Boa leitura :)
♦♦♦♦♦♦
– Tire as mãos. – Sibilou ainda abraço as pernas, quase inalditivo fazendo o maior recuar para trás.
Levantou-se caminhando a passos lentos até seu quarto, sendo seguido por Luciano e seu olhar cauteloso.
Se jogou na cama de bruços cobrindo-se com alguns lençóis.
O mais velho se recostou no vão da porta o observando.
Tirou os sapatos, camisa e calça as jogando em um canto qualquer indo até o banheiro tomando um banho rápido.
Enrolou-se na toalha branca e felpuda voltando ao quarto encontrando o garoto ainda deitado, foi até a cômoda pegando uma cueca limpa, deixou a toalha cair sobre o chão, e então a vestiu.
O menor o olhará de relance vendo alguns hematomas em suas costas e barriga.
Luciano foi até a cama sentando-se no lado oposto ao rapaz.
Estendeu o braço o trazendo para sí que gruniu se debateu com chutes o afastando.
– Aprendeu a se fazer de difícil agora bebê? – Disse o puxando novamente mas desta vez montando em cima do garoto prendendo seus braços acima da cabeça.
– Me solta. – Rosnou.
– Sabe que eu adoro quando você fica assim.. – Sussurrou com a voz rouca próximo ao seu ouvido do rapaz lambendo o lóbulo da sua orelha descendo até o pescoço o chupando com certa força? Deixando algumas marcas escuras.
O menor gemeu involuntariamente odiando.. a si mesmo por se sentir daquela forma tão.. submissa quando estava próximo ao moreno.
Fechou os olhos, e num movimento rápido acertou um chute no meio das pernas do mais velho que gritou, indo ao chão sentindo suas bolas doerem.
– Desgraçado.. p-por que fez is-isso? – Perguntou tentando recobrar o fôlego.
– Você mereceu! – Cuspiu as palavras.
– Eu so queria te fazer um carinho seu idiota! – Resmungou sentando-se na cama limpando a testa encharcada de suor.
O menor revirou os olhos. Levantou-se indo ate seu armário pagando três edredons e um dos travesseiros sobre a cama.
– Aonde vai?
– Dormir em outro lugar.
Disse pisando duro saindo porta a fora.
Foi até a cozinha pegando no colo o pequeno filhote de labrador sonolento, que dormia encima de um tapetinho.
Esticou-se o máximo que pode ate alcancar a chave reserva que estava encima da geladeira, por precaução achou melhor garantir que a porta não fosse aberta durante a noite.
Como o quartinho da bagunça era o único que tinha porta e poderia ser trancado com a fechadura.
Arredou todas as caixas que eram no máximo oito para um canto qualquer, Pegou dois dos edredons fazendo um pequeno montinho no chão como uma cama.
Afofou o travesseiro logo depois deitou-se trazendo seu bichinho para junto de si, o cobrindo.
Depois de alguns minutos conseguiu pegar no sono.
Já Luciano que estava no quarto ao lado não conseguia pregar os olhos.
Mesmo ele sendo do tamanho que era, a cama se tornava demasiadamente grande demais só para ele.
Sentia falta da presença do menor ali.
Se perguntava como em tao pouco tempo ele se acostumava com isso.
Talvez fosse pela sensação de paz que o garoto lhe transmitia e aquela sensação que fazia seu coração se aquecer e bater mais forte.
Impaciente, pulou da cama indo até a sala, não o encontrando.
Foi até a cozinha é banheiro mas.. nada.
Começou a cogitar a ideia dele ter saído e isso o preocupou, já era tarde da noite, tarde demais para sair, perigoso demais.
E como num desenho animado, uma lâmpada se acendeu encima da sua cabeça ao lembrar-se de que havia um cômodo da casa que ele ainda não havia olhado.
Foi até o quartinho da bagunça mais parando assim que girou a maçaneta vendo que a porta estava trancada.
Bufou indo até a cozinha procurando a chave reserva não a encontrando no lugar de costume.
– Ele deve ter pegado.. aquele.. – Espremeu os olhos e os lábios deixando apenas uma fina linha.
