Olá!
Pessoal, obrigado pelas mensagens.. vocês não sabem como o Antoine fica feliz ao lê-las. Eu peço que orem por ele (sei que já fazem isso), mas ontem ele entrou em coma induzido. Ele está com o organismo muito fragilizado e os médicos acharam melhor fazer isso. Se não fosse minha filha, eu não sei o que faria. A situação está cada vez mais delicada. Peço as orações de vocês, por favor.
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- Prontinho! Chegamos! – Eu disse na entrada do restau
- Uau! Se por fora ele já é assim, imagine por dentro...
Nós entramos e Nelson foi ficando cada vez mais encantado com o restau. Não era nada muito luxuoso, mas era tudo muito bonito. Pi e eu (na verdade mais o Pi) cuidamos de tudo com muito carinho, cuidamos de cada detalhe e sempre tentávamos melhorar ainda mais. Quando estávamos apresentando a hortinha que havíamos feito na área externa, nós ouvimos um barulho vindo da cozinha e o Thi e eu corremos para ver o que era.
- O QUE É QUE TU FAZES AQUI DENTRO, MOLEQUE? – Thi foi para cima de um rapaz que estava roubando a cozinha
O menino saiu correndo e o Thi saiu correndo atrás, eles derrubavam tudo o que viam pela frente. Eles saíram da cozinha e foram para o salão onde ficavam as mesas. Thi corria desesperadamente atrás do moleque, em um determinando momento o menino tropeçou e caiu por cima de uma mesa, foi a oportunidade para o Thi apanha-lo.
- O QUE É QUE TU TA FAZENDO AQUI, MOLEQUE? – Ele estava enfurecido
O menino tentava se soltar mas não conseguia, Thi envolveu um braço envolta do pescoço do rapaz e o pobre já estava roxo sem ar.
- Thi, tu vais matar o menino. Solta um pouco?
- O QUE? NÃO! ELE TAVA ROUBANDO!
- Sim, eu sei! Mas se tu não soltares o pobre, tu vais ter um defunto ladrão.
Thi foi soltando aos pouquinhos o menino.
- Se tu pensar em tentar fugir eu te quebro na porrada, entendeu?
- Sim!
- Thi, ele tá sangrando.
- O que é que tá acontecendo? – Nelson veio com Sophie no colo
- Nelson, vai com a Sophie lá para horta, por favor, depois eu vou lá com vocês.
- Tá! – Ele voltou por onde veio
- Thi, ele tá sangrando! Levantem!
Eles levantaram e eu pude ver uma grande marca de sangue na camisa do menino.
- Meu Deus, tá sangrando muito.
O menino começou a chorar.
- Desculpa, moço! Desculpa! Eu não sou ladrão! Desculpa!
Ele chorava muito, mas muito mesmo.
- Thi, vamos levar esse menino para o hospital.
- Não, moço! Por favor, não! Não me prendam, por favor.
- O que? Mas nós vamos chamar a policia é agora!
- Calma, Thi!
- Calma nada! Esse moleque estava roubando o restaurante...
Eu não sei explicar, mas algo me dizia que aquele rapaz não era do mau. Eu sentia algo muito bom em relação a ele. E sabia, não sei como, que tinha que ajuda-lo.
- Thi, calma! Vem cá! – Eu chamei o menino e pedi para ver o corte dele
Ele tinha se cortado nas costas, um corte bem grande e aparentemente bem fundo, pois sangrava bastante.
- Nossa, isso aqui tá feio. Vamos para o hospital.
- Vamos é pra cadeia, né?! – Eu tive vontade de dar um soco no Thi
- Não, moço! Por favor, não! – O menino chorava bastante – Eu não sou ladrão!
- E o que é que tu estavas fazendo na minha cozinha?
- Eu só estava atrás de algo para comer, moço. Eu não como há muitos dias...
Quando eu ouvi aquilo, eu senti alguém arrancar meu coração e dar um nó no meu estomago.
