Gente tô postando do celular para não deixar vocês sem nada. Só que está mega complicado, peço desculpa por não dialogar com todoa um por cada um, mas desta vez não deu. Juro que eu tentei, mas apagou tudo aí pra não acontecer de novo eu vou responder vocês na próxima. Outra coisa, agora a história está ficando mais tensa, quem não curti mil perdões, porém não posso mudar o teor da história. Sem mais enrolamento segue o próximo capítulo e boa leituras meus amores!!!
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Começando o primeiro dia da aula fui entrando com a Ju rumo à sala, vi todos focarem um pouco na mudança, mas meu êxtase em ver aquela alegria tinha acabado já. Para mim neste momento a melhor coisa seria entrar na sala, pegar meu fone de ouvido e escutar música eternamente. Por que você acha que eu estou neste climão? Bom, nem eu sei. Hoje na real é aquele dia que você acorda, mas que na realidade você queria que não tivesse nem existido.
Vocês já estão me acompanhando á bastante tempo pra saber que eu sou meio bipolar, ás vezes eu sou meio que por vontade própria acredito, porém, tem outras que aparenta que vem de dentro do meu ser e que não consigo controlar. Então, especificamente hoje é este dia no qual eu não sei da onde venho este outro Carlos.
Foquei no meu fone de ouvido logo quando sentei na minha cadeira, já sabia que hoje ia ser aquela ladainha de volta que seria nada menos os professores explicarem o novo conteúdo que será passado neste semestre. Bom, todo mundo adentrou a aula do professor e começou a fazer suas anotações, menos eu claro. Mas, uma das coisas que notei era que o Ian ainda não tinha entrado na sala, para ser especifico tinha se passado 20 minutos de aula e nada dele. Eu queria ter o visto chegando, queria saber se ele iria me encarar sabe ou se viria vir falar comigo, mas vi que hoje ele não viria.
Talvez então seja isto, talvez eu já tenha pressentido que o que eu queria que acontecesse não iria acontecer. Ás vezes eu tenho o dom de adivinhar coisas negativas antes que elas aconteçam e querendo ou não, pra mim a falta da presença dele era negativa.
Demorou muito para que a hora passasse e eu pudesse ir embora para casa, nossa demorou de uma forma no qual eu não tinha paciência para aguentar. E mesmo assim quando cheguei a casa não me sentia tão bem. Para tentar amenizar a situação eu fui treinar, deu até que meio aliviada, mas não foi por completo tanto que quando retornei para casa a primeira coisa que fiz foi deitar-me ao sofá e colocar na Cartoon e assistir desenho eternamente.
Depois de chegar do trabalho o Marcos foi para o quarto se trocar e disse que tinha uma festa para ir à casa de um amigo. Fiquei indignado porque sinceramente, quem é o louco que da festa em plena segunda-feira? Mas, ele ficou meio indeciso e pediu para que eu subisse e ajudasse ele a escolher a roupa já que eu não estava fazendo nada da vida.
- Ei prefere este short ou esta calça? – Ele falava me mostrando em quando vagabundeava pelo quarto de cueca branca.
- Mano, acho que o short cairia bem, está meio calor hoje e aproveita que você tem pernas bonitas pra mostrar pro povo.
- Todo mundo fala das minhas pernas, porque Deus?
- Porque elas são bonitas besta e deveria aproveitar mais isso.
- Tá bom então. Eu vou com esse short, bermuda ou qualquer coisa que se chame isto. Mas, me diga se devo ir com essa blusa branca ou com essa estampada. A branca né?
- Meio óbvio, combina mais. Deixa-me só pegar no meu quarto um colar que vai ficar legal com a roupa, aí você vai ficar gatão para suas garotas.
- Quem vê pensa que elas tão ligando pra roupa né, já minha beleza convence qualquer uma.
- Menos Marcos, menos. – Disse indo para o meu quarto.
No final ele usou todo o look no qual preparei e sinceramente se ele não fosse meu irmão eu teria me apaixonado certeza por ele. Afinal de contas, ele é muito lindo! Acabou que ele foi para a festa e eu fiquei em casa esperando o Caio e o papai chegar. Caio tinha saído não sei pra onde e o nosso pai ainda não tinha voltado do trabalho.
Não sei em qual momento eu dormi, só sei que acordei com o barulho na porta de casa atrás de mim, barulho esse que foi muito forte de gente batendo nele. Olhei para o relógio e vi que era 02h30min da manhã, fiquei indignado porque meu pai e nem o Caio chegou. Com medo de ser algum assaltante eu fui devagar até a porta para vê, mas o que me deparo é com o Marcos caído no chão meio que dormindo. Pelo o que aparentava ele estava bêbado. Santo Deus seja este que fez meu pai não chegar agora em casa, porque se ele visse esse menino no estado que eu estou vendo eu juro que ele teria matado o Marcos.
