Boa noite pessoas, eu estive sumida esses dias, muitos trabalhos escolares pra essa semana, fiquei ocupada demais. Vida de aluno também não é fácil. Obrigada a todas que comentaram os contos anteriores. Aqui vai mais um capitulo fresquinho, vou tentar não sumir tanto agora kkkkk. Bora pro conto?
Continuando...
Logo anoiteceu e a única vontade que tinha era deitar e acordar só na segunda, quem disse eu dormi. Lá vem aquela criatura me chamar pra sairmos:
- Priiii, bora, já tomou banho, coloca uma roupa e vamos pro cinema.
- Minha amiga, eu tô cansada, quero dormir. Você não cansa não é?
- Não mesmo, minha bateria é bem potente.
- Me indica o fabricante dessa bateria que tô precisando.
- Ai vamos logo, levanta.
- Não quero, me obrigue...
Minutos depois...
- Que bom que você veio, esse filme parece ser bom.
- Infelizmente tive que vir, melhor do que você me perturbando com sua voz irritante.
- Você já se acostumou com ela, agora xiu vai começar.
Após uma hora de filme eu já estava meio que enjoada, ela me levou pra ver uma comédia romântica que mais parecia drama. Naquela sala tinham pessoas rindo, chorando, casais namorando de um jeito mais intenso que o filme, e a bonequinha estava lá empolgada com não sei o que. Enquanto o povo se diverte eu faço algo melhor, durmo. Comecei a cochilar ali bem quietinha, fui acordada com uma sensação estranha, mais um beijo da Cristina, sempre que eu tô dormindo ela me beija, logo me assunto um pouco e falo:
- Para Cristina, de novo não.
- Xiu sua chata, aproveita que tem clima de romance aqui também.
- Sério para, não quero ser grossa com você.
- Aproveita.
- Não. (Rapidamente desviei e foquei no filme).
Não nos falamos a sessão inteira, quando acabou saímos ainda naquele silêncio e do nada chega uns amigos dela e logo me sinto de escanteio. Fomos lanchar, ela rindo com um tal de Ricardinho, que não parava de canta-la e era notável, claro ela tinha que dar mole pra ele bem na minha frente.
“Por que eu estou ligando pra isso?.”
Após ficar vendo aquilo por uns 20 minutos eu resolvi sair.
- Aonde vai? (Pergunta ela).
- Ao banheiro.
- Não vá embora e me esqueça viu?.
- Você já tem companhia, não precisa de carona.
“Eu não acredito que disse aquilo”
Após sair do banheiro, fiquei andando um pouco no shopping, parei em frente aqueles playgrounds para crianças e pais, olhava aquilo rindo mais um pouco triste, era bonito ver como os pais amam os filhos e pareciam sempre querer apoia-los, pena que comigo não foi bem assim. Eram 21:20 e eu não sabia o que ia fazer, cheguei acompanhada e fui trocada por um babaquinha.
“Quer saber, dane-se, hora de curtir”
Fui pra pro fliperama e lá estava acontecendo uma competição de dança, estava bem animada, após vários candidatos perderem para o “Mr. Feet”, ele começou a chamar aleatoriamente, quem sabia e quem não sabia pra se juntar a ele.
- Garota, você ai, vem cá. (Ele falou comigo).
- Eu não sei dançar.
- A questão não é dançar, é apenas ver quem se sai melhor, na maioria sempre eu.
- Se for em termo de arrogância com certeza é você
“ E a galera gritando, oohhhh”.
- Então eu te desafio.
- Cara eu já disse não vou dançar.
- Ui, tá com medinho é? Vai fraquejar?
“Agora pegou pesado”
- Que seja então, vamos dançar. DJ liga a pista do jogo e solta a música. (Eu pirei legal só pode).
A música era Good Feeling do Flo Rida. Comecei mal, enquanto eu só tinha 200 pontos ele já estava quase em 1000 e só tinha um minuto de música, precisava mudar isso.
“Hora de invocar o poder do samurai”
Inventar passos na dança é normal, mas eu comecei a inventar coisas que talvez nem os grandes dançarinos faziam. Era pular, dar mortal, da uma voadora no povo, olha sinceramente nem eu sei o que fazia, só sei que já estava dando certo, o jogo empatou no final, com um placar de 3050 pontos pra cada.
- Me surpreendeu, pra quem não sabe dançar, mas foi a única que chegou mais longe. (Ele falou cumprimentando).
- É que tons arrogantes as vezes inspiram.
- Entendo, mas se saiu bem, poderíamos tentar uma revanche, mas não hoje, fiquei cansado, fazem 4 horas que estou dançando, preciso descansar.
- É quem sabe, tô exausta, fica pra outro dia.
Saí dali parecendo que estava voltando de um treino de futebol americano, acabada, mas feliz, dançar daquele jeito maluco foi bem engraçado.
“Ai preciso me sentar antes que eu caia kkkkkk”.
