Jovens Escravas na Ilha: Abandonadas – Capítulo 05 (Final)

Um conto erótico de Srta. Sex Slave Penélope
Categoria: Sadomasoquismo
Contém 7931 palavras
Data: 16/01/2017 17:44:27
Última revisão: 16/01/2017 17:45:47

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‡‡ Capitulo IV – Tetas-de-Mel: A Caçada ‡‡

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Os dias longe do meu Mestre e perto de Megan haviam sido os melhores de muito tempo. Não havia fustigações e castigos, apenas o carinho da corajosa mulher que se restabelecia trançando um plano de fuga. Foi difícil não alimentar falsas esperanças, seu jeito de falar, a convicção das suas palavras, até o pudor que ainda guardava na ilha solitária eram de certo as coisas mais intrigantes. Recusava-se a deixar de lado seus trapos, sempre que saía em busca de alimentos vestia-os para depois de comermos, tirarmos e treparmos feito doidas.

Se estivéssemos em outro local poderia afirmar que ela era minha namorada, seus beijos despertavam-me calores febris, experimentava a necessidade de seu corpo, do seu abraço quando os pesadelos voltavam, toda noite era assombrada pela memória do cinto do Mestre, do seu pênis penetrando meu ânus, minha psique destruída pouco a pouco voltava ao normal na companhia do amor e gentileza.

Todavia, cada hora no paraíso me aproximava do inferno. Pressentia a tempestade rondando a calmaria. Quanto tempo demoraria até Roscoe me farejar ou o acaso trazer-lhes a nossa caverna? Se investigassem, por mais que não estivéssemos mais nela, encontrariam a pilha de ossos, as brasas da fogueira, seguiriam os rastros e seriamos pegas invariavelmente. Temia que minha presença condenasse Megan, tentei persuadi-la a me deixar partir, esperar o barco do seu namorado voltar para então pedir ajuda, mas a menina estava determinada em não deixar Sarah sofrendo um segundo a mais.

Imaginava os tipos de torturas que ela sofria sozinha durante todos estes dias. Já deveria estar bem treinada como eu, quando voltássemos a nos ver não teria mais o brilho da rebeldia nos olhos, talvez até tivesse anéis nas mamas, seriamos escravas irmãs de cárcere. Havia tanta coisa que ainda não conhecia de Rockwell...

— Qual é o problema, Jody? Não se sente à vontade esta manhã?

Megan me acochava acariciando meus seios, evitava os anéis passando seus dedos macios nos úberes na tentativa de me excitar, todavia meus pensamentos estavam longe para que meu corpo correspondesse como queria.

— Estou preocupada, só isso. Sua perna já melhorou há alguns dias. Se eu conheço bem meu avô, ele já deve estar ficando cansado de sua amiga. Logo virá me caçar.

— E é com isso exatamente que estamos contando, certo? Você conhece o plano, não é?

— Eu sei, Megan. Eu só não sei se posso ajudar, me sinto preocupada com tudo isso.

Não dormir direito indiferente ao seu calor e afagos. A perspectiva de reencontrar meu Mestre com fome de mim me apavorava, adiar seu encontro me contaminara com boas esperanças, não existia bondade na ilha, só monstros e estupros constantes, essa foi minha vida durante quase dois anos e continuaria a ser, esperanças só abriam feridas que julgava estarem cauterizadas e isto doía fundo no meu coração.

Levantamos junto ao canto dos passarinhos, a manhã apesar de fria estava com um céu azulado, desjejuamos algumas castanhas assadas e água de coco.

— Bom, é hora de ver o que o velho está fazendo. Não se esqueça do plano, Jody. Quando ele vier te caçar apenas arraste-o para o mais longe da cabana que conseguir, ok?

— Sim, eu o farei. Pode contar comigo.

Megan ajeito a pequena blusa rasgada que mal lhe cobria, vestiu sua bermuda, pôs as botas sujas e surradas. Queria ter sua segurança, sua crença de que tudo daria certo e brevemente estaríamos de volta ao mundo civilizado onde poderia reencontrar meus pais, abraçá-los, beijá-los, chorar as lágrimas que estavam presas, que me foram negadas, voltar a dormir num colchão de espuma, a usar roupas, tirar os anéis dos seios e tentar ter uma vida de volta.

— Me dê um beijo de boa sorte

— Cuidado, Megan.

— Não se preocupe comigo, Jody.

Nos beijamos no que poderia ser o último beijo, empunhando a lança saiu até perdê-la de vista. Não sei explicar, pode ter sido pelo beijo, mas ao vê-la se distanciando, pela primeira vez desde o princípio dos meus infortúnios senti que estava realmente um passo mais próxima do fim de tudo.

No tempo livre mapeamos boa parte dos locais habitáveis da ilha, um pequeno riacho localizado na região leste onde pegávamos água potável, fora isso só a chuva para fornecer hidratação. Precisando distanciá-lo deixei alguns rastros que indicassem a direção e o mais rápido que podia adentrei a floresta. A relva era densa e a mata se fechava em arbustos espinhosos, por várias vezes tive o corpo arranhado, as marcas se espalhavam em pequenos cortes, insetos me picavam a todo momento. Não ligava, já tinha enfrentado coisas piores. Vez ou outra pisava em falso, não tive coragem de deixar para trás minhas botas de couro meia pata cano longo vermelha, se o Mestre me pegasse sem elas certamente me trucidaria, atentava não os quebrar também, cada barulho estranho, de algum esquilo ou coelho, vi até um veado, todos esses sons para mim eram presságios de que ele estava perto, temia que a qualquer momento saísse de traz das moitas com o pau duro exigindo que lhe servisse. Roscoe era um bom farejador, acostumado desde filhote a ilha, de longe era meu adversário mais feroz, não deixaria qualquer pista passar despercebido. Minhas expectativas eram a de que não notasse, estando concentrado em me achar, os odores suaves que Megan exalava.

Eu sabia era esse o dia da caçada. Tanto tempo em suas mãos havia criado uma conexão de Mestre e Escrava que nos colocou em patamares superiores aos relacionamentos comuns. Sua cobiça pelo meu corpo e obediência nunca teria fim, a necessidade de amar que outras pessoas tinham o Mestre transformava em compulsão a torturas físicas e psicológicas, tencionando o aprofundamento dos seus desejos mais sombrios, expurgando minha alma e colocando o que quisesse na casca oca, sabia quando queria comer meu cu, quando seus olhos indicavam que era hora de uma chupada, decorei todos os detalhes de coisas que me ensinava, como gostava da boca ao redor do pênis, como chupar suas bolas, como deixar o esfíncter apertado privilegiando sobretudo seu prazer máximo.

