Queridos boa tarde, antes de tudo quero agradecer os leitores que votaram, comentaram e me acompanharam na primeira temporada desse conto, eu não imaginei que ele se tornaria extenso desse jeito e nem que ganharia leitores fiéis e admiradores que estão sempre votando e comentando, seria injusto se eu não agradecesse também aos leitores que leem na surdina.
Fico feliz que meu conto alegra um pouco mais a vida de vocês, por isso os meus leitores merecem um conto bem detalhado, bem escrito e com um enredo que por vezes pode ser enrolado, como prometido estou postando o primeiro capítulo da segunda temporada hoje pois fiquei enrolei no trabalho e não tive tempo de atualizar antes..Não esperem grandes acontecimentos nesse capítulo, ele é mais uma introdução ao que vem pela frente.
Boa leitura....
Ação e Reação – Vida Nova... – 2° Temporada.
Acordei com o alarme do meu celular tocando, me virei e me espreguicei. Lá fora eu ouvia o barulhos dos passarinhos que cantavam em uma árvore próxima.Vi a horas no meu celular, já eram 7:45 min e a luz solar invadia meu quarto através de uma parte da janela em que a cortina não cobria. Desativei o alarme do celular fazendo o meu quarto voltar ao mais absoluto silêncio, bocejei e deitei novamente encarando o teto, ainda era estranho acordar em um quarto que não era o meu, digo isso pelo fato de não ser o meu antigo quarto na casa do tio Geovane, só que já haviam se passado três meses que estava morando ali e ainda me assustava, enrolei mais um pouco na cama e me levantei.Era sábado e queria aproveitar o dia.
O bom de se morar sozinho é que eu podia ficar muito a vontade em casa, eu estava só de cueca box, meus pelos do peito, barriga, braços e pernas estavam maiores, fui até a imensa janela de vidro do quarto que ficava no mezanino, abri as cortinas e o vidro da janela, me debrucei olhei a rua que estava calma com poucos carros e algumas crianças andando de bicicleta, as árvores muitas delas carregadas de flor denunciavam abrigavam alguns passarinhos que cantavam e piavam, eu gostava da primavera, o condomínio onde morava era muito arborizado e quando chegava essa estação do ano os ipês e angicos ficavam floridos deixando a rua com uma beleza a parte.
Olhei a rua mais um pouco e fui ao banheiro fazer minha higiene e tomar banho.Me arrumei a coloquei uma roupa descontraída, o dia ia esquentar e daqui a pouco alguns colegas de sala viriam fazer um trabalho de Introdução ao Estudo do Direito eu teria que estar pronto, por que depois que acabássemos o trabalho eu iria com a Ágatha almoçar fora e assistir o campeonato de xadrez que o primo dela iria participar na parte da tarde.
Desci e fui preparar meu café da manhã reforçado, estudar me dava muita fome e era melhor comer antes do que depois quando meus colegas estivessem aqui, não gostaria de interromper o trabalho pra comer.Abri o armário e vi que faltava algumas coisas,não tive escolha, peguei minha chave e minha carteira e sai indo até o mercado próximo ao condomínio.Meus colegas mandaram mensagem avisando que não poderiam vir a minha casa pois tiveram um imprevisto.Não achei ruim pois meus colegas de aula Sara e Jean eram irmãos e muito estudiosos, algo deve ter acontecido.
Comprei algumas frutas, biscoito, frios e suco e voltei pra casa, enquanto caminhava de volta eu sentia o cheiro adocicado que as flores das árvores deixavam no ar.Ouvi um carro se aproximando seu ronco era mais abafado, tratei de ver qual era a marca e o modelo e me surpreendi quando vi, era uma “BMW M3” azul, linda seu ronco parecia o de uma pantera presa dentro do capô, a surpresa foi ver que o motorista era meu primo, ele me encarou mas eu não cumprimentei ele, fui indiferente, ele pareceu não gostar, subiu a vidro a saiu acelerando o carro que deixou as marcas do pneu traseiro no asfalto.
- Idiota – pensei alto.
Logo esqueci o fato e continuei meu caminho até em casa.Já próximo avisto alguém que me fez sorrir de longe.Maria estava se protegendo do sol em baixo de uma das árvores em frente a minha casa.Me aproximei e ela olhava a fachada como se tivesse fazendo uma análise estrutural.
- Bom dia Maria – respondi com um sorriso no rosto.Maria estava de roupa social, era engraçado ver ela assim.
