O Bailarino e o Bodybuilder - C5

Um conto erótico de Aires
Categoria: Homossexual
Contém 3747 palavras
Data: 23/12/2016 18:38:10

O relógio na cômoda marcava 04:40 naquela manhã. Os olhos de esmeralda estavam fixos ora no teto, ora naquele pequeno garoto que repousava sobre o peito do bodybuilder. Involuntariamente, as mãos de Flávio passeavam pelos pêlos daquela região, chegando a fazer cócegas naquele grande homem com quem agora dividia a cama. Ashley encontrava-se abraçado ao mais novo; Não queria sair dali. Se dependesse dele, realmente não sairia da cama, ficaria olhando o seu parceiro até o pequeno acordar. Mas precisou levantar-se para tomar banho e preparar a comida para aquele dia.

Com muito cuidado, tirou os braços de Flávio de cima de seu corpo, que de início incomodou-se com a ausência daquele ursão, e com a mesma cautela tirou os lençóis que estavam sujos da noite que passaram juntos. Levou as cobertas até suas narinas e suspirou profundamente, sentindo o cheiro do garoto e respondendo, involuntariamente, com um pau saltado e duro. A excitação fez Ashley sorrir, nunca em sua vida ficara tão fascinado por alguém, mas algo nele o impedia de seguir em frente e entregar-se para aquele sentimento.

Rumou, enfim, para o banho. Mas, por ele, ficaria impregnado com o cheiro do sexo do pequeno. Queria provar a todo o mundo agora que estava com a pessoa mais importante do mundo, ao menos para ele, mas recordou-se das palavras de seus amigos e familiares: "Quando não se externaliza a felicidade, maiores são a probabilidade de você continuar sendo feliz". E era isso o que iria fazer, iria esconder de todas as pessoas possíveis o motivo de sua alegria, que agora tinha nome, rosto, cheiro e repousava por sobre sua cama.

Após o banho, Ash enrolou-se em uma toalha e partiu para a cozinha, não sem antes dar uma olhada no bailarino. Assim como nos dias anteriores de sua rotina, separou os tubérculos, hortaliças, grãos e frutas para preparar a sua refeição e a de seu parceiro. Lembrou-se, então, da sua amiga que agora assumiu o quarto de hóspedes e acrescentou um pouco mais de ingredientes naquela manhã. Ashley estava ciente de que o pequeno iria acordar um pouco mais tarde, mas queria fazer uma surpresa para ele.

Preparou então uma tigela com frutas, torrada e pasta de amendoim e levou para o seu parceiro na cama.

Após colocar a mesinha na cama, agachou-se próximo ao bailarino e roçou sua barba no pescoço do mais novo que, arrepiado, acordou tomando um choque com aquele toque.

- Bom dia, meu pricipeso! - O mais velho sorria ao ver o pequeno bocejar e coçar os olhos. - Hoje o paizão trouxe café na cama pra você. Se arruma aí!

Flávio sorriu da forma da qual fora tratado e lentamente foi ajeitando seu corpo sobre a cama. Espreguiçou-se, alongando os músculos dos membros superiores e da coluna e então fez movimentos circulares em seu pescoço, fazendo alguns exercícios de respiração que aprendera na Yoga. Ashley se pôs atrás do bailarino e mostrou ao pequeno o que havia feito para ser degustado naquela manhã.

- Pai ficou impaciente com a tua barriga roncando a noite inteira e decidiu fazer esse banquete pra o bê.

- Minha barriga não ronca! - Exclamou o pequeno em meio a bocejos.

- Ela não ronca mesmo, canta rock pesadão. - O mais velho falou e sorriu da cara de repreensão do bailarino.

