Gabriel... espera! Cap. 16

Um conto erótico de Mark
Categoria: Homossexual
Contém 2792 palavras
Data: 31/12/2016 17:44:46
Assuntos: Gay, Homossexual

Dormimos bem aconchegados e eu sonhei que o chão em baixo de mim se abria me tragando para dentro dele. Me agarrei ao corpo de Gabriel que ao meu lado descansava da longa noite que tivemos e foi reconfortante, sei lá. Voltei a dormir e acordei no dia seguinte com uma brisa suave e um barulho musical ao fundo.

À medida que eu ia despertando a musica ia aumentando e ficava cada vez mais próxima. Fui abrindo os olhos aos poucos e a cena que vi foi, no mínimo, inusitada: ele estava sentado na poltrona que havia em seu quarto, usando apenas um daqueles shorts de dormir (a barraca denunciava e o saco pendurado denunciava que ele trajava apenas essa peça), tocando violão e cantando "don't wait"... ahhh aquela musica! Era como uma ode à minha recente vitória sobre meus medos e receios em relação ao meu corpo e minhas vontades.

"A friend indeed, come build me up; Come shed your light, it makes me shine..." ele estava tão lindo concentrado e cantando tão absorto que quando percebeu que eu estava desperto sorriu em minha direção e cantou olhando em meus olhos, fazendo um arrepio atravessar meu corpo. Era mágico. Era real. Quando ele terminou aquela musica, nu como estava, caminhei em sua direção, tomei o violão de suas mãos, o coloquei de lado me sentei em seu colo, passei a mão pelo seu rosto, sempre olhando nos olhos dele, beijei-o da forma mais suave que pude, me afastei e sussurei "obrigado". Ele respondeu com um sorriso e voltou a tomar meus lábios nos seus, mostrando a que veio. Isso durou algum tempo até que meu estômago começou a falar um dialeto próprio.

- Opa! Acho que alguém aqui não anda muito satisfeito. - sorriu me fazendo esconder o rosto em seu ombro.

- Acredite, outras partes estão bem satisfeitas! - sorri travesso. Ele corou.

- Acho que você acordou tão hipnotizado pelos meus talentos musicais que nem reparou ao redor...

- Ei! Sou lá alguma naja pra ser hipnotizada com musica? - ele me olhou confuso.

- Não é não, mas eu tenho uma anaconda aqui que gosta de ser bajulada. - Gabriel disse isso me empurrando pra baixo, fazendo minha bunda ter contato direto com a anaconda dele.

- Opa! - rebolei em seu colo. Meu estômago roncou novamente.

- Acho que antes de qualquer coisa temos que amansar esse leão! - gargalhou me tomando pelas mãos e me levando porta à fora. Descemos até a cozinha que ainda continha traços de nosso pequeno jantar na noite anterior. Ele foi em direção à geladeira e parecia desapontado.

- Po, mano, nem preparei uma parada mais elaborada porque o plano era acordar antes de tu e comprar umas paradas. - sorri abobalhado com aquela preocupação.

Ele estava com o braço apoiado à porta da geladeira aberta e com a cabeça baixa. Caminhei até, abracei-o pelas costas, beijei seu pescoço e disse:

- Bobo! Deixa eu ver o que eu tenho aqui... enquanto isso, você poderia fazer a gentileza de ver como estão os moveis externos? - ele me olhou meio em duvida, deu espaço frente à eletrodoméstico e disse:

- Moveis externos? O que você tem em mente?

- Está um dia muito bonito pra não aproveitarmos esse espaço que você tem aqui. Algum problema? - perguntei inquisitivo.

- Não po, problema nenhum. É que a gente não costuma fazer isso. - disse sorrindo e se retirando em direção à parte externa.

Sim, eu estava fuçando a geladeira da casa de pessoas desconhecidas e não estava me importando muito com isso. Vi o que tinha na geladeira e separei o que achei mais apetitoso. Havia algumas frutas, achocolatado, geleia, queijo e suco, os quais eu separei e deixei sobre a pia. Programei a cafeteira e em seguida abri um pequeno armário de onde tirei algumas torradas e biscoitos, dispus tudo isso em uma bandeja e fui em direção ao jardim. La fora o sol estava alto, mostrando que o dia não poderia seria agradável e meus olhos se depararam com uma cena estonteante: Gabriel estava saindo da piscina, nu, com gotas de água caindo por seu corpo e vinha sorrindo em minha direção me fazendo perder os sentidos e por pouco quase deixando a bandeja cair.

