O amor vem de onde menos se espera. 9

Um conto erótico de Berg
Categoria: Homossexual
Contém 3442 palavras
Data: 29/08/2016 10:31:29
Última revisão: 29/08/2016 11:03:08

Otávio - já chega! (gritou Otávio vindo em nossa direção). O sr é quem nunca mais vai chegar perto de mim.

O sr Edvaldo e eu olhamos para o Otávio ao mesmo tempo.

Edvaldo - o que você falou? (disse o homem encarando o filho).

Otávio - é isso que você ouviu pai. O Felipe e eu vamos alugar um apê pra gente.

O homem serrou o punho e eu senti o gosto amargo do sangue.

Otávio - eu te odeio, eu te odeio. (Otávio havia saído do seu estado normal).

Eu - Mano, calma. (falei levantando e tentando coloca-lo de volta à cama).

Enfermeiros e outros funcionários entraram no quarto.

- o que esta passando aqui? (perguntou um dos enfermeiros).

Edvaldo - esse trombadinha que invadiu o hospital.

Eu - eu não invadi nada, e eles sabem disso. Eu fui o primeiro a chegar aqui com o Otávio.

Colocamos o Otávio de volta na cama.

Otávio - vai embora daqui pai.

Edvaldo - o que? Quem você pensa que é pra fala assim com seu pai? Você acha que se manda só por que esta ficando maior de idade, hoje?

Eu sabia que estava me esquecendo de alguma coisa. Hoje era aniversario do meu melhor amigo.

enfermeiro - sem confusão. Isso aqui é um hospital e tem outros doentes aqui no quarto. (disse o enfermeiro educadamente).

Edvaldo - por mim tudo bem. Agora peçam pra esse garoto sair daqui. (ele apontava pra mim).

enfermeiro - você não pode ficar aqui rapaz. Apenas um acompanhante.

Edvaldo - Nesse caso sou eu. (disse ele com o peito estufado).

Eu - eu já estou de saída. (disse juntando minha mochila e colocando em minhas costas).

Edvaldo - vai tarde! (disse o homem com os braços cruzados).

Eu - eu vou comprar um carregador pro meu celular. Tu pode ligar pra mim qualquer hora que precisar. Beleza? (disse de forma que apenas Otávio pudesse ouvir).

Otávio - tu ainda vem hoje?

Eu - acho que não vai dar. Mas amanhã de certeza eu venho te ver.

Otávio - da uma procurada nos apê pra nós. (disse ele me encarando).

Eu - depois a gente conversa sobre isso. Certo?

Otávio confirmou com a cabeça.

Despedi-me do meu amigo e saí do quarto sem olhar pra trás.

xxxXXX

Fui ate o banheiro do hospital, passei uma água no rosto e segui para a entrevista.

xxxxxx

Após pegar dois ônibus lá estava eu na recepção da ''roda de ouro''.

Coloquei a vergonha de lado e fui até a atendente.

Eu - boa tarde moça.

- boa tarde. Em que posso ajudar?

Eu - só um momento.

- ok!

Abri o zíper da mochila e tirei o cartão de dentro.

Eu - queria falar com esse senhor aqui. (disse entregando o cartão à moça).

- Dr Joseph? Mas aqui ta dizendo as 14 h e já passa das 17. (disse ela olhando no celular).

Eu - pois é. É que ouve um imprevisto.

- olha. Eu posso te anunciar, mas eu acho muito difícil ele te receber.

Eu - faz isso por mim moça.

- só um minuto.

A moça tirou o celular do gancho e discou alguns números.

- não disse? (falou ela desligando o telefone).

Eu - o que ele falou?

- disse que não vai recebe-lo esse horário. Ele é muito chato com horas.

Eu - Já é fim de expediente aqui?

- já sim.

Eu - ah, então deve ser por isso. Você pode ver quando eu posso voltar?

- deixa eu ligar pra ele novamente.

Eu - ta bom.

Enquanto a mulher realizava a ligação, eu, atento, olhava para cada movimento que ela fazia.

