Boa leitura :)
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– Aqui está! – Disse o garçom pondo os pratos sobre a mesa.
– Obrigado! – Sorriu gentilmente para o rapaz de colete e gravata borboleta.
– Espero que goste... É nossa especialidade! – Falou referindo-se somente ao menor o olhando descaradamente.
– Tá agora se manda! – Rosnou o mais velho incomodado, enfiar o garfo nos olhos do garçom agora não lhe parecia uma má ideia.
– Com licença. – Se retirou de lá visivelmente constrangido.
– Precisava trata-lo desse jeito? – Yosef perguntou vendo o rapaz se afastar sentando em algum lugar ao longe mas sem deixar de observa-los.
– Que jeito? – Se fez de desentendido.
– Daquele jeito ue... Grosso e mal educado.
– Aquele babaca só faltou te agarrar na minha frente e você esperava que eu não fizesse nada?
– Okay... será que agora jantar em paz?! – Encerrou a conversa antes de começarem uma discussão mais seria.
Pela pouca convivência que tinha com o outro, sabia como era cabeça dura e se achava o dono da razão. Principalmente quando se tratava de "ciúmes.
O olhou em silêncio, silêncio esse que começará a lhe incomodar. Suspirou dando a primeira garfada no seu ravioli, que agora só lhe parecia um pedaço frio de massa sem sabor.
– Como foi no trabalho hoje? – Perguntou quebrando o gelo.
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– Luciano.. por favor já chega de beber.
Disse tirando a garrafa das mãos do maior, estava indo tudo bem, tudo perfeito no jantar "romântico.
Até que o ele começará a falar sobre coisas e em como tivera uma infância difícil. E a cada relato, uma taça de vinho.
A negligência dos pais em relação a ele, a perda do avô paterno na época que era com quem tenha mais familiaridade.
Tinha tudo que queira... Tudo! Mas ao mesmo tempo nada!
Não ganhava abraços de natal, ao invés disso ganhava o brinquedo mais caro, as roupas mais caras, as viagens... Com o tempo os carros.
Isso tudo era lixo, não tinha nenhum valor. Trocaria tudo isso por uma única demonstração de carinho, um abraço.
Seu pai vivia e ainda vive exclusivamente em função do trabalho.
Sempre o trabalho.
Sua mãe... Bem, essa ele nem tinha o que falar, mesmo sendo carinhosa em certos momentos, era fútil e esnobe, uma típica socialite que só tinha uma preocupação na vida.
Gastar ao máximo possível a fortuna do marido.
Tantas as vezes chegou do colégio...
Cadernos em mãos para mostrar-lhes as estrelinhas de papel brilhante que ganhará por fazer o dever corretamente.
Mas sempre recebia como resposta.
" – Tenho uma reunião importante agora filho.."
ou
"– Filhote... A mamãe tá ocupada agora, quem sabe depois."
Depois...
Depois...
Que nunca chegou, e se chegou, chegou tarde.
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– Vem... Vamos pra casa. – O segurou pelo braço esquerdo o erguendo com dificuldade.
Cambaleou para trás sendo aparado por dois dos garçons.
– E-eu tô bem... Me deixem. – Resmungou com a voz embargada. Tudo a sua volta girava, só via borrões.
Yosef enfiou a mão no bolso da calça do rapaz tirando de lá sua carteira.
– Aqui! – Disse entregando o dinheiro ao rapaz franzino de colete e gravata borboleta.
– Poderiam me ajudar chamando um táxi?
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Ao chegarem em casa Yosef o ajudou a se despir, fazendo o mesmo, logo estavam de baixo do chuveiro, juntos.
Choramingaram juntos em uníssono, a agua estava congelante.
Essa era a primeira vez que os dois tomavam Banho juntos, já não se importava.
Luciano na maioria do tempo o encarava em silêncio... Os dois não disseram nada. Nem queriam.
Ensaboou as costas do maior com cuidado, vendo as gotículas de agua escorreram sobre sua pene bronzeada.
Ficou de frente para ele enfrentando seu abdômen e braços. Ergueu-se alcançado o topo de sua cabeça desejando ali uma quantidade razoável de shampoo, massageando o couro cabeludo o fazendo relaxar e fechar os olhos.
Desceu a mão sobre seu tórax até que ela pairou sobre o membro do mais velho, que já estava meio ereto, ficando rijo quase que instantâneamente assim que fora tocado pelo menor.
Soltou um longo suspiro soltando uma fumaça pelas narinas e boca, graças a água fria, mas que levará sua bebedeira ralo a baixo e que agora era até insuficiente apagar seu fogo interno.
– As vezes eu acho que você é perfeitinho demais pra mim. – Embrenhou os dedos entre os cabelos úmidos do menor o trazendo para perto de si.
– Não sou perfeito! – Disse calmamente fechando aproveitando a sensação aconchegante que o maior lhe transmitia toda vez que estava próximo a ele.
– Humn... Pode até não ser... – Disse envolvendo-o com seus braços.
– Mais pra mim é! E mais do que eu sonhei ter algum dia.
Beijou seu ombro sentindo os pelos do rapaz se eriçarem e enrijecer.
– Como você sabe que está amando alguém? – Luciano Perguntou depois de um tempo, fitando seus orbes azuis como o céu, seu pequeno pedaço do céu, só dele.
