Olá meninas, voltei, peço desculpa pelo sumiço, estive muito ocupada esses tempos. Decidi postar o resto do bônus todo, ele ainda iria até a parte 6, porém, muitas pessoas não gostaram de Ms. Charlote e também estou devendo alguns capítulos haha. Espero que esse supra um pouco, por ter sumido, a Cris aparece no final, spoilerzinho haha. Bora pro conto?
Continuando...
Assim foi decorrendo, aprendi o resto das lições aos poucos, cuja elas eram:
Lição nº 3: Confiança
Lição nº 4: Sensualidade
Lição nº 5: Erotismo
- Lembre-se minha cara, a última é a mais importante, sem ela, não existe as outras quatro. – Dizia Ms. Charlote para mim.
E como sempre ao parar o sexo, olhar para o teto, relaxar e conversar um pouco, confesso que achava estranho, mas quando realmente fui sentindo as mudanças, entendi o porquê de olhar para o nada, é gratificante ouvir por alguns segundos o som do silêncio. Ao se passar um ano com essas “aulas extras”, trocamos confiança e ela virou uma grande amiga. Se eu já gostei dela? Sim, mas isso com o tempo fui diminuindo, o que prevaleceu foi uma boa amizade colorida. Ela me contou sobre sua vida, fora casada e tinha uma filha.
- Mas e então Ms. Charlote, não era feliz em seu casamento? Seu marido não a tratava bem?
- Não Priscila, o Colin era um marido incrível, tive um casamento perfeito.
- Qual o problema então?
- Parecia faltar algo, apesar de amá-lo, aquela relação pra mim parecia mais uma amizade, sentia que precisava de alguma coisa maior, o meu próprio amor.
- Então por isso se divorciou?
- Sim, desde então eu mudei, gosto de me amar e ter meus desejos sexuais satisfeitos, prefiro olhar a vida de outro jeito, aproveitar o que não consegui quando jovem.
- Ms. Charlote, mas ainda és muito jovem, no máximo uns 32 anos.
- 38, eu tenho 38 anos Priscila, mas obrigada pelo elogio.
- Mas é a mais pura verdade minha cara.
- Sua sorte que acredito em você, está mudando querida, quando menos esperar vai entender melhor o que sinto.
- Talvez já entenda.
- Muito bem, mas sem papo agora, vamos relaxar um pouco e quem sabe uma segunda parte para o que estávamos fazendo.
- Adorei essa idéia.
E assim tivemos mais uma sessão de sexo e o tempo estar a passar. Em todos os eventos importantes íamos acompanhadas e depois cada uma encontrava um parceiro (a) para se divertir e óbvio, nunca deixamos de ter os nossos encontros, que agora eram mais selvagens e quentes, mas sem deixar o erotismo de lado.
Confiança é algo que se conquista com o tempo, assim consegui ter a de Ms. Charlote, mesmo fazendo especialização, ela me deu a vaga de estagiária em seu consultório, além de estudar, fazer sexo, curtir sem ser vulgar eu ainda trabalhava. O tempo havia passado, faltava apenas um semestre para eu me formar, nesse tempo eu aprendi a mudança que ela tanto falava que iria sentir.
Nesse meio tempo das férias de verão, Ms. Charlote e eu nos encontramos algumas vezes, mas ela viajou, alegando precisar ficar um pouco só, não entendi o porquê, mas respeitei, caberia a mim me virar só, com tantas coisas a fazer, ou tantas pessoas para curtir a noite. Após um mês sem dar notícias, ela me telefona e foi uma surpresa:
- Priscila?
- Olá Ms. Charlote, tudo bem?
- Sim.
- Por onde andou? Não deu notícias, fiquei preocupada.
- Estava na Itália, mas cheguei a pouco em Londres, venha me buscar no aeroporto.
- Sim senhora.
Fui busca-la, foi uma boa recepção, porém o caminho todo em silêncio, não entendi o porquê disso, mas saberia logo. Ao chegarmos em sua casa, logo descarreguei as malas e fiquei esperando na sala. Passaram-se 30 minutos até ela sair do banho, vestida em um lindo roupão de seda, ela estava um pouco diferente, talvez preocupada:
- Ms. Charlote o que houve? Por que sumiu?
- Como eu disse, precisava de um tempo.
- Mas e agora? Pela sua expressão sei que não está bem.
- Não é nada, mas mudando de assunto. Como se virou sem mim nesse tempo?