- Bom dia meu menino – disse ela vindo me abraçar e me beijar.
- Você está aqui a muito tempo? – perguntei.
- Não, faz uns 5 minutos que cheguei – respondeu ela
- Está tudo bem Maria – sorri – tudo tranquilo, não está me faltando mais nada – justifiquei – agora você está muito bonita usando essa roupa, se não te conhecesse diria que você está adorando usa-la – debochei.
- Você me conhece mesmo – disse ela me olhando, sua expressão era de incômodo – odeio essas roupas Fernando, eu por mim me vestiria como sempre gostei mas o Antônio gosta de me ver assim quando saímos, ele diz que é pra fazer inveja aos advogados concorrentes, me sinto um objeto – disse desconfortável.
- Que é isso Maria! – exclamei – você um objeto?Ele tem vergonha de você? – perguntei, ela percebeu que se expressou errado.
- Não Fernando, em casa eu me visto como quero e se saímos em um lugar mais descontraído também, mas o Antônio gosta de me ver usar essas roupas quando vou almoçar em um lugar caro com ele e o Luiz ou com um cliente entendeu? – Maria estava feliz e eu estava feliz por ela.
- Entendi, ele gosta que você acompanhe ele não é? – perguntei, um sorriso brotou em Maria.
- Sim – disse um pouco envergonhada, pra Maria era tudo novo, ela não havia se casado antes pra cuidar de mim e do Marcos, por mais que eu nunca vi ela como empregada da casa, ela nunca gostou de misturar as coisas - você tem certeza que não precisa de nada mesmo? – perguntou Maria mudando de assunto, desde que eu vim morar sozinho ela sempre passava aqui, mesmo depois que ela assumiu seu namoro com seu Antônio e foi morar com ele, se casariam fim do ano.
- Não Maria, está tudo bem – afirmei, era verdade.
- Ai Fernando nem parece que já fazem 3 meses que você saiu de casa pra morar sozinho, as vezes eu sinto tanto sua falta meu menino – lamentou ela, eu sabia que muitas das vezes que ela “passava” por aqui era a pedido do meu tio, por mais que ele se fizesse de forte e compreendesse a situação que eu estava tendo com o ele nunca aceitou o fato de eu sair de casa por causa do Marcos e menos ainda de eu quase não frequentar a minha antiga casa.
- Maria, você está parecendo o tio Geovane – brinquei com ela – acho que o convívio com ele fez mal a você, te deixou super protetora também e além do mais você está morando com o seu Antônio não é? – ela riu, entendeu a indirea sua risada era gostosa de se ouvir, uma risada tipicamente mineira.
- É verdade, eu não gosto de ficar parada, mas ele não me deixa fazer nada Fernando, o Antônio me disse que meu único trabalho agora é ser sua mulher, eu faço o almoço já que agora ele vem todo dia almoçar em casa com o Luiz – se lamentou ela – mas falando no seu tio, você sabe que o aniversário dele está logo ali não é? – perguntou, me lembrei que seu aniversário seria por esses dias e ainda não tinha decidido o que comprar, melhor dizendo não sabia o que comprar mesmo.
- Verdade Maria! – exclamei – não sei o que vou comprar pra ele – disse pensativo, agradar meu tio não era complicado, mas achar um presente bom é.
- Querido, o melhor presente que você daria a ele era voltar pra casa e tentar conviver com o Marcos, mas você sabe muito bem disso – ela me fitou séria, as vezes Maria olhava de um jeito que me dava medo, parece que ela podia ver minha alma.
- Esse presente infelizmente eu nunca vou poder dar a ele – cruzei os braços e disse sarcástico, não sorri e nem fechei a cara – por mais que eu sinta falta de casa e do meu tio eu estou gostando de morar sozinho, eu já me acostumei – sorri, ela me olhou de lado, Maria fazia isso se desconfiava que eu estava mentindo.
- Verdade mesmo Fernando? – perguntou ela desconfiada.
- Sim Maria – afirmei, ela se convenceu – que tal nós entrarmos e você me acompanha no café da manhã? – propus com um sorriso no rosto, ela aceitou e me seguiu porta adentro.
- Nossa querido, sua casa está bem bonita – disse ela sorridente olhando ao redor, o loft não era grande havia o mezanino com o banheiro em cima, embaixo havia um lavabo, sala de estar/jantar, cozinha e anexada uma área de serviço, no lado de fora na parte de trás havia um área de lazer com piscina e churrasqueira e na lateral esquerda a frente havia a garagem. A fachada da casa era composta por vidro e alvenaria deixando a construção leve e harmoniosa.