Se quisesse alguma chance tinha de correr o máximo possível para adquirir a Megan mais tempo. Correr como se nossas vidas dependessem disso, como se houvesse do outro lado um pote de ouro, um bilhete de loteria, como se minha banda favorita estivesse esperando para autografar meus pôsteres, como se meu príncipe estivesse esperando para dar meu beijo sob luz de estrelas e roda gigante, como se não houvesse mais arrependimentos e outros locais pra onde fugir e aquele fosse o único cais de porto, a segurança, a salvação do mar bravio.

Tudo seria vão se Megan não encontrasse o rádio escondido na cabana. Não pude dizer exatamente o local mas sabia que o Mestre mantinha o aparelho guardado em algum lugar que me ocultara. Dependíamos basicamente do seu sucesso, se mandasse uma mensagem a Guarda Costeira informando nossa localização e como estávamos sendo mantidas certamente seriamos resgatadas e meu avô passaria o resto dos seus dias atrás das grades que é onde monstros deveriam estar.

Corri o dia todo fazendo algumas paradas para averiguar se ele não estava perto, se escutava os latidos, para me hidratar e comer qualquer fruta a beira do caminho, o dia foi ficando mais quente, o sol foi se pondo pouco a pouco, tardava a anoitecer, o brilho acalorado da lua se confundia com uma atmosfera decrescente, tive orgulho de mim mesma por conseguir todo aquele tempo, no entanto, o cerco se fechara, já estava andando em círculos, minha pressa me fizera esquecer a direção exata da cabana, continuar me locomovendo poderia fazer com que me aproximasse involuntariamente de Megan, me escondi onde pareceu o melhor lugar espreitando sua proximidade.

Meu coração quase saiu pela boca quando notei a silhueta dos dois, já estava escuro e julgava estar bem camuflada, o melhor que uma garota nua e sem recursos pode fazer sozinha e sem treinamento de sobrevivência. Tomei meu seio esquerdo tentando me acalmar, acreditava que Roscoe podia farejar meu medo. Meu Deus, ainda que tenha ganhado muito tempo, na minha mente me parecia ser demasiado exíguo, qualquer erro me entregaria, estava tão perto que imaginava sentir sua respiração no meu cangote, ouvia nitidamente sua voz.

— Esse tem que ser o lugar certo, Roscoe. Eu posso senti-la por perto, meus instintos estão me dizendo isso.

Estava com a roupa simples de caçada, uma calça do exército, camiseta cinza, botas marrons que muitas vezes limpei com a língua antes e depois de sairmos em caminhada, um cinto com cantil de água, algumas barras de cereais nos bolsos, mochila nas costas deixando visível a ponta da sua espingarda. Decidi que tinha de ir no caminho oposto, me esgueirar em silêncio enganando-os. Minha pressa induziu-me ao erro, não atentei na possibilidade de ele já ter estado por ali antes e crente de que conseguiria apertei o passo pisando numa de suas armadilhas, não segurei um grito de espanto e temor.

— AAAHHH!!!!

— Hummm ... Isso foi fácil. Só atrair a gazela para fora de sua toca e esperar uma das armadilhas.

Merda, estava tudo acabado! Podia apenas orar para que o tempo que consegui tenha sido suficiente para Megan encontrar o rádio. Estava pendurada pelo pé esquerdo, de cabeça para baixo, no galho de uma árvore, o sangue rapidamente fluía para meu cérebro, em vão tentei alcançar a corda antes do Mestre chegar, os latidos de Roscoe abaixo de mim eram as boas vindas, a boa escrava ao seu Mestre retornara.

RARRRFFF!!! RARRRFFF!!!

— Boa noite, Tetas-de-Mel. Sentiste a falta do seu dono?

Não podia dizer que sim nem que não. Calei-me assustada e indefesa. Tirando da mochila mais de seu interminável estoque de cordas Rockwell amarrou meus braços pelos pulsos e cotovelos, apertando muito até quase prender meu sangue. A gravidade puxava a outra perna me abrindo, meus cabelos quase tocavam o chão, haviam crescido um pouco no curto tempo de ausência.

— Tenho que te dizer a verdade, cadela. Não pensei que estaria olhando sua bela bunda ainda esta noite mas você não me deu exatamente um bom desafio. Só me fez andar nessa porra de floresta, toda sua trilha estava tão escancarada feito a sua buceta!

— Perdão, Mestre! Prometo fazer melhor da próxima vez. O mestre é tão bom em caçar que por mais que quisesse não poderia ficar escondida, longe do Senhor, por muito tempo!

Minha cartilha falou mais alto que a teimosia, logo lembrei como trata-lo, o linguajar a usar, tudo para que não o enfurecesse mais do que estava. Mesmo que passasse dias me procurando quando me encontrasse diria irremediavelmente aquelas mesmas palavras, suas ordens apesar de bem cumpridas, sempre guardavam espaços para falhas no propósito de nunca me deixar confortável ao obedecer, explorando a perfeição do ato.

— Hahaha!!! Achas que bajulação vai funcionar comigo? Já deveria me conhecer melhor.

Puxando meus cabelos fez olhar nos seus olhos, no fundo sabia que nenhuma súplica o aplacaria, não deveria nem ter tentado, seria melhor admitir minha culpa, contar logo toda a verdade nos denunciando para quem sabe deixá-lo orgulhoso de minha lealdade e me premiar com bananas.

— Inferno! Ah como é bom apertar esses grandes melões. Lábios-de-Açúcar é uma cadela fofa, mas não tem o que você tem neste departamento. Quase esqueci o que se sente quando se aperta um punhado de peitos grandes e macios.

— Estou tão feliz que eles te agradam, Mestre. Por favor, use-os...

Apertava um dos meus seios tal qual fosse espremê-lo. Torci não ser essa a intenção lançando olhares que pensei serem sedutores, talvez estivesse com tantas saudades que minhas armas antes inúteis fizessem efeito momentâneo, meus olhos amendoados detentores de meiga placidez no passado suplicavam brandura ao invés de brutalidade. Por sorte somente os acariciou medindo-os, não era fácil ter meus seios outra vez na sua mão, Megan os tratara tão bem que tinha pena do que aconteceria dali em diante.