Correu ate o quarto procurando alguma tesoura ou algo que pudesse abrir a fechadura da porta, encontrou um clips de papel, Sorriu, correndo até o outro quarto.
Com muita paciência enfiou o pedaço de metal na fechadura, o girando com cuidado depois de alguns minutos conseguindo destranca-la.
– Isso! – Comemorou com um sorriso travesso nos lábios.
Abriu a porta devagar pondo metade da cabeça para dentro.
Viu o menor deitado dormindo sobre alguns edredons numa cama improvisada e o pequeno cãozinho ao seu lado.
Que estava de pé abanando o rabo em posição de ataque com o olhar fixo no mais velho tentado latir emitindo apensas alguns grunhindos.
– Vem cá vem. – Chamou assoviando baixinho, se agachando no chão esfregando os dedos.
Quando ele se aproximou, afagou suas orelhas rapidamente o pegando entre as mãos o pondo para o lado de fora.
– Foi mal aí garoto
Caminhou na ponta dos pés até o menor se deitando ao lado dele com o máximo de cuidado para não acorda-lo.
Paralisou prendendo a respiração quando o garoto se mexeu coçando o nariz.
Esperou algum tempo até ver que ele voltará a dormir.
Suspirou aliviado voltando a se aninhar ao corpo do garoto ou seria o contrário? De qualquer forma com cuidado o abraçou por trás o envolvendo em seus braços.
– Durma bem meu anjo.. – Sussurrou próximo ao seu ouvido beijando o topo se sua cabeça sentindo o cheiro que ele tanto amava.
Fôra um dia complicado...
Primeiro ele havia se método em uma briga.
Não que ele se arrependesse...
– E claro que não me arrependo! Narrador idiota!! Queria ter batido mais naquele idiota, filho da puta, pau no cu, ladrão de maridos, até quebrar um dos braços dele assim ele aprendia de vez a não encostar no que é MEU!
Pensou consigo mesmo apertando um pouco mais o corpo do garoto contra si de maneira meio... Possessiva?!
Acabou caindo de exaustão.
♦
♦
♦
Na manhã seguinte o mais velho levantará antes que o sol ou as galinhas.
Não sabia se o garoto ainda estava com raiva dele ou não mas por precaução achou melhor o deixar sozinho ali, antes que ele abordasse.
Mesmo com todas as suas células gritando para ele não se levantar, ele Levantou-se. Foi até o banheiro fazendo sua higiene matinal.
Foi até o quarto abriu o armário tirando de lá uma calça jeans, Moletom cinza manga longa e gola rolê, logo as vestindo.
Calçou seus sapatenis brancos, esticou o braço até a mesinha de cabeceira pegando o celular, carteira e suas chaves.
Minutos depois já estava em seu carro sem rumo. O plano era
Encontrar algum lugar.. cafe, padaria ou qualquer que fosse mas de preferencia que estivesse aberta.
O que era difícil já que o relógio ainda marcava seis e vinte e três da manhã.
Algumas quadras depois parou em frente à um café charmoso.
Sorriu vendo a plaquinha de aberto na porta.
Estacionou do outro lado da rua, descendo do carro ativando o alarme.
Na rua o movimento de automóveis era quase zero, atravessou sem se preocupar.
Parou em frente ao estacionamento observando alguns bolos tortas e doces através do vidro.
♪ Blim-blém♪
Soou o sininho acima da porta assim que ela fora aberta.
– Bom dia querido. – Cumprimentou a mulher com um sorriso terno e gentil.
– Bom dia! – Riu voltado a olhar a vitrine meio em dúvida.
– Posso ajuda-lo a escolher um se quiser.. – Sugeriu rindo baixinho percebendo a confusão do rapaz.
– Humm... Tudo bem! – Coçou a nuca constrangido.
– Entre! – Pediu. – Ainda está cedo demais e um pouco friu também.
Luciano Sorriu de canto a seguindo para dentro do lugar ouvindo o som do sininho da porta tocar quando fôra aberta, achando extremamente irritante e desnecessário.
Foi até o balcão sentando-se em um dos banquinhos próximo a ele. Pegando o cardápio em mãos.
