Sua carne, meu sangue PARTE 3

Um conto erótico de vamp19
Categoria: Homossexual
Contém 1964 palavras
Data: 19/09/2016 01:33:38
Última revisão: 19/09/2016 01:41:10

Franco pediu um quarto na pensão que encontraram logo na entrada da cidade. Ignorou o olhar de desgosto do dono ao ver que Sam era o seu acompanhante. Franco não deu a mínima.

Sam o deixava perturbado. Franco agora andava atormentado por dúvidas que não tinham espaço em sua cabeça antes do sangue de Van Helsing. Eram tão sutilmente normais que o deixavam fraco, Franco achava.

Por exemplo, o vampiro de mais de mil anos começou a sentir medo. O pior de tudo era que um humano havia feito isso com ele. Um humano! Onde já se viu. Houve um período na vida após a morte de Franco onde ele insistia que nem humano tinha sido. Ele parou quando percebeu que estavam rindo dele, ninguém acreditava.

O fato era que Franco fora um jovem humano muito rebelde em vida, e depois de envelhecer, tornara-se novamente um jovem vampiro rebelde. Tudo era novo, todos eram presas, e ele precisava caçar. Franco lembrava de tudo, mas preferia deixar as memórias guardadas. Era muita coisa. Ele já amara, esquecera o que era amar, odiou e continuou a odiar, bebeu o sangue de princesas e príncipes, matou reis e rainhas.

Havia menos vampiros antes, havia menos comida antes. A comida continuava a se reproduzir e assim faziam os vampiros.

Agora Franco se pegava pensando na possibilidade dos humanos não serem apenas comida. Esse pensamento faria o Franco de alguns anos atrás rugir. Enfim, desde que bebeu o sangue sagrado do maldito caçador, ele podia andar na luz do sol, mas também tinha que sofrer algumas angústias humanas novamente. Era um bom preço a se pagar.

A casa cujo bar onde Franco encontrava-se sentado numa mesinha esfarrapada era velha, feia e pobre. O dono tinha a sua pensão e os quartos ficavam na parte de trás, não eram melhores na aparência. Mas tinha bebida.

Franco observou a bunda de Sam enquanto ele caminhava na direção do dono por trás do balcão, o corpo do loiro só ganhava mais o interesse de Franco. Deixava-o meio maluco, meio zonzo. Fazia o sangue ir todinho para baixo. Às vezes parecia que o botão da calça não ia aguentar. Pensar era um desafio.

Não conseguia parar de olhar os cabelos de Sam, o jeito que brilhava, a sua maciez muito boa de segurar e apertar; seu jeito de andar, de olhar para os lados só para checar se não havia alguém olhando. Gostava da intensidade que seu corpo demonstrava, duro e teso, e também do jeito que ele ficava tranquilo de repente, como na noite em que passaram juntos nas árvores, assistindo o amanhecer.

Franco estava literalmente suando de medo, de perdê-lo, de não conseguir viver sem ele. Esperava estar fazendo um bom trabalho em esconder, e que cedo ou tarde seu corpo se lembraria de como lidar com essa emoção. Sentia-se vulnerável, e não gostava disso. Entre culpar a si mesmo ou o Sam, Franco tendia a ser uma pessoa egoísta, o que poderia se tornar perigoso.

Seria capaz de ferí-lo?

A pergunta surgiu em sua cabeça e Franco suspirou. Claro que seria. Certeza que podia. Sam estava em perigo constante. Seu sangue era precioso. Por mais que Franco desse a impressão de que o deixaria ir embora se quisesse e que Sam estava vindo com ele por conta própria, sabia que era mentira. Então Franco sentia medo, e também raiva.

Mas continuou assistindo o seu homem com desejo, olhando seu corpo e desejando poder tirar sua roupa ali mesmo e o tê-lo. Em cima do balcão, abrir suas pernas e me colocar dentro dele na frente de todo mundo, que assistissem como é que se faz de verdade.

Sam se encostou no balcão, cruzando os pés, empinando levemente o bumbum. Franco se remexeu, inquieto, sabendo que o show era para ele. Sam negaria se ele perguntasse. Franco descobriu que Sam gostava de certos joguinhos, e ele gostava de jogá-los com Sam.

Naquele exato momento um homem jovem entrou na hospedaria com certa pressa, olhou ao redor e perguntou:

“A quem pertence os cavalos que estão aqui ao lado?” Tinha um sotaque forte dos caipiras locais, tão forçado que Franco percebeu imediatamente que estava fingindo.