— A única coisa que odeio quando estou fodendo sua boca nesta posição é que acabas balançando muito para a frente e para traz. Pensando na sua felicidade trouxe as ferramentas certas para corrigir isso.

Com os diabos, começava a sentir tonturas e ele não dava sinais de que me tiraria dali tão cedo. Em cada um dos anéis de minhas mamas pôs uma corda fina que depois ligou a um gancho enterrando na terra. Deixou de forma a puxarem meus seios para baixo, esticando-os. Todo movimento que fizesse me machucaria, agitar um pouco meu corpo significaria penitência aos meus pobres ubres.

— Deus, oh Deus ... Eu não consigo desligar dessas tetas bonitas. Nem consigo me lembrar por que te deixei livre por tanto tempo. Um dia sem estes peitos saborosos é um dia desperdiçado.

— UHH!!!

Suportei calada enquanto ele puxava minha mama através da corda e do anel lambendo-a até quase minha barriga. Cerrei os dentes ignorando a dor e o calafrio que descia a espinha. Naquela altura estava bem próxima do seu pênis, quando me lambeu fez questão de roçá-lo no meu rosto para que visse o quão rijo estava. Confesso que fiquei mal-acostumada, antevi meu sofrimento e praguejei o dia em que me deixou andar solta, se me mantivesse em suas mãos sempre não sairia por aí acreditando em falsas ilusões sobre amor e esperança, tudo no mundo só se tratava de duas coisas: sexo e como um ser pode dominar o outro, se não se está empunhando a chibata de certo se está no tronco apanhando.

Do meio da tralha da mochila retirou fita adesiva, minha coleira e um vibrador vermelho cujas recordações crepitavam estrondosamente na sua potência e tamanho. Ao prender a coleira no meu pescoço deixou-a um pouco mais apertada que de costume, senti-me com efeito uma cadela voltando para casa.

— Veja que não sou um Mestre egoísta. Trouxe um pequeno presente de volta para minha cadelinha de estimação impertinente, dê as boas-vindas ao seu bom amigo!

Botando o objeto na minha frente passei a dar beijinhos onde os lábios tocavam, tinha certeza que cada centímetro iria em breve estar dentro de mim, a questão era onde, umidificar, ainda que rasamente poderia abrandar o encaixe. Destacando um pouco da fita laçou ao salto do meu calçado. O que estaria planejando aquela mente maligna? Qual a serventia do vibrador preso ao meu calcanhar?

— Oh sim, essas baterias vão durar a noite toda. Vais ficar tão feliz que trouxe este mimo para ti.

Ligou-o baixando suas calças, o seu pau pulou para fora, uma seta rija apontando para minha boca, com meus cabelos feito de rédeas forçou minha cabeça para baixo, meus mamilos eram quase espoliados devido ao movimento que fazia, agarrando meu corpo puxando para trás segurando meu tornozelo, quase quebrando, virou-o, senti a tensão nos meus músculos, jurei ouvir um estalo, o vibrador ao máximo era enfiado na minha bunda, o pênis grosso me sufocava, ia enfiando tudo de uma vez, minhas bochechas perderam a habilidade, sentia doerem, as tonturas e a posição me davam forte vontade de vomitar, queria que parasse antes de chegar até suas bolas porém, indiferente ao meu estado tencionava minha cabeça avolumando todo conteúdo na minha garganta. Será que exigiria os cinco minutos para o qual me treinara?

— Gosta disso, vadia? Chupe meu pau duro, cadela! Nós vamos estar por aqui a noite toda e vais drenar minhas bolas até que fiquem secas.

Minha língua deslizava sem saber exatamente onde percorrer, pouco a pouco me lembrava de como sugar, fazia deste exercício parte do segredo dos ‘cinco minutos’, desanuvia-se a mente e foco total no que estiver em sua boca, cheirava a sebo de peixe e gordura de porco, o sabor quente do suor do seu pau voltava nas minhas papilas gustativas, se desse sorte seu esperma também, todos os dias sem o toque bruto haviam me afrouxado, aquela foda doía como as primeiras na sua mão.

— Esse vibrador vai esticar seu traseiro gordo, mas não tanto quanto eu! Vou explodir esse buraco de merda, animal de estimação impertinente! Engula meu leite, Tetas-de-Mel. Não deixe nada ir para o lixo! Sente os jatos pulverizando sua garganta, cadela? Engula meu molho de pau!

Afundando totalmente o vibrador, suas duas mãos vieram para meu rosto, uma em volta das bochechas, a outra pressionando meu pescoço, procurando sentir seu pau dentro da minha boca, os pelos das bolas que nunca raspava entravam no meu nariz, não conseguia mais respirar, estava sufocando, ficando roxa, as golfadas me atravessaram, passando algumas diretamente para o estômago. Um conhecimento prévio de sua conduta é que tende a prolongar-se quando adorava o que fazia. Acontecia exatamente ali, adorava quando me deixava sem fôlego, esperava até um pouco antes de desmaiar para tornar a dar vida, em todas as vezes, sentia que iria morrer falecer como vivi: com seu pau na boca, aceitava a tragédia, torcia para próxima vida não ser tão ruim quanto a atual, quando julgava ver as asas dos anjos vindo me buscar, as correntes das trevas me laçavam, em vão me debatia até as luzes virarem escuridão e me ver de novo na presença do meu Mestre. A noite prometia ser uma das mais longas que já vivera naqueles confins.

Chupei-o mais duas vezes antes de ser largada dependurada feito carne no açougue, vi horas se passarem. O esperma que não engoli desceu passando pelo nariz, olhos, sobrancelhas, aderindo às minhas madeixas. Toda lágrima que chorei, o clamor que proferi entraram por um ouvido e saíram pelo outro. Fiquei de ponta cabeça assistindo-o comer feijão em lata. Meus olhos pesados pareciam grudar pegajosos de sêmen, piscava tentando mantê-los abertos, de vez em quando a cabeça doía tanto que levantava um pouco o pescoço mesmo sabendo que isso esticava meus mamilos causando-lhes espasmos, era como se a qualquer momento os anéis fossem rasgar as tetas fazendo-me jorrar sangue, estragando os peitos que o Mestre tanto elogiara.

