De olhos fechados, aproveito a sensação pós transa, com meu amado ainda em meu peito deitado. Ele tinha uma respiração leve, que fazia certa cocega em meus pelos. Mergulho minha mão esquerda em seus cabelos, que precisavam de um corte, arrancando um som de satisfação do pequeno. Com uma mão em seus cabelos, e outra atrás de minha cabeça, contemplo em minha mente, o que mudou em minha vida.
Eu era um adolescente muito inconsequente. Saia todo fim de semana, pegava umas 5 garotas nas noites de balada. E transava com pelo menos 1 delas...no carro, motel...dava-se um jeito. Fiquei assim depois de Jaqueline terminar comigo...disse que estava com outro cara na cabeça e não queria me enganar. Hoje, eu sei que ela fez para o meu bem, mas na época em questão eu não encarava isso assim.
Nessa minha inconsequência, em uma noite bebi demais com Roger e depois de deixar ele em sua casa, quase me matei numa árvore. Por isso hoje, não bebo nada antes de dirigir...ainda mais com Marcos agora, sempre ao meu lado.
Nunca tive nada contra os gays...na verdade nunca havia refletido sobre essa questão naquele momento da minha vida. Encarava-os como inexistentes...a curva fora do “percurso normal”. Mas quando meu irmão assumiu sua orientação, imaginei-o beijando caras...nojo. A partir daí, começou minha repulsa. E ele andava com uns caras suspeitos também...não sei como nunca havia percebido...talvez porque na minha cabeça eles não existiam mesmo.
Depois de nosso acordo de paz, havia me aproximado de Tiago novamente, sem antes é claro, ser quase que totalmente ignorado por uns 9 meses. Ele tinha total razão. Se fosse eu no seu lugar, acho que não conseguiria perdoar. Apesar de gay, Tiago frequentava (igreja?) espírita, pois segundo ele, não era condenatória. E isso meio que ajudou ele a me perdoar. Por falar nisso, preciso contar essa boa nova pra ele.
E olha onde estou agora. Continuo sério como de costume, sendo diferente só com Marcos e meus amigos. Não continuei nessa linha de pegador...tenho até vergonha do que fazia no passado...fui muito burro. E gay. Justo aquilo que em um momento da vida, senti nojo.
- Amor- ouço o garoto falar
- Diz lindão!- estávamos pelados e sujos de esperma e suor...eu acho que suei mais que numa partida de futebol com o pessoal
- Banho!- diz olhando pra mim com um sorriso
- Claro- falo levantando subitamente e o pegando no colo, fungando em seu pescoço fazendo-o rir da situação.
Ligo o chuveiro e começamos nosso banho juntos. Entre carícias e sorrisos singelos, em um momento ele para, fazendo carinho em minha rala barba, contemplativo.
- O que foi?- pergunto calmo, o abraçando, esfregando minhas mãos em seus braços
- Isso parece tão surrealista. Parece que a qualquer momento eu vou acordar na minha cama no RS e irei pra escola, com meus amigos- diz me apertando forte, no que me parece, uma tentativa de querer segurar o momento.
- Pois saiba que é real. Você veio pra SP, dividir o apê com um cara estranho que começou a te tratar com muito carinho desde o primeiro dia. Dai esses dois se mudaram de apê, se beijaram no meio de uma discussão e á uns 30 minutos atrás, transaram pela primeira vez- digo narrando nossa trajetória- e que agora estão até namorando!
Após uns amassos gostosos debaixo do chuveiro, nossos paus já estavam no ponto de novo. Devagarinho ele vai descendo, trilhando beijos pelo meu peito, até chegar naquele lugar. Brinca com minhas bolas, lambendo-as e colocando-as na boca. Ele não tinha feito isso antes. Eu já estava com os olhos fechados quando o meu pequeno abocanhou meu pau de uma vez só. Chupou bem a cabeça e devagar foi engolindo todo ele. Sua boca macia e gostosa estava me fazendo revirar os olhos, encostado no box.
Ele chupava me olhando de baixo pra cima. Filho da puta. Estava me deixando com cada vez mais tesão. Por mais uns segundos depois, comecei a foder sua boquinha deliciosa, segurando em seu cabelo. Quando estava quase gozando de novo, tirei meu pau e gozei na sua cara, fazendo-o rir.
- Você está aprendendo a me pegar de jeito pequeno-digo suspirando com satisfação.
Agora seria a minha vez. Desci rapidamente até seus 18cms e coloquei na minha boca, começando a chupar imediatamente. Ele se surpreendeu, mas logo se rendeu. Era uma sensação nova para ambos. Alternava entre chupar seu pau com a cabeça rosada e beijar sua boca. Sentia seu ralos pelos espetando minha boca, me deixando com o pau duro de novo. Nunca pensei que fosse gostar de fazer oral num cara haha!
Quando Marcos anunciou que iria gozar, continuei chupando, mas com mais velocidade. Ele novamente se desmanchou, mas dessa vez, todo em minha boca. Não engoli...e quando senti que ele não gozaria mais, levei minha boca cheia de seu leite na sua, o beijando. Foi muito excitante...eu estava dando o seu próprio leite na sua boca. Não deixamos escapar um pingo.
- Nossa!- diz ele sem fôlego, se apoiando em mim.
