Submissa Indomável - Parte I

Um conto erótico de Knight
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 1690 palavras
Data: 18/12/2016 21:46:24
Última revisão: 21/11/2023 20:47:21
Assuntos: Casal, Sadomasoquismo

“Uma brincadeira de extremo mau gosto, e destinada para a pessoa errada. Seja quem for o responsável por isso, vai pagar caro”. – Foi o que pensou Klara, com o rosto fervendo e a pele ruborizada de raiva. A empresária bem sucedida, dona de uma renomada rede de academias, faixa preta e duas vezes campeã de Kickboxing, não era do tipo que deixava desaforos passarem batidos. Receber um bilhete como aquele colado abaixo da base do copo de seu dry Martini que bebia na piscina do hotel, em sua plena lua de mel, era algo inaceitável. O recado dizia: “Seu marido está comendo a camareira no quarto agora mesmo”.

A garçonete que entregou a bebida desapareceu com a mesma velocidade em que chegou, antes de Klara ter tempo de encontrar o bilhete e lê-lo. Sorte dela, se ainda estivesse ali seria a primeira a encarar as consequências. Levantou-se no ímpeto de seu um metro e setenta e dois centímetros de altura, corpo esguio, torneado mas delicado, estilo mignon, com uma musculatura pouco aparente porém bem definida. Furiosa caminhou pelo saguão do hotel apenas de biquíni, sem se lembrar da saída de banho ou da proibição de entrar no elevador social naqueles trajes. Em passos firmes caminhou até o quarto e colocou o cartão-chave sobre a maçaneta de metal sem pensar no que iria encontrar dentro da suíte, onde seu marido recém consumado dizia que tiraria um cochilo para descansar após as quase dez horas de vôo até o resort no Taiti, onde agora passavam as núpcias. Ela sabia da fama de mulherengo de seu novo cônjuge. Isso a deixava desconfiada, mas acreditava firmemente que com sua personalidade forte poderia mudá-lo; era questão de tempo, porém este tempo estava apenas começando. Perdidamente apaixonada e relevando várias opiniões em contrário, aceitou o casamento ainda jovem, com apenas 25 anos. Repetia para si mesma que aquilo não estava acontecendo. Não tinha idéia com o que se depararia, esperava muito encontra-lo dormindo, apenas e nada mais, mas em contrapartida já se preparava para o plano B, prevenida, cerrava os punhos pensando em descontar sua raiva, primeiro nela, depois nele. Mesmo com todo o seu preparo psicológico e frieza, não estava preparada para a chocante cena em que seus belos olhos azuis pousaram, sentindo, perplexa, seu chão desmoronar.

Seu marido, Hugo, estava amarrado com os dois braços esticados à cabeceira da cama, também amordaçado e com olhar desesperado, sem muitas alternativas de defesa, apenas grunhia tentando pronunciar algo incompreensível, enquanto três garotas nuas avançavam-lhe como hienas sobre a carne de um animal abatido. Enquanto uma o cavalgava selvagemente por cima do corpo, a segunda fazia sexo oral em ambos, tocando seus corpos e os incentivando. A terceira, em pé ao lado da cama, dava ordens secamente para os três artistas do ato, ditando como tudo deveria ser feito, golpeando os três corpos com um discreto mas eficiente chicote de hipismo. A dominatrix que dirigia a cena foi reconhecida imediatamente por Klara: era a própria garçonete que lhe entregou a mensagem levando-a para o quarto. Seu cérebro concluiu que ela havia caído em uma emboscada enquanto assistia atônita a tudo, paralisada pela perturbação daquela cena. Queria gritar mas sua voz não saía. Queria avançar e espancar a todos mas seus nervos travavam. Levou frações de segundo para que todos percebessem a presença de Klara no ambiente. Seu marido olhou-a desesperado e desconcertado. As duas garotas sobre ele, sem expressão. A dominatrix sorrindo, irônica e matreira, com o olhar fixo no rosto de Klara então disse: “- Tire suas roupas e deite-se ao lado do seu marido. Assim que terminarmos com ele será a sua vez”.

Tal frase fez seu sangue entrar em ebulição. Aquela garota não tinha ideia de com quem estava lidando – pensou. Avançou sobre a comandante do bizarro espetáculo no impulso de espanca-la sem pensar nas consequências. Queria tirar aquele sorriso de seu rosto na base da paulada, e foi o que tentou fazer. Klara era maior e mais preparada do que aquela franzina garota. Pensou que a eventual briga teria um final previsível. Grande engano. No ínfimo instante em que se aproximou da atrevida garota, esta golpeou Klara com o chicote acertando-a na virilha, numa precisão milimétrica e com um reflexo quase animal. Acertou algum nervo específico que fez a onda de choque espalhar-se pelo corpo todo. As pernas da indignada esposa sentiram o impacto e amoleceram, fazendo-a desabar no chão. Enquanto tentava se recuperar e colocar-se em pé de novo, a algoz instantaneamente aparece a seu lado trazendo nas mãos um pano ligeiramente umedecido com clorofórmio, doce e incolor. Abaixou-se apoiando o joelho direito no peito de Klara, mantendo-a fixa no chão e pressionou o lenço em seu rosto. A agora indefesa esposa sentiu seu corpo apagar e não mais responder aos seus comandos. Sua consciência seguiu o mesmo caminho. A última coisa que ouviu foi: “-Apenas durma. Boa menina!” – enquanto a garota já a despia desfazendo os laços de seu biquíni.