Tomou um pedaço de torrada em suas grandes mãos e passou a pasta de amendoim, levando em seguida até a boca do mais novo, que se deliciava com tudo aquilo. O toque do peito peludo daquele rapaz fazia Flávio ter ereções quase dolorasas. Ao final da torrada, Ashley percebeu o volume já formado entre as pernas do braquelinho, o que o fazia sorrir. Pegou um pedaço de kiwi, que já estava cortada, e passou nos lábios finos do rapaz, colocando em seguida dentro de sua boca. Puxou a mandíbula de Flávio para o lado direito e deu-lhe um beijo, extremamente calmo, mas de tirar o fôlego, no rapazinho. Em retribuição, Flávio passeava suas mãos do glúteo do parceiro até próximo a região posterior do joelho.

- Esse é o café da manhã mais gostoso e lindo do mundo inteiro. - O pequeno brincou com as palavras, entre os estalos do beijo.

O barbudo voltou sua atenção a tigela de frutas e pegou um pedaço de manga. Depositou na boca de Flávio e então espremeu a fruta, deixando o sumo cair sobre o corpo do pequeno. O caldo desceu dos ombros até o peitoral do pequeno. Ashley então levantou o braço direito do branquelinho, passando sua cabeça sob ele, e tomou o bico do peito do rapaz em sua frente, que sentia um arrepio a cada sugada daquele macho gostoso. A língua áspera do ativo passeava do peito até a axila do parceiro, onde também se deliciava com o corpo babado pelo suco da manga. Flávio apenas apreciava o momento, de olhos fechados, massageando as largas costas do bodybuilder.

O moreno voltou para a tigela de frutas e dessa vez tirou um morango de lá de dentro, mais uma vez fez Flávio morder a fruta e depois passou na cabeça do pau do loirinho, então tomou a fruta em sua boca e mordeu os lábios do parceiro.

- Ash, por favor! - Ele exclamou, gemendo, jogando a cabeça para trás e esfregando sua bunda no pau do grandão. - Eu preciso de você. - Disse colando a boca de Ashley a sua.

- O pai iria adorar, mas ele tá atrasado. - Disse, frustrando o pequeno a sua frente. - Mas deixa eu te ajudar! - Sussurrou.

As mãos do ativo foram ao pau do pequeno, que já se encontrava de olhos fechados, e massagearam todo o corpo do pênis num vai e vem. A bunda do pequeno friccionava, para cima e para baixo, também o pau do barbudo. Quanto mais Ash movimentava o couro da pica de Flávio, mais o pequeno rebovala naquele grande colosso. O gozo frenético fora inevitável, assim como os beijos ardentes do casal, que haviam se deliciado de todas as maneiras naquela manhã.

- Lindo, eu vou precisar ir agora. Promete que vai ligar pra mim caso aconteça algo? - O grandão durecionou sua pergunta para Flávio, que ainda encontrava-se de olhos fechados, recuperando-se do orgasmo que sofrera.

- Pode deixar comigo, paixão. Eu ligo sim. - As palavras sinceras do rapazinho fizeram o bodybuilder alegrar-se ainda mais naquela manhã.

Após vestir seu uniforme de trabalho, Ashley saiu para a academia, deixando Flávio terminar sua refeição na cama.

Ao término da refeição, com um sorriso estampado no rosto, o mais novo levantou-se da cama e foi tomar seu banho, como de costume fazia antes de ir para as suas aulas.

Precisava pegar suas roupas no quarto de hóspedes, então saiu da suíte apenas enrolado numa toalha, dando de cara com Monalisa, que analisava a cena, atônita.

- Você dormiu com o Ash, no quarto do Ash? - Interpelou após três longos ciclos de respiração.

- Primeiramente bom dia, Monalisa, porque eu não dormi nem acordei contigo. - Disse o baixinho irritado com a pergunta.

Não se achava na obrigação de responder ao interrogatório da garota. Entrou então no quarto de hóspedes e se organizou. Não teria aula de ballet na sexta-feira, então procurou por contatos de diaristas. Fora para a cozinha beber um pouco de água, enquanto estabelecia valores e horários com uma mulher de 37 anos ao telefone.

- Muito obrigado, dona Carmem. Espero a senhora na segunda-feira pela manhã. - Disse por fim.

