Perdão pela demora, mas está ai um dos últimos capitulos desse conto!
Boa Leitura.
// / COMO APRENDI A VIVER A VIDA // /
#Dois dias antes do casamento#
Os meses passaram voando e ultimamente a minha vida e de Julio estava uma correria só. Estávamos divididos entre trabalho e os preparativos para o casamento, meu pai bancou toda a festa, mas a organização ficou toda por nossa conta. Mandei convites para meus familiares em Minas e alguns amigos aqui de Sampa e para Paty na Alemanha, Julio mandou convite para os amigos gringos dele nos EUA, alguns amigos e familiares de São Paulo.
- Bom dia amor! Já estou chegando à sua casa pra pegar o Tyler e levar ele pra provar o terninho dele.
- Ótimo amor! Antes de vocês irem à loja quero levar vocês pra conhecerem nossa nova casa.
- Você já comprou o apartamento? Não me falou por quê?!
- Porque você ia querer pagar também e também porque queria fazer uma surpresa pra você.
- Julio nós vamos casar! Acho que as coisas precisam ser combinadas... Tchau! Estou no transito já chegou ai.
Desliguei o telefone, pois estava irritado, ele compra um apartamento e não combina nada comigo! Como assim? Logo cheguei a casa dele e eles já estavam me esperando.
- Bom dia meu pequeno! – falei pegando Tyler que mais uma vez pulou no meu colo e deu um beijo na minha bochecha.
- Bom dia papai Paulo! Você vai me levar pra provar minha roupa?
- Isso meu lindo! Mas antes vamos passar na casa que seu pai Julio comprou! – Bom dia Julio! – falei olhando pra ele com a feição seria.
- Bom dia meu príncipe...
- Vamos lá? – os chamei.
Ele passou o endereço e logo chegamos ao condomínio que meu pai morava de frente para o mar. Subimos até o 7º andar de um prédio recém inaugurado.
- Sejam bem vindos à casa de vocês meus amores! – falou Julio abrindo a porta do Apê.
O Apê era enorme e já estava todo mobiliado, Tyler ficou encantado com o quarto dele, eu sai e fui até a cozinha, Julio me abraçou por trás.
- Amor você está chateado comigo?
- Sim! – disse suspirando.
- Me desculpa, eu queria fazer uma surpresa...
- Julio daqui dois dias nós estaremos casados! Acho que você deveria comunicar as coisas comigo!
- Você não gostou do apartamento? Da localização? Dos móveis? Posso vender e você comprar em outro lugar!
- Não é isso... Eu amei tudo! Mas é que você não é mais alguém a tomar todas as decisões sozinho!
- Entendi! Você me perdoa? – disse mordendo meu pescoço me fazendo arrepiar.
- Só porque sou perdidamente apaixonado por você! – falei me virando e o beijando.
Julio foi até a empresa do Pai dele de taxi e eu segui com Tyler para o shopping. Chegamos à loja de ternos e provamos vários ternos, mas nenhum estava ficando bom, provamos mais alguns até que encontramos um que ficou perfeito nele, ficou tão lindinho parecendo um homenzinho todo marrento andando dentro da loja.
- Ele é tão lindinho! A mãe dele deve ser toda boba não é? – disse a atendente
- Ele é lindo sim, acho que a mãe dele devia achar sim!
- Nossa, me desculpe rs, sinto muito pela sua esposa!
- Papai Paulo! Eu agora estou igualzinho ao papai Julio não é? – disse Tyler arrumando o terno a minha frente.
- Está sim meu amor! Você está igualzinho seu pai! Lindo como ele! – notei que a moça nos olhava surpresa entendendo tudo.
Paguei pelo terno e saímos andando pelo shopping que estava cheio, andávamos esbarrando nas pessoas
- Papai Paulo! Eu estou com fome... Vamos comer um sanduíche e tomar um Milk shake?
- Amor... Você sabe que não pode ficar comendo essas coisas...
- Só hoje papai! - me olhou com aquela carinha fofa
- Sem chantagens rs, vamos lá! Só hoje!
Chegamos à praça de alimentação deixei Tyler na mesa com o terno e fui até o balcão pedir o sanduíche e o Milk shake dele. Enquanto esperava o lanche eu observava Tyler brincar com o vídeo game portátil dele. Como ele era lindo!
- Protinho! – disse a moça me entregando os pacotes, fui até o caixa e paguei.