- Gostou?- pergunto dando pequeno selinhos em sua boca
- Se eu gostei? Nossa...eu adorei- fala vermelhando
- Meu fofo gostoso!- digo o abraçando forte e mordendo seu pescoço
- HAHAHAHA só acho que precisamos sair desse banho- diz sorrindo pra mim
- Concordo- repondo rindo
Depois de sairmos de debaixo d’água, arrumamos nossa bagunça, colocando um lençol sem suor, pois aquele tinha ficado encharcado devido ao meu suor e vestindo ambos uma cueca. Por mim, só andaria de cueca dentro de casa.
Em seguida fui pra cozinha fazer nosso almoço...já era 15:24...não era tão almoço assim. Estava morte de fome...foder com Marquinhos me deixou assim haha.
Logo ele vem do quarto e me abraça por trás, depositando um beijo em minhas costas.
- Hey- digo rindo- com fome?
- Mais ou menos- diz ele se sentando na bancada
- Eu estou morrendo de fome. Transar com você da fome- digo piscando
- Hahahaha me fodendo com aquela intensidade...justificável
- Mas que eu sei foder eu sei né!??- perguntou piscando e mostrando a língua para ele
- Se sabe...demais...- diz devagar
O resto da tarde e noite ficamos estudando lado a lado. A escrivaninha é comprida, cabendo os dois PC’s de boas.
Deitado na cama, com meu amor deitado no meu peito e com um livro na mão, lia, me distraindo. Era um livro de terror de Marcos...ele me convenceu a ler, e, bem, eu estou gostando. Sinto ele mover suas pernas nas minhas, debaixo do edredom. Acho que ele havia cochilado e agora, acordado. Olhou com os olhos murchos pra mim. Beijei seus lábios convidativos, enquanto acariciava seus cabelos lisos.
- A gente tem aniversário do Juliano amanhã a noite- diz ele voltando a deitar no meu peito. Fecho o livro, colocando o marca texto na parte onde parei e digo:
- Uma preguiça de ir- falo preguiçosamente
- Você precisa ir amor. Vocês são amigos a um bom tempo- diz beijando meu queixo
- E você também. Não é só eu o convidado. E também, qual a graça de ir sem você?- pergunto com ele me encarando
- Você é super fofo Yuri- diz ele rindo- prevejo fiasqueira por parte de Xandão- diz rindo
- Essas suas amigas são foda...gosto delas- digo dando um selinho no seu cabelo
- Elas são mesmo!- diz sorrindo
- Mas mudando de assunto, o Juliano está estranho há alguns dias...- falo relembrando suas ações nessa semana que se passou
- Por quê?
- Não sei. Ele sempre fica zuando com todo mundo...principalmente comigo e esses dias ele parou...está quietinho. Até quando hoje, antes da aula começar, encontrei ele com os olhos vermelhos e nariz vermelho também. Parece que esteve chorando- digo continuando a carícia no cabelo de Marcos
- Estranho mesmo. A Flávia até comentou que ele estava desanimado por esses dias. Segundo ela, eles transavam todo dia e agora, já faz um tempo que não fazem mais.- me relata
- Tem alguma coisa de errado com ele...- falo pensativo- mas vamos tirar isso da cabeça e vamos dormir- digo pondo o livro no criado mudo e voltando pra cama, ficando de conchinha com meu namorado.
- Boa noite amor- diz virando sua cabeça para trás e me dando um selinho nos lábios.
- Boa noite meu pequeno- digo sorrindo ternamente e logo em seguida beijando sua nuca.
Mal podia saber eu, que um de meus melhores amigos, neste momento, estaria em prantos, chorando do outro lado da cidade, encolhido em um canto de seu quarto.
03:55 da madrugada ouço meu smartphone tocar. Levantei para atender, com o maior cuidado pra não acordar Marc. Era Juliano.
- Fala brother...aconteceu algo, pra estar me ligando a essa hora?- pergunto coçando os olhos e indo para a sala, pra minha conversa não acordar meu garoto.
- Sim- ele estava chorando- eu preciso conversar com alguém
- O que houve brow?- perguntou preocupado
- Eu sei que você e Marcos estão dormindo, mas você podia vir até aqui, me tirar dessa maldita casa?- pergunta intensificando seu choro
- Claro, claro...aguenta aí...te ligo quando chegar- digo procurando uma calça, no quarto novamente
- Obrigado...te devo essa- nem respondi e ele desligou.
Definitivamente algo estava acontecendo com ele. Ajoelho-me em frente à cama, já vestido, acaricio o rosto de Marcos e dou um selinho em sua boca, o acordando.
- Aonde você vai amor?- perguntou visivelmente confuso
- Juliano acabou de me ligar...ele está com algum problema e parece ser sério. Ele me pediu pra buscar ele em sua casa. Eu vou ir tá?
- Tá bom amor...não quer que eu vá com você?- perguntou se levantando um pouco. O deitei de novo e disse:
- Não precisa lindo. Você tem aula amanhã cedinho. Eu vou e volto logo...quando menos esperar, já vou estar na cama com você.
- OK- diz me arrancando um beijo simples, comigo correspondendo.
- Vou chavear tudo aqui. Não se preocupe- digo na porta
- Feito- ele sorri e deita sua cabeça no seu travesseiro, puxando o meu logo me seguida, abraçando-o.
Deus...tenho certeza que amo esse muleque.
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Agradeço a tds...nem ia postar hoje, estava meio indisposto. Mas tomei um banho e tudo se resolveu haha
Está menor que o cap. passado...eu sei, mas preferi postar hoje, do que segurar pra amanhã.
BjS e até + ;)