Assim que a mulher voltou a desligar o telefone, eu vi uma cara de decepção em seu rosto.

Eu - o que foi? (perguntei curioso).

- ele disse pra você esquecer a entrevista. Eu sinto muito.

Eu - NÃO! Eu não posso esquecer essa entrevista. Eu to contando com esse emprego. (falei angustiado).

- eu tenho certeza que sim, mas infelizmente eu não posso te ajudar.

Eu - deixa eu falar com ele moça.

- não posso.

Eu - aonde ele ta?

- na sala dele.

Eu - e onde fica?

- Não somos autorizados a dar informações a respeito dos patrões.

Eu - quebra essa castanha pra mim moça. Por favor.

A mulher me olhou por um tempo.

- você deve ta precisando muito desse emprego né!?

Eu - você não faz ideia o quanto.

- vou te ajudar, mas você não pode dizer que eu te passei essa informação.

Eu - o que tu me falar, vai morrer aqui.

A moça sorriu.

- aqui atrás tem uma escada. Tu vai subir até o 3º andar. No inicio do corredor tem umas placas com as informações das salas. Tu segue reto, na ultima sala a direita vai ter o nome presidência, aí o resto é contigo.

Eu - pode deixar moça.

-hey. (disse ela, fazendo eu olhar pra trás). Boca de siri hen!?

Eu - segredo nosso. (falei beijando os dedos).

Procurando não fazer barulho, subi as escadas e fui ate o terceiro andar, conforme a moça havia me instruído.

Assim que pisei no inicio do corredor pude observar as placas com as informações de cada sala.

- Presidência. sala 12.

Tinha uma seta dizendo para seguir reto.

Muitas pessoas entravam e saiam de dentro daquelas inúmeras salas. Uma senhora limpava o corredor, e foi a unica que me cumprimentou.

- boa tarde rapazinho.

Eu - boa tarde senhora.

E segui reto.

Quando cheguei em frente a sala da presidência, respirei fundo e abri a porta. Não havia ninguém la, apenas uma imensa mesa com várias cadeiras. Quando pensei em sair daquela sala uma porta foi aberta.

- pois não? (disse uma senhora morena de cabelos encaracolados e avermelhados).

Eu - Oi. Eu gostaria de falar com o sr Joseph.

- como se chama? (perguntou a mulher).

Eu - Felipe.

- Felipe, o Joseph acabou de sair.

Eu - sair o que? Da empresa?

- Sim, ele já...

Não deixei a mulher concluir. Abri a porta e saí correndo em disparada. Desci as escadas, passei pela recepção e fui, apressadamente, ao estacionamento.

Eu - sr Joseph. (falei quando vi o homem parado conversando com outras pessoas).

O Homem olhou pra trás e fingiu não me conhecer.

Eu - eu estive aqui ontem, e o sr agendou uma entrevista comigo. Ta lembrado?

Joseph - com certeza. Lembro também que combinamos para as 14 h.

Eu - me desculpe não ter chegado antes. Tive um imprevisto de ultima hora.

Joseph - não me importa, rapaz. Você teve a sua chance.

Eu - mas era caso de vida ou morte.

Joseph - não me importa. Se você não tem compromisso comigo, não esta pronto para trabalhar em meu grupo.

Eu - sr, o que aconteceu hoje foi um caso a parte. Não vai acontecer novamente, eu lhe garanto.

Joseph - não mesmo. (disse ele se despedindo dos amigos).

Eu - me da mais essa chance. Apenas mais uma chance. (eu suplicava).

Joseph - cavalo selado só passa uma vez rapaz.

Eu - senhor. Por favor. (disse tocando em seu terno antes de ser empurrado pelo segurança).

- o que esta pegando pai? (disse uma voz surgindo por trás de nós).

Joseph - apenas um imprevisto, Matthew. (disse o homem ao suposto filho). Você vai comigo?

- Não. (o homem me encarou). O manobrista foi apanhar meu carro. E este garoto, quem é?

Joseph - apareceu aqui ontem procurando emprego. Marquei de atende-lo as 14 e olha a hora e o estado que ele me aparece.

