse para esperar viu só!
- Sinceramente você foi uma pentelha isso sim – falo a abraçando – como está princesa?
- Muitooooo feliz porque o casal mais shippado do restaurante finalmente fez as pazes. – Julia me olha com aqueles olhos de lêmure e me fala séria – eu descobri uma coisa e eu preciso falar com você a sós. – fala quase num sussurro. Vejo que Quim e Mel conversam mais afastados, meu irmão foi uma ponte para saber que Mel estava bem fisicamente nesses últimos dias.
- Tá me assustando baixinha – falo também num tom mais baixo – é sobre?
- Eu sei o que vieram pegar e eu não posso entregar agora, por favor convença ao Mel a ir sem ele. Juca eu juro que te falo tudo, só tenta segurar as pontas, podemos falar na terça? Por favor, confie em mim.
- Eu sei que posso confia mesmo ficando mais intrigado com tudo isso. Terça será a consulta do Caleb – Ju fica com o semblante livre do peso e sorri – pode ser na quinta?
- Cretino – diz batendo em meu peito – lógico que pode. Estou indignada por nem você e nem Mel me deixarem vê-los, Mel pensa que esconde alguma coisa de mim, até parece só teve uma coisa que ele escondeu e que não vem ao caso lembrar.
Sei perfeitamente do que ela estava falando e Marcos está no meio. Realmente não vem em bom momento.
- Baixinha temos que ir com calma, é um mundo todo para eles. Entenda, eles não tinham ninguém e agora tem pais tios e tias e mundo de gente nova.
- Eu entendo.
- Olha Julinha eu não posso demorar então chamarei Mel logo para irmos e deixe que convenço ele.
Nós despedimos deles e seguimos para casa. Essa noite Mel pagará por todas as punhetas e porra que eu desperdicei.
xxxxxx
Amanhã postarei um aviso do meu sumiço gente, não vou pedir que me perdoem pq sei q é pedir demais rsrs.