Quando minha mãe morreu, eu passei a morar com minha avó em vez de meu pai. Por ser uma criança e ele ser uma pessoa que nunca se mostrou realmente preocupado com minha educação, minha avó era a opção óbvia. No entanto, conforme crescia, meus desejos latentes por homens começaram a se exteriorizar no meu comportamento transgressor que não conseguia obedecer a regra obtusas da minha avó ditatorial. Odiava a forma como ela falava de minha mãe, até odiava a forma como ela tratava meu pai nas esporádicas vezes em que ele veio me visitar. Por isso, quando levei um garoto para casa em um dia qualquer era minha forma de vingança interna, do qual eu me dei mal. Ela houvera chegado cedo, encontrara-me beijando o menino, já puxando a bermuda dele e nesse dia, com as roupas do corpo, fui posto na rua, sendo chamado de desvairado, pois eu não contaminaria a casa dela como minha mãe fez.
Assim, após passar uma noite na rua, já que nem um amigo meu conseguiria explicar aos pais do porquê dormir lá, mas ao menos eles me emprestaram dinheiro e me deram comida, resolvi procurar a única pessoa que poderia dar guarida.
Era algo muito estranho ir atrás de um pai que mal via para pedir que eu ficasse com ele após ser expulso de casa por ser gay. Nem sabia que argumentos usaria. De certa maneira eu tinha medo da reação dele. Não posso negar que estava com pena de mim mesmo, mas eu também estava com raiva, e com fome. Aquela velha que tinha saudades da ditadura nunca fora uma pessoa boa para mim, era para ele ter ficado comigo, mas nem quando minha mãe estava viva ele realmente houvera sido presente. Porém, das poucas vezes que ficamos juntos ele houvera sido divertido… Estava tão desnorteado, meu pai era a única opção.
Não foi tão fácil encontrar seu novo endereço. Depois de algumas tentativas de contatá-lo, consegui conversar com ele e ir para sua casa, localizada em uma rua movimentada, com a noite bem famosa.
Já estava decidido de que não esconderia minha homossexualidade a ele nem a ninguém. Ao chegar lá, estava um pouco fedido, já que não trocara de roupas por dois dias, e um encarei com certa provocação. Já ele me recebeu com olheiras, sonolento e voz rouca. Cheirava a cerveja e perfume barato. Mandou-me entrar no apartamento pequeno, com cheiro estranho e bagunçado.
“Tá, não sei o que tu aprontou, mas tudo bem você ficar aqui”, ele disse esfregando a cabeça raspada, “Mas espero que tu saiba se virar. Por que eu não vou ficar fazendo as coisas para ti, não”. Balancei a cabeça, torcendo os lábios como se desdenhasse dele, mas por dentro estava tremendo. “Se tu tiver com fome arranja uma coisa aí para comer, faça aí. Tem fogão. Tem máquina de lavar, televisão… Ah, se tu for aprontar, não venda minhas coisas”.
Papai cambaleou, esfregando os olhos e foi para cozinha. Observei a sala, enquanto ouvia-a escarrar. Realmente era um lugar pequeno. E perfeitamente um apartamento de homem. As cores eram frias. O sofá negro. A estante onde ficava a televisão e o DVD era uma bagunça, cheia de filmes pornôs héteros, com aquelas mulheres de bundas enormes, loiras, morenas. Ainda havia revistas, desdes as mais óbvias como a SEXY, Playboy, mas também outras meio obscuras onde haviam imagens de sadomasoquismo, zoofilia. Com tudo isso, reparei que no sofá negro havia manchas por toda parte. E embalagens de camisinhas podiam ser encontradas nos cantos, negligenciadas.
“Meu pai é um pervertido”, ri inseguro.
Adaptar-me àquele lugar foi mais fácil do que pensei. Pela janela eu me divertia observando a vida noturna. Naquela rua havia dois inferninhos, e sempre ocorria briga entre as prostitutas, era tipo gangue. Nem uma prostituta de um estabelecimento podia cruzar a rua onde ficavam as prostitutas do outro estabelecimento. Mas sempre havia uma que fazia a linha ousada e começa a confusão.