- Oh, meu Deus, e por que tu não pediste?
- Vergonha, moço! – Ele chorava bastante
- Olha só... nós vamos para o hospital. Eu não vou deixar ninguém – eu disse olhando para o Thi – te prender, tá? Mas nós temos que cuidar desse ferimento.
Eu dei um jeitinho naquele ferimento, afinal eu tinha aprendido algumas coisinhas com o Bruno, e o levei para o hospital. A parte difícil foi ir ao hospital, eu teria que rever tudo. O local onde eu tinha visto o corpo do Bruno, a sala de cirurgia, a área de oncologia... Mas, eu fui. O Thi não gostou nada, nada da ideia, mas ele foi comigo. Eu pedi para o Nelson ficar com a Sophie no restau, eu não queria que ela visse nada daquilo. Logo na entrada do hospital eu encontrei com alguns amigos do Bruno que me atenderam muito bem. Eles me perguntaram o que havia acontecido com o rapaz e eu menti, é claro. Eu disse que eu tinha encontrado o rapaz na rua. Eles entenderam como um ato de caridade e atenderam o rapaz sem muitas perguntas.
O rapaz levou vários pontos e ainda teve que tomar algumas medicações. Os médicos comprovaram que ele não comia há dias, pois estava com um quadro de desnutrição. Thi estava por que estava querendo brigar, mas como dizem, quando um não quer, dois não brigam. Eu fingia que nem era comigo, ele resmungava sozinho. O menino foi liberado e então nós fomos embora. Eu o levei para o restaurante e preparei algo para ele comer, ele estava morrendo de fome.
- E então? Como tu te chamas? – Eu perguntei enquanto ele comia
- Me chamo Luiz Eduardo.
- Tu tens quantos anos?
- 19 anos
Ele não aparentava nem de longe ter 19 anos, eu dava entre 10 e 14, no máximo. Ele era bem mirradinho.
- Por que tu entraste assim no meu restaurante?
- Desculpa, moço! – Ele voltou a chorar, eu não sabia de onde vinham tantas lágrimas – Eu não sou ladrão.
- Tudo bem, tudo bem! Eu só queria saber o motivo de tu entrares aqui...
- Eu estou há dias atrás de algum serviço, não me importa o valor, eu só queria ter um dinheirinho para comer. Ninguém me dá emprego.
- Tu não és daqui de Macapá, não?
- Sou, sim senhor!
- E cadê tua família?
- Eu não tenho família! – A expressão dele mudou repentinamente, ele ficou mais sério, talvez até mais triste
- Tu moras com quem?
- Sozinho
- Um menino tão novo morando sozinho? O que aconteceu com a tua família?
- Eu não tenho família.
Eu percebi que ele não queria falar daquele assunto.
- Tu estudas?
- Não! Mas eu estudava.
- E por que tu paraste de estudar?
- Pelo mesmo motivo que eu não como, não tenho dinheiro.
Eu queria muito entender aquele menino, eu não sabia o porquê. Mas, eu não fiz mais perguntas, nós esperamos ele terminar e deixamos ele ir embora. Eu queria muito deixa-lo onde ele morava, mas o Thi foi contra.
- Esse menino é muito estranho! – Thi disse
- Olha quem fala!
- Estás falando que eu sou estranho?
- Hoje, tu não é mais. Mas, tu já foste muito estranho, Thiago, muito mesmo!
- Sem graça!
- Tu achas que ele tem 19 anos mesmo?
- Aquele graveto? 19 anos? Nem pensar! Ele tem 15 no máximo, ainda não tem nem pentelho se duvidar.
- Ai, que horror, Thi! – eu disse rindo
- Sério, ele parece ser muito novinho. Ele disse que tinha 19 anos?
- Foi! Tu não ouviste, não?
- Provavelmente, não. Eu estava com vontade de torcer o pescoço dele, então, não prestei muita atenção no que ele falava.
- Dai-me paciência, senhor...
