Hoje vamos começar de um modo diferente,falando da última cena,que pegou a todos de surpresa.Alguns comentaram a semelhança que tem com um conto da casa,mais não têm nada haver,pois foi baseado em mim,em algo que aconteceu comigo.Como disse no começo,todos os persongens são baseados em alguém real,e o Eduardo é uma mistura de muitas pessoas,e uma delas sou eu.
O sentimento de culpa é algo que te mata lentamente,que te consome e te devora de dentro pra fora.A cena do último capítulo é algo real,algo que meu pai fez comigo entre várias pessoas.Claro,que houve mudanças,eu amenizei algumas palavras,mudei e exclui partes,e também mudei a parte que fui quase espancado.Por que eu fiz isso?Realmente não sei,eu estava sentindo vontade de conversar com alguém,mais vivo muito só e aproveitei o conto e as amarras para mostrar algo que me incomodava.E confesso que ao ler a cena,eu a vi de um novo ângulo e até me senti bem melhor.
Desculpem pelo desabafo,e espero que não desistam do conto...
Todos os comentários do capitulo anterior respondo no próximo,senão tiver problemas.Espero que gostem desse capítulo,que ficou mais ou menos na minha opinião.kkkkkkk
Pudim
Vamos ao capítulo de hoje!
(PS:Minha intenção é apenas esclarecer o rumo da história,não causar pena.Sei que alguns aqui nunca pensariam isso de mim,mais há pessoas no mundo que sempre levam as coisas ao pior lado.)
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Continuando...
Com delicadeza,limpei o sangue que escorria do canto de sua boca.E então olhei dentro dos seus olhos,enquanto apertava suas mãos com força.
-Por que deixou que aquele homem,te tratasse daquela forma?-Perguntei,tentando entender o que acontecia ali.
-Por causa do peso da culpa,e do remorso que ele se sente.-Cristóvão respondeu enquanto vinha até a mesa e,se sentava de cabeça baixa.
-Culpa pelo que?-Perguntei tentando fazer,com que ele falasse.
-Garoto,o Eduardo só obedece e se submete as humilhações do pai,porque sente remorso.Culpa porque o pai quase morreu por sua causa,sem falar no risco que ele teve de ficar paraplégico.Culpa que em parte,eu e Heitor também sentimos.Nós queríamos fazer uma brincadeira,dar um susto no Douglas,nosso irmão mais novo.E perdemos o controle,acabamos causando uma tragédia...O pai perdou em parte o Eduardo,mais sempre gosta de ter uma chance de abaixar a crista dele e mostrar quem é que manda.-Cristóvão explicou,com a voz pesada.
-E o nosso irmão ficou com síndrome do pânico.-Heitor completou com a voz embargada,após se levantar.
-Douglas é o rapaz que veio com o pai de vocês,o de cabelos brilhantes?-Perguntei,enquanto observava os dois.
-Aquele mesmo,ele não sai debaixo da asa do pai.-Heitor respondeu enquanto olhava para Helena.
-Nós nos subtemos a tudo que nosso pai quer,seguimos cada ordem sem questionar.Foi a maneira que encontramos de compensar o mal que causamos e agradecer por ele nunca ter nós denunciado.-Eduardo finalmente falou,sua voz ressoando pela pequena sala.
-A gente não estava aqui,mais imaginamos qual foi o tratamento que o velho deu ao Eduardo.Então imagina só garoto,se aquilo é o que ele faz com o filhinho preferido.Imagina o que ele faz com a gente,que não somos do seu agrado.-Cristóvão disse em um tom de voz que não reconheci.
-Não era a nossa intenção,era só uma brincadeira besta de rapazes.A gente só queria dá um susto nele,não pensamos que ia causar tudo aquilo.-Heitor disse,sua voz cortando pela emoção.
-Isso não é desculpa para o nosso erro.Nós sábiamos o quanto o Douglas era delicado e sensível,sabíamos o risco e mesmo assim insistimos.-Eduardo disse,pensativo.
-Isso é a pura verdade!-Cristóvão disse enquanto passava as mãos nos cabelos.
Surpreso com a revelação,olhei de um por um,e fixei meu olhar em Eduardo.Ele me chamava de marginalzinho,desconfiava de mim e as vezes parecia não acreditar que eu estava tentando não me meter em problemas.E agora eu descobria que ele já havia errado,e isso havia quase causado a morte de alguém e custado a sanidade de outro.Me sentia traído,talvez está não fosse a palavra correta,mais era assim que me sentia.
-Então é isso?-perguntei sério,soltando as minhas mãos da dele.
-Isso o que?-Eduardo respondeu surpreso,pela minha atitude.
-Tu que quando me conheceu,me chamou de marginalzinho e disse que pobreza não era desculpa pra os meus erros.Depois me acusou de ter participado de uma coisa que não fiz,e hoje me olhou desconfiado ao me ver aqui...Mais tu também não é nenhum santo,já cometeu um erro,um erro que quase matou seu pai...E mesmo assim,tu se achou no direito de me julgar,de me fazer sentir mal por achar que tava te decepcionando.-O acusei,me colocando de pé e o encarando.
-Se fosse só um erro que esse dai cometeu,ele estava no lucro.-Cristóvão disse sarcástico.
-Cala essa boca!Você já falou de mais!-Eduardo disse autoritário.
-Eu vou embora!-Disse cansado e com a mente uma confusão por tudo que tinha visto e ouvido.
-Lúcio,eu...-Ele tentou falar.
-Só me procura agora,no dia que tu conseguir,mostrar quem é de verdade,sem surpresas e sem precisar que ninguém fale,ou que eu tenha que presenciar cenas vergonhosas como a de agora a pouco.-Interrompi irritado,enquanto me virava e saia.
Continua...
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