- Essa sua cara me mata, mano! - sacudiu seu cabelo molhando fazendo gotas de água voarem em minha direção, fazendo Gabriel sorrir divertido. Ele tomou a bandeja da minha mão, colocou-a sobre a mesinha de ferro típica de jardim e nu como estava veio em minha direção e beijou-me. O contato com a pele dele recém resfriada pela agua me fez arrepiar de tanta excitação e me tirava o fôlego. Ele finalizou o beijo me puxando em direção à mesa.

- Po mano, valeu pelo café!

- Viu sr. apressadinho... é só ter um pouco de paciência que as coisas se ajeitam.

- Hehe - ele gargalhou - tenho outra coisa aqui impaciente pra se ajeitar. - e piscou pra mim.

- Mas gente! Vamos com calma, moço?!

- Ta certo, ta certo. Vamo primeiro recuperar as energias.

Terminamos o café em meio a muitas gargalhadas, brincadeiras e piadas de duplo sentido feitas em sua maior parte pelo Gabriel. Eu me sentia bem como há muito tempo não sentia e torcia pra que meu irmãozinho estivesse bem em casa, afinal meu celular estava na bolsa e eu ainda não queria liga-lo e estragar aqueles momentos. Despertei dos meus pensamentos com um banho que tomei. Gabriel havia pulado na piscina jogando água para todos os lados e ria divertido da minha cara de "não entendi". Lá de dentro ele me chamava para aproveitar o sol.

- Vem Mark... não era você quem queria aproveitar o lindo dia aqui fora? - perguntou desafiador. Ponderei por alguns instantes e decidi me juntar a ele no mergulho. Pulei na piscina indo ao encontro dele, sorri e falei que ele estava um menino muito travesso. Ele, por outro lado, apenas sorria, como se estivesse mesmo se divertindo com aquilo tudo. Veio se aproximando e eu fui chegando para trás, até que bati as costas na borda da piscina e não tinha mais escapatória. Gabriel, se valendo de artimanhas já velhas conhecidas, prendeu-me entre a parede da piscina e seu corpo colocando cada um de seus braços ao lado do meu corpo.

- Ei, e pra onde o mocinho pensa que vai?

- Eu mesmo nem ia pra lugar nenhum. - ele me olhava como se estivesse estudando cada detalhe meu e foi nesse momento de distração que eu afundei e nadei pra longe dele. Saí na outra borda rindo feito criança e ele me olhava contrariado.

- Merece levar umas palmadas pra aprender. - disse isso nadando em minha direção. Eu fui mais rápido e já ia saindo da piscina enquanto ele se aproximava.

- É mesmo? Então tenta me pegar.

Na descrição que fiz no início do conto relatei que o físico de Gabriel em comparação ao meu era atlético e estruturado, sendo ele mais alto e mais forte do que eu. Baseado nisso diria que foi um erro desafiá-lo dessa forma, já que ele saiu da piscina, nu, e veio correndo ao meu encontro. Ou não foi um erro.

- Ahhh seu moleque. Deixa só eu te pegar.

Parecíamos duas crianças no playground, em um dia ensolarado e gostoso. Ele me alcançou, segurou firme em meus braços, sentou-se em uma das poltronas daquela área, dobrou-me em seu colo e começou a desferir tapinhas na minha bunda molhada.

- Isso é pra você aprender a não fugir desse jeito. - e batia. Eu ria mais que tudo até que chegou em um ponto que eu comecei a me excitar com aquilo e, a julgar pela coisa pulsante que estava em contato direto com minha barriga, diria que Gabriel estava até mais empolgado que eu.

- Você gosta assim né, seu safado!? - eu nada respondia. Só gemia.

Até que ele abriu minhas nadegas, cuspiu no meu ânus e começou a me penetrar com o dedo.

- Ahhhh Ga-gabriel... espera...

- Você quer mesmo que eu pare? - dizendo isso, ele enterrou com força seu dedo nas minhas entranhas. Eu me limitei a soltar um "ahhhh" longo de demorado sinalizando negativamente à pergunta dele.

- Caralho, que quentinho você... - eu queria algo maior e mais grosso que o dedo dele e foi nesse momento que me desvencilhei de seu abraço, me posicionei frente a ele, beijei-o e disse:

- Me come aqui e agora! - nem esperei ele pensar muito e encaixei seu pau na entrada do meu ânus e sentei com força.

