Troquei de roupa e fui para a cozinha dar uma geral, estava uma zona e se tem uma coisa que não gosto e de casa bagunçada.
Sergio: Precisa de ajuda ai?
Caio: Não obrigado.
Sergio: Anda deixa eu te ajudar...
Caio: Pega aquele rodo ali, passa um pano na sala enquanto eu arrumo a cozinha.
Sergio: Não gosto de passar pano.
Caio: E do que você gosta?
Sergio: De secar a louça.
Caio: Ótimo, termina a cozinha enquanto eu passo pano na sala.
Sergio: Beleza ranzinza.
Peguei o rodo dele, que fez uma leve pressão ao me entregar, ele estava querendo bancar o palhaço e eu ficava mais irritado com tudo aquilo. Ele sabia como mexer comigo, eu confesso que no começo achei que era tudo uma grande bobeira da minha cabeça, mas não era e fiquei preocupado em como esqueceria tudo aquilo.
CONTINUANDO...
Nada melhor que uma casa organizada, um ambiente limpo me trazia paz. Limpo dentro do possível, se não fosse os pés de Sergio marcando o piso da sala indo em direção ao corredor.
Caio: Caramba não ta vendo que eu to passando pano.
Sergio: Pow foi mal, mas já está quase seco.
Caio: Sim, quase não é seco...
Sergio: Foi mals, já não estou nem mais aqui.
Sergio foi para seu quarto enquanto eu terminava de colocar as almofadas no lugar. Deitei no sofá, peguei o controle da tv e fui ver o que estava passando. Peguei o incio do filme avatar. Sempre achei que fosse um filme muito chato, mas isso é porque eu nunca tinha assistido, julguei sem saber. O filme estava bem interessante e a historia era incrível. Swe alguém não assistiu sugiro que assistam.
Após o fim do filme, fui para o meu quarto, a porta do quarto de Sergio estava entreaberta e de longe dava para ouvir aquele suspiro forte. Peguei meu celular e resolvi ligar para o meu pai.
Caio: Alô pai?
Claudio: Meu filho, que saudade, bom ouvir sua voz...
Caio: Resolvi ligar, desculpa não ligar antes, estava na correria para arrumar tudo que acabei me esquecendo do senhor pai.
Claudio: Fica tranquilo, que bom que resolveu tudo. E como estão as coisas por ai?
Caio: Está tudo caminhando pai. Já comecei as aulas, preciso correr para acompanhar as matérias, o cara com quem eu divido apê me ajudou bastante e principalmente a me localizar e os novos amigos da faculdade me acolheram. E o senhor como está?
Claudio: Estou muito bem, com sua saída o trabalho na oficina aumentou, tive que contratar um rapaz para trabalhar meio período.
Caio: E ele, estpa fazendo tudo direitinho?
Claudio: Claro que está. Já aprendeu, não enrola no serviço e é uma pessoa muito humilde.
Caio: Não quero ninguém me substituindo, logo mais estarei por ai e irei ajudar o senhor.
Claudio: Meu filho você é insubstituível e é a pessoa que me traz o maior orgulho em ser pai. Fico feliz por sua conquista.
Caio: Eu que fico feliz por ter um pai que nem o senhor.
Claudio: O dinheiro está dando? Precisa de algo?
Caio: Pai para de se preocupar, está dando sim e logo mais eu já arrumo um emprego. Prometo.
Claudio: Filho se for o caso te ajudo sabe que pode contar comigo, foca um pouco no seus estudos você sabe que não é fácil, precisa estar concentrado. Eu estou bem por aqui e não ligo de ajudar.
Caio: Pai não se preocupa comigo, vou ficar bem, você sabe disso.
Claudio: Te amo filho, vou arrumar algo para comer aqui, estou faminto.
Caio: Ta bom pai, vou arrumar alguma coisa para comer aqui também e ve se consigo falar com a minha mãe.
Claudio: Fica com Deus meu filho. Amo você.
Caio: Também te amo pai.
Desliguei o telefone com um alivio no coração, meu pai estava bem e me fazia bem falar com ele, ouvir seus conselhos e dizer que me ama...
Tentei ligar para minha mãe, mas o seu telefone só dava ocupado de certo estava fazendo alguma coisa, ou não estava em casa.
Resolvi preparar algo para jantar, fiz algo bem básico e que eu gostava bastante, macarrão ao molho branco com frango em cubos. Não sou um mestre cuca, mas sempre soube me virar e a melhor forma de se aprender a cozinhar e tentando. Eu costumava pegar umas receitas da internet e tentar refaze-las, na maioria das vezes funcionou, bom meu pai nunca reclamou.
Fiz uma salada rápida, sim eu amo salada e salada combina com qualquer coisa. Deixei meu celular tocando uma música enquanto terminava de preparar a macarronada.
Sergio: Nossa que cheiro bom é esse.
Disse aquele poste escorado na parede.
Caio: Eu estava com fome então resolvi preparar algo.
Sergio: Será que sobra um pouco desse grude pra mim?