A feroz e determinada Klara acordou sobre a cama ao lado de seu marido. Ele, deitado sobre as costas, seu esperma secando sobre o abdômen resultante do primeiro ato que ela assistira. Ela de bruços, igualmente imóvel, com um espesso travesseiro sob seu ventre obrigando-a a manter os quadris levantados. Ambos estavam nus, atados firmemente por braços e pernas sobre a estrutura da grande e confortável cama de casal da luxuosa suíte na qual pretendiam passar bons momentos. Hugo, ainda amordaçado, apenas tentava balbuciar. Klara, ainda surpresa e revoltada gritava ao vento tentando entender o que acontecia. Ameaçou as garotas quando estas reapareceram em seu campo de visão. Como consequência de sua insubordinação voltou a ser chicoteada nas coxas a nas nádegas, fato que lhe arrancou alguns gritos curtos e carregados de ódio. Seu rancor aumentou quando conseguiu ver as duas submissas ajudantes, por ordem da dominatrix, voltarem a sugar, juntas e determinadas, o pênis de seu marido deitado ao lado, tentando mais uma vez deixa-lo ereto. A autoritária domme agora voltava sua atenção para Klara, estendendo sua mão direita próxima ao rosto da garota e ordenando-a que chupasse seus dedos. Obviamente recusou, e foi punida por isso. Um preciso e potente tapa acertou Klara no rosto, seguido pela dominadora segurando-a pelos cabelos loiros e bem tratados, golpeando-a mais uma vez na face. “- que lindo ver a marca dos meus dedos estampada neste belo rosto” – ela dizia. Passou as unhas arranhando levemente o semblante de Klara, acariciou-lhe os cabelos e a nuca com a ponta dos dedos, descendo pela linha das costas, sentindo a pele macia e bem hidratada daquela mulher sob o seu controle. Prosseguiu com os afagos pelos seios, barriga, baixo ventre e enfim alcançou a vagina, passando o polegar delicadamente pelo clitóris e com os dedos conseguintes atiçando a fenda de Klara. “-Você está muito seca, escrava. Vamos dar um jeito nisso”. Pegou então um cubo de gelo do balde de champagne que repousava sobre o frigobar e com ele fez pressão sobre o clitóris de Klara, percorrendo toda a extensão desde sua abertura até o ânus da dominada garota, arrancando-lhe arrepios e calafrios involuntários. A exasperada empresária ainda tentava lutar e desvencilhar-se dos abusos que lhe eram infligidos, sendo toda vez castigada com chicotadas, tapas e certeiros toques em pontos específicos do seu corpo que causavam dor e prazer simultâneos. Por mais que ela estivesse confusa e tentasse repudiar, era inegável que a dominatrix sabia como atiçá-la e tocá-la, o que a deixava somente mais embaraçada. Sem alternativas para lutar, tentou implorar, suplicando que libertassem a ela e seu marido. Ofereceu tudo o que quisessem para liberá-los, apelo que não obteve efeito algum. Sem mais opções desabou em choros e entregou-se.

Seu tremor aumentou quando viu a sua nova conquistadora aproximar-se com um consolo duplo vibratório, penetrando-a e massageando seu grelo com a ponta dos dedos. Sua gruta umedeceu involuntária e repentinamente, quando a cada contração de seu quadril as nádegas de Klara eram golpeadas pela palma da dominatrix. Seu marido, em êxtase, também já estava entregue aos avanços das garotas que dele tomavam posse. Neste cenário enevoado Klara teve seu primeiro orgasmo; intenso, forte, arrancado, e seguido por uma série de pares semelhantes. Ela não fazia mais menção de protestar a nada dos desmandos de sua algoz.

Enquanto o brinquedo sexual avançava por seu interior fazendo pulsar todo o seu canal vaginal, sua agressora agora instigava-lhe o ânus com o dedo médio, graciosamente pressionando a entrada do orifício sensível e rosado da garota. Sua frustração de ser obrigada a submeter-se a algo tão humilhante confundia-se com seu prazer, sendo que este aumentava voraz e exponencialmente. O esfíncter de Klara aos poucos cedia à invasão da língua e dos dedos da captora. Perdeu a conta de seus sucessivos e induzidos orgasmos, no mesmo instante que Hugo também chegava ao clímax com as garotas. Ser obrigada a ver, logo a seu lado, seu marido num inusitado ménage a trois com duas desconhecidas, era uma cena que, se instantes atrás a levavam à repulsa e ao ódio, agora começava a desenhar-lhe um estranho prazer. Estava sendo preterida, dominada, humilhada, e não podia fazer nada a respeito disso. Exceto ceder. Estava acostumada durante toda a sua vida ter consciência de seu lugar e de sua soberba. Agora, apenas podia se entregar e aceitar sua nova posição, e sua mente não conseguia processar como estava sendo prazerosa tal inesperada e insólita experiência.

Após um bombardeio de sucessivos e incontroláveis êxtases sexuais, as visitantes externas saíram e deixaram Hugo e Klara no quarto, apagando todas as luzes, trancando portas e janelas, relegando-os ao mais completo breu. Ambos estavam exaustos, como se fossem atingidos por diversas e contínuas correntes elétricas que deixavam a totalidade dos músculos de seus corpos doloridos e sensíveis. Tiveram o cuidado de amordaçar Klara antes da partida, forçando-lhe a cueca de cueca de Hugo para dentro de sua garganta, reforçada por uma corda que dava a volta entre a mandíbula e a nuca, fechando o nó em sua boca, impedindo-a de emitir qualquer som. O castigo não estava terminado. Era apenas a preparação para o segundo ato.

Continua...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive knight rider a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários