Um pequeno Paraiso (parte 1)

Um conto erótico de Pernudo
Categoria: Heterossexual
Contém 1661 palavras
Data: 03/11/2016 13:37:26

Era um pequeno condomínio, para onde recentemente, ele havia se mudado, a situação era provisória, ele bem que poderia morar melhor, mas o momento, a urgência, proximidade de seus negócios o levaram ali, lugar tranquilo, pacato, gente trabalhadora.

Ele saia às 07:30, ela praticamente acabará de chegar. Ele tinha que passar defronte à janela dela. A garagem dele, quarto 12, ficava defronte a janela dela, quarto 01. A primeira vez foi um susto. Mais da parte dela, do que da dele, que rapidamente se recuperou e apreciou, ainda que rapidamente. Ela se despia para o banho, como todos os dias fazia. Tranquila e com a janela aberta, já que até então, ninguém passava por ali.

Ele pediu desculpas, e disse bom dia, mas ficou com a imagem daquele corpo, esguio, moreno, completamente nú e em posição e luz que se permitiam uma visão perfeita, ampla, clara e profunda. Passou o dia com aquela visão na mente. Dormiu com aquela visão na mente. Declaradamente ele era um voyeur, passivo e ativo. Gostava de ver, de mostrar, claro, desde que não fosse ofensivo, vulgar, criminoso. Convivia bem com seus fetiches e as regras sociais.

Acordou de sobressalto, não podia se atrasar. Era urgente, importante cruzar aquela janela, naquele mesmíssimo horário. Tomou banho, escovou dentes, excitado, seu penis saltava em riste e pulsando o tempo todo. Todos os detalhes do ritual, foram compridos, cabelos lavados, creme para pentear, barba bem feita, loção, perfume, camisa bem escolhida nada podia nem precisava ser deixado para trás, mas os horário tinha que ser cumprido.

Bingo !!! lá estava, a janela aberta. Passou bem devagar, olhou para dentro com olhar ávido e sem disfarce, descaradamente. Afinal, a partir de agora a coisa seria proposital. Ela estava de sutiã, de costas, virou-se ao ouvir o bom dia dele, sorriu, sem se cobrir, sem pudor respondeu ao bom dia, com um tom sensual na voz.

A imaginação voou o dia inteiro. Ela não era linda. Tinha uma beleza razoável, mas tinha um olhar extremamente safado, do tipo que gosta, que tem prazer, que lhe suga a ultima gota e pede mais, que se deita pelo mero prazer do orgasmo e sem uma segunda preocupação. O que ela fazia? Porque chegava esse horário? Teria namorado?

Novo dia. Mesmo horário. Sentada à cama, de costas para a janela, sem sutiã, e tristemente, não foi possível saber se nua ou de calcinha, porém suas pernas estavam à mostra, roliças, pele viçosa, morena jambo, virou o rosto, sorriu:

-- Bom dia!! Porque sempre tanta presa.

Ele para, analisa, ela tomou a iniciativa, porque elas nunca faziam isso, porque sempre tinha que partir dos homens. Não que ele fosse lá muito tímido, nem comodista ou covarde, mas era bom, para variar, ser abordado. Ele simplesmente amava aquilo.Ele parou, no rumo da ampla janela, sorriu:

-- Horários né ? Disse ele meio sem graça. Droga!!! Porque não se consegue pensar em algo inteligente, nessas horas, ele fazia coisas gigantes no seu dia a dia, porem numa hora dessas. Ela ali, tranquila, passava creme no corpo. Sentada à cama, agora lateralmente a ele, perna encolhida, nádegas afundadas no colchão, braço tampando o seio lateralmente. Ao mesmo tempo que se permitia estar ali, nua, permitia-se ser olhada, sem pudor, não mostrava nada.

-- E você esta chegando ?

-- Sim, sou gerente de um bar. Trabalho a noite toda supervisiono o abastecimento e limpeza e venho descansar. E você o que faz?

Ela continua ali, nua, se alisando. Agora, passa creme nos ombros, da para ver a lateral do seio, é lindo, empinado e médio. A calça dele vai estourar. Mas a conversa flui entre o formal e o leve. É estranho ele custa acreditar no que vê. Adora mulheres sem pudor, mas ao mesmo tempo se pergunta, o tempo todo, se aquilo seria um convite ao sexo animal, sem muita conversa, ou simplesmente era seu jeito mesmo.

-- Sou empresário, software, educação, vendo sistemas. Era o jeito mais simplório de explicar o que ele fazia, siglas e sopa de letrinha com jargões em inglês nunca ajudavam.

-- Humm mesmo !!! Você tem cara de inteligente. Nerd. Deve ser muito bom no que faz.

Ela se levanta, para pegar outro creme, sim. Fato confirmado. Ela esta completamente nua e se desloca sem presa pelo pequeno quarto, para em frente à prateleira, pensa, escolhe, o despudor assusta, inibe, ele chega a pensar em não olhar. Mas só pensa. O olhar esta fixo e quando se percebe esta com meio corpo quarto adentro. Onde ela esta o sol não chega, a visão não é tão clara, mas é linda.

-- Que nada, fosse eu inteligente a esta altura da vida não precisaria mais trabalhar. Sorri. Olha o relógio, maldita reunião, precisava ser tão cedo e com um cara tão chato com horários.

-- Querida papo esta ótimo, mas tenho que ir. Podíamos nos ver a noite ?