- Na primeira semana, um pouco estranho, mas depois consegui me sair bem.
- Ótimo. Saiu com muitas pessoas?
- Sim.
- Autonomia?
- Sempre.
- Deixar dominar-se?
- Não.
- Humm...
- Algum problema? – Ela vinha em minha direção e sentou no meu colo, aqueles cabelos molhados e cheirosos, aquela pele macia em deixando em êxtase.
- O que você sente Priscila, quando fico assim sobre você? – Ela me encarava com aquele olhar sedutor segurando meu rosto de um jeito leve e encantador.
- A senhora me deixa excitada.
- Sem tratamentos formais por hoje, pode me chamar de você.
- Sim senhor... Digo você.
- Se sente atraída?
- Sim.
- Onde está sua autonomia agora?
- Eu posso? Por que as vezes não me deixa ter essa sensação completa contigo.
- Hoje estou aberta a exceções.
- Aconteceu alguma na Itália? Está diferente.
- Shhhh... Sem muitas perguntas. – Ela foi beijando minha boca e eu logo retribui.
Aquele beijo parecia estar modificado, havia um desejo mais forte, que particularmente comecei a gostar, logo quando ela parou me olhou nos olhos e eu falei:
- Nossa! Foi diferente, mais gostoso, mas por que?
- Sem perguntas, vem comigo – Ela me puxou pelo braço bem delicada e me levou até seu quarto.
- Ms. Charlote?
- Perdemos muito tempo nesse último mês, hora de compensar. – Ela foi tirando o roupão aos poucos e pude ver seu lindo corpo, seios médios de bicos rosados, uma bela barriga magra e uma bct lisinha e rosa.
- Nossa, isso foi bem sensual, esse clima aqui e ...
- Shhh... Me beije. – Ela foi me beijando com aquela sensualidade que nunca tinha visto.
- Ms. Charlote, mas...
- O que lhe falei sobre erotismo? Sem eles as outras lições não funcionam, agora quieta.
Foi o sexo mais sensual que já tive até então, eu a tive por completo pela primeira vez, diferentes das outras vezes, não foi apenas sexo, parecia haver um romance naquele meio. O que me deixou preocupada foi aquela história, do não envolvimento emocional. Foram tantos beijos, com tantas vontades de ambas partes que nem eu me reconhecia, foi uma noite que não seria esquecida. Minha mão penetrava sem sexo, devagar e depois com movimentos bem rápido, eu segurava seu seio e chupava sua barriga, descendo até sua bct que já estava bem molhada, vários movimentos de vai e vem, ela gemia, implorava para eu não parar só escutava "humm", "ahhh", "não para", "continua", "amo sua presença". Parecia insaciável, para mim essa situação estava perfeita. Depois do primeiro orgasmo continuamos com alguns carinhos, até que voltei a chupa-la com mais intensidade, suas mãos seguravam forte minha cabeça, até eu começar a penetrar mais uma vez, com 3 dedos. A noite quase toda se baseou em um sexo que nunca tinha acontecido entre nós, algo mais forte.
Logo pela manhã, quando acordei ela não estava mais deitada, fui ao banheiro fazer minhas higienes e desci para a cozinha, a encontrei sentada perante a mesa, com o café posto e me esperando, cumprimentei-a como sempre.
- Bom dia Ms. Charlote.
- Bom dia Priscila, dormiu bem?
- Sim e com a senhora?
- Pode me chamar de você ou Charlô. Mas sim, dormi bem, obrigada. – Ela não me olhava nos olhos, apenas lia o jornal.
- Está bem mesmo?
- Sim, por que não estaria?
- Não sei ao certo, estava bem diferente ontem.
- Mudanças são mudanças, já devia saber disso.
- Não vai me olhar nos olhos pra dizer isso? – Ela me olhou diretamente.
- Está bom assim agora?
- Se for em sarcasmo sim.
- Olha o respeito.
- Desculpa.
- Tudo bem. Tome seu café e vamos, tenho que resolver algumas coisas no consultório e depois vou para o campus.
- Como quiser.
Ela estava bem estranha durante o caminho, mal falou, não parecia aquela mulher de ontem, fiquei com receio de perguntar. Ela não me deu aula naquela manhã, e a tarde pouco nos falamos no consultório, até ela me dizer que voltaria pra casa sozinha naquele dia. Fiquei mais que surpresa, ela nunca me deu um “fora”.
