Ainda era muito criança e já gostava de brincar de beijo na boca com minhas amigas. Meus pais não me deixavam sozinha com meninos, fossem primos ou vizinhos, mas eu tinha total liberdade para brincar com meninas. Aparentemente achavam que seria muito improvável, talvez impossível que algo “indecente” acontecesse entre eu minhas amiguinhas. Eles deviam achar que jogos e descobertas sexuais só aconteciam entre indivíduos do sexo oposto. Deveriam ter se informado melhor, porque isso nunca nos impediu. Quem quer brincar de namorar, acaba encontrando um jeito de fazer isso. Além de brincar de boneca, também beijávamos na boca, uma mostrava a perereca para a outra. Conforme fomos crescendo e conversando sobre o que tínhamos vontade de fazer, evoluímos para sexo oral. Eu adorava fazer minhas amigas gozarem, isso me dava uma sensação maravilhosa. Antes da minha primeira menstruação eu já sabia que xerecas fariam parte da minha vida para sempre.
Durante a adolescência eu continuei com minhas amizades lésbicas. Frequentemente levava meninas para casa, com a desculpa que me ajudariam nos estudos. Meu pai trabalhava fora o dia todo, minha mãe frequentemente precisava sair para fazer compras ou ir ao curso de idiomas. Eu e as amigas tínhamos horas livres de qualquer monitoramento para darmos vazão aos nossos desejos por prazer sexual. Foi assim até o fim do ensino médio; quando comecei o ensino superior, meus encontros passaram a divididos com homens. Tive curiosidade de experimentar o prazer com pênis e dei sorte de encontrar uns caras que souberam me tratar bem. Um deles mexeu comigo profundamente e tornou-se meu “amante confidente”. Contei a ele sobre minhas experiências na infância e ele me contou as dele, muito parecidas, só que envolvendo apenas meninas. Ele me contou que mesmo adulto, ainda se pega pensando com frequência nas meninas daquela época e isso me despertou boas lembranças. Eu sinto necessidade de conversar com outras mulheres que, assim como eu, passaram por algo assim.
Quando eu e meu “amante confidente” passeamos, prestamos atenção às meninas. Especulamos se elas teriam oportunidade de se divertir e descobrir o sexo da mesma maneira que nós tivemos. Ficamos com pena daquelas que são criadas em ambiente rígido demais, cheios de tabus. Sou contra o abuso, nunca serei a favor da violência seja física ou psicológica, mas se tem algo que me excita nos contos eróticos é imaginar uma brincadeira bem divertida entre pai e filha com clara conotação sexual. Pode ser entre tio e sobrinha, avô e neta, na verdade o parentesco (ou falta dele) não tem importância para mim. O que me deixa molhada é imaginar uma menina rindo e se divertindo com toques e cócegas que a deixam excitada e depois recebendo alívio para essa tensão sexual (ou seja, tendo orgasmo), depois aprendendo como retribuir os carinhos.
Sei que esse tipo de coisa é proibida e muito mal vista pela maioria da sociedade, assim como tantos outros crimes. No que diz respeito à Lei, não há distinção entre forçar uma situação sexual na base da pressão física e/ou psicológica, e fazer uma brincadeira gostosa e divertida. Penso diferente neste aspecto, para mim estes dois casos não são a mesma coisa. Acho perfeitamente válido que joguinhos sexuais divertidos sejam praticados no ambiente doméstico, sem necessidade de segredos entre pai, mãe e outros membros da família. Sem segredos, sem forçar barra, sem traumas e só participando quem quer e da forma que sentir-se à vontade.
Será que há mães que se excitam ao imaginar suas filhas e filhos descobrindo-se sexualmente? Que tenham desejo de assistir isso acontecendo ao vivo? Há na internet muitas mensagens de pais e mães horrorizados com algo tão natural, mas nenhuma mensagem de apoio, por causa do tabu que isso representa. Quando eu tiver filhos, darei a eles toda liberdade para experimentarem o sexo dentro de casa, sem tabus. Seria muito bom conversar com mulheres que se identificam comigo para troca de ideias e fantasias. Deixo claro que homens não são bem-vindos; da última vez que deixei meu contato num conto erótico, recebi uma enxurrada de mensagens de homens pedindo fotos minhas e querendo me comer. Não, obrigada: meu convite é apenas para mulheres que pensam como eu. WhatsApp 0_2_1_9_6_9_3_8_5_6_6_7