— O que você está olhando? Eu tenho te alimentado com três cargas de porra nas últimas duas horas e você quer comer da minha comida? Você deveria ficar feliz que eu lhe dei alguma coisa apesar de tudo!

Flagrei-me desejando um pouco daquela comida, apesar de fria, deveria ser mais saborosa do que o que recheava minha bílis, o que fazer se no átimo de sua loucura me determinara a viver do seu esperma? Toda comida extra tinha de fazer por onde, o que não era o caso. Meu dever estava em não por para fora o pouco alimento já ofertado, se vomitasse não gostaria nem de pensar no que me faria. O vibrador animado fazia seu trabalho, poderia retirá-lo, mas o Mestre havia deixado ali com o firme propósito de ver fustigar-me. Assim o fazia, não com medo de sua próxima lição, pela devoção do seu agrado.

Empalideci quando se virou para mim com a arma apontada. Mirava bem na direção da minha vagina. Não segurei o pranto implorando para ser poupada. Fosse o que tivesse feito pedia perdão, pedia por mais de seu pênis, elogiava sua aparência, fazia promessas de eterna felicidade como escrava ao passo que lentamente ele mirava, inebriado com minhas súplicas. Um único disparo acertou a corda me derrubando de cara no chão, enterrando ainda mais o vibrador com a queda. Urrei rolando sem perceber que agravava mais meu padecimento. O Mestre intercedeu retirando o ‘presente’ do meu ânus.

— Então vadia, gostou do presente especial que te dei, apreciou a vibração dentro das suas entranhas?

— É um brinquedo maravilhoso, Mestre. Muito obrigada mesmo pelo generoso presente!

Não lhe ia confessar que detestei todo instante com aquilo no cu, iria ficar na galeria dos segredos perdidos e insuportáveis que acumulava no passar dos dias. A galeria dos horrores, das coisas sujas, nojentas, deploráveis, das humilhações, sempre que precisava relembrar um exercício, abria as portas das memórias daquela sala.

— Estou de bom humor para outra caça, Tetas-de-Mel. Já brincou de pegar quando era criança? Ah claro que sim. Vou dar-lhe uma vantagem de cinco minutos antes de começar. Se eu te pegar de novo em menos de dez minutos foderei sua bunda. Se pegar mais tarde do que isso te fodo a buceta, que tal isso?

Pedi a Deus ser uma promessa verdadeira, a brincadeira, que nem gostava tanto na minha época porque logo perdia e para encontrar alguém de novo era um século, desistia chorando para um dos meninos me pegar pela mão e me levar para casa. Mal escutei suas palavras e já queria correr, ele passava o dedo pelo meu orifício anal enquanto desatava as amarras, pelo seu olhar sabia que queria me comer por trás, se me pegasse iria me currar puxando os anéis ou mastigando meus mamilos.

— O que você está esperando, cadela? Mexa-se. Nós não temos a noite toda!

BANG!

— AHHHH!!! Sim Mestre! Imediatamente, Mestre!

Atirou para o alto dando o tiro de largada, corri como uma louca, só para frente, cada sacolejo enchia de dor meus seios machucados das últimas horas, escutei-o ao longe gritando:

— Corre Forrest! Corre!

Odiava aquele filme do Tom Hanks cuja referência me fazia, execrava essa ilha amaldiçoada bem como ter nascido mulher e estar suscetível a tantas torturas, odiava ser bonita, a família que me gerou, a escola em que estudei, os amigos que tive, os lugares por onde andei, os sonhos que sonhei, as metas que havia traçado, odiava o sexo oposto, odiava tudo que tinha me levado de encontro a Ele, o que determinara minha situação, estava atormentada pela possibilidade do seu pau novamente dentro da minha bunda, por isso corria embora, senão ali, porém mais tarde, isso fatidicamente aconteceria. Tinha de sair logo da ilha ou ficaria louca!

Punha maior velocidade nas pernas que tinham câimbras devida a posição em que ficaram presas, quase desmaiei, mas o pânico injetou adrenalina e durante algum tempo corri sem olhar para trás. O que se agitava ao meu redor? Sentia-me num labirinto, a escuridão me fez tropeçar uma vez, ralei o joelho praguejando a falta de sorte, a leda tranquilidade era engano, meu coração sabia que a vantagem que tinha era mínima, seu fôlego apesar de ser velho era melhor que o meu, todavia, se cumprisse sua palavra e conseguisse escapar mais que os dez minutos já estaria contente.

— Você tem que correr mais rápido do que isso, puta! Sua bunda está no fogo só esperando por uma grande violação se você não se distanciar o bastante!

Seus passos ressoavam na mata como uma fera prestes ao bote, tinha de ficar focada. Só me dizia isso para me assustar, provavelmente já estava correndo por mais de cinco minutos. Não via nenhum sinal dele atrás de mim. Era apenas continuar correndo, Jody! Ninguém me resgatará se parar de correr e chorar, ninguém se compadecerá e virá em meu auxílio me tirando da horrível brincadeira e me devolvendo as bonecas com as quais muito brinquei, coleções inteiras guardadas no meu armário, na estante, pegando poeira esperando a volta de sua mãe para acalentar, no momento eu era a boneca, o brinquedo, que corria cega na escuridão, com o cabelo desgrenhado, os pés calejados, o frio me roendo.

— Posso te ver, querida! Eu tenho você na minha mira agora! Um, dois, Rockwell vai te pegar, três, quatro, é melhor se preparar, cinco, seis, pegue o meu pinto, sete, oito, já vou te arrombar!

Ah, porra! Os saltos estúpidos. Devem ter sido eles que me atrasaram! Meu melhor foi comprometido por aquelas botas, as que deixavam minha bunda empinada quando andava, a que me fazia parecer uma prostituta barata de qualquer bordel, as mesmas a qual demorei um mês para me adaptar pela qual apanhei várias vezes quando me pegava tirando-as sem autorização, parecia que tudo que me definia como mulher só servia para que ele tirasse vantagem da minha condição. Um zunido rápido cruzou o ar, não tive tempo para desviar, arremessara boleadeiras que se enroscaram nas minhas pernas fazendo um ‘tuc’ no meu osso.

— NÃÃÃÃOOOO!!!!

Cai feito um tronco cortado no chão duro. Sua sombra surgiu na luz da lua. Virei para o Mestre não contendo mais minhas lágrimas fartas, retesando o corpo implorei, não me sentia tão indefesa assim há dias, a segurança que Megan me passara fora toda embora nas poucas horas na sua presença, ou me entregava como me acostumara ou padecia, fazia ambas as coisas sem saber porque fazia.

