Acordei animado, tinham recebido uma ótima notícia, o colégio de meu irmão recebeu um valor alto, pagando as mensalidades que estavam faltando e ainda por cima pagando mais um ano inteiro com tudo incluso, fora que minha faculdade foi paga também, as últimas mensalidades que estavam faltando. As únicas pessoas que ficaram sabendo disso era meu amigo Firmino e o Caleb.
Nossa, eu não podia acreditar, será que foi o Caleb que pagou tudo? Não poderia ser o Firmino que ele estava pagando pensão para sua filha, fora que foi uma quantia alta.
Foi o Caleb, tinha que ser ele. Me perfumei e tirei meu melhor casaco boyfriend do closed, iria passar na padaria e compraria um café expresso para ele, o mínimo que poderia agradecer. Estava indo para mostra todos os meus dotes e tomar coragem para dizer para o Caleb que gostava dele.
Estava sorridente e rindo com o vento, ganhei uma promoção e ainda por cima tudo estava indo bem, nada poderia estragar meu dia. Passei na padaria e comprei um sanduiche e um café expresso, ao pegar o elevador, estava sozinho e ao fechar das portas uma mão para as portas de fechar. Era Ele.
- Bom dia senhor Drummond. – disse ele com aquele sorriso perverso no rosto.
- Bom dia senhor Sollath. – respondi.
Disse para mim mesmo naquele dia que NADA, nem ao menos esse cão ia me irritar e me deixar para baixo. Lembrei da noite passada, não olhava nos olhos dele, também não queria, depois do meu beijo roubado aquilo ia termina ali. Parei o elevador.
- Depois do beijo de ontem. Tudo está acabado, não me venha com essa de quere roubar meus beijos. Posso ser gay, mais não ficaria com você por nada. – respondi.
Ele me olhou como se eu fosse um louco gritando na rua, depois passou a me olhar com indiferença e sua soberba de sempre. Riu, uma risada debochada.
- Senhor Drummond, estava apenas experimentando coisas novas, você não passa de apenas uma experiência, digamos assim. – ele pegou meu queixo, me fazendo ver seus belos olhos. – Quem decide se isso acabou ou não, sou eu, entendeu, gatinho?
Ele apertou o botão e saiu primeiro me deixado ali possesso de raiva, raiva maior a minha por deixar ele saborear esse meu desespero e não poder fazer nada para contra atacar. Quis dar um belo de um murro na cara dele, devido a tudo que estava acontecendo, ele realmente me tirava do sério.
Abri minha sala, onde toda estava bem arrumado, devido aos meninos arrumarem para mim, lá estava na minha mesa, um brande boque de rosas vermelhas e jasmim, com um belo bilhete entre as flores.
A sala estava toda perfumada, com o cheiro das flores. Abri o bilhete e comecei a lê-lo.
“Espero que tenha um ótimo dia no seu novo trabalho, sabia que gostava de rosas e jasmim e trouxe como presente de boas vindas.
Ps: Vai saber me agradecer sobre o colégio de seu irmão e sobre sua faculdade.”
Meu coração falhou uma batida, nossa isso me deu mais coragem para dizer para o Caleb que gostava dele e que era ele quem eu ia namora. Logo ao sentar vejo que abre a porta com um solavanco.
- Richard, já ganhando presentes. – disse Firmino com um copo de chá de camomila.
- Para, não sei quem foi que mandou. – respondi em minha defesa.
- Um admirador secreto. Como a pessoa sabia que gostava de rosas e jasmim? – perguntou Firmino tomando mais um gole de seu chá ajeitado seu blazer.
- Não sei. Mais gostei. – admiti para ele olhando novamente para as flores.
- Vim entregar uns relatório aqui para você e também avisar que o senhor Sollath está o convocando para a sala dele. – disse Firmino me entrega as papeladas.
- Esse diabo não me deixa. – bufei.
Fui ao encontro do Murilo, que estava conversando com um homem. Não abri a porta e fiquei sem quere ouvindo a conversa.