“Eles são meus” respondeu Franco. O jovem tirou o chapéu e se aproximou.

“São cavalos muito bons.”

“Eles são mesmo.”

“Quanto quer por um deles?”

“Não estão à venda,” Franco disse logo. Achou logo que o indivíduo era problema, e por mais que gostasse de resolvê-los ou deixá-los ainda mais problemáticos, Franco tinha muito na cabeça naquele momento específico.

“Tenho muito dinheiro” disse o jovem, num tom de voz que esperava mesmo fazer Franco mudar de ideia. “Posso convencê-lo a vender. Só preciso de um…”

“Não estão à venda,” Franco insistiu, dessa vez o encarando nos olhos. Verdes. Reparou o seu rosto. Lábios rosados, uma boca pequena com dentes um pouco protuberantes, de nariz pequeno, e o rosto liso, a barba crescia novamente, o que indicava que crescia muito rápido e ele fazia questão de tirar. Talvez para mudar a aparência?

“Mas eles vão estar,” disse o homem, colocando uma bolsa cheia em cima da mesa na frente de Franco. “Abra.”

Encarou a figura com incredulidade e divertimento, um pouco do antigo Franco, imaginando quais os melhores jeitos de fazê-lo sofrer por achar que Franco era macho de estar se ajoelhando por dinheiro. Um soco na cara era pouco.

Mas não queria assustar Sam.

“Eles não estão à venda. Saia da minha frente se não quiser problema,” disse, ainda encarando.

Finalmente entendendo a mensagem, o intrometido pegou a bolsa na mesa e olhou ao redor, depois seguiu em direção à porta.

“Espere! Espere ai! Um daqueles cavalos é meu.” Franco perfurou Sam com o olhar, enquanto ele se aproximava do outro. O que ele estava fazendo? “Vamos conversar aqui.” Sam segurou no braço do jovem e o levou para o outro lado do bar, começaram a conversar baixinho, mas minha audição era aguçada.

“Quanto quer por ele?”

“Tudo” respondeu Sam. Ele estava olhando para dentro da bolsa e parecia surpreso.

“Tudo? De jeito nenhum.” A petulância se deixou mostrar e por um momento o garoto estava sem sotaque nenhum, mas Sam não percebeu.

“Quanto tem aqui?” perguntou, e tirou uma moeda pequena. Seus olhos brilharam instantaneamente. Franco viu que era uma de bronze, deveria valer atualmente uns quatro mil réis.

“O suficiente” respondeu o outro.

“Eu posso ver.” Sam pôs a moeda na bolsa, olhou para o outro. “Esse dinheiro vem de onde? Não acredito que tenha ganhado ele honestamente.”

Franco viu o corpo do homem que queria comprar o cavalo ficar tenso, estendeu a mão e pegou o dinheiro de Sam.

“Não é da sua conta.”

“Vai querer o cavalo ou não? É o único que vai encontrar nessa cidadezinha que é bem criado, que corre muito, mais rápido do que os da milícia. Seria um perigo nas mãos da pessoa errada.” O que impressionava Franco mais não era o fato de Sam estar vendendo um cavalo de Franco para um fugitivo, mas estar enganando-o a respeito das habilidades dele. Era um bom cavalo, mas não era lá essas coisas, embora a aparência pudesse ser enganadora.

Os dois se levantaram e saíram do bar. Sam nem olhou para Franco, que ainda decidia o que deveria sentir, enquanto seu corpo não se interessava em esperar e já sentia logo, raiva, irritação… ciúmes? Não. Ciúmes não. Nunca ciúmes. Não Franco Dillaurant.

Levantou-se e saiu do bar, deu a volta pelos lados e observou de longe a troca. Não muito tempo depois o outro já estava galopando com o cavalo em que Sam havia montado desde que foi embora da sua cidade ao lado de Franco.

Sam caminhou em sua direção com o saco de dinheiro na mão direita.

“O que foi isso?”

“Arranjei dinheiro.”

“Não precisamos de dinheiro, precisamos de cavalo. Pra viajar.” Franco pegou o saco de Sam, que segurou firme. Franco teve que lutar contra a teimosia até finalmente pegar a bolsa e dar uma olhada. Mais das mesmas moedas valiosas.

“Ai tem muito dinheiro. Posso comprar outro cavalo.”