Quando me virei e olhei para a mesa não vi o Tyler, só estava o terno e o vídeo game encima da mesa. Involuntariamente os pacotes caíram da minha mão, corri até a mesa chamando pelo nome dele, comecei a andar pela praça de alimentação tentando encontrar ele.
- TYLER!!! TYLER!!!
Olhava desesperado para todos os lados, mas nada dele. Ao longe vi apenas o braço e os cabelos dele, ele estava no colo de um homem e parecia estar desacordado.
- HEYYY!!! VOLTA AQUI!!!
Sai correndo esbarrando nas pessoas, o cara começou a andar rápido também
- PAREM ESSE HOMEM!! VOLTA AQUI!!! TYLEEERRR!!!!
Tentei os alcançar, mas a multidão não permitia minha locomoção, até que os perdi de vista... Andei novamente atordoado por todo o shopping e todo garotinho loiro que via eu pensava ser o Tyler. Passei a manhã toda andando pelo shopping, no estacionamento, banheiros e lojas... Mas infelizmente nada dele.
- Meu Deus! Isso não pode estar acontecendo! – Falei sentando em um banco e colocando as mãos na minha cabeça.
- Olá moço! Está tudo bem? – disse uma senhora se aproximando de mim.
- Meu filho... Ele... Ele foi seqüestrado!
- Você já falou com os guardas? Já ligou para a policia?
- Não! Eu estava tentando encontrar ele... Ai meu Deus... É tudo culpa minha! Eu não devia ter deixado ele só... Eu só estava pagando o lanche, ele queria lanchar... Eu... Eu... Foi tudo tão rápido...
- Calma querido! Você já falou com a sua esposa? Mantenha a calma... Vai ficar tudo bem!
- Eu não tenho esposa... Ele é meu filho e de outro rapaz... Eu não consigo ter calma enquanto meu filho está nas mãos de um bandido!
Eu me tremia, meu coração estava acelerado, minha boca estava seca e meus pensamentos pareciam querer estourar minha cabeça. Depois de um tempo e de um copo de água com açúcar eu me acalmei mais e liguei para Mauricio, não conseguia dar aquela noticia para Julio! Ele ficaria desesperado e também porque estava me sentido culpado.
- Oi mano! Tudo bem?
- Mauricio estou desesperado!
- Calma Paulo! O que aconteceu? Onde você está?
- Levaram o Tyler... Eu estou no shopping perto da minha clinica.
- Como assim levaram o Tyler?
- Não sei... Foi tudo muito rápido e eu não consegui alcançar o seqüestrador!
- Você já falou com o Julio?
- Não tenho coragem... Tenho medo da reação dele, vá até o hospital, por favor, e fala com ele... Não o deixe vir sozinho para cá...
- Calma Paulo! Vai ficar tudo bem! Vou ligar pro papai e pros pais de Julio, vou passar no hospital e pegar o Julio e vamos todos para ai.
- Obrigado Mauricio...
Desliguei o telefone e logo a policia chegou acompanhada dos guardas do Shopping.
- Sr. Paulo preciso que você nos acompanhe até a direção do shopping, vamos dar uma olhada nas câmeras de segurança e colher seu depoimento.
- Ok!
- vou aguardar sua família aqui meu filho! – disse a senhora que estava me ajudando
- Obrigado!
Acompanhei os policiais até uma sala no andar de cima do shopping, eles abriram as filmagens da hora que entramos no shopping e observaram que o tal cara já nos seguia desde o momento que entramos na loja para comprar o terno, ele usava boné e um moletom preto o que dificultava a sua identificação.
Ele esperou o momento certo quando eu dei de costas a Tyler para pagar pelo lanche, nas filmagens é possível o ver injetando algo no braço do meu pequeno e em seguida saindo com ele nos braços, logo vemos eu desesperado correndo de um lado para o outro tentando encontrar ele. Eles tentaram pegar as filmagens do estacionamento, mas as câmeras não estavam funcionando. Em seguida dei meu depoimento ao investigador.
- Paulo nós já enviamos as informações das filmagens para o nosso centro de inteligência, vamos tentar identificar o suspeito, já enviamos as fotos da criança para os aeroportos, para que ele não fuja com a criança do país.
- Ok! – disse suspirando.