- Ei Marcos. Acorda mano! Você está no chão da sala.
- Oi cara, eu estou na onde?
- Mano se está no chão, levanta e vamos para o seu quarto.
- Quero ir pra casa não cara, não estou a fim de ficar lá não.
Que bosta, pra melhorar estou vendo que ele esta falando coisa com coisa, vou ter que tentar levar esse brutamonte pra cama o que vai ser complicado. Mesmo que eu ando treinando eu nunca vou chegar ao corpo do Marcos nem do Caio, eles estão treinando a muito mais tempo que eu e eu não aguento carregar de jeito nenhum ele sozinho pela escada, não se ele facilitar o que não esta acontecendo.
- Cara já disse que não vou pra minha casa, não quero ficar lá meu me deixa aqui na areia em paz.
- Eu sei que você não quer, mas não da pra ficar aqui.
- Porque não dá?
- Porque é perigoso, vamos então ficar ali em baixo.
- Tá bom, então eu fico ali. – Ele tentou se levantar rumo ao novo lugar da “areia” que ele se encontrava, mas precisava que eu ajudasse um pouco. Onde então passei sua mão no meu ombro e fui levando ele rumo as escadas.
- Ei, porque vamos subir no lugar do salva vidas?
- Só para você descansar melhor lá em cima, melhor do que aqui na areia.
- É verdade mano! Ei cara, posso te contar uma coisa?
- Acho melhor você dormir aí depois você me conta. – Pensei que fosse a melhor coisa a dizer, afinal ele nunca me contou nada então acredito que não era comigo que ele queria se abrir. Mas, pelo que eu estou vendo meu irmão está precisando de ajuda faz tempo e ninguém nunca percebeu que ele esta mal com algo.
- Beleza, mas estou pensando aqui que essa areia tá me incomodando. Sabe se tem chuveiro lá no quartinho dos salva-vidas?
- Tem sim. – Com certeza ele precisava de um banho, gelado de preferencia.
- Oba, eu vou aproveitar certeza!
Chegamos ao banheiro e disse para ele que ele iria precisar tirar a roupa e tomar banho sozinho, disse que o máximo que eu podia ajudar ele era até ali. Mas ele acabou deitando debaixo do chuveiro e não fazendo nada a não ser ficar parado chorando. Puta que pariu velho, por que o Marcos foi inventar de ficar bêbado meu, não sabe se portar em uma festa. Pior ainda é ver que ele não vem com ninguém e sim que voltou sozinho. Cadê seus amigos nessa hora?
Falei para ele que iria ajudar ele, que precisava que ele colaborasse o que ele concordou. Tirei a blusa e a calça deixando ele somente com a cueca na qual eu tinha visto ele antes de ir à festa. Liguei o chuveiro e deixei a agua cair sobre o corpo dele. Ele encostou a cabeça na parede e me puxou para perto dele.
- Ei Marcos, está machucando meu braço. – Falei, pois a força no meu braço estava forte demais.
- Eu só queria dizer para você não sair daqui, você está me fazendo bem cara.
- Tá bom, só não força tanto sua mão.
Ele aparentou entender o que eu disse e amenizou a força, mas não me deixou sair debaixo do Box com ele. Eu querendo ou não estava ficando constrangido, o papai ou o Caio poderia chegar a qualquer hora e eu estava no banheiro com o Marcos bêbado falando asneiras com uma cueca que antes era branca e agora esta transparente, mostrando tudo no qual nem em sonho eu queria ver de um de meus irmãos. É feio você encarar algo de um membro da sua família, mas eu encarei e me repudiei por fazer aquilo, pois não devia.
- Posso falar uma coisa cara?
- Você devia só tomar o banho e depois sair. – Disse tentando fugir do assunto.
- Bom, não me julga cara porque nem sei quem você é sabe. Mas eu preciso desabafar com alguém porque nunca falei com ninguém disso.
Se você nunca falou então não me conte, por favor, por favor. – Pensava, pois não queria saber nada que não me devia saber.