- É sim Maria – sorri – mas acho que vou ter que contratar alguém, descobri que não gosto de fazer faxina em casa – estava de costas na pia onde deixei as sacolas de compras e liguei a cafeteira.
- Depois de três meses que você se deu conta disso Fernando! – exclamou surpresa, eu entendi o que ela quis dizer – se quiser eu venho cuidar da sua casa – disse ela com um brilho nos olhos enquanto passava um dedo pelo painel da sala pra conferir se não havia poeira.
- De jeito nenhum Maria – cruzei e balancei a cabeça em reprovação – você já cuidou de mim, agora está na hora de cuidar de você – ela fechou a cara, mas se conformou.
- Eu posso ver com a minha irmã Marlene, ela é mais nova que eu e ela gosta de limpar e cuidar de casa, como a sua é bem pequena eu acho que ela vai adorar – disse olhando ao redor.Assim como Mari as irmãs eram todas prendadas.
- Será Maria? Aliás a Marlene é a que parece a mãe da Cibele não é? – perguntei, eu já tinha visto ela algumas vezes, assim como Maria a sua irmã ajudou a cuidar de Cibele quando sua mãe morreu.
- Isso mesmo! – exclamou ela – ela se parece muito com a Matilde – Maria ficou pensativa, falar da irmã era dolorido pra ela.
- Me ajuda no café? – perguntei mudando de assunto, ela sorriu e veio em direção a pia.
Minutos depois eu estava comendo um misto quente maravilhoso, Maria ainda fez ovos mexidos e café fresco, muita comida , mas ela me fez comer um pouco de cada coisa e depois que eu tomei café ela me ajudou a lavar a louça.
- Querido – disse ela olhando seu celular e se levantou – agora eu tenho que ir senão o Antônio vai ter um ataque – ela brincou.
- Obrigado pela companhia – levantei e abracei ela, levei até a porta – pede pra sua irmã passar aqui na segunda, eu gostaria mesmo de uma nova mãe pra cuidar de mim – eu brinquei, sabia que Maria ia fechar a cara e foi o que aconteceu, eu ri e dei um último abraço nela.
Seu Antônio já esperava ela em frente a minha casa quando abri o portão pra sair na rua.
- Bom dia Fernando – me cumprimentou sorridente, me lembrei do Luiz já que ambos eram muito parecido.
- Bom dia – retribui o cumprimento e o sorriso.
- Você sumiu – disse enquanto Maria dava a volta pra entrar no carro, eu fiquei um tenso, pois ele não sabia que eu e o filho havíamos parado de conversar.
- Pois é, está corrido pra mim, mas prometo que passo lá no escritório pra dar um oi qualquer dia desses – sorri, não poderia dizer que não ia lá por que tinha transado com o filho dele e me decepcionado depois.
- E o Luiz como professor está indo bem? – ele me perguntou, sorri pois Luiz era um excelente professor, depois do que aconteceu da última vez ele começou a me tratar com indiferença e quando alguém estava próximo me tratava de maneira cordial mas fria, eu não podia reclamar ele não me enxia mais.
- Sim, um excelente professor – Maria me olhava, ela sabia que tinha algo a mais entre eu e Luiz não tinha nem como disfarçar com ela.
- Bom Fernando, nós vamos indo – disse ele colocando o cinto e ligando o carro – eu e Maria vamos almoçar com um cliente importante, quero minha mulher do meu lado em momentos como esse – ele pegou a mao de Maria, ela corou eu estava feliz pelos dois.
- Se cuidem – eles agradeceram a saíram sumindo logo depois.
Fui pra sala e abri meu notebook, resolvi olhar as minhas redes sociais enquanto eu assistia desenho animado, adorava os sábados de manhã justamente por isso e como meus colegas não estavam ai pra fazer o trabalho então fiquei com a manhã livre.40 minutos depois meu celular tocou, olhei no visor era Felipe.
- Bom dia Lipe – atendi de forma cordial.
-Bom dia Nando – disse ele grogue – dormiu bem? – perguntou.
-Sim Felipe – gargalhei – quem não deve ter dormido direito foi você né – debochei, ontem a noite tínhamos jogado truco com dois moleques do curso de medicina e Felipe apostou dinheiro. Ganhamos uma mas como eu ele bebemos inclusive levei ele pra casa no seu carro, perdemos as outras três, Felipe perdeu alguns reais, mas o fato não era perder o dinheiro e sim perder.