Decidi voltar para a praça de alimentação e ver se a criatura ainda estava por lá, sim estava. Estava beijando, se agarrando com o Ricardinho, fiquei de longe observando com aquele olhar de “pega a metralhadora”, após o momento “só love” passar, ela percebeu que eu estava observando do outro lado da praça. Meu celular começa a tocar e eu saio pra atender, era o Rodrigo:
- Irmãzinha diga ai, qual a boa do seu sábado, fiquei sabendo que vai ficar o final de semana na casa da Cristina, vai me deixar só esses dias né? (Voz de drama).
- Para de drama seu chato, tô pensando em voltar hoje pra minha casa.
- E vai sair daí do nada?
- Tô no shopping.
- Qual deles?
- O da Gávea, por que?
- Acho que estou te vendo. Você está com uma jaqueta e uma camisa rosa, parecendo uma badgirl?
- Sim, onde você tá?
- Olhe pra esquerda. (Ele começa a acenar e vou em direção a ele).
- O que faz aqui?
- Vim curti sozinho já que minha irmãzinha me abandonou esse fim de semana.
- Já disse pra parar de drama.
- Veio sozinha?
- Não, vim a Cristina.
- Ué, cadê ela então?
- Tá se pegando na praça de alimentação com o tal Ricardinho.
- É impressão minha ou esse tom agora foi irônico de ciúmes? Priscila, olhe pra mim, você está com ciúmes dela é isso?
- Que ciúmes o que? Tá louco?
- Pareceu. Mas até que queria que fosse mesmo, assim esse coração de gelo ai volta a bater.
- Bater ele sempre bateu, quando ele parar eu morro.
- Você entendeu o que eu quis dizer. Cara faz quase 3 anos, tá bom de superar.
- Superar o que? Tô bem assim, já superei há muito tempo.
- Tá dizendo...
- Vamos mudar de assunto, vai fazer o que agora?
- Ia tomar açaí com uma gata na praça de alimentação. Vamos?
- Pra segurar vela? Não, obrigada.
- Ihhh marrenta, ela vai levar uma prima, sua vela pode acabar. (Faz aquele olhar malicioso).
- Nem sabe se a menina é bi ou lésbica e fica arranjando encontro pra mim.
- Se ela não for, vocês conversam, agora vamos.
Ele me convenceu e eu fui. Quando vamos ao encontro delas na mesa, adivinhem onde estavam? Isso mesmo do lado da mesa da Cristina. Mas e daí? É sábado, hora de curtir. Conversamos com as duas, eram bem legais, o Rodrigo já tinha segundas intenções com Alicia, enquanto eu e a Cléo ficávamos rindo da cara de pau dele. Papo bom, quase de madrugada e a gente ali. Por alguma razão a safadeza da mesa ao lado, parecia ter ficado mais calma, a boneca de porcelana ficava me encarando toda vez que a Cléo pegava na minha mão pra rir. Do nada a Cristina se levanta e vem falar comigo, que nessa hora eu nem estava mais prestando atenção no que ela fazia:
- Priscila, você pode me levar pra casa? Não tô me sentindo muito bem, acho que comi demais.
- Já? 00:10 ainda, tá cedo, senta um pouco, deve ser asia. Cadê seu amigo o Ricardo?
- Já foi.
- Devia ter ido com ele, assim vocês aproveitavam mais a noite. (Essa indireta foi tão direta que até a mulher da lanchonete entendeu).
Do nada, Rodrigo, Alicia, Cléo e a mulher da lanchonete olharam pra mim com aquela de surpresos.
- Deixa pra lá, não sei por que eu ainda peço as coisas pra você. Sempre arrogante, chata, mau humorada. (Ela saiu chateada).
- Vai atrás dela. (Disse o Rodrigo me encarando).
- Eu não, isso é coisa de fresca, já já ela volta.
- Ela não tá bem, se algo acontecer, vai se sentir culpada depois por não ter ido.
- Não vou e...
- Vai logo. (Os 4 me repreenderam).
Saí em busca daquela maluca, não vi táxi, ônibus nem nada, o estacionamento estava deserto e pra piorar começou a chover. Procurei, procurei e nada, até escutar o barulho de alguém vomitando, era ela. Me aproximei e fui falar, mas logo me cortou:
- Sai daqui, volta com sua amiguinha lá, tô bem.
- Não está, olha só, toda suja e molhada. Vem, vamos embora.
- Não preciso de você, há qualquer momento passa um táxi ou eu ligo pro Ricardo.
- Arrg, para de ser mimada garota, você comigo agora.
- Você não é nada minha, sou maior de idade, não tenho que obedecer ninguém.
- Pode até ter 19, mas é imatura e mimada.
- Então me deixa aqui, já que não gosta de mim, vai embora como sempre faz quando as pessoas querem ser legais contigo.
- Ser legal, você me deixou de escanteio lá quando seu namoradinho ridículo chegou.
- Pelo menos ele me deu atenção, uma coisa que você não sabe fazer.
- Então cadê ele agora te dando atenção? Ele está aqui por acaso na chuva aguentando suas frescuras de patricinha mimada? Ele veio te ajudar? Anda responde!