- Olha vou falar por falar mesmo porque não aguento guarda isso. Eu só sei que queria muito dizer pra meu irmão que queria ficar com ele. Que queria sei lá ter algo com ele sabe. Eu sei que é errado cara, não me julga, não pensa asneira de mim por causa dessa merda de incesto no qual existe, mas custou pra eu tentar para de pensar nisso. Custou pra caralho! – Eu sinceramente não acreditava no que eu estava ouvindo, eu não podia estar ouvindo aquilo! Ele não pode estar falando de mim, diz que não é de mim que ele está falando Deus. – Eu dei graças a Deus que ele viajou sabe, ele foi curti lá na tia e eu poderia esquecer um pouco ele. Dei uma afastada dele porque ele estava curtindo um carinha e eu estava com inveja que eu queria que ele curtisse comigo. Mas, esse filho da puta veio logo a ser meu irmão meu, ele tinha que ser meu irmão? – Ele falava aos choros. – Cara só sei que eu queria ele mano, não sabe o tesão que ele me deixa. Nunca transei com cara meu, mas já comi várias garotas pensando em como fuderia ele e eu não sei o que eu faço mais. Só sei que eu estou cansado. – Quando ele terminou de falar isto ele meio que capotou pro lado, eu corri pro pescoço dele pra ver se tinha acontecido algo, mas acredito que o peço que ele carregava era tão grande que depois que ele contou para o falso estranho ele não aguentou e capotou de sono debaixo do chuveiro mesmo.
De todas as reações a minha naquela hora era a pior. Eu estava estático, olhando ele parado todo encharcado, caído debaixo do chuveiro. Eu não estava sentindo nojo dele por ter falado aquilo tudo, eu estava mesmo era com dó coisa ao qual eu não queria que desejassem para mim. Como pode uma pessoa carregar todo esse segredo há tanto tempo? E sinceramente eu não sei se ele vai se recordar do que aconteceu aqui, eu não sei, mas pode ser que amanha ele lembre que falou tudo isto para mim. E o que eu farei se ele lembrar? Que cara eu fico com ele sabendo que contou o que não era pra contar, justamente pra pessoa que não devia?
Criei forças depois de um tempo e parei de pensar e tentei tirar ele do Box. Foi uma guerra, mas consegui carregar ele um pouco depois de muito esforço. Deitei-o na cama e sequei ele para que ele não pegasse um resfriado, depois tirei todo o lençol que encharcou quando o coloquei na cama e juro Deus que não foi por mal, mesmo sabendo de tudo, juro que não foi por mal, mas que foi preciso que tirasse a cueca dele para colocar outra.
Eu não podia julgar ele pelo o que ele pensasse sobre mim, por que afinal eu estava encarando o membro dele de uma forma no qual eu não encarava. Desviei totalmente numa pressa para pegar outra cueca no armário e colocar nele.
- Ei Carlos, o que está acontecendo. – Ele disse meio zonzo.
- Eu – travei na hora ao dizer. – eu estava pegando uma cueca para ti e um short.
- O que? – Ele meio que levantou a cabeça com tudo e viu que se encontrava nu, mas levou a mão a cabeça correndo por ter sentido uma pontada. – Puta merda, o que eu fiz?
- Você chegou meio bêbado só e eu te dei banho. – Ele estava ficando com o membro rígido e acredito que eu estava encarando demais a transformação e não podia notar.
- Ei me passa a cueca. – Eu meio que entreguei as presas e desviei o olhar na hora. – Valeu pela ajuda mano e desculpa por hoje.
Ele foi falando e dizendo que não se lembrava de nada, mas que sabia que tinha bebido muito. Dei graças a Deus por ele não se lembrar porque assim amenizava um pouco a situação.
- Que isso no seu braço?
- Oi? – Falei em meu desvaneio.
- Seu braço Carlos, está roxo.
- Bom, foi você mano. Estava um pouco alterado.
- Puta merda Carlos! Foi mal maninho, juro que foi mal. Eu jamais queria ter feito isso na minha vida sério.
- Eu sei mano! Não se preocupa que eu sei. Eu vou ir pro meu quarto está bem porque eu estou cansado e tem aula amanha. Você eu acho melhor carregar seu celular pra não perder a hora do trabalho.
- Puta merda, tem isso ainda. Mas está bem, valeu pela ajuda e desculpa mesmo por hoje.
- Não foi nada, bom descanso.
- Pra você também maninho.
Juro que tentei dormir, mas estava complicado de lidar com os meus pensamentos, com o que eu tinha escutado hoje. Eu sinceramente não sei como olhar para ele agora e o pior de tudo é que eu o vi nu. Outra coisa ao qual acredito que nem deveria ter acontecido. Eu só sei que perdido entre esse meu contexto de pensamentos dormi só por volta das 05h00 para acordar 05h35min.
De resto do dia nem quero comentar nada hoje porque acredito que já aconteceu coisa demais para se falar. Vou me trocar e estudar pois é o que ganho mais.