— Oito minutos e vinte segundos. Eu acho que você perdeu, Tetas-de-Mel.

— Oh, Mestre. Por favor, eu te imploro. Por favor, tenha misericórdia! Eu não aguento mais!!!

Não quis escutar, me virou de bruços encaixando seu corpo no meu como gatos no cio, o pênis penetrou seco, com um assovio, segurava meus braços na minha costa, com a outra mão pressionava minha cara me fazendo comer terra. Lapsos dos outros estupros foram permeando meu corpo como se fosse uma esponja absorvendo água, inchando, tufando, explodindo meu ânus em frenéticos bombardeios.

— UHHHHH!!! AAAAHHH!!!

Formava-se uma pequena poça perto dos meus olhos e escorrendo no meu cu quando o som de um tiro interrompeu e findou meu sofrimento. Tão freneticamente me violava que não prestara atenção que seu cão latia ferozmente na direção oposta, tanto latiu que teve seu fim, Megan chegara e matara Roscoe com um tiro certeiro no pescoço bem quando saltara para lhe dar o bote.

— Saia de cima dela filho da puta ou o próximo tiro vai ser bem no meio dessa cara velha e nojenta, canalha!!!!

A alegria ao ouvir a voz dela conseguira superar a dor traseira, levantei de um pulo abraçando-a, com um golpe da arma ela quase quebrara uma costela de Rockwell, ela empunhava o Rifle de estimação, o famoso AK-47 que já havia visto algumas vezes, sabia que aquela arma era como uma filha, mais importante que eu, só não mais importante que o cão. A profanação dela lhe despertou uma fúria sem igual e se Megan não fosse uma mulher forte não teria conseguido domar a fera que foi amarrada com as próprias cordas que trouxera.

Megan disse que achou o rádio e fez contato na única frequência disponível. Logo o resgate chegaria, a manhã que se aproximava prometia ser a mais feliz da minha vida. Mesmo na iminência de pagar pelos seus crimes o Mestre parecia tranquilo, seu olhar e sorriso continuavam comendo meu cu, era tão cínico que até elogiou o corpo de Megan dizendo que quando a pegasse iria fazê-la pagar 1000 vezes pela morte do cachorro. Ela não se assustou, deu um tiro no chão para mostrar que falou sério, ao chegarmos Sarah já estava esperando vestindo um blusão do Mestre, me ofereceu um casaco que vesti imediatamente, nem tirei os anéis tamanha a minha pressa de em anos finalmente estar vestindo alguma roupa de novo, a sensação do pano, apesar de velho, era inigualável, transmitia uma paz mesmo pertencendo a quem pertencia. Amarramos ele na mesma bomba na qual iniciou Sarah.

Os raios de sol traziam a aproximação de uma nova vida, a rotina de subordinação ao déspota havia terminado, podia sentir raiva, odiá-lo com toda minha alma, porém estava cansada, todo o tempo em suas mãos só queria ir para casa, só pensava na garota que eu era e no que me tornara, será que a Escrava seria capaz de se adaptar de novo a uma sociedade saudável? Talvez fosse melhor dar um tiro no meio da cabeça, matando o Mestre a submissa iria morrer junto? Um turbilhão fervilhava minha cabeça enquanto olhava-o amarrado, era meu avô e meu carcereiro, minha imagem e semelhança, conhecia meu corpo como nenhum outro conheceria, os psiquiatras teriam um prato cheio para suas pesquisas quando soubessem a família perfeita que fomos...

Epílogo

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‡‡ Megan - O Resgate ‡‡

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Não duvidei nenhum segundo do sucesso do plano. Apesar dos poucos recursos, do inimigo ser treinado militarmente e com vastos conhecimentos de guerras e estratégias bélicas tínhamos ao nosso lado o maior de todos os fatores: a surpresa. Minha sobrevivência, não ao acaso, tinha nos dado uma carta na manga que por ser única não poderia ser desperdiçada.

Quando me joguei nas águas não tinha dúvida que seria meu fim, a correnteza toda hora me puxava para baixo, tentei cegamente tateando espuma e galhos, a procura dalguma coisa para segurar, a velocidade lancinante acabou me jogando contra pedras nas qual machuquei o tornozelo e acabaram me salvando, guiada a uma gruta fui sugada por um vórtice e literalmente cuspida a outro lado, onde as águas acalmaram e pude me arrastar a beira.

Com muitas dores tardei cerca de um dia e meio para me recolher dali, por sorte o mar me trazia algumas frutas, os temidos tubarões nem deram as caras, ficaram com medo de mim porque sabiam que os comeria se tentassem algo. Não poderia morrer, não depois de tudo que aconteceu. Por minha culpa a minha melhor amiga ficou presa junto de um monstro numa ilha deserta, meus ciúmes nos levaram a armadilha mortal.

Com alguns galhos e tiras da minha roupa improvisei uma imobilização do tornozelo, também me preparei caso o velho estivesse me procurando, usando somente pedra e madeira talhei uma bela lança, mataria até um urso com um golpe certeiro, até treinei um pouco antes de me convencer de que ele pensava que eu estava morta.

Jurava de vez em quando ouvir algum grito e reconhecer na voz Sarah. Depois de algum tempo pensei em todas as possibilidades. É claro que manteria Sarah presa quando Kevin viesse lhe trazer as provisões, o cão me detectaria a distância, era bem capaz de matar Kevin caso este viesse a lhe trazer problemas, aliás, como ele se meteu com uma pessoa assim? Era um caso para posterioridade.

Alguns dias depois, perto da gruta que escolhi para ficar escutei passos, rapidamente me escondi. Uma garota meiga e nua adentrou deitando no chão onde a pouco estava, tinha certeza de que ela estava com Rockwell. Abordei-a por segurança, sabendo do lugar que se tratava, não iria fazer mal a uma alma que se sabe lá quais infortúnios não havia passado.

Mantive-me em segurança até perscrutar suas intenções. Quando a conheci tive afeição a pequena. Sentia também responsabilidade, os horrores que me contava, o que ele tinha feito com Sarah logo nos primeiros dias, parecia que podia ver a pobrezinha chorando a mingua, ela que nunca fora muito forte, que na verdade era ingenuamente inocente e doce estava passando o pão que o Diabo amassou.