- Para Fernando – disse chateado – você devia me consolar e não me zoar – gargalhei por que Felipe se fazendo de vítima era legal demais.
- Coitado – debochei,ele ficou puto.
- Para de rir e me ouve – pediu ele com raiva – se você não parar de rir eu vou desligar – pego ar, Felipe es emburrava fácil.
- Ta bom, parei – disse engolindo o riso – mas e ai por que me ligou? – perguntei, ele ia ficar puto.
- Por que eu sou seu amigo – disse ele se fazendo de vítima – isso não serve – Felipe tinha mania de me ligar de sábado de manhã pra ir ao clube ou eu ligar.
- Eu sei eu só to te zoando – ele ficou calado no outro lado da linha – Felipe você está ai ainda? – perguntei.
- Sim – disse ele ofegante – estou colocando meus meiões, vou jogar futebol com meus primos, não quer ir não? – perguntou, ele sabe que eu não curto futebol mas sempre me convidava.
- Não cara, valeu – agradeci, vi que pelo seu suspiro ele não gostou.
- Vamos Fernando, vai ser legal – tentou me convencer – vai ter uma turma boa lá, meus primos da roça estão aqui em casa vai ser no campinho aqui perto – tentou argumentar.
- Uai, se você me disser que seu primo de Mococa está ai eu penso nesse assunto – ri, é claro que não daria em cima do primo do Felipe, muito menos em um jogo de futebol, não com ele perto.
- Sério Nando? – perguntou desoconfiado, Felipe era fácil de enganar.
- Claro que não cara, até parece que você não me conhece Felipe – ele riu.
- Eu sei, mas achei que estava falando a verdade – justificou ele.
- Cara eu já tenho compromisso, vou com a Ágatha assistir a competição de xadrez que o primo dela vai participar – justifiquei.
- A é! – exclamou ele – ela tinha me convidado também, mas esse não é meu lance – disse ele sem graça – você sabe que eu não tenho cabeça pra xadrez, você que sempre soube jogar, tem que ter inteligência – nisso Felipe tinha razão cansei de tentar ensinar ele a jogar xadrez mas não conseguiu, em compensação dama ele sabe jogar, nunca entendi isso.Fiquei com pena, pois Felipe fazia alguns programas comigo que ele não gostava.
- Felipe eu vou almoçar com ela daqui a pouco, que horas começa o jogo? – perguntei, quem sabe não levava Ágatha até a praça onde o campo ficava e lá ela poderia se entrosar com os primos dele.
- Fernando começa as 16:00 min , mas antes devo ir pra loja de agropecuária que o meu pai está montando aqui na cidade – disse ele animado, Felipe iria trabalhar na loja do pai, eles resolveram expandir o negócio e como Felipe gostava de mexer com algo relacionado ao campo ficaria a cargo dele cuidar da loja.
- A é ! – exclamei - como está os tramites? – perguntei animado, só o fato do Felipe estar se empenhando em algo já era muito bom, ele e o pai haviam me convidado pra trabalhar com eles, mas não aceitei.
- Nando e o carro quando nós vamos comprar? – perguntou ele em tom de cobrança.Era engraçado isso entre nós, pois segundo Felipe ele tinha que ir comigo pois um amigo ajuda o outro, o que não deixa de ser verdade já que quando Felipe ia comprar roupas sobrava pra mim ou as meninas ir junto, ele me fazia andar com ele e demorava mais que mulher pra escolher roupa, depois o gay sou eu né...
- O gerente da concessionaria me falou que deve chegar essa semana de BH o modelo que eu quero, ai eu vou ver se compro ou não – o modelo que eu queria estava em falta na concessionaria aqui de Uberlândia e em Belo Horizonte havia algumas unidades a venda ainda.
- Tudo bem então Nando – disse ele animado – posso esperar vocês a tarde?Prometo que não vão se arrepender – garantiu ele.
- Sim, pode – me dei por vencido.
- Ok, vou desligar, não se atrasem, tchau – ele desligou na minha cara ainda por cima, filha da mãe.
Subi pro meu quarto e me arrumei, já ia dar o horário que combinei de encontrar ela pra almoçar pra depois irmos a escola onde o Lucas primo dela estudava e onde participaria do torneio de xadrez.