- Ms. Charlote o que está havendo? – Perguntei sem entender a razão disto.
- Nada que precise se preocupar. – Ela saiu e me deixou plantada com cara de idiota.
Liguei várias vezes pro seu celular e nada, na faculdade ela evitava me encontrar e no consultório, fingia estar sempre atendendo. Nessa brincadeirinha de esconde esconde, ficamos uma semana sem nos falar, até que decidi ir na casa dela, jogar em pratos limpos. Ao chegar, bati sua porta, esperando que ela me atendesse, como ela não o fez, eu procurei a chave reserva e entrei. Me deparei com ela deitada no sofá, com uma garrafa de whisky no centro, lendo um livro clássico e escutando alguma sinfonia de Beethoven, decidi perguntar com ironia por que estava a me evitar:
- Então sua nova melhor amiga é garrafa e a música?
- O que faz aqui? Como ousa falar nesse tom comigo? – Ela perguntou surpresa e com raiva por causa da ironia.
- Eu tive que ser sarcástica pra você me ouvir, melhor, eu entrei na sua casa pra não me evitar mais. Então, estou ouvindo.
- Não temos nada a conversar, se eu quisesse conversar, tinha ligado, mas como não, quero que se retire daqui.
- Nada disso, primeiro me explica por que tivemos uma noite de sexo completamente diferente dos habituais, e no outro dia você começa a me tratar como uma estranha e que nada aconteceu.
- Sai daqui antes que eu chame a polícia, você invadiu minha casa.
- Ah é? Chama, toma pega aqui o telefone – coloquei o telefone em sua mão – Anda liga! Não é seu desejo? Vamos, estou esperando.
Ela me olhou desconfiada e surpresa, nunca havia falado naquele tom, impus autoridade, nunca fiz isso com ela.
- O que você quer de mim Priscila? – Ela me olha receosa e coloca o telefone no lugar.
- Quero saber o que está havendo contigo, sabe que eu me preocupo com você.
- Não é nada.
- Como não é nada? Você viaja, não dá notícias, volta, faz um erotismo comigo que jamais teria feito e some de novo. – Falei segurando seu rosto de leve olhando nos seus olhos.
- Priscila, acho que não dá pra termos mais relações sexuais, isso já foi longe demais. Podemos ser amigas, sou sua mestra, conselheira, mas sexo não dá mais, sinto muito.
- Fiz algo errado? Te decepcionei? Não cumpri alguma das lições e está chateada comigo?
- Não Priscila, você não fez. A culpa é minha mesmo, e agora eu preciso concertar esse erro, antes que seja tarde pra mim.
- Sem entender ainda.
- Não há o que entender, por favor, só aceite. – Ela falava acariciando meu rosto.
- Eu posso ajudar? Me diga que eu tento o que for.
- Minha querida, você já fez demais, olha só a mulher que você se tornou, forte, madura, em pouco tempo estará formada e partirá para o Brasil buscar seus sonhos. Por favor não me pergunte mais sobre esse assunto. – Ela me deu um beijo como se fosse uma despedida de tudo que tivemos.
- Mas e agora o que farei?
- Sabes o que fazer, eu sou apenas sua mentora que está te dando passe livre.
- Mas e ...
- Continuamos amigas, basta saber disso, mas agora por favor poderia me deixar sozinha, eu tô precisando relaxar.
- Tudo bem então, contanto que você não me evite mais durante o campus e o consultório.
- Tá certo, prometo não evitar, agora me deixa só. – Ela me abraçou e eu sai.
Eu nunca tinha visto ela daquele jeito, será que era TPM? Hormônios fora de si? Enfim, melhor deixar o tempo passar.
E assim foi, Ms. Charlote e eu não tivemos mais uma amizade colorida, ficamos só na amizade pura. Ainda ia aos eventos contigo, ela saia com quem queria e eu também. Uma noite, em dos eventos importantes do campus, ela me apresentara sua filha, Olivia.
- Priscila, quero que conheça minha filha, Olivia.
- Olá, muito prazer. – Falei dando beijo na bochecha.
- Então é você a famosa aluna da mamãe? – Perguntou ela feliz em me conhecer.
- Famosa? Haha, como assim Ms. Charlote?
- Estava com ela na Itália, conversamos sobre como te ajudei no inglês e te dei o estágio. – Respondeu Ms. Charlote.
