Na segunda de manhã, chegamos de mãos dadas na faculdade e claro que chamamos a atenção da galera, mas eu estava disposto a mostrar pra todo mundo que a minha vida estava seguindo, no intervalo estávamos todos bem e rindo quando o Erik se aproxima.
Erik: - Júnior... será que a gente pode levar um papo?
Meu coração bateu mais forte, tudo que eu não queria era mais confusão.
Júnior: - Falae cara... é particular ou pode ser na frente do Rafael?
Erik: - Pode ser na frente do Rafa... Acho que as coisas se inverteram um pouco né?! Dessa vez sou que digo que vou respeitar o namoro de vocês e que de certa forma fico feliz pelo Rafael ter te escolhido, com certeza você é um cara especial senão ele não teria te escolhido. A segunda coisa que eu quero é que você cuide bem desse piá, eu não quero vê-lo sofrendo então de o seu melhor para fazer dele o piá mais feliz dessa faculdade.
Júnior: - Pode deixar fera, tu pode ficar tranqüilo que no que depender de mim o Rafa será muito feliz ao meu lado.
Erik: - Então é isso, felicidades a vocês (virou-se pra mim) Rafa...EU CONFIO EM VOCÊ!
Dito isso ele virou as costas e saiu sem me dar a chance de dizer nada, talvez não tivesse muito o que ser dito naquela hora, ele precisava tentar se adaptar da mesma forma que estava tentando me adaptar em vê-lo com a Cínthia. E por falar na megera, esqueci de contar a vocês, ela ficou uns dias de atestado e depois voltou para a faculdade e quando voltou não conseguia encarar a Flávia (com certeza ficou com medo kkkkkk), ficou quase um mês sem nos incomodar ou dar indiretas pra gente mas depois, aos poucos ela foi soltando as garrinhas dela.
Dias depois dessa conversa com o Erik, ele ficou meio arredio e já não se juntava com tanta freqüência estava sempre chegando atrasado na faculdade e as vezes chegava cheirando a cerveja. Começou a usar a barba, coisa que ele nunca fazia e por mais que a megera tentasse manter uma pose de casal feliz era nítido que ele não estava feliz ao lado dela.
Em contrapartida eu estava bem com o Júnior, não era um amor avassalador mas eu tinha um carinho grande por ele (tenho até hoje), ele sempre me animava, sempre inventava coisas para a gente fazer. Quem de cara não gostou muito da idéia de um namoro novo foram meus pais, quando liguei dizendo que estava namorando com o Júnior eles disseram que não deveria ter aceitado o pedido de namoro até porque estava muito recente o fim da minha história com o Erik, e que não era pelo fato dele estar com a Cínthia que eu tinha o direito de envolver uma outra pessoa inocente no meio desse rolo todo. Eles foram bem duros comigo galera, mas entendi a posição deles, eu expliquei pra eles a minha situação eles entenderam mas mesmo assim disseram que não justificava .
Eles trataram bem o Júnior quando vieram aqui em casa, gostaram dele só que sempre bateram na tecla de que nosso namoro na verdade era uma amizade colorida, um passatempo, qualquer coisa menos um namoro de verdade. Meus pais são muito sábios e eu respeito muito essa sabedoria deles, quando eu perguntei pra eles o que eu deveria fazer, eles apenas responderam: “Deixe que o tempo se encarregue de tudo...” E assim eu fiz, coloquei nas mãos de Deus e deixei o tempo correr, sem planos e perspectivas futuras.
Certo dia já chegando o meados de junho eu, Flávia, Lucas, Raíssa, Gustavo e o Diego estamos na cantina (o Júnior não foi a aula neste dia), quando aparece a megera e o Erik também, ele foi buscar um suco para eles e ela veio na minha direção e falou assim para mim:
Cínthia: - Ontem meu namorado e eu completamos 2 meses de namoro e eu preparei um jantar surpresa na casa dele e depois do jantar eu nem preciso te contar o que aconteceu né Rafael?
Naquela hora me subiu uma raiva misturada com um nojo que não de onde surgiu, não era ciúmes propriamente dito, eu senti enojado da atitude dela em querer me lembrar de uma situação que eu lutava todos os dias pra esquecer. Não pensei na hora, apenas joguei meu copo de suco que eu tinha acabado de comprar na cara dela, fiquei com pena depois, afinal o suco estava uma delicia e eu desperdicei com a vadia.