– Nao faço a mínima ideia! – Riu alto. – Mas... Pelo que me disseram é uma doença muito grave.
– Quais os principais sintomas?
– Humm.. deixa eu pensar.. Ahh.. Quando você sente uma vontade inexplicável de estar sempre ao lado da pessoa...
– Hum.. Isso eu sinto sempre! – Cochichou próximo a sua orelha dando pequenos beijos ali roçando a barba naquela região.
– O que mais?
– Vontade de cuidar , quando sente saudades. Estar lá nos momentos bons ou ruins, rir de coisas idiotas e sem sentido.
– São muitos sintomas... – Desligou o chuveiro pegando a toalha do gancho, enxugando o corpo e os cabelos. Foi até o menor fazendo o mesmo, lhe enxugando.
Bagunçou seus cabelos se perguntando a si mesmo como alguém poderia ser tão fofo e belo como ele.
Ainda nús, Luciano o pegou no colo fazendo o garoto o olhar meio confuso e surpreso.
Mais Logo ele envolverá suas pernas envolta da cintura do maior e assim Luciano caminhará ate o quarto.
Chegando lá o depositou cuidadosamente sobre a cama deitando-se sobre ele.
– Pelo visto eu sofro dessa "doença" ... – Sussurrou.
– Deve ser algo contagioso... Porque eu também tenho sentindo os mesmos sintomas.
Riram ser abraçando rolando sobre os lençóis sedosos.
– E quanto ao tratamento ou o remédio? – Perguntou o menor, Luciano deitando-se sobre o corpo do garoto, tirando alguns fios de cabelo que caiam sobre sua testa.
– Acho que não existe! Mas há quem diga que muitos beijos, abraços e sempre estar junto a pessoa por quem se está assim pode ameniza-los.
Luciano apertou as coxa com certa força deixando a marca dos seus dedos sobre a pele, espalhando a mão em suas nádegas fazendo o som do tapa ecoar por todo o quarto.
– Au.. seu idiota. Por que fez isso? – Choramingou sentindo seu traseiro arder.
– Considere como parte do castigo. – Sussurrou sensualmente no pé do ouvido do rapaz.
– O que eu fiz dessa vez?
– Ainda pergunta? Você garotinho... me seduziu da maneira mais covarde possível. Jogou sujo com os sentimentos de um pobre homem como eu... e como se não bastasse me fez ficar completamente apaixonado por você! Isso e pouco?
– Não me lembro de ter feito isso.. _ Fez uma pausa parecendo pensar. – Se for por isso então você também merece levar uns tapas.
Luciano ficou em silêncio por alguns segundos, quebrando-o com uma risada alta, o assustando de início.
– Você pode até tentar baixinho mas não acho que vá conseguir.
– Veremos então... – Disse tentando levantar-se mais Luciano fôra mais rápido, prendendo seus braços acima de sua cabeça.
– Luciano me solta! – Ordenou.
– Nananinanão!
Riu divertindo-se com a falsa expressão de raiva do rapaz, E no modo como seu rosto ficava levemente corado.
– Sabia que você fica incrivelmente sexy com essa carinha?
Segurou seu rosto entre sua mão, passando o polegar sobre seus labios macios e fartos. .
– Sinto uma vontade imensa de te foder a noite toda. – Rosnou esfregando seu membro contra a bunda do garoto, como um animal prestes a atacar sua presa.
– Seu idiota... – Murmurou o fitando, no fundo ele gostava, mesmo ainda não admitindo para si mesmo que gostava da postura dominadora do maior... Na cama e claro.
– Sou um idiota sim.. – Suspirou soltando seus braços agarrando seu rosto entre suas mãos o olhando fixamente. – Mais eu sou um idiota que te ama!
Já tiveram a sensação de que o mundo a sua volta parará ou como se tivesse congelado.
– E-eu... T.. – Tentou com dificuldade, atrapalhando-se com cada palavra, um nó havia se formado em sua garganta agora.
Ele não conseguia dizer aquelas palavras, até hoje só dissera a seus pais e irmãos mas isso era diferente.
Sentia-se inseguro, com medo, aquela sensação de estar dando um tiro no escuro vinha sempre lhe assombrar.
Mas agora... Era diferente... Ele queria estar ao lado dele.
Dizer coisas bonitas e fofas ser como aqueles casais bobos e grudentos que ele tanto via por aí e criticava achando-os melosos demais.
Ele era seu primeiro tudo... Primeira paixão, primeiro amor, mesmo eles não tendo um começo muito lá agradável.
Ele aprendeu a conviver e gostar a cada dia mais do mais velho mesmo que não o dissesse ou demonstrasse.
– Shhi... Calma meu bebê.. – O abraçou invertendo as posições, trazendo-o para deitar-se sobre seu peito enquanto fazia cafuné em sua cabeça.
– Não precisa dizer nada.. Eu sei que você também sente o mesmo por mim! – Sorriu dócil beijando sua testa. Vendo que a angústia dele forá dissipada.
O menor afundou o rosto no peito do seu agora paixão/amor. Mesmo que ainda não conseguisse dizer isso em voz alta.
Quanto a Luciano... Ele ficará mais do que feliz por saber que seus sentimentos eram recíprocos.
E isso já lhe era o bastante por agora.
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acompanhem a segunda temporada viu?!!! :)
bye ♥