- Ela falou muito bem de você Priscila. – Respondeu Olívia educadamente.
- Ainda bem que alívio haha. Mas, nossa. Quantos anos você tem? Achava que era uma criança.
- Todos pensam isso, que a filha da psicóloga é uma criança kkkk. Tenho 16 anos sua boba.
- Pelo visto já se enturmaram, bom saber. Priscila, faça companhia a minha filha por favor, preciso falar com o conselho.
- Sem problemas Ms. Charlote – E ela saiu perante o salão nobre, ficando apenas eu e Olivia.
- Então Priscila, por que achava que eu era mais nova?
- Haha, sua mãe nem aparenta a idade que tem, muito menos ser mãe de uma garota de 16 anos.
- Verdade, todos dizem isso. Mas e então, gostando da festa?
- Um pouco – Fiz uma cara de quem estava se sentindo meio desconfortável.
- Ela sempre te obriga a vir nesses eventos chatos?
- Algumas vezes, porém, uns eu gosto, outros são mais entediantes.
- Típico dela. Ela me fez vir por que queria me apresentar a você, pensei que você era chata e que só falaria de trabalho, mas pelo contrário, é bem legal.
- Fico feliz em ouvir isso.
- Vamos lá pra varanda?
- Sei não, se sua mãe nos procurar?
- Fique calma, ela está bem ocupada, vamos. – Ela saiu me puxando pelo braço.
- Pronto, chegamos Olívia haha.
- Finalmente paz. – Sentou na varanda.
- Você não parece em nada com sua mãe haha.
- Engraçado, também dizem isso kkkkkk. Pareço mais com meu pai em personalidade, agora o físico, nem preciso dizer, modéstia parte, mulheres da família ótimos corpos.
Pensei para mim “com certeza”
- Realmente, se parecem muito – Olhei pra suas pernas do mesmo jeito que olhava as da mãe, ela eram muito parecidas, porém com outras personalidades.
- Aceita um babador Pri? Chamarei de Pri, já estamos íntimas.
- O que? Pra que?
- Do jeito que olhou pras minhas pernas, parecia que queria comê-las.
- Imagina, impressão sua, estava procurando apenas uma moeda que caiu.
- Sei... Me engana que eu gosto, você pode até ser psicóloga, mas eu ainda sou mais esperta – Ela se aproximou e me beijou no canto da boca. – Vem vamos entrar agora.
Ficava pensando, essa menina vai me arranjar uma confusão depois, melhor evitar. O evento ocorreu bem, ainda fazia companhia a Olívia, conversávamos sobre muitas coisas, até que do nada ela me pergunta:
- Qual sua relação com minha mãe?
- Acredito que profissional e ela é minha mentora, por que?
- Será só isso mesmo? Ou existe algo além?
- Sem entender onde você quer chegar.
- Pri, eu sei o que minha mãe é, sei como é a vida dela, mas não a julgo por isso, pelo contrário, admiro, ela foi atrás da felicidade dela e acima de tudo não quis magoar meu pai. Foi estranho no começo, mas depois eu vi que ambos saíram felizes.
- Sim, mas onde eu entro nisso?
- O jeito como ela falou de você lá na Itália, foi diferente.
- Diferente como? Temos uma boa amizade, acho que falou com carinho de mentora e aluna, afinal, ela me auxiliou muito quando eu cheguei aqui.
- Não só auxiliou, como também vocês transaram inúmeras vezes.
- Ela te contou isso?
- Nem precisou, mas não sou idiota, pra saber o que tá acontecendo, acho que ela está gostando de você, mas por ser orgulhosa não vai admitir.
- Impossível isso, nem relação sexual temos mais, ela terminou comigo, só prevaleceu a amizade e confiança.
- Ah, e você que é normal uma mulher que vê sexo como arte, terminar com sua melhor obra.
- Do jeito que está falando, parece até que ela é ninfomaníaca.
- Ela não é, mas que ela gosta de você ela gosta.
- Prove então.
- Com prazer – Ela me puxou pro beijo bem na hora que Ms. Charlote se aproximava.
- Posso saber o que está havendo aqui? – Perguntou Ms. Charlote com calma e elegância.
- Nada demais mãe, apenas quis limpar a boca dela que estava melada de molho.
- Perai, não foi assim Ms. Charlote, eu gostaria de dizer – Fui interrompida
- Priscila minha cara, depois conversamos, tenho assuntos a tratar agora, com licença.