- Eu percebo que você não gosta de mim. - Falou Monalisa, enquanto levava mais um garfo com comida a boca.

- Eu não tenho nada contra você. Eu só acho que do mesmo jeito que teve coragem pra fazer um filho, deveria ter para assumir aos seus pais e ao pai dessa criança. - Desabafou Flávio, sentando a mesa.

- Você também não apoia meu aborto, né? - Frustrada, deixou o garfo cair sobre a mesa e olhou dentro daqueles olhos cor de mel.

- Você é soberana de seu corpo, deve fazer o que achar melhor. Eu estou dizendo em relação aos seus pais. Até quando vai fugir deles? - Interpelou retoricamente. - Se você for expulsa de casa, já tem um lar. Tu quer mesmo sumir por nove meses e depois voltar do nada? Eles vão ficar preocupados.

- Engraçado. O Ash não apoiou essa história de aborto.

- Monalisa, acorda! Os métodos abortivos do nosso país são lesivos ao feto e a mãe grávida. Muitas mulheres morreram em um aborto, é disso que o Ashley tem medo. Além do mais, ele não é pai dessa criança, não deve decidir isso por você. - Respondeu, fazendo com que a menina admirasse ainda mais aquele rapaz, que, além de lindo, era inteligente e tinha sempre algo inteligente a falar. - Preciso ir a academia agora, ou perco a aula de pilates. - Encheu a garrafinha de água, tomou sua bolsa de trabalho em suas costas e direcionou-se a saída do prédio.

Monalisa ficou pensando nas palavras do rapaz e depois tornou suas energias para a limpeza da cozinha e finalmente no resto da casa, deixando tudo limpo para a volta do casal.

Na academia, Ashley conversava com uma de suas clientes, e também amiga, sobre a festa que teria mais tarde na boate onde ela era dona e o rapaz, promotor de eventos. Combinaram o horário do encontro das staffs e o pagamento ao final da festa. O barbudo pegou alguns ingressos para vender na academia. Ele sempre vendia. Muitas pessoas estavam sempre de olho nas festas da SoulCity, aliás era a balada mais movimentada de todo o estado, mesml voltada para o público LGBTQ.

Ao final do expediente, o rapaz trocou sua roupa por algo mais confortável como bermuda, regata e seu tênis de corrida e fora para a sua avaliação cardiorrespiratória. Tudo estava correto com o bodybuilder. Naquele mês, sua meta havia sido alcançada: Baixou o percentual de gordura e permaneceu com a quantidade de massa magra que estava. Foi treinar, ainda maid motivado, na academia, onde terminou de vender os ingressos da boate. As pessoas que rodeavam aquele macho o admiravam de qualquer maneira. Alguns dos rapazes que treinavam com ele, inclusive, já haviam ido para a cama com o rapaz e disputavam a atenção do mesmo, sempre pedindo ajuda entre um exercício e outro, afim de poder sentir o corpo do grandão roçando em qualquer parte do corpo deles. Ashley apenas sorria com a situação, não levando muito a sério o assédio de seus clientes e amantes do passado. Saber que era desejado por outras pessoas, fazia o seu ego aumentar.

Após a aula de pilates, Flavinho fora para a clínica onde atendeu três clientes e fora liberado. A sexta-feira era sempre um dia de poucos clientes, ao menos no horário vespertino.

Quando chegou em casa, próximo às cinco e meia da tarde, encontrou Monalisa totalmente produzida na sala, parecia uma boneca de porcelana com tanta maquiagem que portava no rosto.

- Vai sair, Monalisa? - Perguntou incrédulo, aliás ontem a garota estava em choque e hoje já encontrava-se pronta para badalar.

- Mas é claro, meu amor! - Respondeu a garota, com a voz anasalada. - E desde quando Monalisa fica em casa no dia da madeirada? Mona eu sou, querido, mas lisa não. - Citou uma de suas pérolas, fazendo Flavinho rir.