Além do mais, meu relacionamento com meu pai se deu de forma muito natural, até demais. Talvez por eu começar a compartilhar a mesmas roupas que ele, já que possivelmente minha avó poderia ter queimado as minhas, meio que talvez nos tenha tornados duas pessoas em comum. Era estranho chamá-lo de pai, depois de tanto separados ou um vínculo forte, mas nos dávamos bem até esse momento. E por deus, ele era tudo aquilo que eu gostava em uma pessoa, ele não tinha noção da linha existente entre o bom tom e a perversão. Talvez ele nunca tenha se preocupado, ainda mais trabalhando em dos inferninhos existentes na nossa rua. E isso explicou bem seu estilo malandro de ser.
Comecei a reparar ainda mais nele. A forma como andava era muito diferente de qualquer homem. Eram passos confiantes, com movimentos másculos porém com um balanço sensual. Parecia um leopardo, e os olhos de onça em júbilo por ter uma presa tão fácil para si. Sem falar que seu corpo era muito bonito. Ele tinha um metro e setenta e oito. Sua pele morena com um brilho que parecia ferver. As rugas de seu rosto eram perfeitas para exalar a virilidade de um homem, mas seus lábios finos, que ao sorrir formava uma linha, não enganava a ninguém, havia muito safadeza naquele sorriso. E seus músculos, eram magros, mas detalhados, bem definidos, que me lembrava muito Davi de Michelangelo, só que com tatuagens de mulheres nuas, caveiras e armas.
Apesar de nos relacionarmos bem, eu não havia contado a ele que era gay. Dentro de mim já estava tudo certo com isso, na escola eu não escondia de ninguém, todos sabiam e na rua não tinha vergonha de abraçar meus amigos e até beijá-los. Porém quanto ao meu pai, dizia para mim que eu não iria impor esse momento, assim como começamos a nos dar bem de forma natural, diria a ele da mesma forma, naturalmente.
Até que chegou o dia.
Eu estava esparramado no sofá, batendo uma punheta alucinótica assistindo aqueles filmes dele, quando eu tomei um susto com ele fechando a porta sorrindo para mim. Não sei como eu não havia percebido o som da chave, mas tomei um susto tão grande que cai do sofá arfando. Papai balançava a chave, com aquela cara de um tarado que atrapalha as punhetas dos outros.
“Só gozando para essas bucetas. Não é, criança?”.
Ouvindo aquilo, mordi irritado meus lábios, puxando a bermuda e apertando o cinto, já que eu era muito mais magro que meu pai, e suas roupas eram mais largas que eu.
“Não quero atrapalhar”, ele dizia pacificador, “Essas putas merecem uma homenagem de crianças”.
“Eu prefiro os paus”, resmunguei desligando a televisão.
“O que você disse”, ele questionou, desfazendo o sorriso, confuso.
“Eu prefiro o pau de macho do que buceta”, respondi desafiador.
“Ah… então foi por isso que aquela velha te expulsou de casa”, papai respondeu tirando a camisa. E merda, eu ficava meio balançado quando via meu pai tirando a camisa. Meu corpo esquentava ao vê-lo puxá-la pela cabeça, a forma como seus músculos se movimentavam e a cueca que aparecia.
“Então é melhor e sair logo, não é”, afirmei trêmulo, por ter me excitado, mas também pelo nervosismo de revelar isso a ele.
“Tenho problema com isso, não… Quem tá dando o cu é tu, não eu”, ele respondeu displicente para minha surpresa.
Viver junto ao meu pai era uma liberdade quase anarquista. Não havia regras com ele. As vezes ele me levava ao trabalho dele, e de longe eu admirava aquelas prostitutas dançando para os homens sedentos por elas. Gostava do suor, da sujeira e até da música brega sensual. Bebia as cervejas e fumava um pouco. Andava por aquelas ruas de paredes pichadas, e até conheci algumas drag queens.
Eu sabia também que meu pai ganhava dinheiro de outras formas além daquele inferninho em que ele trabalhava. Pelos telefonemas não era nem preciso questionar. E de vez enquanto ele levava alguém também para o apartamento. Mas a primeira sempre é inesquecível, e é aquela que nos faz querer mais quando gostamos.
Eu dormia na sala, como só havia um quarto. Já era alta madrugada quando escutei o som da mulher gemendo. Curioso, dando passos de pano, tive a alegria de ver a porta aberta do quarto. A mulher tinha um corpo bonito até, mas a cara destoava, coitada, a bunda compensava a falta de beleza facial. E ela estava de quatro sobre a cama, nua, enquanto meu pai sem camisa, chupava a boceta dela com tara.
Homens excitados, excitam. Homens que tomam o controle da situação, excitam. Homens que estão ali para se satisfazerem do seu corpo, nos faz gozar. E era assim como papai fazia. O movimento de seus dedos, de seus braços, a expressão do seu rosto demonstravam que aquela mulher estava excitava-o, estava sobre o seu controle e que estava ali para satisfazê-lo.
Ele esfregava seu rosto entre as nádegas dela, seus dedos marcavam sua pele, e ele arfava como um caçador saboreando sua caça. Quando ele levantou-se, olhando-a de cima, arrepiei-me todo ao ver que ele puxava o botão da calça e abria o zíper. Como estava sem cueca, já dava para ver o volume de seu pau duro, mas vê-lo pular para fora, que pulou foi eu, tamanho a força que meu cu piscou.
Não aguentei, corri para sala, desnudei-me e comecei a me masturbar com muita força. Ouvi os gritos da mulher, o som de encontro de carnes, do corpo chocando contra corpo. E eu gozava sem conseguir parar de bater punheta. Acho que fiquei exausto antes dos dois, pois eu continuei escutando o som da mulher gemer, dos tapas, e do sussurro grosso de papai após ter gozados algumas vezes.
Acabei cochilando, e finalmente a casa estava em um silêncio. Só ouvia o som da rua. E tinha uma vontade enorme de mijar. Corri para o banheiro, reparando que a porta do quarto dele estava fechada.
Ao entrar no banheiro tomei um susto ao ver meu pai nu, com o pau meio bomba, esfregando o nariz. Meu cu piscou outra vez, com a visão daquela glande roxa, brilhando, com um fio de baba escorrendo. Sem falar que o pau dele era longo, com tons mais escuros que a pele do corpo, os pelos aparados, o pau dele era o grande destaque daquele corpo. A base bem grossa que afinava até a cabeça. E quado movimento que ele fazia, aquele pau de cavalo balançava obscenamente para mim.
Sem importar-se de ser pego naquele estado, papai, fez um aceno com cabeça para mim, dando espaço para eu entrar. Cheirava a cigarro, cerveja e lubrificante. Sem jeito, eu meu postei diante ao vaso, meu pau latejando na cueca, reparando pelo canto dos olhos ele jogar o papel no cesto.
“Tô com uma gostosa, aí”, ele comentou quando ia saindo do banheiro, “Reparei”, disse, tentando disfarçar meu pau duraço, “Quer lá não?”. Eu ri sarcástico, revirando os olhos. Papai, esfregou o nariz nos ombros, observando-me um pouco tonto, obviamente alterado, “Que foi”, “Acho que nesse restaurante, eu não entro”, respondi.
Papai se aproximou de mim, como um leão faria ao ver a caça que as leoas do bando havia conseguido. Ele pôs a mão na minha nuca, escorreu-a por minhas costas. Senti seus dedos quentes, firmes, na entrada da cueca, bem no meu rego.
“Ah é”, exclamou tirando a mão de mim, “É disso que você gosta”, ele ilustrou a frase segurando a base do seu pau e o batendo contra a palma da outra mão.
Tremendo, fiquei observando aquele pênis, que podia sim ser chamado de caralho, como se fosse alguém que passou um ano no deserto e tinha a sua frente uma garrafa com água bem gelada.
Papai suspirou, o pau mais endurecido, balançando enquanto andava, naquela sua forma de caçador, de volta para o quarto, deixando-me com o meu na mão, pronto para mais uma punheta.