Nós voltamos para onde o Nelson estava com a Sophie e só então eu fui apresentar adequadamente o restaurante para o Nelson.
- Nossa! É tudo muito lindo, aqui, Antoine! Vocês fazem um belo trabalho, aqui. Não entendo por que queres deixar tudo isso aqui e voltar para a França.
- Até tu, Nelson?
- Até eu o quê?
- Até tu não queres que eu vá para a França?
- Claro que não, né Antoine?! Tu podias te mudar para Curitiba, isso sim!
- Engraçadinho... Bom, é aqui que tu vais trabalhar essa semana. Que tal?
- Uma maravilha! E cadê o outro chefe?
- Tu vais encontrar com ele quando formos para casa.
- Por que? O que tu estás aprontando?
- Nada, homem! Ele é meu vizinho, só isso.
- Teu vizinho?
- Esqueceu que ele é meu primo?
- Ah, sim!
- E ele também é casado com meu irmão!
- Como assim? Na minha família não tem essas coisas, não. – ele sorriu
- Bom, não é meu irmão de sangue, não. É meu melhor amigo. E falando nele, se ele rosnar pra ti não estranha não, tá? Ele é meio ciumento.
- Meio não, ele é totalmente ciumento. Ele pode te morder, cuidado. – Thi disse
- Assim vocês me deixam nervoso...
- E é pra ficar mesmo! – Thi ainda colocava mais pilha no pobre do Nelson
Nós saímos do restau e fomos para a minha casa. Lá, nós encontramos o Pi e o Dudu chegando na casa deles também.
- Olha, se a gente tivesse combinado, não teríamos chegado juntos. – Dudu disse vindo ao meu encontro – Oi, mano! – Ele me abraçou
- Oi! Tudo bem?
- Tudo, sim!
- Deixa eu te apresentar, esse é o Nelson. Nelson esse é meu irmão, Dudu.
- Oi, Dudu! Tudo bem? Prazer em te conhecer! – Nelson estendeu a mão para cumprimentar o Dudu
- Oi! – Ele disse seco e apertou a mão do Nelson – Era ele teu amigo de Paris, né?
- Ele mesmo!
- Rum...
- Seja educadinho, por favor! Não foi isso que eu te ensinei, criança! – Eu disse brincando
- É ele quem tá levando vocês para lá?
- Não, não! Eu sou contra essa ideia maluca dele também. Eu moro em Curitiba. – Nelson se defendeu rapidamente
- Ah, sim...
- Bom, deixa eu entrar com o Nelson. Depois nos falamos, mano.
- Ele vai ficar aqui em casa?
- É, na minha casa, por que? – Thi falou
- Por nada... – Dudu disse emburrado e voltou para a casa dele
- Ele morde mesmo, né? – Nelson falou bem baixinho
- Não te disse? – Nós rimos
- Ele tem mais ciúmes de ti do que o Thi.
- Na verdade, ele tem ciúmes até de mim com o Antoine.
- Sério? Por que?
- Iiiiiii longa história, te contamos lá dentro. –Eu disse
- Gente, quanta história, viu?! – Nelson sorriu
Nós o levamos para o quarto dele e o deixamos descansar um pouquinho. Eu aproveitei para tomar um banho e arrumar algumas coisas que ficaram meio bagunçadas. Eu estava pensando seriamente em pegar Dona Cacilda emprestada da Maman, afinal ela tinha a Jojo.
- Sou um novo homem! – Nelson disse descendo as escadas de banho tomado – Para onde vamos?
- Vamos te levar para conhecer os principais pontos turísticos da cidade. – Eu disse
- Legal!
Nós esperamos o Thi se arrumar e fomos para a Fortaleza de São José de Macapá.
- Gente do céu! Isso é muito lindo! Olha só, até me arrepiei!
- É linda, né?
- Demais! Uau! Quero fotos aqui!
Nós paramos e começamos a tirar várias fotos. Nelson era divertido demais e ele fazia várias poses hilárias que divertiam a Sophie.
- Book tirado, vamos agora conhecer o Marco Zero do Equador. É nesse monumento que acontece os eclipses. Nele, nós podemos ficar com um pé no hemisfério Norte e o outro no Sul.
- Que legal!
Chegando no monumento Nelson ficou tão encantado quanto ficou com a Fortaleza. Também tiramos várias fotos lá. Passamos a tarde inteira passeando pela cidade, Nelson gostou de tudo. Nós chegamos a noite mortos de cansaço. Eu fui dar banho na Sophie e coloca-la para dormir. Nelson foi para o quarto dele, como já tínhamos jantado eu só o vi no outro dia.
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- Bom dia, pessoas lindas! – Eu disse cumprimentando as duas equipes do restau – Hoje, vocês não terão o prazer de ter minha presença no curso. Hoje, quem comandará será o Chef Nelson.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Todos falaram em uníssono
- Eu sei, eu sei... é difícil ficar sem minha presença super agradável – todos riram – Bom, deixando de palhaçada e falando sério... O professor de vocês é de Curitiba, fez especialização junto comigo em Paris e é especialista em doces e sobremesas. Suguem o máximo de informações que conseguirem, usufruam o máximo possível do professor de vocês. Assim como eu, ele tem alguns parafusos fora do lugar, então, continuem com a mesma energia que vínhamos tendo durante as duas semanas passadas. Bom curso a todos, pessoal! Nos vemos mais tarde!
Eu deixei o Nelson tomar conta da sala e Pi e eu fomos para nosso escritório. Nós passaríamos o dia em reunião com fornecedores e ainda desenvolveríamos novos projetos para o restau. No final do dia, eu só queria dormir. Mas, ainda tinha que jantar com o Nelson. Thi e Sophie vieram nos encontrar no restau, nós iriamos jantar ali mesmo.
- Nossa, que equipe boa tu tens aqui, hein? – Nelson disse enquanto jantávamos
- E não é? Na verdade são duas equipes, uma equipe é minha e a outra é do Pierre. Eu trabalho com café da manhã e almoço e o Pierre com o lanche da tarde e o jantar.
- Nossa, mas o restaurante de vocês tá mais bem organizado que onde eu trabalho. E ainda falam que no Norte não tem culinária de alto nível.
- Esse povo besta não sabe o que temos de bom aqui...
- Não mesmo! E tu também não, né bonitinho?
- Eu?
- Claro! Com um restaurante desse, com uma equipe dessa, com essa cidade, com uma família linda... o que raios tu vais fazer pra França?
- Ai, ai, ai...
- Amigo, tu és uma besta! – Ele disse rindo e bebericando o vinho que estava tomando
- Oi, oi, oi, meninos! – Pedro veio nos cumprimentar
- Oi! – Eu levantei e o cumprimentei com um aperto de mão
- Chegamos agora e vimos vocês aqui, viemos só dar um olá.
- Oi, Antoine!
- Oi, Mirian! – Eu a abracei – E as crianças, como estão?
- Muito bem! Oi, princesinha!
- Oi, tia! – Sophie respondeu muito educadamente
- Ai, eu me passo para o nível de fofura dessa menina! – Merian era encantada com minha filha
- Confirmado nosso jantar amanhã? – Pedro perguntou para o Thi, que já tinha se levantado também e cumprimentado nossos amigos
- Confirmadíssimo! – Thi respondeu
- Pedro, Mirian, esse é o Nelson, amigo nosso.
- Ola! – Os três se cumprimentaram
- Bom, então nos vemos amanhã! – Pedro disse – Bom jantar!
- Para vocês também! Qualquer coisa é só me falar, viu?
- Já disse que a comida daqui é excelente? – Pedro disse brincando
- Não, não vou te dar desconto, Pedro! – Eu ri junto com eles
Eles foram para a mesa deles e nós continuamos nosso jantar.