Logo bateram na porta e um dos policiais abriu e Julio entrou, ele pediu para ficar a sós comigo, logo os policiais saíram; ele fechou a porta e se aproximou de mim, eu estava esperando um soco... Gritos... Meu senso de justiça própria estava gritando naquele momento. Abaixei minha cabeça e desabei... Eu não tinha chorado até aquele momento, mas estar diante de Julio foi demais. Ele não disse nada, apenas me abraçou.
- Amor! Eu não te culpo por nada... Não fica assim meu príncipe! Nós vamos encontrar juntos o nosso filho!! - disse ele me apertando contra seu corpo e começando a chorar também
Eu me acalmei mais depois que ele me confortou, contei tudo o que havia acontecido depois saímos daquela sala e todos estavam ali... Meu pai, os pais de Julio, Lyanna (estava desesperada), Mauricio, Ricardo, Gusta, Marcos e a senhora. Contei mais uma vez o ocorrido, todos abraçaram a mim e ao Julio nos dando forças.
Fomos para casa e aquele vazio me perseguia... Aquela sensação de culpa que mesmo sabendo no consciente que eu não tive culpa de nada, meu subconsciente me acusava de que eu fui irresponsável... Eu imaginava tudo de pior que poderia estar acontecendo com Tyler e não me perdoaria se aquilo de fato acontecesse com ele.
- Amor você está muito quieto... Não fica assim abatido! Nós precisamos estar fortes e juntos para encontrarmos nosso pequeno!
- Desculpa Julio, mas é que me vem tantos pensamentos...
- O pessoal da policia ligou agora a pouco e disse que estão analisando as imagens, fizeram um mapeamento do rosto do suspeito... Estão comparando com algumas identidades...
- Espero que encontrem logo esse canalha! – falei levantando e indo até o banheiro tomar um banho.
Sai do banho e vesti uma roupa, peguei minha carteira, celular e as chaves do carro e desci as escadas do apartamento.
- Vai para algum lugar?
- Preciso ir ao hospital! Tenho um paciente com um tumor no cérebro, descobrimos que o tumor está em uma parte bem delicada, mas que pode ser alcançada! Vamos conversar com os pais dele, pedir que autorizem a cirurgia e o quanto antes ele precisa fazer essa cirurgia! Eu estava responsável por esse paciente, mas não estou em condições de continuar com ele por enquanto, vou passar ele para outro neurologista. Saindo de lá eu vou procurar alguma igreja... preciso de uma renovada!
- Ok amor, qualquer coisa me liga por favor!
- Tudo bem!
Segui para o hospital e de lá fui até uma igreja, orei por uns momentos e recebi uma força lá do alto. Sai mais confiante e menos “culpado”.
- Oi amor! – disse atendendo meu telefone que estava tocando.
- Oi Paulo, onde você está?
- Estou saindo da igreja... Indo pra casa, alguma coisa?
- Ligou um cara aqui em casa perguntando por você! Achei estranho porque não quis se identificar...
-Estranho... Estou indo pra casa, já conversamos. Beijo!
- Ok! Beijo.
Desliguei o telefone e coloquei encima do banco de passageiro, coloquei o cinto de segurança e o celular começou a tocar novamente.
- Oi amor, estou dirigindo... já chego em casa!
- Olá Dr. Paulo, ou posso dizer amor?! – uma voz grave me chamou de amor do outro lado do telefone.
- Quem é você?! Onde está meu filho?! Eu pago tudo o que você quiser... Mas devolve o meu filho.
- Quer falar com o seu bebezinho? Ele está bem... – fala aqui moleque com o seu papai Paulo!
- Papai Paulo? Eu estou com medo... Vem me buscar?
- Filho, onde você está? Com quem você está?
- Eu não sei papai... Está escuro e frio aqui...
- Calma filho, eu e seu pai vamos te encontrar! Vai ficar tudo bem!
- Chega de papinho...
- Devolve o meu filho seu canalha!! Eu vou te matar...
- Calma rsrs, você não pode fazer nada comigo! Afinal o seu filhinho está em minhas mãos, aguarde, eu entrarei em contato em breve! E pro bem do seu filho é melhor não envolver a policia nisso!
#CONTINUA#
>>>RESPOSTAS AOS COMENTÁRIOS<<<
Amores, no próximo capitulo eu responderei os comentários, mais uma vez me desculpem pela demora... estava viajando a serviço e só voltei agora rs. Bjão e até qualquer hora