- Nossa Fernando! – exclamou Ágatha – achei que teria que ir te buscar em casa, que demora hein – disse ela impaciente.
- Desculpa, semana que vem isso acaba, meu carro novo deve chegar – justifiquei, ela estava bem vestida também, Ágatha segui a linha patricinha sempre de roupas comportadas, lembrava muito essas filhinhas de papai, mas só lembrava mesmo.
- Que notícia boa, terei meu próprio motorista então – debochou ela.
- Você já tem o motorista de ônibus – gargalhei e ela me deu um tapa no ombro.
- Vamos almoçar Nando por que o meu primo já está impaciente esperando la dentro do restaurante, ele já me estressou tanto que minha vontade é de bater nele com um tabuleiro de xadrez – ela estava sendo obrigada a levar o primo na escola, mas por sorte eu esta ali e sempre joguei xadrez então não seria tão mal essa tarde.
- Que horror Ágatha, deixa o seu primo se divertir, você tem sorte de ter um primo que não te espancou, e tem sorte por ele ter alguém como você – pronto, ela me olhou pasma.
- Tudo bem Nando, não precisava ter pego pesado, agora to me sentindo culpada – disse ele séria.
- Depois do xadrez o Felipe me fez prometer que a gente ia assistir ele e o time dos primos jogar futebol – ela me olhou surpresa, sabia que eu não gostava de futebol e seria uma das poucas vezes que eu fui assistir um jogo.
- Sério Fernando! – exclamou – você e eu indo assistir o Felipe e os primos jogar futebol, é vou ter que beber , pois aturar aqueles caipiras dando em cima de mim vai ser muito interessante – ela sorriu pensativa.
- Ta bom dona Ágatha, quero só ver você de graça com um carinha suado depois do jogo, eu até pago pra ver – fitei ela que me olhou se fazendo de rogada e entramos no restaurante, o Lucas estava sentado e me viu, veio em minha direção e me abraçou.O primo dela tinha uns 11 anos e já mandava muito bem no xadrez, era um garoto bem nerd mas muito gente boa, as vezes ele ficava com ela e nós jogávamos vidêo game juntos, era um menino que estava no caminho certo.
O almoço foi tranquilo , rimos conversamos, dei algumas dicas de jogadas pro Lucas e ele me falou que estava nervoso pois era sua terceira competição, Ágatha deu em cima do garçom e eu chamei sua atenção, enfim um almoço normal.
- Prima eu vou no banheiro – Lucas saiu, seu nervosismo era evidente.
- Coitado – disse enquanto observava ele saindo em direção ao banheiro do restaurante.
- É mesmo – disse Ágatha – no fim eu gosto desse pirralho – ela sorriu e olhou ao redor.Seu olhar parou em um ponto e seu sorriso desapareceu.
- Que foi? – perguntei curioso olhando em direção ao estacionamento.
- Aquela lá não é a Giovanna? – perguntou Ágatha. Coloquei meus óculos, quase cai pra trás quando vi o que ela estava fazendo.
- É ela sim, mas que porra que ela ta fazendo? – Giovanna estava aos beijos com outra mulher, quando digo aos beijos estou sendo modesto, elas estavam quase fazendo amor e não estava muito preocupada se alguém veria ela ou não.
- Meu Deus Nando! – exclamou Ágatha – mas ela não ta namorando seu primo? – perguntou confusa.
- Está – comecei e apensar em quanto ele merecia passar por isso, aquele homofóbico de merda - mas eu acho que ela prefere lábios mais macios – debochei.
- Você tem que fazer alguma coisa – disse Ágatha, ela segurava em meus braços e eu não conseguia desviar o olhar do casalzinho.
- A única coisa que eu posso fazer agora é dizer isso: Bem Feito pro Marcos! – exclamei, pra quem tanto julgava minha sexualidade não cuidou da própria namorada - bem feito pra ele – virei pro lado e Ágatha me encarava.
- Você não vai fazer nada mesmo? – perguntou ela.
- Na verdade vou, seria falta de educação ver um conhecido e não cumprimentar, não é mesmo? – disse pra Ágatha que percebeu o que eu faria.
Me levantei e sai do restaurante indo em direção ao estacionamento, as duas estavam parada próximo a uma árvore que havia no canteiro e não me viram se aproximar.
- Que lindo Giovanna – ela virou pra ver quem era e ficou pálida quando me viu.
- O que você está fazendo aqui? – perguntou visivelmente surpresa e incomodada.
Continua.....