- Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Julianne – me poupa Miguel, pelo menos hoje esquece essa nerdice, ainda nem começou as aulas e acho que você já leu o vade mecum inteiro.
Miguel- na verdade sim.
Juliane olhando com cara de tédio.
Miguel- brincadeira.
Juliane ri.
Miguel- na verdade só metade.
Mais uma vez a garota olha com cara de tédio ao amigo.
Deixa eu me apresentar me chamo Miguel e sim sou um pouco exagerado com estudos, na verdade muito, tenho 17 anos e acabei de entrar na faculdade de direito, sempre foi meu sonho, sempre muito estimulado pela minha mãe que atuava na área, já minha irmã mais velha seguiu a carreira de médica, seguindo os passos de nosso pai. Tenho estrutura mediana já que sempre pratiquei natação, não tinha o corpo musculoso dos deuses gregos mais dava para o gasto, cabelos ondulados e ruivos e os olhos azuis da minha mãe, invejados por minha irmã que puxou para nosso pai.
Eu não era muito de festas mais ali estávamos nos na tão famosa calourada, Juliane tinha a mesma idade que eu e era uma menina linda e dócil, mais ao mesmo tempo quando ela ficava brava, saiam de perto.
Juliane: anda viado eu quero dançar.
Sim essa louca sabia da minha opção sexual e as vezes não controlava o que falava, o que me chateava as vezes.
Seu corpo escultural e longos cachos negros chamavam atenção de longe, juntos a sua pele morena, e era perceptível o quanto os caras faltavam babar enquanto dançávamos na boite.
Miguel: aqueles garotos estão só olhando para você.
Juliane: hoje eu não estou afim só quero curtir, mais acho que aquele outro está olhando para outra pessoa.
Ao olharmos para lá percebemos que os garotos falaram alguma coisa no ouvido do outro e em seguida eles vinheram em nossa direção.
Um era Luan, ele tinha cabelos negros cortados em um estilo geek, usava óculos um pouco quadrados mais que modelavam bem ao seu rosto, ele bem branca e corpo bem sarado, dava para perceber pois sua camisa faltava estourar, e tinha um sorriso de derreter qualquer coração, com certeza deveria ser um pegador nato, já o havia visto algumas vezes nesses primeiros dias de aula.
O outro garoto sim tinha um ar de galinha mesmo, começando pelo sorriso que de longe me chamou atenção mesmo, tinha um corpo forte também, porém menos que o Luan, tinha cabelos o olhos castanhos claros, pele branca levemente bronzeada, acabei olhando demais para ele que percebeu.
Acabaram chegando na gente e puxando assunto e nossa eles eram muito engraçados, ele se chamava Leon, não o havia visto ainda porque ele so havia ido no dia anterior para a aula, confesso que não sei porque mais fiquei feliz ao saber que seriamos colegas de classe, para com isso Miguel uma cara desses nunca olharia para você, acho que eles só estavam se aproximando pra chegar nas meninas, as quais acabaram de chegar na maior gritaria, fora Juh que era minha amiga de infância, chegaram Paloma e Bianca que conhecemos na sala de aula.
Já chegaram na maior algazarra, percebi até que os meninos ficaram mais animados e logo estávamos todos enturmados.
Eu não bebo nada com álcool, mais confesso que as meninas já estavam bem animadas, percebi que Leon também não estava bebendo, talvez estivesse dirigindo, bom éramos três meninos e três meninas, e como em toda festa chegou aquele momento que as meninas vão ao banheiro, serio mulheres só vão ao banheiro juntas.
Estava um pouco cansado então fui ao bar e acabei pedindo uma batida de laranja sem álcool, sai de leve enquanto os meninos comentavam algo entre si.
Perdido em meus devaneios percebi alguém se aproximar de mim e ao olhar aquele sorriso me encarava me fazendo ficar um pouco desconfortável.
Leon: posso?
Miguel: a vontade.
Leon: então o que está achando do curso, como não moro aqui só acabei vindo a aula ontem.
Miguel: apesar do pouco tempo estou encantado cada dia mais, sempre foi meu sonho ser um grande promotor.
Parece até mentira, falar de faculdade em uma festa, mais eu era assim, e parece que aquele garoto acertou bem se queria puxar assunto comigo.
Acabamos nos conhecendo um pouco melhor, ele tinha 25 anos e era de uma cidade vizinha, seu pai era engenheiro divorciado e criou o filho sozinho e com muito esforço o mandou para a capital para fazer faculdade.
Leon: então e sua namorada que não volta com as meninas.
Nessa hora tive que gargalhar.
Leon: eu falei alguma besteira?
Miguel: não, é que na verdade a Juliane é minha melhor amiga, estudamos juntos desde o infantil, ela é mais que uma irmã para mim.
Pode parecer coisa da minha cabeça mais acho que vi um sorriso um pouco diferente antes dele dizer
Leon: bom saber
Miguel: oi?
Leon: não nada só pensei alto.
Gente nessa hora ele corou, foi tão fofo, fofo? Espera Miguel, vai com calma não se ilude.
Até que um barulho nos chamou atenção, um tumulto se formou e todos já gritavam e pareciam querer separar uma espécie de briga.
Quando chegamos lá, era Luan, que estava aos murros com outro cara que acabou desrespeitando uma das meninas, rapidamente Leon entrou no meio para separar a briga e acabou sendo acertado e nisso não sei de onde tirei forças mais Leon já se preparava para socar o cara quando empurrei o garoto com toda a força que tinha e acabei me envolvendo na briga, todos me olharam com olhar assustado, logo eu que sempre fui pacifico.
Antes que tumultuasse mais fomos expulsos pelos seguranças, já lá fora a noite parecia ter acabado, como Luan estava um pouco machucado e bêbado Leon o levou para casa, no tumultuo só me lembro que fui com as meninas para casa de Bianca, acabei levando o carro e nessa confusão toda acabei adormecendo por lá mesmo.
Resumindo o domingo foi muito chato, as meninas estavam de ressaca e dormirmos o dia todo e depois ficamos assistindo filme.
Na segunda na faculdade acabamos passando direto para biblioteca Ju e eu.
Juliane: saco, começar a segunda já com trabalhos.
Miguel: para de reclamar.
Juliane: por falar nisso, como será que seu príncipe vai reagir hoje.
Miguel: quem, como assim.
Juliane: não ache que eu sou burra senhor Miguel, de longe eu observei o papinho de vocês, e aquela ceninha.
Acabei ficando muito vermelho nessa hora.
Juliane: se joga amigo, é o destino.
Miguel: o destino nunca está ao meu lado.
Depois de pegar o livro na prateleira e vira ao lado acabo trombando com uma muralha e me preparo para cair quando sinto braços fortes me segurando, e ao olhar para cima aquele sorriso me faz ter um mini atque cardíaco....