- Ai minha nossa, tô ferrada, perderei meu emprego.
- Calma Pri, ela não vai fazer nada, acredite.
- Nada com você, mas comigo, minha nossa.
- Ela ficou com ciúmes, se fosse outra pessoa, acho que ela não teria essa elegância toda, mas como eu sou filha. Vem, vamos embora.
- Tá louca? Preciso me explicar pra ela.
- Acredite, amanhã pela manhã ela vai até você. Agora vamos, quero dormir, muito tarde já. Tô exausta da viagem.
Eu cheguei no campus péssima com aquilo que tinha ocorrido, que menina louca, o que será que a Ms. Charlote estará pensando? Acho que vou perder meu emprego por isso. Me virei a noite quase toda, Amélia havia viajado e só voltaria na próxima semana, tomei um remédio pra relaxar, até que consegui e dormir. Acordei tarde, perdi até o horário das aulas, uma dor de cabeça, parecia até ressaca, de repente me deparei com um belo par de olhos cor de mel me dando bom dia:
- Bom dia Priscila.
- Bom dia Ms. Charlote – Falei nervosa – Gostaria de explicar sobre ontem, eu não a beijei ela que me beijou.
- Uma desculpa bem cafajeste, porém, conheço minha filha, sei que ela age com impulso as vezes, uma personalidade minha talvez, apesar dela ser mais parecida com o pai.
- Então não vai me matar por isso ou me castigar?
- Matar muito forte, castigar mais aceitável.
- O que pretende?
- Fazer implorar por algo. – Ela fez o olhar que eu sabia o que era
- Sério? Então vamos lá. – Mostrei coragem.
- Está ganhando autonomia? Muito bem.
- Com certeza, mas antes, vou fazer minhas higienes, tchauzinho. – Fui ao banheiro.
- Seu castigo será dobrado por me deixar falando sozinha.
Quando eu sai do banheiro, ela me esperava sentada na cama, sabia seu temperamento, e para quem não queria mais sexo comigo, rapidamente mudou de ideia, apenas ficamos nos encarando um tempo, dessa vez eu esperaria ela tirar toda raiva dela. Ela apenas me puxou com força pra cama e ficou em cima de mim, sabia que ela amava ter o poder, mas esse gostinho seria curto:
- Então senhorita Priscila, quantos beijos você deu na Olívia? – Ela perguntava segurando meus braços e me dando alguns beijos, sem dar chance de retribuir.
- Como eu disse, ela me beijou e foi apenas um, mas sua filha é linda, poderia ter rolado mais alguns. – Falei provocando.
- E é? Por mais que ela seja grandinha, eu não deixaria você se envolver com ela. – Falou apertando meus braços sobre a cabeceira da cama.
- Por que não? Sou uma ótima pessoa. – Continuava a provocar.
- Odeio esse seu jeitinho irônico e cínico de falar. – Ela ainda apertava.
- Mas eu amo quando você quer ter o poder todo. – Me soltei dela e fiquei por cima.
- Sai de cima de mim!
- Nada disso, hoje colocarei em prática toda a autonomia que me ensinou e te farei subir as paredes.
- Eu já disse pra sair! – Ela começou a fazer força, mas eu ainda tinha o controle.
- Você quer tanto quanto eu, agora shhhh... – Dei um beijo forte nela.
Ela tentou resistir no começo, mas era só charminho, sei que ela sentia saudades e eu também, construímos uma relação à qual eu não podia me apaixonar e ela não poderia ceder a nenhum amor. Mas e daí? Mesmo que não seja um namoro, continua a ser um relacionamento importante, baseado em sexo e confiança. Uma hora eu vou embora levando todos os ensinamentos, aprendi a ser mais forte, mas não conseguiria ficar longe esses últimos meses. Foi um sexo tão intenso, que mesmo ela me arranhando muito no começo, mesmo que ela fingisse negar, ela cedeu, ambas queríamos aquilo. Aproveitar cada momento.
Meses se passaram, última semana em Londres, minha formatura havia acontecido, mas ainda arrumava minhas coisas para voltar. Parecia ser difícil acreditar que eu cheguei como fraca e desengonçada e estou saindo como forte, autônoma e confiante sobre o que quero. No último dia, Ms. Charlote e eu teríamos uma despedida digna, começando pelo jantar e depois a “sobremesa”. Conversamos muito:
- Como se sente Priscila com sua volta ao Brasil?