A porta da suíte abriu-se e de lá saiu um rapaz moreno, enorme, de olhos verdes esmeraldas, trajando uma calça jeans clara, camisa de manga longa branca, sapatênis e um relógio de ouro branco, além de estar totalmente cheiroso. Esbugalhou os olhos ao ver que seu parceiro havia chegado, não contava que iria vê-lo aquela hora.

- Oi, lindo! - Saudou, sem graça, o pequeno que estava na sala. - Hoje tem uma festa numa boate onde trabalho como promotor de eventos. A tia Help tá contando comigo. Tem algum problema.

- Nenhum. - O pequeno respondeu sorrindo com os lábios. - Divirtam-se!

Romou para o quarto de hóspedes, mas fora interrompido pelos braços do parceiro.

- Tudo bem se você não quiser que eu vá. Eu fico contigo essa noite. - Ashley respondeu, querendo que o mais novo mudasse de ideia.

- Pode ir. Sem problemas. - Falou, tirando o braço do rapaz de sua frente e chegando ao seu quarto, o de hóspedes, onde começou a trocar sua roupa.

Ashley ficou olhando para a porta do cômodo onde Flávio havia entrado por alguns minutos, até que Monalisa o interrompeu, chamando-o para ir a balada.

***

A SoulCity é o maior point de encontro da região. Além de ser aberta a todos os públicos, atende com maestria e qualidade a seus clientes.

É uma casa de show com dois andares, onde: Na primeira pista toca-se apenas música eletrônica, composta pelos DJs da casa ou por Guests (Convidados), tem um bar onde vende-se bebida destilada e chope, um fliperama, a piscina e fumódromo. O primeiro andar é conhecido como a casa da nata, onde a maioria dos gays ou heterossexuais corpulentos dançam / caçam. Já a segunda pista, também conhecida como Bar da cultura, aloja todo o tipo de público, das mais belas drag queens aos homens mais gordinhos. É também conhecida por tocar todo o tipo de música, não somente a eletrônica. No segundo piso, além da pista de ritmos variados, encontram-se o abatedouro, onde têm muita pegação, o armário, onde ficam go go boys dentro para brincarem com os clientes, e um barzinho, onde se vendem comidas típicas.

- E aê, brother! - Raul saudou quando Ashley saiu do carro com Monalisa, não se importando muito com a amiga. - Vai pegar muito veadinho hoje? - Perguntou, recebendo um sorriso do grandão.

Ashley direcionou-se para dentro da casa e foi ao camarim conversar com a dona da festa. Entregou-lhe o dinheiro e partiu para a pista de baixo, onde já fora tirando a camisa e sendo recebido calorosamente por todos aqueles rapazes tão másculos quanto ele. Dançou noite a dentro, estava extremamente feliz e cheio de energias, não lembrando-se muito bem do motivo pelo qual estava assim. Na verdade, lembrava-se, mas queria mentir, não admitindo a dura verdade para si.

Em um momento da noite, sentiu uma boca passear por seu pescoço. Ao abrir os olhos, deparou-se com o primo do bailarino fazendo isso. Rapidamente, empurrou Raul e o olhou com estranheza.

- Tá doido, porra?! - Exclamou próximo ao ouvido do rapaz.

- Qualé? Vai negar fogo prum brother? - Raul perguntava, extremamente bêbado.

- Mano, meu tesão é zero em você. Sai de perto de mim! - Vociferou, quase fazendo o seu amigo voltar a sobriedade.

- Cuspindo no prato que comeu, né? - Rapidamente, Raul parecia ter se transformado num monstro. - E isso tudo pela puta do Flavinho. - Gritou, fazendo com que muitos voltassem a atenção para aqueles rapazes. - Toma cuidado com ele, mano! Só toma cuidado.

Após ter dito aquelas palavras, o rapaz se retirou da pista limpando os lábios molhados de cachaça. O barbudo ficou atônito por alguns segundos e depois voltou a se encostar nos espelhos do bar. Levou a garrafa com água a seus lábios e bebeu daquele líquido gaseificado. Olhou para a sua frente e viu um rapaz com cerca de um metro e 73 centímetros, corpo esguio, porém com alguns músculos, principalmente nas coxas e bunda, com a mesma tonalidade de pele que o bodybuilder possui e um lindo sorriso. Percebeu que o rapaz estava querendo algo com ele e fora tentar investir em uma foda rápida naquela noite.