Não fosse Jody tinha me levantado na mesma hora e dado cabo daquele velho maldito. Passamos vários dias juntas, não sei explicar diretamente qual a necessidade que me tomou conta mas olhar aquela bela mulher que se recusava a se cobrir todo o tempo me despertou uma tara que antes não tinha. Desejava-a. Tive-a. foram os momentos mais felizes, me encheram de força e esperança. Não era mais só pela Sarah, era por Jody, por nós duas, foda-se Kevin! Por que não veio me procurar? Disse certa vez que por mim iria até o inferno, ali não vi viva alma...

Quando estávamos juntas chegamos tão perto de Rockwell que já imaginava minha lança na barriga do cretino. Ao ver o tamanho do fardo que obrigava Sarah a carregar me espantei que a pequena tivesse forças para tanto, sua boca estava tapada por uma bola, corpo nu e salto, assim como Jody. O tarado a surrava sem pena, ela gemia pedindo clemencia a cada golpe que recebia nos seios, depois ele comeu sua bunda, fiquei enjoada de a ouvir gritando, não estava preparada, não totalmente. Sarah sofreria para que todas nós pudéssemos ser salvas, era essa a maior provação de sua vida.

Reestabelecida e cheia de confiança chegou o dia, Jody tinha certeza de que ele a procuraria naquela ocasião, a única oportunidade, se tivéssemos sucesso a liberdade, se falhássemos a morte ou coisa bem pior. Tomamos direções opostas, eu para a cabana, ela para o mais longe possível. Levava a lança caso tudo desse errado. Não muito longe parei, percebi que me aproximava demasiadamente rápido e o velho estava brincando bem próximo.

Tinha colocado um piercing em Sarah que doía até em mim, não segurei as lágrimas ao vê-la se esforçando para andar, com as mãos amarradas, salto alto, com uma gag na boca e uma bola de metal presa no clitóris. Vi-a se abaixando e levando uma bola até ele que novamente comeu sua bunda comigo assistindo oculta na plateia.

Dizia para mim mesma que esta seria a última vez em que ele tocaria nela. Quando terminou a deixou com uma corda no pescoço presa na árvore. Deu as costas sem se importar com o que aconteceria. Sarah chorava, esperei até ele sumir da vista para libertá-la, primeiro a corda, depois com uma pedra quebrei a corrente, desfalecida ela nem acreditava. Primeiro pensou que tinha morrido e eu viera leva-la ao outro mundo, depois quando a toquei reagiu feito uma louca rejeitando meu amparo até cair em meu colo desesperada esticando os braços, tocando no seu grelo como que atestando que ele ainda estava lá.

— Graças a Deus Megan!

— Eu sei, eu sei. Logo isso tudo vai terminar. Vamos, precisamos chegar até a cabana o mais rápido possível.

— Não! Eu não quero voltar nunca mais pra lá! Tudo é horrível, aquele lugar é o inferno, vamos embora daqui!

— Primeiro precisamos fazer contato com o resgate e só lá é que isso é possível. Sei que passaste coisas terríveis por minha culpa mas estes tempos acabaram, tá bom? Eu voltei para te salvar.

— Ele vai nos achar e vai te escravizar. Vai me punir porque não me encontrará no lugar que deixou, ah não, meu Deus, você quebrou a corrente, era só desengatar, e agora o que vou fazer, rápido me amarra de novo, quem sabe assim...

PLAFT!

Dei um tapa forte no rosto dela. Em um instante saíra do torpor desesperado e voltara a sanidade.

— Não pode deixar ele comandar sua cabeça. Agora ele está longe procurando Jody que está ganhando tempo para nós. Precisamos encontrar o rádio antes dele pegá-la, precisamos ir agora de acordo?!

— Sim... Sim... Me desculpe, é que...

— Não precisa se desculpar, apenas vamos.

Segurei na mão trêmula dela. Quando chegamos ela ainda recuou um pouco quando olhou para uma bomba de água, umas bacias mas a fiz entrar. Reviramos cada uma das gavetas, Sarah pegou uma das camisas dele e vestiu.

— Ele destruiu todas as minhas roupas, assim me sinto gente de novo.

— Certo.

Reviramos a cabana inteira. Sarah tinha informações interessantes, me mostrou onde ele guardava um álbum de fotos. Registros de crimes de guerra que ele confessara enquanto a estuprava, seus instrumentos de tortura metodicamente arrumados. Minha vontade era de queimar tudo, todavia qualquer traço de fumaça certamente o traria de volta. Dentro do armário estava guardada uma arma, um AK 47 em perfeito estado. Meu pai me ensinara a atirar, não contei isso para nenhuma das minhas amigas porque elas iriam se assustar.

O tempo passava e nada; Sarah quem teve um palpite. Durante o tempo em que passara engatinhando por ali notara que certa parte parecia oca. Era embaixo de um tapete onde Roscoe costumava cochilar, os dois nunca gostaram que ela passasse por ali, quase fora mordida e levou uma surra por estar fora de seu lugar. Insisti que as práticas que ele fizera com ela ficariam no passado, eu não precisava saber e ela não precisava lembrar o tempo todo. Por debaixo do tapete tinha um alçapão com uma fechadura. A base de marteladas quebrei tudo até achar a maravilhosa caixa com o material.

O rádio era velho como ele, até recordo que o vi mexendo nele assim que chegamos, não tinha muitos conhecimentos técnicos, passei horas tentando alguma frequência, comecei a temer não conseguir só que se demonstrasse era capaz da Sarah desmaiar.

— Câmbio, alguém na escuta. Precisamos de resgate. Câmbio.

— Câmbio na escuta, Patrulheiro. Qual a situação? Câmbio.

Não segurei um grito de êxtase. Uma voz humana, uma voz masculina que não a daquele crápula, o pesadelo estava mais próximo do seu final! Logo sairíamos dali. Sarah ficou tão feliz que perdeu o medo, foi até a dispensa, pegou um belo pedaço de carne seca e foi preparar uma boa janta. Era egoísmo se fossemos pensar na Jody na floresta escura e fria. Não importava.

— Câmbio. Estamos presas, três pessoas em uma ilha, perto da costa de Oregon. Câmbio.

— Câmbio. Tem as coordenadas? Câmbio.

— Câmbio. Não mas precisamos de ajuda urgente. Câmbio.

— Câmbio. Porquê? Algum ferido? Câmbio.

