XIII - Speak Now.
“Eu não sou o tipo de garota, Que interrompe rudemente uma ocasião de véu branco, Mas você não é o tipo de garoto, Que se casaria com a garota errada, Eu entro e vejo os seus amigos, E a pequena família mal-humorada dela, vestida em tons pastéis, E ela está gritando com as damas de honra, Em algum lugar lá dentro, Usando um vestido em forma de doce, Isso certamente não é o que você pensava que seria, Eu me perco em um devaneio, Melhor me levantar e dizer”
Narrado Por Darren.
Eu andei por seis horas, peguei uma carona com uma senhora um pouco suspeita e ainda não tinha chagado a tempo. Quando cheguei à minha casa o Matt já tinha ido. Mais ainda da tempo só que... caralho! Olha como eu tô!
Fui pro chuveiro, não acredito que vou fazer isso no meio de tanta gente, deveria ter falado antes. Depois de um banho de 10 minutos procuro uma roupa adequada, pro que eu vou fazer tem roupa adequada?
Bem vamos de tênis, caso eu tenha que corre da multidão, calça jeans azul claro, camisa de manga longa azul bebe e uma jaqueta quadriculada azul verde agua e preta com capuz.
Respiro fundo e vou, peço um taxi mas antes que eu vá pra lá vou na casa da D. Rosa, quando chego ela está cuidando do jardim:
Eu- Rosa! – grito e vou ao seu encontro.
D. Rosa- oi meu filho. – ela beija ambas as faces do meu rosto. – como foi lá? Contou pra ele?
Eu- não deu, ele fugiu antes que eu falasse, agora eu vou lá no casamento.
D. Rosa- nãããooo, serio que você vai para o casamento da piranha? – ela sorriu.
Eu- eu quero e cega do sovaco se ela casar com o Matt. – falei com o nariz empinado. – bem, eu vim me despedir, se eu contar pra ele, provavelmente não vou voltar tão cedo.
D. Rosa- bem, eu já sabia que isso ia acontecer, seja feliz meu filho, e venha me visitar.
Eu- claro! Sempre vou acabar vindo aqui. – sorri e a abracei.
Entrei no taxi e fui pro parque onde tinha a roseira, tem uma coisa que eu tenho que pegar lá.
“Não diga sim, Fuja agora, Vou encontrá-lo na porta dos fundos da igreja, Não espere ou diga nenhum voto, Você precisa me ouvir e eles disseram 'fale agora', Gestos divertidos são trocados, O órgão começa a tocar uma música, Que soa como marcha fúnebre, E eu estou escondida nas cortinas, Parece que eu fui desconvidada por sua futura noiva, Ela flutua pelo corredor como uma rainha de concurso, Mas eu sei que você gostaria que fosse eu, Você gostaria que fosse eu, Não gostaria?”
#40MinutosDepois#
Quando chego na igreja a primeira coisa que noto e que está lotada, não acho que o Matt conheça nem metade dessas pessoas, isso e tão diferente do casamento que eu e ele planejamos pra nós
#FlashOn#
Matt- como vai ser nosso casamento? – ele pergunto enquanto assistimos pulando a vassoura.
Eu- sem vassoura. – ele ri.
Matt- serio, como você que que seja? – ele sentou e ficou me olhando.
Eu- tá. – revirei os olhos. – terno branco, as flores, rosas brancas, não quero nada grande demais, quero algo que eu posso compartilhar apenas com gente que eu me importo e que se importa com a gente sem nós julgar, teria que ser na praia e no por do Sol.
Matt- porque no por do Sol? – ele me olhou torto, sorri, ele fica tão fofo assim.
Eu- porque seus olhos ficam mais bonitos assim.
Matt- e oque tem haver isso? – ele sorriu tomando um tom rosado.
Eu- por que e meu momento preferido. – olho pro nada de modo sonhador. – a noiva entrando na igreja, todos se levantam querendo ser notados, mas ela só consegue olhar pro homem que vai passar o resto da sua vida, o olha de modo intenso, apaixonado, e ele, o nervosismos sentido antes dela chegar passa, seus olhos brilham com tanta intensidade de um jeito que prova que o amor deles será eterno .
Matt- mas eu sempre te olho assim. – ele se joga em cima de mim.
Eu- verdade, mas lá seria oficialmente pra sempre, sem volta.
Matt- se eu for, não vou querer voltar.
Ele sorri e se inclina me beijando:
Eu- e você? Como você quer?
Matt- tendo você indo de encontro a mim, no altar, te esperando com uma cara de bobo apaixonado rezando pra você não ter se atrasado e me deixando pensar que desistiu na ultima hora, já tava bom pra mim.
Eu- serio, você não queria nada mesmo? – ele olhou pro nada e pareceu que uma luz tinha acendido na sua cabeça.