Segurando firme em minhas coxas ele dizia "ahh caralho, puta que pariu", uma coisa bem sexy, aliás. Eu rebolava como se estivesse no cio e a sensação do que aquele homem estava me proporcionando é indescritível. Na posição em que eu estava apoiei meus braços nos ombros dele procurando sustento para o meu corpo e isso fez com que meus mamilos ficassem com acesso próximo ao seu rosto. Sem avisos Gabriel começou a sorver meus mamilos, mordiscava, lambia, babava e eu continuava a pular em seu colo, a cavalgar aquele Alazão puro sangue, como se nada pudesse me parar. O fato de ele brincar com meus mamilos enquanto eu fazia isso me deu um gás extra para continuar minha performance naquele momento. Nossas peles molhadas pela água da piscina em contato direto causavam barulhos incrivelmente gostosinhos de se ouvir e o fato de estarmos ao sol transando fez com que suássemos bastante, ao ponto de não sabermos se ainda estávamos molhados da piscina ou de suor. Também, em que isso era relevante? Continuamos nossa festinha particular, sem trocar de posição, alternando as participações ativas de cada um: uma hora eu me movimentava, outra eu ficava parado e ele continuava a meter. Chegamos num ponto de intenso calor e foi no momento em que eu senti ele gozar dentro de mim que percebi que fizemos tudo aquilo sem camisinha. Confesso que não deixei essa pequena falha estragar aquele momento, mas lá no fundo minha mente enviava alertas vermelhos. O que eu poderia fazer àquela altura?! Nada, né. Desabei sobre seu peito, ambos nus, cansados porém satisfeitos.

- Mais um final de semana desses e eu morro! - ele afirmou.

- De tesão, só se for! - retruquei. Sorrimos.

O sol começou a esquentar no lombo, demos mais um pulo na piscina, onde ficamos brincando até que o estômago resolvesse avisar novamente. Ele queria pedir comida, mas eu sugeri que fizéssemos algo simples de almoço, afinal ele sabia cozinhar. Era só mais uma desculpra para passarmos esse tempo juntos.

- Po, assim você me quebra, cara.

- Deixa de show, vai. Eu te ajudo!

- E eu ganho o que se cozinhar pra ti?

- O que você quer de mim?

- Eu e meu amigo aqui - apontou pro pau em riste - vamos pensar em alguma coisa.

- Tarado! - eu disse indo em sua direção, beijando seus lábios e dando uma patolada em seu órgão.

Voltamos para o interior da casa, para a imensa cozinha clean, mais especificamente.

- Então, o chef é você... Quel'est notre menu?

- Oia fazendo biquinho pra falar... faz biquinho em outra coisa! - avistei sobre a mesa, peguei-a e fui engolindo aos poucos de forma sensual. Depois fiz o caminho inverso.

- Assim? - perguntei a ele.

- Orrr... assim você me mata, moleque.

- Besta! Já decidiu o que vai cozinhar?

- Nossas opções são sanduíche de atum, sanduíche de peito de peru e o maravilhoso e tradicional queijo quente.

- Nossa! E eu achando que ia me deliciar com uma comida feita por você...

- Se delicia com outra coisa e eu ainda posso te dar uma comida.

- Mas não tem limite ein?!

- Quem tem limite é município... - paramos um pouco e gargalhamos.

- Ah, o que você fizer eu como.

Deixei por conta dele essa difícil escolha e ele optou pelo sanduiche de atum. Abriu uma lata e a temperou com ervas finas, pegou 2 pães franceses, passou a pastinha de atum, incrementou com outros itens e voilá, nosso almoço. Não sei se foi a fome, mas aquilo estava maravilhoso. Terminamos de comer e eu fiquei pensando o que a gente faria dali em diante e foi então que lembrei da noite anterior e do sorvete que ainda tinha na geladeira. Pedi a ele que voltasse para o quarto enquanto eu ia ao banheiro e ele não entendeu nada. Enquanto ele subia, abri o refrigerador, peguei o sorvete e no quarto ele estava deitado com o braço sobre os olhos, todo estirado. Tão másculo. Tão tesudo.

- Não se mexe! - falei o assustando.

- O que foi? Tem uma barata aqui, mano? Não faz isso comigo.

- Como um homem deste tamanho tem medo de barata? - enquanto ele se justificava coloquei uma colherada do sorvete na minha boca, segui em direção à cama e comecei a chupá-lo.

- Ahhhh caralho! Não vive sem um pau né?! Chupa, vai... - a energia dele me admirava.