- E aí, rapazinho, tá só? - O barbudo perguntou, apoiando suas mãos próximas a pilastra de onde o rapaz estava encostado.

- Depende de você. - Sorriu para aqueles olhos de esmeralda. - Meu nome é Júlio.

- E o meu não vai fazer diferença na tua vida. - Respondeu firme. - Tá afim de ir pro meu carro? De lá a gente pega um motel. - Disse seco, com nenhum pingo de sentimento.

Júlio exitou um pouco, mas fora rendido pelo charme pessoal do rapaz. Raramente um macho como aquele mostrava interesse em rapazes como Júlio, então decidiu aproveitar a situação.

Foram para o carro do mais velho que, ao acomodar-se já foi puxando a cabeça do moreninho para a dele. Esmagou com força, sentindo lábios carnudos e que sabiam beijar muito bem. A mão de Júlio foi tocando no peitoral do rapaz e descendo por toda a extensão do corpo, até chegar naquele enorme pau. Massageou, sentindo o volume se formando ali e sorriu ao sentir o grandão parando aquele beijo feroz.

O pequeno abriu os olhos lentamente e se deparou com os olhos de Ashley totalmente vermelhos.

- Aconteceu algo que você não gostou? - Interpelou frustrado. - O problema é comigo, né? Eu sei que caras como você não curtem passivos como eu e...

- Sai do meu carro. - Ash sussurrou, sentindo uma lágrima sobre sou rosto.

- Quê? - Júlio havia escutado a frase, mas estava atônito com a situação.

Ashley abriu a porta do motorista e fechou com extrema brutalidade, fazendo com que o moreninho se assustasse. O grandão encontou a bunda na porta de seu carro e ficou fitando o céu por alguns segundos, sentindo algumas lágrimas caírem em seu rosto e prontamente limpando-as. Sentiu um toque braço-a-braço e olhou para o lado, vendo Júlio fitar o céu também.

- Quem é ele? - O rapaz perguntou na inocência, tentando fazer amizade com o estranho.

- Tá tão na cara assim? - O grandão perguntava sorrindo, ainda com lágrimas nos olhos, fitando o céu.

- Muito na cara. - Júlio respondeu, sorrindo da situação. - É seu ex namorado? Namorado? Noivo? Cara, eu sinto muito. Eu nem desconfiava que você...

- Era um lance casual. - O barbudo interrompeu o rapaz falador. - Agora eu quero mais do que isso, mas não sei se irei conseguir. Julio, me desculpa! - Disse voltando-se ao rapaz. - Se fosse há uma semana atrás eu já ia tá gozando na tua cara a esse momento, mas agora não dá. Eu acho que tô apaixonado. - Disse, fazendo Júlio derramar-se em lágrimas.

- Essa é a declaração mais bonita que já ouvi alguém fazer. - O rapazinho chorava ao falar, fazendo Ash sorrir dele. - Cara, se você gosta dele, vai em frente! O "não" você já tem. Luta por esse amor! Ninguém vai poder lutar no teu lugar. - O barbudo o olhou e sorriu. - Tá esperando o que pra ser feliz, macho? Vai atrás da tua felicidade! - O moreninho exclamou, empurrando Ashley para dentro do carro, que logo deu partida e em trinta minutos já se encontrava no prédio onde morava.

Colocou o carro na garagem e chamou o elavador. Tudo parecia estar funcionado em câmera lenta naquele momento. As pernas do barbudo bambeavam e a comida em seu estômago parecia estar se revirando completamente. Nunca havia se sentindo daquela maneira, estava mais nervoso que no dia em que perdeu sua virgindade. Sorriu. Queria encontrar logo o seu pequeno.

