Como dizer da forma menos vulgar o que gostaria de fazer agora? Sim, eu quero fazer sexo! Todas nós mulheres adoramos nos entregar ao prazer, mas eu não disponho de uma pessoa neste instante para acontecer aquilo que desesperadamente anseio. Ultimamente eu tenho me sentindo carente, bem mais sensível, precisando de uma companhia que me tratasse sem muitas sutilezas, um braço másculo que me agarre com rigidez. Tenho pensado nisso nos últimos dias. Se meu discernimento fosse ilustrado em fotografias seria a visão de um ser másculo com uma grande virilidade erguida ao meu dispor; um homem para fazer minhas pernas fraquejarem enquanto toma posse de mim, me faça cativa de sua voz grave, me aprisiona entre seu peito, extraia de mim as confissões ocultas regadas pela umidade da minha intimidade, um sujeito com bastante volume para conectar entre minhas pernas e aniquilar a fissura que me deixa tensa.
Alguém pode responder se dá para ser educada ao convidar um parceiro para sacudir-se dentro de você? Não, porque é impossível manter o decoro quando a vagina está encharcada!
Durante o banho eu esfrego a vulva com bastante sabonete neutro, me enxugo bem, visto uma calcinha de algodão seca e procuro manter o foco nos afazeres habituais da casa. É inútil! Em pouco tempo minha fenda volta a melar, sem querer eu percebo as contrações nas paredes vaginais, além dos comichões entre os grandes lábios quando estou andando. Sinto um insuportável desejo de tocar-me, de colocar algo dentro de mim, um caralho gostoso. Pronto, estou novamente molhada! Estes acontecimentos estão evoluindo em proporções, sempre no final de tarde quando noto que outra noite ficarei em brasa me esfregando nos lençóis até pegar no sono. Eu saio até a padaria, vou no mercado, ando em passos lentos enquanto meu líquido escorre pelas coxas, cruzo o caminho de outros homens pela calçada e mesmo fingindo ignorar eles me notam. Será que o desejo está impresso na minha face? Eles também devem perceber o odor de fêmea exalando do meu corpo.
Nossa! É aquele balconista deslumbrante que me atende, por que ele insiste em brincar comigo? Deixa de ser boba mulher, ele está apenas sendo simpático com as clientes. O atendente é só um garoto, tem idade para ser meu filho, mas já deve estar deitando com várias gurias oferecidas. Eu queria ter a ousadia destas meninas de hoje. Certamente elas trepam mais do que eu em todos estes anos, ou só um pouquinho de audácia e convidar este balconista para entregar água na minha casa e depois ensiná-lo que não se deve brincar com fogo.
Eu saio com três sacolas de compras que pesam menos que a minha bagagem de frustração, cogito quais são minhas possibilidades, até quando ficarei assim? O que me restou depois de tanta luta para fazer os outros felizes, trabalhando duro para ver meus filhos realizados? Eu não sou feia, os homens ainda me canta (estes descarados casados da vizinhança). Minhas amigas sente inveja do meu corpo, dizem que não mudei nada. Meus filhos sente ciúmes de mim. Eu tenho de ser mais intrépida, mais vadia nas atitudes, caso contrário passarei outra madrugada evitando meu quarto e assistindo os mesmos filmes na TV. Com minha xoxota salivando de fome.