Cap.2
A partir dali, eu e aquele rapaz que eu havia acabado de conhecer, começamos a nos aproximar pouco a pouco. Primeiro ele começou a me procurar pelo celular...
“Estava escovando os dentes, enquanto me arrumava para ir pra faculdade, quando de repente meu celular começou a tocar. Era um numero que eu não conhecia...
- Alô ? – falei, atendendo.
- Olha só, achei que ia te pegar acordando – não demorou muito para eu reconhecer aquela voz e eu acabar sorrindo.
- Quer dizer que já decidiu ligar para saber se eu dei o número certo...
- Também... Mas eu também queria ouvir a tua voz... E te perguntar se você gostaria de se encontrar comigo uma outra hora... Não importa o lugar, você pode escolher. Eu só queria ver você... – sorri.
- Olha, a gente pode se encontrar sim... – dizia, sorrindo...
E a partir dali aquelas ligações e aqueles encontros ficaram mais frequentes.
- E de que tipo de filme você gosta ? – ele perguntava, enquanto comíamos pizza numa pizzaria.
- Ah, sou muito eclético quanto a filmes. Só não gosto muito de terror, me deixam com medo e eu acabo não gostando muito – falei, fazendo ele sorrir.
- Então quando a gente for assistir filme, vou escolher um de terror.
- Ah é ? E porquê ? – perguntei, sorrindo.
- Porquê aí você vai ficar com medo e então eu vou poder te dar todo o meu carinho, para te tranquilizar – sorri...
- Talvez você nem precise de um filme de terror para conseguir me dar carinho...
Pouco a pouco eu comecei a conhecer Mariano de perto. E vi que nem tudo na vida nele eram flores. Que ele tinha problemas e sonhos como qualquer outro. E que ele compartilhava de grande parte dos meus pensamentos.
“Era tarde da noite, umas 23h. De repente a campainha da minha casa começa a tocar. Chovia. Estranhei, pois ninguém deveria tocar a campainha aquela altura da noite, e ainda mais com chuva. Fui até o portão, com um guarda chuva. Olhei pelo olho mágico e me espantei quando vi quem era.
- Mariano ? – o vi todo molhado, triste, choroso.... Como eu nunca tinha visto antes.
- Me deixa entrar, por favor ? – ele perguntou... Seus olhos estavam inchados... Sua roupa encharcada.
- Claro, entra, entra !
Levei ele pra dentro de casa... Fiz ele tirar a roupa, e preparei algo pra ele comer.
- Meu Deus, mas o que te deu para sair de casa a essa altura da noite – falei, voltando do meu quarto com uma toalha nos braços – e ainda mais com chuva – coloquei a toalha sobre as costas dele e comecei a enxuga-lo eu mesmo... Não pude evitar, e acabei olhando o corpo dele, que aquela altura estava sem camisa. Era extremamente convidativo. Pude notar novas lágrimas escorrerem dos olhos dele. De repente então ele saltou do sofá e me abraçou.
- São os meus pais ! Eles criticam tudo o que eu faço, parece que nada pra eles está bom... As vezes acho que eles não gostam de mim...
- Como você pode dizer isso ? – dizia eu, fazendo um cafuné no cabelo molhado dele, enquanto sentia as lágrimas dele pingando na minha camisa.
- Porquê é a verdade. Desde que eu era criança, eles sempre me criticaram. Se eu fazia um desenho, era feio. Se eu tirava 10, era apenas a minha obrigação. Se eu quebrava um brinquedo, era irresponsável. E sempre foi assim, eles nunca reconheceram nada. Eu ganhei diversas medalhas praticando natação pela minha escola. Eles nunca nem foram me ver nadar. Na colação de grau do ensino médio, eles não apareceram. Sabe quem me ajuda a fazer o curso de piloto ? Meu avô, que mesmo já tendo criado todos os filhos, ainda decidiu me ajudar a realizar o meu sonho, eles nunca me ajudaram... Isso dói sabe... Parece que eles nem são meus pais. Parece que pra eles eu sou um estranho...
Mariano era quase sempre brincalhão, animado e seduzente. Mas ele também era extremamente carente. Eu entendi isso naquela noite.
- Você pode dormir aqui – falei, sorrindo – eu não tenho nenhuma companhia, e adoraria ter a sua.... – dizia eu, enquanto arrumava a minha cama.
- Sério ?
- Sim... Se você quiser assistir TV, o controle está ali... Eu vou ler umas apostilas da faculdade antes de dormir e... – de repente então senti ele me segurando.
- Kléber, me responde uma coisa ?
- O que ?
- Eu tenho alguma chance com você ? – assim que ele perguntou, sorri
- Talvez... – falei, tentando fazer mistério. Ele sorriu, e de repente me puxou.
- É sim, ou não ? – perguntou, me olhando nos olhos. Eu engoli a seco aquela intimação. E tão de repente quanto ele me puxou, ele colou a boca dele com a minha, com muita volúpia... Foi ali que eu percebi, aquele rapaz estava conseguindo me conquistar.
TEMPO DEPOIS
Nós começamos a nos aproximar ainda mais, a ponto dele me visitar diversas vezes. E de sairmos juntos diversas vezes.
- Alô ? – dizia eu, atendendo o telefone
- Kléber ? Vamos sair ? – já conhecia aquela voz.
- Sair ? Pra onde ?
- Pra uma pizzaria. Alguns outros amigos vão também...
- Tá bom então, manda o endereço que eu te vejo lá...
Alguns minutos depois e eu estava lá. Quando cheguei, vi diversos amigos, alguns da faculdade, e ele, como sempre bonito e bem vestido.
- Bem vindo ! – falou ele, sorrindo e vindo na minha direção – que bom que você veio Kléber ! – falou ele, sorrindo...
- Só você mesmo pra me fazer sair de casa em véspera de prova – falei eu, sorrindo.
- Que bom que eu consegui... Porquê estou sentindo que hoje vai ser uma noite especial...
Me sentei perto dele, comecei a comer a pizza, enquanto ria dele tentando me fazer sorrir. Aquele dia ele parecia estar mais animado que o normal. Aquilo estava me intrigado.
- Porquê você está assim hoje ? – perguntava eu, bebendo a minha bebida.
- Assim como ?
- Animadinho... Andou bebendo algo antes de vir pra cá ?
- Não... Acho que a paixão me deixou assim, animado – falou ele, sorrindo.
- Paixão ?
- É... – falou ele – a paixão que eu tenho por ti !
Continua
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