— Câmbio. Por enquanto não, possivelmente depois. Fomos raptadas pelo morador daqui que está nos torturando. Câmbio.

— Câmbio. Nossa! Alguém ligado ao tráfico? Câmbio.

— Câmbio. Não. Um velho veterano de guerra. Faz coisas horríveis, diversos estupros. Vai mandar ajuda ou não? Câmbio.

— Câmbio. Imediatamente. Precisamos saber o perímetro. Algum destaque rochoso que possa nos guiar? Câmbio.

— Câmbio. Águas turbulentas, presença constante de tubarões, o homem que nos torturou a chama de Ilha do Tubarão Morto. Câmbio.

— Câmbio. Afirmativo, já temos as coordenadas, vamos enviar um helicóptero para o resgate, o sujeito está armado? Câmbio.

— Câmbio. Sim, confronto imediato possível antes da sua chegada, tragam suprimentos médicos urgentes, aspirinas e gel cicatrizante. Câmbio.

— Câmbio. Entendido. A situação está tão feia assim? Onde o homem está no momento? Câmbio.

— Câmbio. Na floresta, nossa amiga está em perigo, estamos nos preparando para emboscá-lo. Câmbio.

— Câmbio. Não se precipitem, a ajuda já está a caminho, previsão de chegada ao alvorecer. Câmbio.

— Câmbio. Negativo. Muito tempo, esperamos ter a situação sobre controle quando chegarem. Só venham nos tirar daqui ok? Câmbio.

— Câmbio. Afirmativo, tentaremos contato com a Guarda Costeira mais próxima para tentar agilizar o resgate. Desejamos boa sorte, até o amanhecer. Câmbio desligo.

O sujeito fazia bastante perguntas. Não liguei muito para isso, comi às pressas, carreguei a arma pronta para a guerra.

— Você vem comigo?

— Eu? Não. Vou esperar aqui.

— Sugiro que se esconda. Se eu não obtiver sucesso corra naquela direção, há uma caverna que ele não conhece, fique lá até o resgate chegar. Torça para que eu não morra.

— Sim.

Dei um beijo na boca dela antes de sair. Estranhou-me espantada, não dei muito caso e fui atrás dos rastros do porco, se tivesse sorte o encontraria antes dele pôr as mãos na Jody, de encostar seu pau na minha mulher, de estupra-la de novo.

Não foi fácil, só tive a certeza da direção quando ouvi um disparo um pouco longe, corri sobressaltada. O que acontecera que o obrigara a disparar? Temi pelo pior até chegar e vê-lo por cima dela metendo no ânus, Jody gritava perdidamente, como as vezes ao acordar de um pesadelo, o cachorro rosnara, tentou alertar o dono levando o que merecia. Uma bala, um tiro.

Eram indescritíveis a felicidade de Jody e o ódio de Rockwell. Apesar de tudo manteve-se tranquilo, tirando piadas dela, de mim, contando anedotas do que fizera com Sarah. Provocações que certamente visavam que eu me descontrolasse e desse uma oportunidade para que se desamarrasse e tomasse a arma de mim, arma que segundo Jody era a preferida dele, lembraria de leva-la como um suvenir da guerra, para lembrar quem triunfou.

Amarrado, devidamente domado como fizera com Jody e Sarah, só nos restava esperar o resgate. Impassivelmente ele continuava jogando suas indiretas, tinha de me segurar para não o matar, mas meu desejo era fazê-lo morrer numa cela, sem ninguém, tendo de bater punheta, possivelmente virando moça na prisão.

Jody olhava diretamente para ele sem falar nada. Uma das primeiras coisas que fizera foi buscar em um baú que chegamos a revirar um item em particular. Quando a perguntei só me respondeu.

— É uma peça única, ele a matinha para que pudesse cheirar minha vagina todas as manhãs, é a única calcinha fora a sua em toda a ilha, e é minha então eu quero usar.

— A vontade meu amor.

Se agasalhou em um moletom. Ambas nitidamente estranhavam ele estar amarrado e elas soltas.

— Está tudo acabado para você, Rockwell. Eu encontrei seu rádio e fui capaz de pedir ajuda.

— HaHaHa sua vadia estúpida. Você não tem ideia do que ainda está por vir. Mas tenho que tirar o chapéu, me enganaste direitinho, pensei que estivesses morta. Deves ser uma puta de uma nadadora para sobreviver a um salto daqueles. Eu já disse o quanto amo foder belas e fortes nadadoras? Sim, por dentro desses peitos grandes também moram pulmões de aço com fôlego para dar e vender. Sou até capaz de te fazer ficar dez minutos consecutivos com meu pau na sua garganta. Vou te foder dias e dias e nunca irás desmaiar, vai sempre pedir mais. Já foi fodida dias a fio, Megan? Dizem que é uma experiência que muda a vida. Melhor ir preparando esse rabo gostoso para mim, as selvagens fazem mais o meu tipo.

— Feche a porra dessa sua boca ou vou atirar bem nas suas rótulas!

— Oh Oh Oh, você está apenas me deixando excitado com esse tipo de conversa, Megan. Não há nada que faça meu pau ficar duro mais rápido que uma cadela que ladra. Não quer alguma diversão aí atrás? Porra, você está dando um duro danado apontando minha arma contra mim há horas. Quando isso acabar, eu juro, a primeira coisa que vais ter presa é seu buraco de merda é meu enorme e guloso pau. E vou até te fazer gozar feito louca no cio assim como sua amiga aqui! Conte pra ela Lábios-de-Açúcar!

— Eu? Lave sua boca ao falar de mim, velho bastardo, sujo!

Sarah perturbou-se deixando levar pelas palavras do canalha. O sujeito sabia como tirar cada uma de nós do sério, relembrar dos acontecimentos fez com que ela desabafasse toda a sua raiva, tudo que estava contido no coração pequeno e triste que lhe restara, tenho certeza de que se desse a arma para ela, não hesitaria em metralhá-lo.

— Qual é o problema, Sarah? Eu devastei quase todos os seus buracos e ainda vem me tratar como a puta qualquer que és? Pensei que tinhas mais consideração por todos os momentos que partilhamos mas saiba que eu não sou um Mestre ruim apesar de que certamente pagarás por isso, sempre vou querer você minha cadelinha. O que foi tem medo de enfrentar a verdade, Lábios-de-Açúcar? Essa sua buceta profunda e apertada anseia em ser propriedade de um homem de verdade como eu?! Eu te comeria agora, basta soltar essas amarras docinho...

— Cale-se! Cale-se! Isso é uma mentira absurda! Você… você me usou! Foi nojento! Tudo! Eu odiei cada minuto daquilo! Está escutando? Todo minuto!!!

— Último aviso: calado!!!

UHHHH!

Deferi uma coronhada violenta no seu queixo, determinei-me que se desse mais um pio aleijá-lo-ia. Em prantos Sarah foi abraçar Jody que ternamente a consolou.

— Está tudo bem, Sarah. Ele está apenas brincando com sua mente. Ele não pode fazer nada mais com você.

As duas não percebiam mas estavam se libertando das amarras psicológicas que ele havia imposto, o caminho seria árduo e trilhá-lo requereria coragem entretanto, comparado ao que passaram, tinha a total confiança que em pouco tempo estaríamos as três passeando, tomando sorvete ou vendo um filme, fazendo as coisas normais do cotidiano, esse passado ficaria para trás, Rockwell seria apenas um louco psicopata que abusara da neta e manteve três jovens em cárcere numa ilha esquecida por Deus e o próprio mundo, se envergonhariam pelo que passamos e de certa forma estaríamos ajudando a outras mulheres não passarem o mesmo.

Ouvi o som do helicóptero se aproximando. As duas ficaram empolgadas acenando para o alto, no auge da felicidade, esqueceram-se de tirar os saltos que antes incomodavam-nas ferrenhamente, como a ferida que dói menos quando emplastro é posto.

— Ei, eu ouço algo... um helicóptero.

— Lá em cima sobre a montanha! Estou vendo! Estou vendo!

— Comece a fazer suas orações, velho. Vai para a prisão passar resto da sua vida doente numa cela fedida pelo que fez com elas.

Rockwell entrevia seu fim próximo, porém matinha a mesma atitude altiva desde que foi capturado, sabia do seu caráter provocador e cínico, entretanto, supunha que mesmo um monstro, quando acuado e próximo do fim, seria tirado do sério dando o braço a torcer.

— Por aqui!!! Por aqui!!! Aqui embaixo!!!

— Estamos salvas! Nem acredito estamos salvas Megan!

Se estávamos salvas porque tinha a mesma sensação que me fizera levantar na noite em que Sarah foi tomada de assalto? O que poderia tanto me incomodar a ponto de achar que nós não estávamos no controle da situação?

— Realmente acabou!? Parece que isso é apenas um sonho. Será que estou acordada? O Vento contra meu rosto, é tudo real. Mas o que será...

Mesmo pensando com muita precisão, sentia que havia algo que não estava encaixando em toda a história, meu instinto dizia que algo estava muito errado. O helicóptero que se aproximava, ao analisá-lo bem, não tinha nenhum símbolo, exército, policia, cruz-vermelha, nada indicava quem havia mandado o resgate, não desciam com algum tipo de ordem ou palavra tranquilizadora, não vinha da costa, da direção do porto por onde tínhamos chegado, porque demorara tanto se a viagem é bem mais rápida pelo ar do que na água? Porque o rapaz que atendera ao chamado do rádio fizera tantas perguntas ao invés de providenciar logo a ajuda?

Feito uma chicotada a resposta caiu, sem perda de tempo disparei contra o helicóptero.

TAK! TAK! TAK! TAK!

— ABAIXEM-SE!!! PROTEJAM-SE AGORA!

A surpresa foi grande, Jody pôs as mãos nos ouvidos protegendo-os pois era a mais perto de mim, Sarah por sua vez virou estupefata pelo que via.

— O que está fazendo Megan?!!

A resposta não tardara. Uma rajada violenta de tiros caiu sobre nossas cabeças, me joguei ao chão desviando da maneira que podia, Jody se encolheu toda segurando a nuca como se isso fosse a proteger, pior foi Sarah que ficara parada, em pé, gritando desesperada. A aeronave estava equipada com uma M134 Minigun, o tipo de armamento bélico pesado, quem quer que eu chamei com toda certeza não veio nos ajudar, mas sim livrar a pele de Rockwell, deveria ter matado enquanto podia aquele crápula.

Os disparos comeram o solo, nossa única esperança era a floresta, nos escondermos onde estávamos e de lá ver o que poderia ser feito, eu sabia disso, Jody sabia disso. Sarah não pensou. Saiu em disparada na direção oposta, só correu gritando.

— Sarah. Venha por este caminho. Por aqui Sarah! SARAH!

Era inútil, a boba estava perdida, nos separarmos foi a pior coisa para ela, mais uma conta para o meu livro de culpas. Sozinha ela nunca seria capaz de escapar. Corremos bastante antes de parar para recuperar o fogo, uma grande árvore nos dava cobertura, olhei para trás para ver se estávamos sendo seguidas.

— Oh, Deus, Megan. Eu posso vê-los vindo. Quantos são? O que nós vamos fazer?

— Eu não sei Jody mas vou encontrar uma solução confie em mim...

A arma brilhou numa luz fugida do sol que atravessava a folhagem. Na pior das hipóteses, antes mortas que escravas...

FIM...

Ufa! Sei que deve ter sido cansativo aos caros leitores mas eu não podia dividir esse capitulo em dois. Não faria muito sentido. E assim chega ao fim a segunda parte do conto da Ilha do tubarão morto e os terríveis e desafortunados habitantes. Vou me dedicar a outros projetos por isso esse ficará parado. Creio que apesar de demorado os contos valeram a pena, estou muito feliz com o resultado e com as pessoas que chegaram até aqui porque não é o que esperam deste site. Busco fazer meu melhor, quem quiser me contatar deixe o email inbox para trocarmos experiências literárias e sexuais, quem sabe não incluo em algum futuro conto as ideias. Beijos e obrigada pelos comentários!

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Comentários

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Simplesmente genial!!! Quero comprar seu ebook agora!!!

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Este conto é uma raridade, pena que nunca mais escreveste, mas adorei tudo!

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Boa tarde, gostei bastante do seu conto, li todos, é uma linguagem bem diferente da que estamos acostumados, bastante culta. Fiquei muito sem entender o final, já que você disse que fará um outro projeto, espero que um dia você volte e finalize esse conto. Grande abraço, se puder de uma olhada em meus contos. Se você quiser entrar em contato meu email é Forrest.mineiro@gmail.com, grande abraço.

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