Os dois me olhavam como se eu fosse uma mercadoria.

Matthew - que vacilo meu camarada. (disse ele rindo).

Eu - já tentei explicar pro teu pai que aconteceu um imprevisto.

Matthew - compreendo. (disse o cara retirando a gravata). Ta procurando emprego pra que?

Eu - mecânico.

Matthew - hum. Nós estamos precisando de mecânico né pai? (disse o homem olhando para seu pai que estava parado na porta do carro).

Joseph - a vaga foi preenchida ha uma hora atras.

Matthew - hum. Que pena parceiro! Então vai ficar pra próxima.

Eu - mas não tem nenhuma outra coisa que eu possa fazer? Eu faço qualquer coisa.

Matthew - não tem nada em que possa encaixar ele pai?

Joseph - não filho. Não tem vagas em nenhum setor.

Matthew pensou um pouco.

- como é seu nome, rapaz?

Eu - meu nome é Felipe, senhor.

Matthew - Felipe, venha amanha as 10 sem falta e traga seus documentos com cópias.

Joseph - o que pensa que esta fazendo Matthew?

Matthew - irei recrutar o Felipe para trabalhar comigo. Vamos dar uma chance para o rapaz, pai.

Joseph - você tem noção do que esta fazendo? Olhe bem para esse garoto! (O homem segurou pela nuca do filho e os dois me fitavam ).

Matthew - O senhor fala do sangue ou da camiseta rasgada? (Matthew ria da própria piada).

Joseph - não tem graça Matthew, se você pensa em contrata-lo vou logo avisando que o risco é todo seu.

Matthew - sim senhor capitão. Mais algum conselho?

Joseph - não estou achando graça. (disse o homem com a cara fechado). Te vejo em casa.

O homem entrou no carro e saiu do estacionamento.

Eu - o sr não vai se arrepender.

Matthew - espero que não. Não quero ouvir meu pai dizendo ''eu avisei''.

Eu - ele não vai. Pode ter certeza. Sr Matthew eu preciso jogar limpo com o senhor.

Matthew - fala.

Eu - eu tenho 17 anos, e estudo pela manhã.

Matthew - aí você me quebra garoto.

Eu - mas isso não vai ser empecilho sr Matthew. Eu posso passar para o turno da noite.

Matthew - por enquanto não faça nada. Amanha você venha como nós combinamos e traga sua mãe.

Eu - minha mãe pra que?

Matthew - como você é de menor ela será responsável por você.

Eu - ah sim. Entendi!

Matthew - meu carro chegou, Felipe, tenho que ir. Não vá atrasar hen!?

Eu - não, não. Estarei aqui no horário combinado.

Matthew - espero por você.

O homem me estendeu a mão e eu o cumprimentei.

Vi ele saindo em seu esportivo e fiquei sozinho no imenso estacionamento.

Olhei no celular que eu havia ganho do Otávio e já aproximava-se das 18 horas.

- caralho! (exclamei).

Fui para o ponto de ônibus e peguei um que levou-me direto a residencia do predador: Tinha que me despedir e procurar um apê simples com o dinheiro que o Otávio tinha me arrumado.

xxxxXXXx

Assim que toquei a campainha o portão foi se abrindo. Entrei e um homem armado veio até mim. Abri a mochila.

- hey, hey, hey. Joga no chão, joga no chão.

Eu - o que? (falei sem entender).

- mandei soltar a mochila.

Eu - mas por que?

- sem perguntas e solta a mochila caralho.

obedeci o homem.

- agora deita no chão. Vamo meu irmão, mandei deitar no chão.

Depois de um dia cansativo, aquilo só podia ser brincadeira.

Assim o fiz, e acabei deitando no chão.

- Mão atrás da cabeça. (gritou ele).

Eu não argumentei e levei as mão ate a nuca.

O homem abaixou e juntou minha mochila.

- o que nós temos aqui? (dizia ele revistando o interior da bolsa).

- o que tu ia tirar daqui hen cumpade?

ergui os olhos e vi que ele me olhava.