– Acho que vou levar aquele ali... – Apontou para uma das tortas na vitrine.
– É é... Esse ai é também vou querer alguns.. croissants e pães e... Acho que só! – Colocou o cardápio sobre o balcão observando a mulher terminar de anotar tudo no seu bloquinho.
Olhou a sua volta batendo os dedos dedos na madeira.
– O que faz aqui? – Marcos perguntou em tom sério aparecendo de trás do balcão com algumas bolsas de papel com um bolinho de olhos e um sorriso grande. – Se manda! tu não e bem vindo.
Luciano o olhou com escárnio rindo em deboche.
– Vai querer apanhar de novo?
Marcos ficou de frente ao mais velho o empurrando-o fazendo se desequilíbrar e cair sobre uma das mesas atrás de si.
Luciano se levantou rápido agarrando marcos pela gola da camiseta o empurrando contra a parede.
– Escuta bem porque essa é a última vez que vou dizer.. – Fez uma pausa. – Fique longe dele!
Marcos riu sadicamente. Luciano franziu o cenho.
– Aproveite enquanto pode... Porque logo logo ele vai ser só meu.
– Vai sonhando.
– Não e algo tão impossível assim me diz aí.. – Fez uma pausa parecendo pensar. – Alguma vez ele já disse que te ama ou que pelo menos gosta de ti?
Ao ouvir isso seu sangue ferveu sentindo vontade de mata-lo ali e agora.
– Foi o que eu pensei então se cuida. – Piscou um dos olhos provocando o maior.
– Seu f-
– Ei ei ei.. Parem os dois! – Ordenou a mulher se pondo entre os dois rapazes.
– Filho.. o que pensa que está fazendo?
– Esse dai é teu Filho? – Apontou o dedo para marcos ficou pensado como uma mulher tão gentil e doce poderia ter um filho tão... Idiota.
– E ele mãe.. – Disse quase num sussurro. Mais alto o suficiente para que sua mãe compreendesse.
– Bem... Mais também não precisam se comportar feito animais.
Revirou os olhos indo até o balcão pegando as sacolas entregando-as a Luciano.
– Prontinho! – Sorriu.
– Quanto eu dev-
– Nada! Fica como um pedido de desculpas pelas coisas que meu FILHINHO... – Elevou a voz o olhando de modo repressivo. – Vez ontem e hoje.
– Obrigado senhora..
Sorriu saindo do lugar sem antes lançar para marcos um olhar matador sendo retribuido de forma igual.
Entrou no carro e logo já estava em frente à sua casa. Mais permaneceu ali, parado, pensando no que o outro lhe disserá.
Aquilo o incomodava tanto porque era a mais pura verdade. Mesmo que o menor não o amasse ou nem chegasse sequer a gostar dele um dia.
Mesmo que isso acontecesse ele tentaria de todas as formas ganhar o carinho do garoto. Que o fizera descobrir um lado da vida que ele não conhecia.
Nunca se importou com alguém, como se importa com ele.
Nunca sentiu vontade de cuidar de alguém, como sente quando está perto dele.
Nunca sentiu... Ciúmes ou se sentiu inseguro com alguém, como se sente com ele.
E nunca desejou tanto ter o amor de alguém.
Suspirou batendo a cabeça contra o volante sentindo suas temporas doerem.
Saiu do carro com as sacolas em mão pedindo a deus que o garoto ainda estive dormindo.
Deixou tudo na cozinha, e assim que tirou os sapatenis, Caminhou na ponta dos pés até o quarto onde o menor estava, sorrindo ao ver que ele ainda estava dormindo.
Voltou a cozinha começando a preparar o café da manhã.
Ajeitou tudo sobre a mesa sorrindo satisfeito indo até a cafeteira a ligando.
Alguns minutos depois o cheiro do mesmo se espalhara por toda casa.
Sentou-se a mesa a espera do garoto que logo apareceu com a cara toda amareladada e os cabelos bagunçados.
Sentou-se de frente para o mais velho, bordejando cobrindo a boca com uma das mãos, coçando os olhos.