Matt- tem uma coisa, pode parecer boba, mas e o que eu queria.
Eu- oque?
Matt- tem uma rosa branca na roseira do parque e, se não fosse pedir muito, gostaria que você me desse ela de presente no dia.
Eu- porque justamente a que tem no parque?
Matt- porque o Ian e eu conversamos, e ele me disse que te conheceu lá, e que essa única rosa branca que tem lá... era você, por isso eu a quero, por que você vai estar se dando pra mim.
Eu- mas já não bastar eu assinar os papeis? – sorrio pra ele que retribui.
Matt- sim, mas esse seria nosso outro modo de casar, um que apenas nós saberíamos.
#FlashOff#
Isso sem duvida não tem nem um pouco do que queríamos, nem de longe e o que planejamos. Droga! Cadê ele, tenho que falar antes da cerimonia, que por acaso vai já começar.
“Não diga sim, Fuja agora, Vou encontrá-lo na porta dos fundos da igreja, Não espere ou diga nenhum voto, Você precisa me ouvir e eles disseram 'fale agora', Não diga sim, Fuja agora, Vou encontrá-lo na porta dos fundos da igreja, Não espere ou diga nenhum voto, Seu tempo está acabando e eles disseram 'fale agora', OOh, la la la, oh, OOh, la la la, oh”
Tenho que encontra-lo rápido:
Ian- Darren? Droga garoto, porque está aqui? Melhor, porque o Matt tá aqui? Você ainda não contou?
Eu- não, ele fugiu antes de eu consegui dizer.
Ian- fugiu? Como fugiu?
Eu- a gente acabou, meio que, dormindo juntos e ele, acho, que se sentiu culpado e fugiu, quando eu acordei ele tinha sumido e me deixado sozinho no meio do mato.
Ian- e como você chegou aqui? Fala viado!
Eu- Ian não me irrita, eu andei por seis horas, peguei uma carona com uma velha hippie muito louca, eu não dormi quase nada, eu não comi quase nada, meus pés estão doendo então não me venha com gracinhas senão eu me espalho e ninguém me junta.
Falei meio alterado. O Ian me puxou pro banheiro pra que eu lavasse o rosto:
Ian- okay, já está calmo? – acenei. – bem isso e muito ruim, duvido que você consiga chegar perto do Matt.
Eu- porque não? – como não vou conseguir, já andei isso tudo, a essa altura nem um gigante me pararia.
Ian- primeiro, tem um batalhão de damas de honras daquela pi... estamos na igreja ainda. – ele se segurou. – segundo, o Matt não vai querer ouvir, se ele fugiu de você, provavelmente falar com você e a ultima coisa que ele quer.
Eu- e agora, como vou fazer? – droga! Será tarde demais? – não tem um jeito de um chegar perto o bastante?
Ian- eu só conheço um jeito. – ele veio até mim com um lenço e limpou meu rosto. – vai ter que espera o padre dizer “fale agora, ou cale-se para sempre” vai ser sua ultima chance.
Eu- droga! Tinha que ser justamente na hora da cerimonia?...
A marcha começa a tocar anunciando a chegada da noiva:
Ian- eu vou pro meu lugar, e você esteja pronto.
Ele sumiu, droga, oque eu vou fazer? Oque eu vou dizer? Tô num beco sem saída.
Vou pra um lugar bem no canto, consigo ver o Matt, ele está tão calmo, nem parece que vai casar. Quando a noiva surge vem meu momento preferido, ela está exatamente como eu previ, mas quando olho pra ele, nós seus olhos só consigo ver dor, como se ele estivesse esperando alguma coisa pra para esse casamento, o Matt, só mais alguns minutos.
“Eu ouvi o padre dizer, "fale agora ou se cale para sempre", Há o silêncio, É a minha última chance, Levanto-me com as mãos trêmulas, Todos me olham, Olhares horrorizados de todos na sala, Mas eu estou apenas olhando para você”
Ouvi o padre dizer “fale agora ou cale-se para sempre”, me veio um embrulho no estomago, minhas pernas, minhas mão tremeram quando fiz o primeiro esforço pra levantar, não consegui. Há um silencio, droga, levanta!
Levanto minha mão tremula e todos na sala olham pra mim, olhares horrorizados, falando algumas coisas que eu não entendo porque estou olhando apenas pra você. Sua noiva se movimenta do seu lado, você dois ficam de pé, sinto um nó na minha garganta:
Eu- você não pode casar com ela. – ele me olhou como se quisesse afundar no chão, já sua noiva (e futura ex, assim espero ) está se segurando pra não voar em cima de mim.
Matt- olha aquilo foi...