Eu - eu ia só tirar o cartão com a senha que o predador me deu. Ele disse que com esse cartão eu entraria sem ser revistado.

- cartão? Tu tem um cartão de entrada livre?

Eu - sim.

- po meu irmão. Por que não disse antes? (disse o homem me ajudando a ficar de pé).

Quando levantei o homem já estava com o cartão na mão.

- você pode passar meu fi. (disse ele limpando a terra da minha camiseta).

Eu - precisa limpar não cara. Ta de boa.

Mas o cara insistiu.

- Meu fi.

Eu - fala.

- tu não comenta nada com o predador sobre o que rolou aqui não ta!?

Eu soltei um sorriso tímido

Eu - esquenta não.

O cara ainda me acompanhou ate a entrada do corredor, passando a mão em minha camisa.

Passei pela sala do predador e ele não estava lá. Fui então ao seu apartamento no fundo do terreno. A porta tava fechada. Tirei a chave da mochila e a abri. Assim que entrei ascendi a luz e sentei no sofá tentando recuperar as forças que eu havia perdido naquele dia.

Tirei meu tênis e minhas meias, levantei minha camiseta e fiquei ali tentando respirar.

Meus olhos estavam fechados quando senti alguém sair do quarto. Assim que despertei vi que era o predador.

- e aí bundinha. (disse ele).

Eu - oi Predador.

Predador - demorou hen!?

Eu - to vindo la da entrevista que te falei.

Predador - e aí como foi lá?

Eu - não foi como eu esperava, mas no final deu tudo certo.

Predador - então você conseguiu o emprego?

Eu - sim. (falei animado).

Predador - porra, que bacana.

Eu - ainda bem que eu te vi aqui. Queria levar um lero contigo.

Predador - outra hora. Agora to de saída.

Eu - é bem rápido.

Predador - já falei que agora não. (disse ele levantando-se). Eu vou dar uma saída, mas daqui a pouco eu volto.

Eu - tu vai demorar?

Predador - vou tentar ser breve.

Eu - então quando você voltar nós conversa.

Predador - beleza.

Predador pegou um capacete e saiu pela porta.

Tirei minha roupa ali na sala mesmo, e caminhei, pelado, até o banheiro.

Como eu tava precisando daquilo.

Após um bom tempo no banho, me enxuguei e pus uma roupa do predador já que eu não tinha mais o que vestir.

xxxXXX

Sentei no sofá da sala e procurei algo na ''tv'' pra assistir.

Estava distraído quando senti a porta sendo aberta pelo lado de fora. A maçaneta aos poucos foi sendo girada, até que o predador apareceu.

Eu - porra cara, me assustou.

Predador - me da uma ajuda aqui.

O cara estava carregando algumas sacolas, me levantei e dei uma mãozinha.

Predador - ficou uma sacola aí do lado de fora. Pega lá pra nós. (disse ele retirando algumas pizzas das sacolas).

Eu - beleza!

Caminhei ate a porta e assim que passei tive uma surpresa.

Eu - Mãeee! (gritei ao ver minha mãe parada ali).

Mãe - meu filho. (disse ela com a mão na boca).

Abracei, fortemente, minha mãe ali mesmo.

Eu - como é que a senhora ta? (falei colando o rosto em seu ombro e deixando as lágrimas rolarem).

Mãe - do jeito que Deus quer. (disse ela alisando meus cabelos). E você? Ta tão magrinho. Ta se alimentando direitinho não?

Eu - to na correria mãe.

Ela tentou secar minhas lágrimas.

Eu - a senhora ta cheirando a água sanitária. (falei sentindo o cheiro de suas mãos).

Ela - eu peguei umas roupas pra lavar pra poder ganhar uma grana, filho.

Eu - a essa hora mãe? Poxa mãe, a senhora não tem mais idade pra isso.

Ela - O José ta de cama, e as contas não param de chegar. Eu tinha que fazer alguma coisa.

Predador - e aí. Mamãe e filhinho vão querer ficar aí no escuro ou vão preferir entrar e me ajudar a preparar a ''boia''? (disse ele aparecendo na porta).