Girou a chave no apartamento e correu para a suíte. Contou até dez, respirando fundo, tentando conter a emoção, e abriu a porta de seu aposento. Ficou surpreso por não ter encontrado Flávio ali. Rumou ao quarto de hóspedes e encontrou seu parceiro deitado naquela minúscula cama. Sentou-se bem na beirada, somente uma de suas nádegas ficara na cama, arrumou o cabelo do pequeno e iniciou um delicado cafuné.

Flávio acordou-se e fitou o rapaz que estava a sua frente.

- Oi, paixão! - Exclamou sorrindo e se levantando, ao ver que seu parceiro havia voltado para a sua casa.

- Lindo, me desculpa! - Ashley iniciou a conversa, engolindo em seco, sentindo um nó se formar em sua garganta. - Eu fiquei com um cara na festa hoje, quase levava ele no motel... - Suspirou fundo várias vezes, não conseguindo completar aquela sentença.

- Tudo bem, Ash. - O rapaz respondeu, olhando para o mais velho, esfregando suas pequenas mãos no ombro do barbudo. - É casual. - Sorriu com os lábios, deitando-se novamente, assumindo uma posição fetal.

- Eu sei. - Respondeu soluçando, ainda com mais lágrimas nos olhos, aninhando seu corpo ao do pequeno na cama.

***

Resposta aos comentários do conto anterior:

cellinho: Olá, querido! Olha, vou concordar contigo "Se tem ciumes, tem sentimento", mas o fato do Flavinho não demonstrar isso tá sendo punk, né? Ash é outro tapado que não diz o que quer. Aff! Casal complicado esse, né? Mas acompanha o conto. Nos próximos capítulos teremos muita pizza, sexo, vinho e segredos revelados. Fica ligado! E eu sou Pernambucano, então gosto de tudo isso o que você falou também. Só não sei se na mesma intensidade, porque vocês cariocas são bem mestres do babado e da confusão, né? KKKKKKKKKKKK Até o próximo capítulo. :*

Paulo borges: Vem pra Pernambuco, seu lindo! Ao menos a maioria das pessoas em quem me inspirei são daqui. Obrigado por estar curtindo meu conto. Fico muito feliz com seu comentário aqui.

fefehh, MF^^ e Marcos Costa: Lindos, obrigado pelos comentários de vocês, espero que tenham gostado desse capítulo também. E que gostem dos próximos.

Martines: Será mesmo que não terão algo? Bem... Vamos ver como será nos próximos, né? Um spoiler pra ti, e consequentemente para todos os leitores: Não somente o passado de Flavinho virá a tona, mas o de Ash também. Fica ligado!

Monster: *-* Estou encantado. Só recebo grandes elogios teus. Fico até sem graça. Eu espero não te decepcionar com a história. E olha, se você tá amando um passivo cheio de personalidade e força, se prepara que tá vindo mais! Até o próximo conto! :*

VALTERSÓ: Tá comendo cocô de vidente rapaz? Realmente, confiança é a base de tudo. Vamos ver como eles superarão essa barreira nos próximos capítulos, hum? Já quero escrever os próximos para vocês.

gabriel.floripa: Eu também amo essas expressões do Ash. Quero um painho e um maridão igual a eleeeeeeee. Definitivamente, meu personagem favorito. Ops!

Lilinho: Eu acho que li teus comentários umas quinhentas vezes. Sério! Vou tentar evoluir mais com críticas como a sua. Só explana um pouco mais tua ideia de não deixar o Ash tão plano, acho que não captei direito. Enfim... Best seller? Longe disso. Nem é minha intenção. Eu só quero mesmo por isso que tá vindo em minha cabeça para fora. E espero que estejam gostando mesmo. Até o próximo, querido! :*

Dyfernandes: Que bom que comentou, moço. Eu também fiquei tão aflito quanto o Flávio, não vou mentir. Mas ainda bem que por essa o Flavinho não vai passar, né?

GabsSparks: Todos os personagens que entraram nessa história, vão ter uma storyline legal que influenciarão no final do conto. Então fica ligado no que a Mona vai aprontar.