Luciano sentiu vontade de beliscar as bochechas do garoto, uma por uma, até ficarem como grandes maçãs avermelhadas.
– Vai a faculdade hoje? – LucianoPergunta quebrando o silêncio.
– Porque quer saber? – O olhou confuso.
– Por nada. – Sorriu levando a caneca com café até a boca.
– Humm.. sei.. – Murmurou o olhando desconfiado. – Ahh.. só mais uma coisa...
– O que?
– A porta do quarto tava aberta quando eu acordei!
– E mesmo é? Nossa que coisa estranha.. – Riu nervoso coçando a nuca.
– Né! Estranho mesmo. – Mordeu um dos pães o olhando.
Depois que terminaram o café da manhã foram para a sala, sentaram-se no sofá, cada um em uma ponta.
Luciano se esticou a mão sorrateiramente tocando a perna do menor.
– Sai! – Bateu na mão do maior que a recuou rápido.
– Até quando vai ficar assim?
– Até sempre. – Respondeu sem tirar o olhar da televisão. Luciano incomodado Pegou o controle a desligando.
– Ei.. liga de novo seu idiota. – Protestou zangado tentando pegar o controle da mão do mais velho.
– Nop! – Riu. – Só se me der um beijo. – Fez bico.
– Não quero mais ver tevê então. – Cruzou os braços levantando-se. Luciano aproveitou e o agarrou por trás fazendo cócegas em sua barriga.
– Não vai me dar um beijo não? – Gargalhou arfando jogando o menor no sofá ficando por cima do garoto que ria sem parar.
– PARA SEU IDIOTA HAHAHA..
– Então diz que vai me dar um beijo.
– Tá bom t-ta bom eu dou.. – Disse limpando uma lágrima que escorrera pelo canto dos seus olhos.
Tocou os lábios do mais velho em um Celinho rápido.
– Isso foi um beijo?
– Foi!!
– Não não foi. Beijo de verdade e assim. – Disse avançando nos lábios do garoto os tomando para si explorando sua cavidade quente com a língua numa luta desigual com a do menor.
– Chega.. – Disse manhoso virando o rosto para o lado levemente avermelhado.
– Tudo bem.. – Sorriu repousando a cabeça sobre o peito do menor. – Não quero ficar te forçando a nada.
Fechou os olhos escutando os batimentos do coração do garoto que estavam num ritmo acelerado, o que o deixou meio feliz.. por saber que ele ao menos ficava assim perto dele. O menor por algum motivo gostou daquilo se permitindo afagar os cabelos negros do maior os bagunçando mas ele pouco se importava.
– Sef... – Chamou.
– Sim?
– Eu sei que não tenho direito de te pedir nada mas... Vou fazer mesmo assim. – Levantou-se montando encima do colo do rapaz olhando-o nos olhos.
Acariciou seu rosto sentindo a maciez da pele do garoto. Passando o polegar sobre seus lábios rosados.
– Me prometa que vai ficar longe daquele cara...
– Qual cara?
– O tal marcos. – Bufou não sabendo se ele se fingirá de idiota ou fizera aquilo só para irrita-lo.
– Porque? – Quis saber curioso.
– Por nada só fique longe dele!
– E se eu não quiser? – Disse em tom desafiador. Luciano fechou os olhos suspirando pesadamente.
– Dai vamos ter sérios problemas. – Disse sério fazendo o garoto fechar o sorrisinho que antes brotará em seu rosto. – Eu gosto muito de você..
A confissão do maior o Pegou de surpresa fazendo seu coração quase saltar pela boca. Ele ainda não estava preparado para isso... Não agora.
– Talvez você não sinta o mesmo por mim agora mas.. eu vou esperar! E vou conseguir fazer você gostar de mim também. E não vou deixar um filho da puta qualquer passar na minha frente! nem que eu tenha que...
– O-o que?
– Nada.. – Suspirou relaxando os músculos que estavam um pouco tencionados.
Deitou-se no sofá puxando o garoto para si, que repousou sua cabeça sobre o peito do mais velho escutando seus batimentos.
Respirou fundo sentindo a calmaria o invadir. Fechou os olhos e acabou cochilando.
###