O idiota, esqueceste que ela trabalha a noite? Bem foi o que deu para ensaiar, olhando aquele corpo nu ali tão pertinho e tendo que sair correndo.

-- Ela sorri, sim. Você pode ir ao meu bar e se tiver um tempinho, sento com você um pouco.

-- Ótimo. Ela passa a mão em uma toalha, se cobre parcialmente chega à janela e entrega um cartão. Ele meio atrapalhado, devolve outro. O dia segue.

São 22:00 o expediente se encerra, na universidade onde ele exerce uma de suas atividades. Ele esta cansado, mas não o suficiente, para dormir sem vê-la.

O lugar é perto, no meio do caminho entre a Universidade e o condomínio, lugar gostoso, arejado, mesas ao ar livre, muitos estudantes, gente bonita. Ele rodeia, corre os olhos, aqui e ali, finge procurar uma mesa, mas é a ela quem procura. Hummm lá esta ela: vestida , dessa vez. Produzida. É mais bonita do que parecia. Ela o vê, acena.

Pronto, agora pode se sentar. O lugar esta cheio. Gente jovem, bonita. É dia de semana, são quase 23:00, as pessoas bebem e comem animadamente como se não tivessem hora para acordar.

Talvez não tenham. Ele por sua vez cansado, passou por ali, só para manter o combinado. Pediu algo para beber. Ela passou, para lá, passou para cá. Parecia atarefada. Em uma das passagens sentou-se:

-- Nossa, hoje tá mais corrido que o normal, desculpa por lhe convidar e não conseguir lhe dar atenção.

-- Que nada, passei para dizer oi.

-- Tô destruído. Vou “nanar”. Disse ele brincando e sorrindo.

-- Que bom. Queria poder ir “nanar” também. Disse ela com cara de cansada. Levantou-se, deu lhe um beijo, demorado e carinhoso no rosto e desejou boa noite e saiu.

Até que enfim sexta. Mesmo horário. A janela esta fechada, nem sinal dela. Será que disse algo errado? Fiz algo errado? Deixei de fazer algo? As perguntas ficam durante o dia. Pessimismo impera, “perdi o time, nunca mais a terei”, pensa ele.

Chega o sábado. 08:30, ele acorda. Usava um short de algodão, tipo de dormir, curto, folgado ele abre a porta e a janela a porta, olha para fora, não vê ninguém, tira o short, entra ao banho. Do banheiro dele, através da porta, é possível avistar a lavanderia, de uso comum. Ele a vê chegando com um sexto de roupa, um pequeno short de cotton preto, apertado, poupa saltando e topzinho (provavelmente sem sutiã) ela se põe de quatro, para colocar o pesado sexto ao chão.

A visão é maravilhosa, ele não se contem, a mão trabalha arduamente, com força, com barulho. Entre ele, dentro do banheiro, e ela, lá fora no tanque, existem não mais do que quatro metros de distância. O local é de extremo silêncio, ela poderia ouvir, mas isso não o preocupa, ela poderia ver? Ele não sabe, nunca esteve lá naquele ângulo e olhou para dentro de seu próprio banheiro.

Ela deixa o cesto e se virá, ele não se contém, puxa a toalha, desliga o chuveiro e caminha em direção à porta que fica a menos de um metro de onde ela passaria. Ela o vê, estão praticamente frente a frente, a distância é muito menor do que quando passará na janela do quarto dela. Não há janela, ou parede para atrapalhar não houve tempo para se enrolar na toalha, e o resto de pudor e juízo que ainda resta na cabeça dele, faz com que ele pelo menos coloque a toalha, na frente da parte crucial.

Ela olha, com tranquilidade, primeiro nos olhos, corre os olhos sutilmente de cima abaixo, e diz: Bom dia!! , sem nem sequer se ruborizar. O coração parece querer sair pela boca, os instintos mais primitivos correm pelo cérebro dele, uma vontade saltar sobre ela e destroça-la em beijos e mordidas, enquanto a penetrasse ali mesmo.

Ela segue pelo corredor. O cesto de roupas ficou. Dezenas de duvidas circulam com tamanha velocidade: Voltaria? Dessa vez ele teria coragem de atender aos seus instintos mais obscenos e profundos e fazer o que seu inconsciente pedia: Mostrar-se totalmente, afim de entender se aquele sorriso e aquele rosto de “vi nada demais” mudariam. Ela se chocaria? Riria? Sairia correndo? Pularia para cima do penis vibrante e o engoliria? Essa ultima, porém mais improvável era a vontade dele.

Ele deixa de tentar responder as perguntas e se senta, na cama, joga a toalha de lado, e manda a mão com força, houve passos, procura a toalha e em meio a isso, ouve uma voz com uma cabeça na janela:

-- Voce fuma né? Ele assenti com a cabeça. A toalha cobre o essencial, mas ele não tem ideia do que ela viu.

Ela passa da janela para a porta: -- Pode me arrumar um cigarro? Ele aponta para um criado mudo na cabeceira da cama, onde estão cigarro e isqueiro. Ela adentra tranquila, pega o cigarro, oferece um a ele, ele aceita, ela acende o dela, passa o cigarro e o isqueiro a ele. Ele sentado à cama, solta a toalha em cima da parte principal, e usa as duas mãos para atender o cigarrocontinua...

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Comentários

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Sou bi e esse foi um dos contos mais excitantes que li aqui. Me masturbei gostoso imaginando os dois. Continua, cara.

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