Caio: Não. Faça você seu próprio grude. Afinal o grude deve estar horrível. Disse então ironizado.
Sergio: Porra, você é marrento hein.
Caio: Pega seu prato, isso é o que temos pra hoje.
Sergio: O cheiro está ótimo!
Caio: Aprecie...
Sergio parecia aquelas crianças comendo, sem modos, mastigava apreciando o sabor, parecendo a Ana Maria Braga quando gosta da comida.
Sergio: Tu manda bem em irmão...
Caio: Tento me virar.
Sergio: Garanto que não é melhor que o meu prato.
Caio: Não estamos no Masterchef!
Sergio: Se estivéssemos, já teria perdido.
Caio: Você que pensa... Continuamos a comer até que o silencio veio a tona, não estava muito afim em olhar Sergio cara a cara, não estava me julgando como a pior pessoa do mundo, mas estava com um certo rancor no coração.
Rancor seria uma palavra muito forte e não faz bem algum para vida de alguém. Só estava um pouco chateado com a situação.
O sábado passou rápido e o domingo também, tirei o dia para estudar. Precisava acompanhar a matéria que estava atrasado e também focar nos trabalhos e suas apresentações. Aquele dia foi um dia comum.
...
SEGUNDA FERIA
Acordei com aquela preguiça querendo minha cama, meus olhos estavam fechados enquanto tateei minha cama procurando pelo meu celular.
CACETE! TO ATRASADO...
Fiz minhas coisas voando, fui para o banheiro lavar o rosto, Sergio não estava por lá, aquele desgraçado acordou, sabia que eu tinha aula e nem pra me chamar. Peguei minha toalha liguei o chuveiro e fiquei 5 minutos ali apenas para acordar. Não gosto de tomar banho rápido, mas como estava atrasado não pude enrolar.
Me troquei, peguei minha bolsa, peguei uma maçã na fruteira e desci correndo para pegar o elevador.
Sr Zé: Bom dia Caio.
Caio: Bom dia Zé. Disse apressado.
Sr Zé: O Sergio mandou avisar que não te acordou pois não queria incomodar.
Caio: Obrigado pelo recado.
Disse saindo às pressas enquanto fechava o portão. Filho da mãe. Disse em voz alta. Ele sabia que eu ia pra aula e nem pra me chamar, pensei comigo. Mas tudo bem... Vai ter volta...
Cheguei na segunda aula e pra minha sorte a primeira aula o professor se dedicou para ajudar com os trabalhos. Graças a Deus não era conteúdo de prova, pensei.
Marcelo acenou para mim, dizendo que tinha lugar no fundo.
Marcelo: Mais um pouco não consigo guardar lugar para você.
Caio: Valeu.
Marcelo: O que é esse corte na sua boca? Ta tudo bem?
Caio: Está sim, acabei escorregando e bati a boca. Menti.
Marcelo: Cuidado para não inflamar. Bom você não perdeu nada na primeira aula, o professor estava dando umas orientações para o trabalho dele, fiz todas as anotações, precisamos entregar a primeira parte na próxima semana. As meninas querem se reunir la em casa depois do almoço. Tudo bem pra você?
Caio: Claro, me passa seu endereço e número. Estarei lá...
Não havia comentado das meninas que estavam em nosso grupo uma delas se chama Gisele, uma bela mulata, com uma voz bem sedutora e olhar bem marcante, era uma garota de personalidade e chamava atenção por onde passava. A outra se chamava Lilian completamente o oposto de Gisele, loira e meiga, bonita também e bem delicada. Acho que não vi uma mulher feia na minha turma, e olha que sou bem observador.
As aulas transcorreram normal, já não aguentava mais ver Slides. Pensem uma sala escura com slides passando num projetor, era de matar o sono estava dominando meu corpo.
Por fim havia chegado o fim da aula. Me despedi de todos e fui para casa trocar de roupa e almoçar, logo depois estaria na casa do Marcelo.
Confesso que ao fazer o caminho de retorno fui procurando o endereço de Marcelo, não era muito longe que não pudesse ser feito caminhando, e outra queria ter certeza de que não iria me perder no caminho.
Troquei de roupa e fui para casa do Marcelo, ainda faltava algumas horas para Sergio chegar.
Aquele corre havia me deixado esperto. O sono já não estava presente e eu animado para começar a estudar de verdade.
Fui fazendo o caminho mais fácil que Marcelo havia me explicado, então não me atrasei. Ao chegar próximo a casa de Marcelo notei que sua casa era uma das mais bonitas ali da esquina. Pensei comigo, ainda vou ter uma casa assim.
Marcelo não era do tipo que fosse bancado pelos pais, mas era muito bem de vida. Toquei a campainha e aguardei ser atendido.
Marcelo: Caio, que bom encontrou o endereço.
Caio: Não foi muito difícil de encontrar.
Marcelo: Fiquei com medo que se perdesse, Afinal você é novo por aqui.