“Aqui você não vai encontrar nenhum cavalo.”

“Eu compro em outro canto. Até lá, eu posso usar o seu.” Disse Sam. “Eu na frente, você atrás. A gente já fez essa brincadeira antes.” Sam pegou o saco de dinheiro, Franco deixou-o pois estava meio hipnotizado pelo olhar azul do loiro e pelas suas palavras. Sam chegou mais perto e colocou o saco cheio de moedas entre as pernas de Franco, devagar, esfregou na sua virilha.

“Sam.” Franco segurou na sua mão, mas não a afastou. Seu membro já estava duro, as moedas imprensando o excitaram. Mas o verdadeiro responsável era o homem que as manuseava.

“É, mostra pra mim, coloca pra fora. Eu caio de joelhos se quiser.”

“Sam,” Franco repetiu. Ele pegou as moedas de Sam novamente, daquela vez para ficar, puxou no braço dele e o levou para a parede. Não queria ninguém olhando. “Está tudo bem?”

“Tudo está bem” respondeu ele, e fez um movimento abrupto para sair do toque de Franco. “Por que não estaria?”

“Escute-me. Aquele cara provavelmente era um ladrão…”

“Ah, eu sei que ele era. Não tenho dúvidas.”

“Sério? E não teve problema nenhum em pegar o dinheiro que é, sabe, provavelmente roubado?”

“É dinheiro, não é?”

“Eu só estou um pouco surpreso, achei que fosse um homem da lei.”

“Eu era. Você tomou conta disso,” ele disse, e Franco achou melhor ficar calado, nem procurou por uma resposta. Sam se afastou e mexeu nos cabelos, então voltou para dentro do bar. Tão lindo que o pau de Franco continuava duro. Mas além de excitado ele estava mais perturbado do que nunca.

Franco passou a evitar pensar nas coisas que havia feito para Sam, literalmente estragou sua vida e deixou sequelas psicológicas, não tinha dúvida. Pensando agora, achava-se um burro por pensar que Sam iria perdoá-lo só porque fez algumas promessas bobas.

Estava anoitecendo. Ficou parado no mesmo lugar, acariciando o outro cavalo. Não pensava em nada. Começou a odiar isso em si próprio, fugir dos pensamentos. Aprendeu isso como vampiro e agora estava sendo forçado a deixar de lado.

Se fosse agir como o Franco de antes agia, Sam já teria sido espancado para saber respeitar o seu mestre. Tudo bem, duvidava até que fosse ter tanta intimidade com um humano daquela forma, o provável mesmo era que Sam estaria morto, completamente seco. O sangue de Sam era uma coisa magnífica.

Sentiu um súbito nojo de pensar daquela forma. Sentiu tristeza por ter feito tanta coisa ruim com ele, desejava-o, consequentemente, queria vê-lo feliz.

“Quero vê-lo feliz comigo” ele disse baixinho para o cavalo, que bufou em resposta e o ignorou.

Franco retornou para o bar, Sam tinha ido para o quarto, ele levou uma garrafa de whiskey junto com ele, utilizou a primeira moeda para pagar o dono. O coitado ficou de olhos arregalados. Franco aconselhou-o que ficasse de boca fechada e não saísse mostrando a moeda para todo mundo, e o homem assentiu.

“Eu posso fazer barulho hoje a noite com o meu amigo lá. Isso vai ser um problema?”

O senhor ficou vermelho nas bochechas, depois negou e ignorou Franco.

Encontrou Sam pelado em cima da cama, a bunda empinada.

“Demorou.” Disse Sam.

Franco não sabia se era imaginação sua, ou Sam tinha mesmo falado com desdém. Tentou concentrar-se somente na bunda nua e virada para ele. Abaixou as calças, cuspiu na mão e passou no seu pau, depois subiu em cima de Sam.

a.

a.

a.

A verdade é que eu gosto do Franco e quero escrever sobre ele, fiquei em dúvida se deveria, mas estou aqui, porque Franco quer muito ser escrito. kkkk. Obrigado a vocês que estão lendo. Só peço paciência. Vai sair.

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Comentários

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Muito bom não demore a continuação ... ansioso aqui

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No momento estou te xingando de todos os palavrões que eu conheço! Cara como vc teve a coragem de parar na melhor parte?! Agora vc provavelmente vai perder uma leitora... Por que eu vou morrer de ansiedade! Sempre magnífico cara. Estou amando a história e o desenrolar dela!

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