- Um pouco nervosa talvez, deixei tantos sonhos que pretendo construir.
- Humm...
- Mas e você?
- O que tem eu?
- Não está muito bem com o fato de que vou partir.
- Um pouco desconfortável ainda.
- Se quiser eu fico mais um pouco. – Falei segurando sua mão e beijando.
- Melhor não, quanto mais cedo sua partida melhor, assim não tem muito choro.
- Fala como se não se importasse, mas no fundo eu sei que se importa. – Ainda segurava sua mão.
- Não me subestime Priscila, não me conhece completa, apenas sabe o que eu quis deixar que soubesse.
- Pra mim está suficiente, continuo adorando do mesmo jeito haha.
- O que falei sobre piadinhas?
- Tem razão, melhor outra coisa. – Tirei-a pra uma dança romântica.
- Sabe, existe duas coisas a mais que admirei desde que você mudou Priscila.
- Ah é? O que?
- Seu cabelo que está bem melhor e como você dança, porque sinceramente, antes você não sabia dançar nada.
- Nossa, fico feliz por essa sinceridade, mas agora a situação é outra. Tive mais que uma professora pra me ensinar isso tudo. – Falei encostando minha cabeça no seu ombro e vice e versa.
Continuamos a dançar um pouco mais até ela sussurrar em meu ouvido:
- A dança pode continuar lá em cima.
- Concordo.
Subimos imediatamente, o quarto a luz de velas, estava perfeito, despedida maravilhosa seria, ela me olha profundamente até perguntar:
- O que acha?
- Perfeito. Mas falta algo.
- O que?
- Um beijo inicial. – Logo fui beijando devagar.
- Tem razão, um beijo bem dado, melhora tudo. – Falou interrompendo.
- Acho que chega de conversa por agora certo? – Fui beijando seu pescoço e tirando seu vestido bem devagar.
- Sem conversa – Ela se virou e foi me beijando – Ainda bem que você entendeu sobre erotismo.
Aquela foi a despedida mais legal que já tive, a pessoa certa, o clima certo, foi a transa mais envolvente que havia tido, com uma dose de paixão que seria bem aproveitada já que não poderia acontecer mais, muitos beijos, muitas chupadas, eu comecei a penetra-la com gosto, um vai e vem, enquanto ainda beijava seus belos lábios, pude sentir toda sua respiração ficar forte quando sabia que iria gozar, ela ejaculou em meus dedos, sabia que ainda estava sensível, seria mais fácil provoca-la. Ficamos assim quase a noite toda, por sorte meu voo só sairia a tarde, ficamos a noite curtindo a paixão de uma amizade colorida.
Logo pela manhã fiquei de pegar as últimas coisas e Ms. Charlote me daria uma carona até o aeroporto, foi uma despedida normal, parecia que a de ontem havia gastado toda emoção, ela me deu um abraço e um beijo na boca e eu apenas retribui e acenei dando tchau.
Voltando aQue cara animada Pri, pra quem dormiu pouco. – Falava Cris me dando um beijinho e indo beber água.
- Estava lembrando de umas coisas do passado.
- Coisas boas?
- Também.
- Envolve alguma mulher?
- Sim.
- Humm... Ela deve ter sido bem importante pra te fazer ficar dando sorrisinho – Demonstrou ciúmes.
- Com certeza, ela ainda é, foi minha grande mentora na especialização e a mulher que me deu um estágio.
- Nossa... – Parecia envergonhada por julgar antes de conhecer.
- Adorei esse seu ciúmes bobo haha – Falei dando beijinho.
- Não tem graça.
- Ah tem sim, vem vamos voltar a dormir, não temos compromissos hoje.
- Vai me falar sobre essa sua mentora?
- Outra hora, vem vamos. – Levei ela segurando em sua mão até o quarto e ficamos de conchinha.
“ Nossa, pensar que vivi aquilo tudo em Londres, como eu mudei de lá pra cá, e como mudei com a chegada da Cris, sinceramente foram muitas coisas pra uma pessoa só, mas não me arrependo, só me preocupo apenas com a insegurança de ser o que me tornei, ou fraquejar e me tornar o que era antes”.
CONTINUAAA...
Espero que gostem dessa parte final, ficou grande, mas como eu disse seria dividida, mas como muitas estão com saudades da Cris, o próximo voltara para o segundo semestre de 2013. Beijo a todas e até breve, Stardust😘😘