Eu- Matt não tem nada haver com aquilo. – até o momento eu estava disfarçando minha voz. – você não notou mesmo. – falei já com minha voz normal, ele me olhou torto, sorri, nossa, ele e burro mesmo.
Coloquei os dedos nos olhos retirando as lentes, fiquei olhando pra baixo, levantei minha cabeça lentamente e ele me olhou nos olhos, levemente espantado, abaixei minha cabeça de novo, passei as mãos pelo cabelo e puxei a peruca de leve, lentamente. Finalmente, fios pretos caíram sobre meus ombros, olhei pra ele de novo que estava estático, levantei meu pulso e puxei minha pulseira pra baixo revelando aquele pequeno coração com um “M” dentro. Puxei meus óculos e os coloquei.
Eu olhava nos seus olhos, vi quando ele começou a surgi lagrimas deles, como ele começou a sorri, ele me olhou como antes, quando estávamos juntos. Minha mãe estava desmaiada no colo do meu pai que mal conseguia se manter acordado, meus amigos, estavam todos chorando, os desconhecidos cochichando, mas eu queria apenas ouvir o Matt falar:
Matt- da-Darren...
Narrado Por Matt. Alguns minutos antes.
Olhei pro Darlin ali, parado na frente de tantos desconhecidos, eu queria afundar no chão, acho que ele pensou que eu iria desistir do casamento depois de ontem, tenho que colocar um fim nisso:
Darlin- você não pode casar com ela.
Eu- olha aquilo foi...
Darlin- Matt não tem nada haver com aquilo. – ele me corta, agora fiquei perdido, se não e aquilo oque e então? – você não notou mesmo? – essa voz...
Ele começou e passar os dedos nos olhos, achei mega estranho, até que vi as lentes nos seus dedos, ele ainda estava de cabeça baixa, quando ele me olhou nos olhos quase tive um troço. Os olhos dele, quer dizer, os olhos dele são da mesma cor... ele abaixa a cabeça de novo, ele passa as mãos pelo cabelo e puxa os cabelo loiro. Uma peruca? Vejo fios negros caírem sobre seus ombros. Cambaleei pra trás, conheço e esses olhos e esse cabelo muito bem. Fiquei imóvel. Não pode ser, ele não pode estar aqui... ele levanta o pulso e me mostra a pequena tatuagem que só eu sabia que ele tinha feito. Ele puxo os óculos e agora não tenho mais duvidas. Lagrimas surgem dos meus olhos, o riso que tinha no fundo da minha alma começa a sair de fininho:
Eu- da-Darren...
Eu caio de joelhos no chão, com as mãos no rosto. Não pode ser, ele está aqui, está aqui mesmo, depois de tudo, ele está vivo. Darren, tenho que dizer, senão não vou acreditar:
Eu- Darren... você... – eu não sabia se sorria primeiro ou chorava. – e você mesmo?
Ele veio andando até mim, se ajoelhou na minha frente, e da parte de trás da sua calça puxou uma rosa branca:
Darren- rosa do parque... – ele sorriu, olhei no fundo das orbes azuis claros como o céu que me olhavam de forma apaixonada.
Rosa do parque! E ele! Pulei em seu pescoço e chorei. Ele está aqui, está vivo, está comigo, meu Darren, apertei ele contra mim mais ainda, aspirei seu perfume, lavanda e seu cheiro natural, continua o mesmo e pra mim o melhor:
Darren- vamos fugir... agora! – ele sussurrou no meu ouvido, droga! O casamento.
Eu me levantei e olhei pra Rachel que me olhava com cara de demônio, já prevendo o que vinha pela frente:
Rachel- você não se atreva. – ela nos olhou parecendo o capeta.
Eu- sinto muito. – segurei na mão do Darren e corremos, mas paramos no meio do caminho.
Pai- MATT! – olhei pra trás estavam meu pai e minha mãe, nos olhando, estavam sorrindo, meu pai ergueu a chave do carro e jogou pra mim. – vai, seja feliz, vocês dois... tenho orgulho de ser seu pai. – ele sorriu, olhei pro Darren que estava com lagrimas nos olhos.
Darren- obrigado, papai.
Corremos pra porta da igreja, entramos no carro, ouvimos a gritaria vinda da porta da igreja, vi a Rachel segurando salto e vindo atrás de nós:
Darren- vai!
Meti o pé no acelerador e fomos. Olhei pra trás sorrindo vendo Rachel jogando o buquê em nós, claro que errando pois estávamos a uma boa distancia.
“Eu não sou o tipo de garota, Que interrompe rudemente uma ocasião de véu branco, Mas você não é o tipo de garoto, Que se casaria com a garota errada, Não diga sim, Fuja agora, Vou encontrá-lo na porta dos fundos da igreja, Não espere ou diga nenhum voto, Você precisa me ouvir e eles disseram 'fale agora'”
Narrado Por Rachel.