- Eu te odeio, eu te odeio. (Começou a dar aqueles tapinhas e chorou, eu segurei seus braços).
- Não, você não me odeia. (Fui abraça-la, mesmo ela querendo resistir no começo).
- Me larga.
- Não.
- Me solta, senão eu grito.
- Grita então.
- SOCOR... (Eu a beijei)
Eu não sei se foi impulso, mas meu corpo parecia querer aquilo, sua boca, teu olhar, eu sinceramente nem sabia o que eu tinha feito. Foi tão intenso, dane-se a chuva, um futuro resfriado, eu quis que aquilo não acabasse. Mas foi acabando.
- Melhor irmos, vem, se segura em mim. (Falei).
- Tô bem, não precisa.
Entramos no carro, o caminho todo em silêncio, quando chegamos, perguntei se ela estava se sentindo bem, ela foi tomar banho no quarto dela e eu fui pro de hóspedes. Após me limpar, algo em mim queria que eu fosse lá ver se ela estava bem. Bati na porta dela de primeira nada, bati de novo nada. Na terceira não bati, entrei devagar. A peguei chorando baixinho no travesseiro e fui falar:
- Cristina? Tudo bem?
- Vai embora, me deixa.
- Vim saber se está com alguma dor, se quer algum remédio.
- Sai daqui.
Quando eu me levantei pra sair, voltei e falei de novo:
- Me desculpa se sou grossa contigo, se te trato mal, eu tento ser legal, é que alguma coisa parece mudar quando se trata das coisas boas. Eu sou uma anta por ter uma menina tão boa e legal me tratando bem e eu não retribuir. Eu vou embora, não há mais pra que ficar aqui. Me desculpa de novo.
- Priscila?
- Oi?
- Não vai, fica aqui comigo, dorme aqui, me sinto segura.
- Tem certeza?
- Sim.
Fiquei mexendo no cabelo dela até ela pegar no sono, quem disse que ela dormiu?
- Priscila?
- Humm... (Mais uma vez ela me beija, que mania é essa vá?)
- Por que você foge dos meus beijos?
- Eu não sei.
- Me acha feia?
- Se te achasse feia não tinha ficado contigo na festa né?
- Mas ali era coisa do momento e agora?
- Agora o que?
- Eu não sei, uma hora você desvia outra hora você me beija igual ao do shopping.
- Você falou demais e precisava te calar.
- Affs.
- Mas eu gostei de te calar...
“ Tô endoidando só pode”
- Como é? Você realmente disse isso?
- Vai dormir...
- Não, vou fazer outra coisa. (Quando ela tenta me beijar eu subo encima dela).
- Já disse pra parar ou...
- Ou o que?
Parti pro beijo, se foi impulso ou não, eu gostei, precisava fazer aquilo, parecia estar hipnotizada por aquela menina, foram beijos e mais beijos e quando a coisa parecia esquentar eu parei. Ela me olha e pergunta:
- Pri você tá bem?
- Sim estou. (Olhava pro teto).
- Pra quem não queria me beijar, foi até espetacular, imagine se quisesse kkkk.
- Humm... Acho que eu não devia ter feito isso, desculpa. Melhor eu ir pro meu quarto.
- Affs deita ai vai.
- Sai de cima ou te derrubo.
- Calma ai carateca, vamos conversar só.
- Mas precisa ficar em cima?
- Claro, se não é capaz de você sair em modo ninja daqui kkkk.
- Diga então o que quer conversar.
- Esse beijo eu percebi sua vontade tanto quanto a minha, mas você parece querer fugir. O que há de errado?
- Eu sou uma pessoa muito complicada, tenho meus problemas.
- Isso eu já percebi, mas isso é por causa da Flávia?
- Também, mas foram muitas outras coisas e por isso gosto de ser fechada.
- Apesar de você ser psicóloga, devia conversar com alguém também pra se sentir melhor. (Isso ela já deitava no meu lado e eu continuava a olhar pro teto).
- Gosto de ficar calada sobre meus sentimentos.
- Quer desabafar mais?
- Melhor não, mas obrigada.
- Você agradecendo... Acho que esse curto papo gerou resultado kkkk. Podíamos fazer outra coisa agora.
- Tipo? (Olhei pra ela com uma cara de desconfiada).
- Nos beijarmos mais e aproveitar. (Seus beijos eram tão doces e gostosos).
- Eu não tô afim de sexo, Cris.
- Quem disse que quero sexo? Quero apenas fazer carinho nessa mulher que de Hulk só tem a cara, mas por dentro é um doce de pessoa.
- Hulk? Eu sou verde por acaso?
- Não, mas se fosse já seria igual kkkkkkk. (Beijinhos). Chata, agora fecha os olhos e curte.
“Sinceramente, eu fiz horas atrás essa criatura chorar e ela apesar de tudo quer cuidar de mim, algo tá acontecendo e é melhor depois eu parar antes que me arrependa. ”
CONTINUAAAAA...
Vou tentar não sumir tanto. Até breve, bjos...