Caio: Também fiquei com medo de me perder, mas o gps está ai para isso, pra me ajudar.
(RISOS)
Marcelo: Entra ai cara, fica a vontade...
Se a parte de fora da casa de Marcelo era bonita, por dentro ra incrível. Um jardim muito bem cuidado e um labrador veio em minha direção.
Caio: Como é o nome dessa princesa?
Marcelo: Luna, e pelo visto acho que ela gostou de você.
Caio: Adoro cachorros, são os melhores amigos.
Marcelo: Tenho que concordar com você, eles estão nos bons e maus momentos. Agora vamos entrando pois as meninas estão nos esperando.
Continuei a caminhar por sua casa, tudo era muito lindo, cruzamos as laterais da sua casa onde no fundo tinha um espaço coberto com uma churrasqueira e mesas. Gisele e Lilian estavam sentadas conversando com um copo de suco na mão.
Gisele: Boa tarde Caio. Disse me cumprimentando com um beijo no rosto.
Caio: Boa tarde.
Lilian: Boa tarde. Disse Lilian com aquela voz aveludada.
Caio: Boa tarde...
Marcelo: Caio aceita um suco?
Caio: Não obrigado cara, cabei de comer.
Nos reunimos ali para debater o tema do nosso trabalho. O professor havia distribuído alguns temas básicos, onde teríamos que pesquisar a fundo sobre o tema. O nosso tema foi Câncer.
Particularmente todos do grupo haviam gostado do tempo, afinal é algo que sempre está em destaque nas TVs campanhas publicitarias e sempre tem alguma matéria nova falando sobre a evolução para tratamento da doença.
Pesquisei algumas coisas no notebook emprestado por Marcelo e depois discutimos sobre o que cada um iria escrever, bem típico de ensino médio. Cada um com uma parte e obrigação. Fiquei com a parte da digitação do trabalho, sempre fui bom em editar e formatar e a pior coisa do mundo que inventaram foi a maldita norma ABNT.
O tempo começou a fechar, já se aproximava das 20:00 horas quando começamos a digitar, as meninas como haviam terminado a parte delas acabaram indo embora. Continuei a digitar o trabalho pois não queria perder o foco. Quando dei por mim já estava se aproximando das 22:00.
Marcelo: Caio fica pra jantar, está tarde e você até agora não comeu nada.
Caio: Pensando bem, vou aceitar o convite para jantar...
Marcelo: Minha mãe já esta terminando.
Fomos caminhando até a cozinha, o cheiro estava maravilhoso e só fez com que abrisse meu apeite. A mãe de Marcelo Dona Célia por sua vez foi muito simpática e acolhedora.
Célia: Fico feliz que meu filho esteja fazendo novas e boas amizades.
Caio: Aprecio a amizade do seu filho e ele ta me quebrando um galhão.
Ficamos conversando por mais alguns minutos enquanto a janta não saia. Logo depois estávamos na mesa conversando e dando risadas.
O horário foi se aproximando da meia noite e eu precisa ir embora.
Caio: Marcelo o papo está bom mas eu preciso ir indo nessa, esta tarde.
Marcelo: Não quer dormir aqui? Amanhã vamos direto para aula...
Caio: Não quero incomodar.
Marcelo: E quem disse que vai incomodar? Tem uns colchões sobrando, levamos um para meu quarto e está tudo certo.
Caio: Fica pra uma próxima, obrigado mesmo...
Marcelo: Então espera eu pegar a chave do carro, não vou deixar você andar na rua neste horário.
Concordei com a cabeça enquanto Marcelo subia as escadas em direção ao seu quarto para pegar as chaves. Me despedi de sua mãe que foi um doce de pessoa. Entramos no carro e fomos para o apê.
Marcelo: Cara você é muito teimoso, não ligaria que dormisse lá.
Caio: Eu sei, mas preciso resolver umas coisas ainda trocar de roupa, tomar um banho. Obrigado mesmo.
Fomos conversando amenidades quando vi já estávamos parado no carro conversando. Marcelo sabia me entreter com suas histórias no trabalho. Isso porque mal nos conhecíamos.
Caio: Obrigado pela carona. Disse falando fora do carro apoiando do outro lado do motorista.
Marcelo: Que isso, não foi nada. Disse Marcelo me cumprimentando e puxando para uma abraço.
Senti um aperto nas costas. Dei sinal com a mão, me despedi e entrei no condomínio. Subi até o meu andar. Entrei e Sergio estava voltando da sacada.
Sergio: Pelo visto o papo estava bom no carro!! Disse Sergio irônico.
Caio: Deu pra me espiar agora?
CONTINUA...
PESSOAL SÓ IA POSTAR AMANHÃ, MAS CONSEGUI FAZER ESSA PARTE CORRENDO. ME DESCULPEM OS ERROS, NÃO VOU FAZER AGRADECIMENTOS HOJE POIS PRECISO DORMIR E A FACULDADE ME CHAMA.
UM GRANDE BEIJO A TODOS... ATÉ A PROXIMA PARTE...