Então gente, desculpem a demora. Pois bem, voltei e vou contar mais uma história da marinha, enfim, não vou falar muito senão perde a graça...
Pra quem não sabe nós que servimos (pelo menos a marinha, não sei os outros) ficamos 3 meses em um centro de treinamento/instrução pra nos adaptarmos ao serviço militar que temos que completar um ano pra poder sair e tal. Enfim, passado os 3 meses somos mandados pra outros quartéis do RJ, eu fui pra um quartel de Fuzileiros Navais na Ilha do Governador pra trabalhar no rancho (cozinha) já que é uma vertente a parte da marinha, são os que vão pra guerra, combatem e vão nas missões, então como eu era marinheiro eu não poderia me 'igualar' à eles. Mas em 'quartel de marinheiro' nós somos todos iguais, fazemos vigilância armado, ficamos de guarda, essas coisas, o que não é o meu caso já que fiquei num quartel de fuzileiros navais.
Enfim, chegando no quartel fomos apresentados (foram eu e mais 4 do meu antigo quartel) ao nosso setor, no caso o rancho e depois fomos distribuídos: dois ficaram no rancho geral que é aonde os cabos e soldados fazem suas refeições, um foi pra praça d'armas que é aonde oficiais fazem suas refeições e eu fui pro rancho de suboficiais e sargentos (não preciso dizer quem se alimenta lá né?), chegando lá conheci o pessoal que trabalhava lá e que eu trabalharia junto mas nenhum me encheu os olhos, até que um deles que era tipo o responsável pela organização como a escala de serviço (os dias que temos que virar a noite no quartel vigiando o setor) se aproximou de mim e me passou todo o jeito de como o chefe de lá gostava que fazia e ainda disse sem pretensão nenhuma que ainda faltava um pra eu conhecer que ele tava de férias e que voltaria na semana seguinte.
Logo pensei comigo mesmo: "espero que pelo menos esse seja bonitinho". Falaram tanto dele e tão bem que eu até fiquei ansioso pra conhecê-lo. Logo pensei: "se ele for isso tudo mesmo eu já quero!"
A semana passou e eu já tava habituado ao serviço e estava tão entretidos que nem reparei que havia mais alguém ali naquele dia, até que limpamos tudo pro almoço e então sentamos pra tomar o nosso café e foi aí que eu vi ele. Um pouco mais alto que eu, pretinho (do jeito que eu gosto), corpo definidinho e uma coisa que me fez ficar mais derretido ainda é que ele tem diastema nesses dois dentes da frente (e eu sou apaixonado por diastema assim), daí eu pensei logo: "QUERO!", logo depois eu pensei: "ai, porra, ele é hétero, jamais vou ter chances" e meu último pensamento foi: "vamo ver, talvez ele não seja tão hetero assim". Como disse estávamos tomando café da manhã daí eu fui logo tratando de me apresentar:
- Oi, eu sou o T! Falaram tanto de você que eu até fiquei ansioso pra te conhecer. - sorrindo.
- Sou o S. Falaram bem ou mal? Porque os caras daqui são fodas! - rindo.
- Ah, nada demais, só que tu às é meio avoado e tal.
- Ah, isso eu não vou negar, sou pisciano e ainda gosto de fumar um aí eles encarnam em mim.
- HAHAHAHA. Sei como é.
- Tu fuma também?
- Não, nunca fumei e nem sei se quero.
- Tu tem que fumar cara, maior onda... - nós dois rimos.
- Imagino.
Nessa hora eu comecei a reparar nas tatuagens dele e ele tem uma tatuagem que é o nome de uma musica da Lana del Rey (e eu sou MEGA FÃ). Pensei em perguntar mas me veio à cabeça "ah, pode ser só coincidência", depois eu pensei: "ah, não custa nada perguntar".
- Essa sua tatuagem, o que quer dizer?
- É que eu gosto muito da Lana del Rey, conhece?
Essa hora eu botei o café pra fora e falei:
- PORRA, MENTIRA! - bem alto e eufórico mesmo.
- Deve tá achando que eu sou viado agora né?
- Porra, eu sou mega fã da Lana cara!!!!
- Sério? - ele abriu um sorriso.
- Sim! - eu também sorri.
- Mas você é gay, não é?
- Sim, tem algum problema com isso?
- Não, porra, tenho vários amigos gays, você vai ser mais un pro bonde. - e rimos alto.
- Adoro!
Daí ficamos conversando sobre Lana um bom tempo, descobri que ele se amarra em musica indie, então ficamos mais um tempo conversando sobre bandas e artistas indies.
Depois desse dia não nos desgrudamos mais, ele me apresentava as musicas que ele mais gostava, que tava ouvindo ou que havia descoberto e eu fazia o mesmo mas ele mantinha uma certa distância certas horas e eu entendia até porque eu já entrei me assumindo então todos sabiam de mim e ele não iria querer virar boato no quartel.
Foi aí que entrou um novo menino no nosso setor (que vamos chamar de L) e eu fiquei te ensinar ele emas coisas e tal e nos tornamos próximos mas só no setor mesmo até porque eu achava que ele não iria quererbser visto comigo fora pelo mesmo motivo do S. Nisso eu me afastei total do S.
Só que o S foi reparando e jogava umas indiretas pro L com ciúmes de mim (até achei fofo) e o L veio conversar comigo.
- Cara, eu sei da tua opção sexual e tal mas com todo respeito, eu quero saber se tu tem algo com o S, porque ele parece que tá com ciúmes da nossa amizade.
Essa hora eu ri.
- Não cara, é porque tipo, antes de tu chegar eu era colado nele mas ele não é tão seguro de si e acha que se virem ele comigo vão achar que eu tô pegando ele. Eu ultimamente tava até pensando que ia passar por isso contigo também.
- Que isso cara, eu sou teu amigo, tenho vergonha de tu não, pelo contrário, tu é o único que me ajuda e escuta essas minhas historia loucas e eu sou seguro de mim, não preciso ficar afirmando de que gosto de mulher, tá ligado?
- Aham, ai cara, que bom, pelo menos agora eu sei que tenho alguém aqui.
Ele deu um sorriso e estendeu a mão pra mim.
- Eu tô aqui porra, aperta ai. - apertei - Tu é meu parceiro aqui e em qualquer lugar.
Dei um sorriso e ele saiu e disse:
- Cara, se perguntarem por mim diz que eu fui tirar uma água do' joelho, tô apertadão.
- Tá bom, vai la!
2 minutos depois passa o S, me olha e...
CONTINUA...
ME DIZ SE ESTÃO GOSTANDO, EU ME ACHO MUITO DETALHISTA, ESPERO QUE GOSTEM E QUE NAO TENHA FICADO CURTO... TÔ MORRENDO DE SONO, AMANHÃ EU POSTO A PARTE 2. É ISSO. BEIJOS.
