Plutão, layla55, Hello 👌,FlaAngel, Bruno Jovovich, Atheno, fefehh, Kevina, Quelsilva, Kalvin4, Martines, Flor de maio, Ypii: Obrigado pelos comentários pessoal. <3
Respondendo as perguntas do Plutão: Na verdade o nome do narrador aparece na parte da mensagem(O nome dele é Lucas) que ele recebe. Não coloquei o nome do narrador e sua aparência na forma de apresentação porque achei que, dessa forma, pareceria mais espontâneo. E, com relação a morte da Júlia, nesse capítulo, esclareço um pouco mais a respeito. Espero que continue acompanhando meus contos. :)
Vamos ao capítulo 2...
Capítulo Dois
Não sabia o que dizer então só abraçei o mais forte, me perguntando se aquela dor um dia passaria...
SEIS MESES DEPOIS
O tempo passou e eu ,Beto e João tentávamos seguir em frente. Gostávamos muito da Júlia e sentíamos muita falta dela mas tinhamos que continuar. Do jeito que a Júlia era tinha certeza que ela não ia gostar de nos ver tristes pelo resto da vida. Mas o Pedro simplesmente não conseguia. A morte da Júlia o deixara mais fechado e desde sua morte eu não vi um fragmento de sorrisso em seu rosto. Eu entendia sua dor, mas não podia deixar que meu amigo se afundasse nessa dor e deixasse sua vida passar dessa forma. Eu sabia que ele se culpava pela morte dela, porque ela havia morrido em um assalto e ele chegou a comentar comigo: “como isso foi acontecer?logo eu, que deveria proteger as pessoas, não consegui proteger minha própria esposa?”. Tentei convencê-lo de que a culpa não era dele mas ele parecia não escutar. Nem pra noite do pôquer ele ia mais. Já tinha cansado de mandar mensagens e ele sempre dizia que não podia ir, estava indisposto, com dor de cabeça, etc. Mas nessa noite seria diferente, combinei com Beto e Carlos que a gente iria pra balada e, ao invés de mandar mensagem, eu decidi que iria na casa do Pedro e o obrigaria a ir com a gente. Chegando na casa do Pedro, toco a campainha e ele vem receber:
- Hoje você vai sair com a gente e não tem “mas” – falei determinado.
Ele ia fechar a porta na minha cara, mas eu fui mais rápido e coloquei minha mão no caminho da porta e ele parou.
- Cara, você não pode se fechar pra vida desse jeito, eu conhecia a Júlia, sabia como ela era, lembra que ela vivia dizendo que eu deveria sair mais?Que eu deveria me divertir? Você acha que o mesmo não serve pra você?
Ele começou a chorar e eu analisei se tinha falado alguma coisa errada ou se tinha falado demais.
- Ela era assim mesmo, ela era demais – Ele chorou mas em meio as suas lágrimas quase pude vir um sorriso. O abraçei e ele falou:
- Não tem mesmo um jeito de você me deixar em paz hoje? – Ele perguntou.
- Definitivamente, não – falei, tentando fazer uma cara séria.
- Você fica engraçado quando tenta fazer uma cara séria kkk-ele fala e ri, isso mesmo, consegui arrancar um sorriso dele, fiquei todo bobo com esse sorriso.
- Vá se banhar, que eu vou te esperar pra gente ir – ordenei e ele foi.
No caminho pra balada, ele permaneceu quieto mas estava bem arrumadinho e cheiroso e aquele pesar parecia ter saido um pouco dele. Encontramos Beto e João e João foi logo atrás de uma mulher lá pela qual ele se interessou.
- Cafageste – eu falei e, tanto Beto quanto Pedro, riram disso.
Ficamos conversando e teve alguns momentos em que chutei Beto por debaixo da mesa por causa de algumas perguntas como “Eai?Vai pegar alguma gata hoje, Pedro?”. Eu o conhecia o suficiente pra saber que ele ainda não estava pronto pra outra. Afinal, ele ainda usava a aliaça de seu casamento.
Ficamos conversando bastante até que Beto diz que vai pegar mais uma bebida pra “gente”. No caso seria pra eles, porque eu estava dirigindo e eu não estava bebendo naquela noite.
- E os namoradinhos? – Pedro me perguntou, sarcástico rindo.
- Eu ainda não encontrei a pessoa certa – Eu respondi.
- Lucas, acho que você está mentindo e logo pro seu melhor amigo – ele falou rindo. Ele já estava meio alterado por causa da bebida.
- É sério pô – falei rindo.
Pensei em perguntar pra ele “E as namoradinhas?”. A gente tinha essa loucura de ficar se perguntando isso. Mas pensei melhor, meu amigo ainda estava com o emocional instável se essa pergunta o fizesse se lembrar da Júlia ele poderia desmoronar em choro ali mesmo então apenas dei outro sorriso.
- De que vocês estão rindo? – Beto chegou perguntando.
- Do fato do Lucas precisar de um...au –ele se interrompe gemendo após eu chutá-lo por debaixo da mesa. Ele já estava começando a falar demais.
- Vamos dançar? – Pedro nos convida e nos surpreende então nós resolvemos ir. Chegando lá eles começam a “dançar” tão bem quanto eu. Sério, mas felizmente pelo horário e acho que o pessoal já estaria tão bêbado que nem perceberia.
Felizmente, só Beto levou cantada de uma garota naquela noite e ele a rejeitou educadamente. Eu já estava cançado de dançar e deixei os dois lá dançando e fui me sentar quando percebo um cara se aproximando, ele era loiro, tinha olhos verdes e estava com uma camisa xadrex vermelha.
- Posso te pagar uma bebida? – Ele pergunta.
- Não posso beber, estou com meus amigos e eu que vou dirigir, mas podemos conversar. – Eu falo olhando pra cadeira a frente e ele se senta nela. Conversamos bastante, descobri que seu nome era Jonas, e de repente Pedro voltou e falou:
- Lucas, a gente já tá indo – Pedro fala.
- Mas você não disse que estava gostando? – Beto pergunta pra Pedro.
- Eu só estou cançado - Ele responde.
Eu olho e ele já tinha até chamado João pra irmos embora. Eu falo com Jonas e eu me surpreendo vendo todos os outros se despedindo de Jonas. Eles até falaram o nome dele.
- Vocês se conhecem da onde? – perguntei, curioso.
- Eu também sou policial, Lucas – Jonas respondeu e eu apenas pensei “puta que pariu, vou desistir de arquitetura e virar policial, porque ôh quantidade de homem bonito!”
- Tchau, Jonas, Espero te ver outras vezes. – falei.
- Eu também – ele fala com um sorriso safado no rosto.
Deixei os outros nas suas casas e só faltava deixar o Pedro. Parei em frente a sua casa e ele disse:
- Obrigado
- Pelo que? – perguntei.
- Por ser meu amigo e estar comigo mesmo nessas horas difíceis. Eu me diverti hoje.
- Fico feliz por isso...- eu falo e ele sai do carro, me desejando boa noite. Espero ele entrar em casa e eu saio pra minha casa. Dormi feliz naquele dia, afinal, meu amigo tinha voltado a sorrir...
Continua...