- Ué, quem pediu isso? – Eu disse para um prato de sobremesa que tinha estacionado na frente da Sophie.
- Acho que ninguém!
- Quem mandou isso, Miguel? – Eu perguntei para o garçom
- O Chef Pierre.
- Tinha que ser...
- Ela não pode comer?
- Pode, pode, sim! Mas ela já ultrapassou a cota de sorvete. Esse Pi... vive mimando essa menina.
- Ela é mimada por todos nós! – Nelson disse
- Tu ainda não vista nada... deixa tu conheceres as avós dela. – Thi disse roubando um pouquinho do sorvete dela.
- Não, Papa!
- Filha, tu não vais dar sorvete para o Papa? – Ele perguntou todo dramático
A pobrezinha encheu uma colher e colocou na boca dele. Nós tivemos uma noite super agradável. Mas, minha cabeça mesmo estava no Dudu. Eu ia aproveitar que chegaria cedo em casa e iria conversar com ele. Nós terminamos de jantar e fomos direto para casa. Já em casa, eu pedi para o Thi e o Nelson entrarem com a Sophie que eu iria na casa do Dudu conversar com ele.
- JÁAAAAAAAAA VAIIIIIIII!!! – Eu ouvi ele gritar lá de dentro
- Oi, mano! – Eu disse depois de alguns minutos esperando no portão.
- Oi! – Ele me abraçou apertado, ali eu tive certeza que algo de errado estava acontecendo com ele – Entra!
Nós fomos para a sala e sentamos no sofá.
- Olha, eu trouxe pra ti. – Eu mostrei a sacola com uma quentinha que eu havia trazido do restau
- Ah, obrigado! Mas eu estou sem fome...
Para ele estar sem fome é por que a coisa era muito séria.
- Senta aqui! – Eu bati com a mão no espaço que havia ao meu lado
Ele se levantou e sentou ao meu lado e colocou a cabeça no meu ombro.
- O que está acontecendo, mano?
- Me pai... – Ele começou a chorar
Eu o abracei forte e deixei ele chorar até parar. Não perguntei nada e nem falei mais nada, só esperei. Às vezes, só nossa presença já alivia o coração daqueles que a gente ama. Foi só quando ele se acalmou que ele falou comigo.
- Meu pai está doente, mano.
- O que ele tem?
- Câncer. – Ele voltou a chorar, mas bem mais calmo
- Calma, mano!
- Eu não quero que ele passe por tudo o que tu passaste. Eu não quero que ninguém mais que eu ame passe por tudo aquilo.
Nós ficamos em silêncio novamente.
- Eu tenho medo...
- Ei, nem pensa nisso, eu estou aqui, não estou?
- Sim!
- Então, ele vai vencer essa doença. Eu estou aqui contigo para o que tu precisares.
- Até quando? Mais dois meses? Depois tu vais embora...
- Não pensa nisso agora, mano.
- Eu penso, sim. Eu não quero que ficar longe de ti, entende de uma vez.
Ele estava tão fragilizado que estava misturando os sentimentos. E o pior de tudo é que eu me sentia um pouco culpado, pois metade daquela aflição dele, era eu quem estava causando.
- Tu já comeste hoje?
- Ainda não
- Nadinha?
- Nadinha!
- Ai, Dudu, não pode...
- Vem, vou fazer uma coisinha pra tu comeres.
- Mas não tô com fome.
- Mas vai comer, eu faço uma sopinha.
Nós fomos para a cozinha e eu invadi a geladeira do Pi. Peguei o que precisava e fiz uma sopinha bem rapidinho para ele. Ele tomou e nós ficamos na sala um pouquinho, mas ele logo quis ir dormir. Eu fui para o quarto com ele e nós ficamos deitados até ele adormecer, eu só saí do lado dele quando eu tive certeza de que ele estava realmente dormindo. Eu estava tão ocupado com meus problemas que esqueci de olhar para o meu irmão.