Minha mãe riu.

Eu - vem mãe. Já conhece a casa do predador? (falei dando a mão e guiando ela).

Mãe - ainda não meu filho. Vou conhecer agora. (disse ela deslumbrada com a organização do apê).

Predador - o carinho de vocês ta muito bonitinho, mas minha barriga ta roncando.

Minha mãe e eu rimos.

Mãe - eu posso ajudar na cozinha. O que você quer que eu faça?

Predador - eu quero que a senhora fique sentada(disse ele levando minha mãe até o sofá). Mas o marmanjão aí vai me ajudar aqui com as pizzas. (ele me puxou até a cozinha).

Eu - porra cara. (falei passando a mão em seus ombros). Obrigado por isso. (mais uma vez não consegui conter a emoção).

Predador - relaxa. E o que tu queria falar comigo? (Disse ele tirando as pizzas das caixas).

Eu - eu? (falei sem entender).

Predador - é pô. Tu não disse que queria levar um lero comigo.

Eu - ah mano, depois eu falo.

Predador - beleza! (ele deu de ombros).

Eu - Mãe! (gritei da cozinha mesmo).

Mãe - oi filho? (ela gritou de volta).

Eu - tenho uma ótima noticia pra senhora. (falei colocando as pizzas no forno elétrico).

Mãe - então me diga que eu to precisando de noticias boas. (disse ela levantando e escorando no balcão americano).

Eu - tchan, tchan, tchan, tchan. (fiz um suspense antes de mandar a noticia). Eu consegui um trampo mãe. Carteira assinada e tudo. (disse em êxtase).

Mãe - que maravilha meu Deus! (disse ela levando as mãos aos céus).

Eu - lá a parada é tão seria que eles querem conversar com a senhora.

Mãe - e aonde é isso? Quando tu começou?

Minha mãe pegou um pano de prato e começou a limpar a bancada do balcão.

Eu - ainda não comecei. Amanhã as 10 horas eles pediram para nós dois irmos lá.

Mãe - e tuas aulas?

Eu - amanhã vou te que faltar mãe, mas depois eu recupero.

Mãe - entendi. Trabalho é bom meu filho, você vai ter seu dinheirinho, mas eu não quero que isso atrapalhe seus estudos. Você já ta no ultimo ano.

Eu - pode deixar mãe. Não vai atrapalhar! (falei retirando as pizzas, quentes, e colocando-as sobre a mesa).

Mãe - que cheiro bom.

Eu - vem comer mãe, antes que esfrie. (puxei uma cadeira e minha mãe sentou).

Mãe - cade o Kristofer?

Eu - quem? (cortei uma fatia da pizza e servi minha mãe).

Mãe - o dono da casa!

Eu - então esse é o nome dele?

Mãe - é pelo nome que eu o conheci. (disse ela rindo).

Eu - ele foi la fora atender uma ligação.

Sentei ao lado de minha mãe e começamos a jantar.

Eu e minha mãe conversamos uma pá de outras coisas antes de o predador leva-la em casa.

xxXXX

Mãe - cuida bem desse meu nego. (disse ela na despedida)

Predador - pode deixar dona Lúcia.

Mãe - ah, eu já ia esquecendo. (disse ela tirando uma pilula do bolso da saia).

Eu - que é isso mãe? (perguntei olhando para a pilula).

Mãe - remédio pra verme. Peguei lá no posto pra você tomar.

Eu - eu não to com verme mãe. (falei envergonhado).

Mãe - como você sabe? Ta amarelo!

Predador - dona Lúcia não se preocupe que amanhã mesmo o seu moleque vai tomar essa parada aí. (disse ele me encarando).

Minha mãe me deu mais um abraço.

Mãe - se cuida viu?

Eu - ta bom mãe. Amanha as 9h a gente se encontra no ponto de ônibus.

Mãe - ainda bem que você lembrou, eu já ia esquecendo.

Eu - a mãe, espera um pouco. (falei quando ela já ia descendo as escadas).

Mãe - o que foi filho?

Eu - pega aqui. Esse é o meu número.