Eu vou mata-lo, vou tira esse garoto desse mundo, nem que seja a ultima coisa que eu faça na minha vida. Ele arruinou meu casamento, ele destruiu minha vida. Agora eu estou aqui, no meio da rua vestida de noiva, com saltos na mão, olhando esses dois desgraçados irem embora, mas isso não vai ficar assim, pode acreditar, nem que eu tenha que fazer um pacto com o diabo eu vou mata-lo:
Eu- vai cunhadinho, aproveite, o quanto puder, porque eu vou achar você e quando eu achar... – gargalhei de forma demoníaca. – tenho pena do que vou fazer com você.
Gargalhei de forma mais alta, os convidados me olharam de modo estranho:
Eu- OQUE VOCÊS ESTÃO OLHANDO. – gritei como se tivesse duas vozes.
Eles deram um passo pra trás e eu continuei a gargalhar, vou te matar cunhado. Vou te matar Darren...
Narrado Por Darren.
O Matt acelera o carro e deixamos a cidade rumo a minha casa, rumo ao nosso futuro, ele está calado, mas está sorrindo. Dado momento ele começa a chora e eu fico preocupado:
Eu- Matt, para o carro. – ele freia o carro de forma lenta.
Matt- dessa vez não vou cometer o mesmo erro.
Ele se refere a outra ocasião que eu pedi pra ele para o carro, no acidente que nós separou:
Eu- não foi culpa sua eu já disse.
Matt- e, disse. – ele me olhou como se tivesse encaixado as peças do quebra-cabeça. – foi você, no sonho, não foi?
Eu- foi. – engoli em seco.
O Matt olhou pro nada:
Matt- porque agora? Porque você não me contou antes.
Eu- eu... Matt no acidente eu bati a cabeça quando fui arremessado pra fora do carro. – toquei seu rosto o fazendo olhar pra mim. – por dois anos eu não lembrei nem meu nome, a única coisa que eu tinha da minha vida passada era essa tatuagem. – mostrei meu pulso. – o cordão com a pedra de calcedônia e seu nome.
Matt- meu nome? – ele franze a testa. – como meu nome?
Eu- os médicos disseram que antes que eu acordei chamei um nome, era o seu, mas acabamos pensado ser o meu nome, pois me pareceu familiar.
Matt- mas e depois? Por que não me contou antes?
Eu- eu voltei pra te procura, mas fiquei sabendo que você tinha ido embora, eu não fazia ideia de como te encontra, mas em certo dia eu criei coragem de perguntar pros nossos pais, mas quando eu ai chegando em casa você apareceu, com ela. – fiz bico e ele sorriu. – bem, o resto você já sabe.
Matt- tudo bem, resumindo, eu fui o ultimo á saber? – ele me pareceu bem irritado.
Me soltei do cinto e senti em seu colo, senti sua respiração pesar, pela primeira vez eu não precisei fingir, agora o olho como antes, ele retribuía meio assustado:
Eu- você não foi o ultimo, a Samantha descobriu por acaso e o Ian, eu precisava de ajuda com você.
Ele aspirou meu pescoço, e com a voz chorosa falou:
Matt- tenho medo. – meu coração se quebrou, coloquei minhas mãos em seu rosto.
Eu- por quê?
Matt- tenho medo de ser um sonho, e logo eu posso acorda. – colei nossos lábios, senti todo seu corpo se arrepiar, um gemido escapou por entre os dentes, já ofegante colei nossas testas.
Eu- não vou deixar acontecer, não vão nós separa, nunca mais.
Matt- e agora? Pra onde a gente vai.
Eu- primeiro vamos pra casa dos meus pais... adotivos.
Matt- mas e se eles...
Eu- meu pai já sabe, eu contei quando recuperei a memoria.
Matt- o que ele disse? – eu pude sentir seus fortes batimentos cardíacos, ele vai ter um ataque, sorri, nossa! Como ele e dramático.
Eu- ele disse que em primeiro lugar, eu sou seu filho.
Ele respirou aliviado e depois sorriu:
Matt- vou conhecer meu sogro? – sorri também.
Eu- e seu cunhado.
Matt- cunhado? Ah! O Aqui...
Eu- Akira, com K. – sorri.
Agora vamos pra nossa nova vida, longe de toda aquela confusão que era nossa vida antes, longe da falsidade, do desamor, do ódio, da raiva, da inveja que nós cercava, do medo que era sempre presente, do preconceito que tivemos que enfrentar. Agora tudo vai ser diferente, vamos ser felizes.... Assim espero.
“E você diz, Vamos fugir agora, Eu vou encontrá-la com meu smoking na porta dos fundos, Ei ei, eu não disse o meu voto, Que bom que você estava por perto quando disseram: fale!”