- Shhhh... é hora da sobremesa! - fiquei naquele oral um bom tempo, brincando com seu membro, alternando com seu saco, misturando tudo com sorvete e ele parecia gozar. Até que ele gozou.

- Porra! Acho que meu estoque de gala secou. - gargalhamos, me aconcheguei em seu peito e cochilamos. Acordei com ele de conchinha comigo. Deixei-o dormindo e fui aproveitar o restinho do sol da tarde na piscina. Sozinho, pude refletir sobre como aquele passo tinha sido enorme em relação ao velho Mark e que se as coisas tinham evoluído tão bem cabia a mim faze-las evoluírem ainda mais. Eu ainda não sentia que era hora de assumir minha sexualidade aos meus pais, mas sabia que precisava viver minha vida e adiá-la em detrimento da decisão de não me assumir era um prejuízo muito grande o qual eu não estava disposto a pagar. Nadei um pouco para espairecer e depois me sentei na cadeira de sol para pegar uma cor. Percebi que estava sendo observado e olhei em direção à porta de acesso à casa e percebi que ele estava lá, lindo, de braços cruzados me observando. Sorri. Chameio para se sentar entre minhas pernas. Ele veio, sentou-se e eu o abracei pelas costas.

- Gabriel, o que é iso que estamos fazendo?

- Po, ta um clima tão maneiro, pra que pensar nisso agora? - ele tinha razão. Beijei seu pescoço. Não era hora de ser racional. Carpe diem, eles dizem. Fiquemos sentados curtindo o sol e um som, porque Gabriel foi buscar o violão e a gente ia cantando e se divertindo, até que escureceu.

- É, o papo está otimo, mas eu preciso ir embora...

- Ah não, dorme aí mais essa noite. Prometo que vou me comportar.

- Seu comportamento não me preocupa.

- Opa!

- Mas minha mãe sim!

- Quer que eu ligue pra ela? "Ei dona to comendo seu filho, deixa ele mais um pouco aqui?" - gargalhei.

- Nada. Deixa que eu mesmo ligo.

Voltei para a casa, peguei meu celular que tinha algumas mensagens do Pedro, que eu não abri, e liguei para minha mãe, morrendo de medo.

- Alô, mãe?

- Oi meu filho. Resolveu aparecer? Tudo bem?

- Desculpa é que o dia foi muito corrido. Tudo bem sim... e por aí? Como Gabriel está?

- Aqui as coisas estão normais. Gabriel está aqui ao meu lado querendo falar contigo.

- Irmão você foi embora?

- Ei amor... não, não fui embora... quem mais vai te dar banho, seu porquinho?

- Hum. A mamãe fez isso. Vem embora logo.

- É sobre isso que eu preciso falar com ela, amor. Deixa?

- Ta! Mas você vai trazer um doce pra mim?

- Não sei...

- Ah não, eu quero, irmão. - ouvi minha mãe dizendo que era pra ele entregar o telefone, o que ele fez com muito contragosto.

- Ei Mark, quando você vem?

- Olha mãe, eu sei que o combinado era só passar o dia e voltar, mas eu queria saber se posso dormir por aqui essa noite.- perguntei temeroso.

- Na casa de estranhos, Mark? Dando trabalho pros outros. Claro que não!

- Não, mãe... não estou dando trabalho! - aliás, Gabriel me parece bem satisfeito, pensei. - Prometo que amanhã estou de volta.

- Olha Mark, nunca tive motivos pra desconfiar de você, então mesmo sendo contrária à essa sua estadia estendida vou permitir que você fique.

- Ahh mãe! Obrigado, obrigado. Dá um beijo no Gabriel, por favor. Tchau!

- Fique com Deus. - desligamos.

Voltei à área externa e ele estava falando no celular e eu só consegui ouvi o final da conversanão fica assim, princesa. Nos vemos em breve! Beijo. - fiquei meio intrigado, mexi em algo que fez barulho e ele então notou minha presença. Meio agitado, Gabriel falou:

- Ah ei. E aí, a coroa liberou?

- Sim! - respondi sem muito ânimo.

- Eu estava falando com minha irmã no celular... ela queria fazer algo hoje à noite mas eu disse que já tinha planos. - ele disse isso e veio em minha direção tentando me beijar. Cedi meio com o pé atrás, mas o que eu ganharia desconfiando dele? E nós nem tínhamos mesmo um compromisso. Soltei um sorriso amarelo e ele me convidou para entrar.

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