Mãe - ta de celular filho?

Eu - ganhei um do Otávio. Quando eu receber meu primeiro salário, vamos comprar um pra senhora.

Mãe - preciso disso não filho.

Eu - claro que precisa, como é que a senhora vai me ligar ou então receber minhas ligações?

Mãe - é né!? Então a gente compra um simplesinho.

Eu confirmei com a cabeça.

Minha mãe acenou e eu retribui. Aos poucos ela foi desaparecendo com o predador e aquilo me deu um aperto no coração.

xxXXX

Estava deitado no sofá quando o predador retornou.

Assim que ele passou pela porta já foi tirando a roupa. O cara gostava mesmo era de circular apenas de cueca pela casa.

Predador - acho que vai chover. O tempo ta se fechando.

Eu nada respondi.

Predador - o que aconteceu?

Eu - ainda to meio emocionado em ter visto minha mãe. Já tava com uns dias que eu não a via.

Predador - to ligado. Bacana o cuidado que vocês tem um com outro.

Eu - eu vou poder dormir lá dentro hoje ou vou dormir aqui pela sala?

Predador - você que sabe.

Eu - então já vou deitar. To meio cansado.

Predador - já? Eu trouxe uns filmes pra nós assistir.

Eu - pode ser outro dia mano? To realmente muito cansado.

Predador - pode né!? Fazer o que? ( mais uma vez ele deu de ombros).

Eu - boa noite.

Predador - boa.

xxxxxXX

Assim que passei pela porta me arrependi de não ter topado assistir o filme e acabei retornando.

Eu - quer saber de uma coisa? Qual é o filme que vamos assistir?

Predador - você não tava cansado?

Eu - não sei por quanto tempo eu vou ficar aqui né!? Então vou aproveitar!

Predador - ta certo. (disse ele selecionando o filme).

Eu - quer pipoca?

Predador - pode ser.

O predador aguardou eu preparar a pipoca, e só então deu play no filme.

xxXX

Estávamos sentados no tapete da sala dividindo a mesma tigela

- ai caralho! (exclamei).

Predador - que foi?

Eu - quero ver essa cena não!

Predador - já assistiu esse filme?

Eu - já sim.

Predador - porra e por que tu não falou nada bundinha?

Eu - eu queria assistir novamente. Esse filme é massa. (falei levando uma mão de pipoca a boca).

Pelo canto do olho eu via o predador me encarando.

Eu - o que foi pô? (falei olhando pra ele).

Predador - se eu ti fizer uma pergunta você não me leva a mal?

Eu - faz. (falei apreensivo).

Predador - tu tem cara que curte uma pegada com outro macho ou é impressão minha?

Eu - ...

Continua...

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Comentários

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Espero que o felipe fique com o Predador. De todas as possibilidades que surgiu, essa de longe, eh a mais bacana. E tomara que você nunca deixe de postar seus contos por aqui, vc eh muito criativo e a cara nova história se supera . Parabéns

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DEMOROU PRA SAIR ESSSA PERGUNTA. ESPERO Q RESPONDA Q SIM E SE ENTREGUEM UM AO OUTRO.

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Adorei o capítulo! Pelo jeito as coisas vão começar a esquentar!

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Eita caralho, como se não bastasse o Otávio, o Papa léguas e o Predador serem perfeitos (cada um do seu jeito) pro lorin, agora aparece mais um potencial... o Mathew, tenho que retirar o comentário que eu fiz n conto anterior sobre não gostar dos bandidos, pq nesse tô arrastando um caminhão pelo Predador.

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Eita porra, agora que desgraçou a boca da égua !!!! O_O continua tá muito legal 👍!!

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Sabia que ia da nisso ele é muito bonzinho com o Felipe 😊 curioso pra saber como vai ser no próximo capítulo 😍😍 o conto Ta top 😉😘

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Hahahahaha será que o predador vai dar um trato no Felipe? Kkkkk anseio por isso.

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Muito bommmm, cada dia mais instigante, rsrs... Aguardo ansioso o próximo capítulo, rsrs...

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