- Pai, sabe que eu prefiro morrer ao leva-la ao jantar, me faça trabalhar dobrado, anda nu no Alasca, mais isso não.
- Murilo, está nessa brincadeira com ela a mais de dois anos. Decida-se. Quero a resposta hoje, no jantar. – disse o senhor Magno.
Ao abri a porta deu logo de cara comigo. O senhor Mano era um cara bacana, pelo menos da forma como trabalho comigo. Ele abriu um sorriso e me abraçou.
- Feliz pela promoção, Richard? – perguntou ele me soltando.
- Muito senhor Magno. Espero não desagrada-lo com a promoção. – respondi ficando vermelho.
Ele riu, uma risada alegre como se tivesse feito uma piada. O olhei sem entender nada e direcionei o meu olhara para o de Murilo que ficou branco de uma hora para outra.
- Me desagradar? Jamais, pois não fui eu quem deu essa ideia, foi meu filho, Murilo. – disse ele saindo e batendo nas minhas costas. – Se cuida, meu filho.
Eu não acreditava que aquele filho da mãe, fez isso.
- Porque? – perguntei quase gritando com ele.
- O quê, senhor Drummond? – perguntou de volta.
- Porque a promoção, você sabe que não lhe suporto e você muito menos a mim. Porque de tudo isso? – perguntei cruzando meus braços.
Ele coçou sua cabeça e depois seu queixo da mesma forma quando está pensando em algo complicado.
- Porque sou seu chefe e justo, mereceu está neste cargo. Enfim senhor Drummond como meu secretario sênior, vou fazer uma viagem para fora do pais e preciso que viagem comigo, já avisei a sua faculdade e disse que estará repondo as aulas quando voltar de viagem. Passara uma semana comigo em Londres. – disse ele, colocando os projetos em cima da mesa e eu dando uma visualizada.
- Como, pera lá, estarei indo com você para o outro lado do continente e você diz que já está tudo resolvido? – perguntei de volta.
- Porque senhor Drummond? Sou um cara de negócios, tempo é dinheiro e preciso do melhor funcionário comigo nessa viagem, ou vou enlouquecer. E outra, eu botei você neste cargo, posso tira-lo. – ele me desafio a pedi demissão em outras palavras.
Poderia muito bem ter saído dali e pegado as contas, mais eu não fiz, mesmo com tudo pago, não seria louco de desapontar o senhor Magno, que para mim foi um pai, concordei com tudo silenciosamente, mais com a vontade de matá-lo ali mesmo.
- Esteja pronto, viajaremos sábado pela noite. Dispensando. – disse ele por fim.
Me virei e fui embora. Quase ao sair dali, eu vejo ele resmungando algo e volta a falar comigo.
- Drummond, quero um conselho seu. – disse ele, como se fosse uma ordem. – Sei que gosta de meninos, mais relacionamento e relacionamento. Não gosto dessa menina que meus pais me força a casar com ela, sabe muito bem que gosto de dar minhas puladas de cerca. – Ele completou isso com um sorriso safado e uma piscada de olhos. – O que devo fazer?
Respirei fundo e engoli um enjoo e o respondi.
- Diga para aquela menina que não gosta dela, peça desculpas e seja honesto não com ela, mais com você mesmo.
Julia era um garota patricinha, que muitas vezes chegava na minha sala na administração, pedindo para falar com o Murilo e sempre dava uma resposta atravessada nela. Era filha de pai rico, então já sabe, a petulância e arrogância eram sobrenomes daquela loira, dos olhos castanhos.
Ele pensou bem e por fim disse.
- Você vai me acompanhar no jantar a noite. Sem desculpas, pegarei você as sete.
- Não vou mesmo, primeiro não sou obrigado e segundo...
Ele me pegou pelas bordas dos blazer e me puxou para mais perto.
- Vai sim, ou todos vão saber que está se pegando comigo. Dando em cima de mim. – ameaçou ele.
Cretino.
- Não faria isso. – disse engolindo em seco.
- Teste para ver se não faria. Sua carreira está nas minhas mãos. Então as sete?