Eu: - esso são as minhas felicitações pelo seu namoro...
Ele se aproximou e viu a Cínthia toda ensopada, achei que ele fosse defende-la com aquele discurso moralista que ele fez da outra vez.
Cínthia: - Amor olha só o que o Rafael fez em mim.
Erik: - Com certeza alguma coisa você fez para merecer isso...
Eu: - Ainda bem que você sabe Erik
Erik: - Eu confio em você Rafa, se você agiu assim é porque teve um motivo... (olhou para Cínthia) Agora vamos embora daqui, não quero confusão com ninguém.
Ele saiu arrastando ela dali e eu fiquei de certa forma surpreso pela atitude dele, será que finalmente ele estava mudando ou só estava fazendo um jogo pra tentar me amansar, esta dúvida só iria sair da minha cabeça com o passar do tempo.
Junho estava avançando e cada vez mais eu via o Erik chegando atrasado, as vezes faltava na aula, e quando estava presente a gente o via com um olhar perdido dentro da sala de aula, estávamos perto das provas finais e pelo o andar da carruagem ele não se sairia bem.
As provas vieram, ele acabou ficando de recuperação em alguma matérias mas acabou conseguindo a média e não reprovou desta vez. Chegaram as férias de julho e eu partir para Blumenau para ficar com meus pais, estava morrendo de saudades dos meus pais, dos meus amigos enfim. No primeiro final de semana eu o Júnior foi comigo, foi bem recebido pelos meus pais e adorou a tranqüilidade da cidade.
Júnior ficou até quarta e depois foi voltou pra Florianópolis pois tinha planos de visitar alguns parentes dele em outras cidades no sul aqui do estado de Santa Catarina.
No sábado seguinte logo pela manhã eu estava tomando meu café com meus pais e meu telefone toca.
Mãe: - Não vai atender filho?
Eu: - Não mãe é o Erik, eu acho melhor não atender .
Pai: - Ué vocês brigaram?
Eu: - Não pai, apenas quero evitar muito contato com ele.
O telefone parou de tocar e voltou a tocar novamente.
Mãe: - Eu acho melhor você atender, pode ser algo sério.
Pai: - Melhor atender filho, não adianta você ficar fugindo dele..
Eu: - Tá bom (atendi o telefone)... Alô!
Erik: - Rafa?!
Eu: - Tudo bem?
Erik: - Quase tudo bem...
Eu: - O que houve?
Erik: - Então é que eu deixei meu carro em Umuarama por segurança e agora estou aqui perdido.. será que tem como você vir me buscar aqui na rodoviária de Blumenau?
Meu Deus, o maluco veio até Blumenau atrás de mim, o que houve? Eu conto pra vocês amanhã.
Galera tem mais 6 capítulos apenas, como prometi a vocês no primeiro capítulo que não me alongaria muito eu fecho a história no capítulo 20, até lá vem a tona tudo, vem mais briga, mais confusão e muito romance por ai.
Agradeço a todos: Dhiren, figff, Gordo1979, Gui Gonçalves, Irish, Coração_Solitário, Guilmarajwinsk, Iari12, Monster, VALTERSÓ, Ru/Ruanito, Shacka, Plutão, Se7h, Marcos Costa e todos os que leram e estão acompanhando o conto mas não comentaram. Agradeço o carinho de vocês e peço que continuem interagindo.
Respondendo algumas questões: Ru/Ruanito, valeu pela observação peço perdão a voc~e e a todos pelo erro é que normalmente escrevo os capítulos na madrugada quando estou mais tranquilo e neste dia escrevi mais cedo horario de janta aqui e aí entre as panelas e a conversa do Erik acabei me desconcentrando, mas vou editar lá.
Duas pessoas indagaram no e-mail sobre a questão do namoro do Erik com a Cínthia, essa página da minha vida devo a minha sogra, mas beleza já fui superado.
Guilherme Gonçalves, Cleyton Herbeth, Alberto Henrique,Isabella Almeida, Júnior Severo, obrigado pelos e-mails e pela atenção de vocês, sempre que quiserem estou à disposição, peço a todos que qualquer dúvida enviem e-mail faelvelaskes@gmail.com
Abraço galera até amanha