Atheno: Menino, será que esses dois vão querer adotar o filho da louca? É a natureza do casal gay, né? Hum... vamos ver como se sucederão os próximos capítulos.

***

Com pouco tempo pra conversar hoje, mas espero que tenham gostado do conto hoje. Críticas? Sugestões? Ligue parabrincadeira! Beijos! :*

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Aylena a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

SERIA E FOI MUITA SACANAGEM DE ASHLEY COM O JÚLIO APESAR DE NÃO TER SE CONCRETIZADO. MESMO ASSIM IMPERDOÁVEL. SINTO MUITO. MAS AFINAL DE CONTAS É CASUAL NÉ??? SEMPRE DIGO ISSO APÓS TERMINAR DE LER OS CAPÍTULOS. ISSO ESTÁ ME ENTRISTECENDO. A PROPÓSITO POR QUE RAUL DISSE PRA ASHLEY TOMAR CUIDADO COM FLÁVIO? SERÁ APENAS DESPEITO DE EX CASO? OU TEM MAIS COISAS AI QUE NÃO SABEMOS DE FLÁVIO??? DE QUALQUER FORMA, TORÇO PELO FLÁVIO APESAR DE ESTAR ME ANTIPATIZANDO COM ASHLEY. QUANTO A RAUL, ESSE É UM GRANDE BABACA, IDIOTA DESPEITADO.

0 0
Foto de perfil genérica

Demorei a iniciar a leitura de teu conto, mas o li de uma única vez. Que lindo este casal que está despontando. Espero que ambos assumam seus sentimentos pelo parceiro e percebam que não é mais um relacionamento casual. Um abraço carinhoso,

Plutão

0 0
Foto de perfil genérica

Adorei o capítulo! Parece que Ash finalmente percebeu que se apaixonou! Esses 2 formam um casal lindo!

0 0
Foto de perfil genérica

Que lindo, amei esse capítulo, e estou amando o conto cada vez mais, já amo os personagens, e quero que o Ashley diga logo que ama o Flavinho, meu Deus que aflição! Parabéns! 💗

0 0
Foto de perfil genérica

Não gostei nem um pouco dessa traicão, se ele pelo menos passasse a imagem de confusõ mas não. Mostrou que tava curtido esse lance de está " enrolado" enfim, esses são os que mais sofrem no decorrer da história. Adorei essa coisa de "passivo cheio de personalidade@" haha. Acho que você não irá me decepcionar boy rsrs, abracos man...

0 0
Foto de perfil genérica

Eu sou bem flavio...totalmente Flávio, vivo de casualidades , algumas as vezes são disfarces, mas nao dão certo mesmo. Fico assim só no casual.

0 0
Foto de perfil genérica

Velhooooo se declara logo, to mto ancioso para esse dia. Perfeito!

0 0
Foto de perfil genérica

Tá muito bom! Bom spoiler, mas essa casualidade tá sufocante, acho que o passado será sufocante! E será que o Flávio não irá perguntar o porque dele está chorando? Ninguém fica de chamego e nome fofo em vão! Se declare logo Ash, o Flávio não ficou legal em saber que tu ficou com outro, se não ele não assumiria uma posição fetal, você magoou ele.

0 0
Foto de perfil genérica

Meu amor começei a ler hj e ja to gamada e frustada com esse fogo no cu dos dois rs! Oh palhaçada de casualidade ne mas teu conto e foda mano bjao lindo

0 0
Foto de perfil genérica

Sabia q o Raul ia bancar a bixa loka.

0 0
Foto de perfil genérica

Acho a história bem escrita. Gosto de tudo. Do contexto... dos personagens, do cenário, dos diálogos... só tem uma coisa que eu acho muito estranho: No primeiro capítulo, segundo a minha interpretação, os primos Raul e Flavio eram amigos...se davam bem... então agora fico confuso com essa guinada na relação dos dois e essa inveja louca do Raul.

0 0