Tive uma boa educação e desde pequeno fui criado aprendendo a respeitar todo tipo de pessoa. Não importa cor, raça, opção sexual, classe... Todos somos humanos, e iremos para o mesmo lugar, uma cova bem funda.
O interessante é que o Alan é totalmente oposto de mim.
Apesar de gente boa, às vezes ele consegue ser bem escroto.
Eu o aturo pois o próprio é meu amigo de infância e apesar do jeito bruto, nunca me tratou mal.
Alan é negro, tem um sorriso lindo que faz qualquer ser facilmente manipulado. 1.83 de altura, o cara parece um poste; olhos castanhos claros, barriga trincada devido a malhação e o futebol. Tem um poste de invejar qualquer cara.
E eu? Bom... Me chamo Ivo Gabriel, sou branco, olhos castanhos, cabelos cacheados, mas não costumo deixar crescer muito. Tenho 1.72 de altura, corpo definido. Dou pro gasto kkk...
A história se passa quando eu e o Alan tinhamos apenas 14 e 15 anos de idade. Sempre íamos jogar futebol com alguns amigos no campinho da rua de trás.
Alan sempre foi mais avançado que eu, em questão de namoradinhas, aquele filho da puta tinha uma em cada rua, se duvidasse.
Era um exemplo para mim, e por ele ser mais experiente, demonstrava ser protetor comigo de alguma forma.
- Porra Alan, tira o pé do sofá man.
Alan: Não tenho culpa se tu demora pra caramba pra comer. Preciso esticar minhas pernas.
- Aff, tu também é foda.
Alan: Você sabe que se Douglas te zoar de novo, vou fazer questão de quebrar aquela cara de gazela dele.
- Fica de boa, ele já parou. Se liga, tem suco na geladeira, pega lá pra gente.
Alan: Folgado você kkk.
- Vai escravo.
(Alan se levanta, passa por mim e me dá um tapinha de leve na nuca.)
Alan: Seu cu.
Observo ele andar, aqueles passos firmes. Ele estava sem camisa, até tanquinho tinha. Já aparentava ser um Deus de Ébano quando crescesse mais.
Alan: Pega logo seu suco aqui.
(Me entrega o suco e eu bebo todo.)
Saímos da minha casa já arrumados e com a bola na mão. O caminho até a quadra não era muito longe. E logo chegamos lá. Estava Juca, Pedro, Jorge e Marcelo esperando a gente.
- E aí fdps.
Juca: Chegou a Maria Betânia com essa juba de leão do caralho. Passou o gelzinho hoje não kkkkk?
- Engraçadão você man.
Jorge: Relaxa, não liga pra esse baitola kk. Curto pra caramba teus cabelos.
Alan: Iiih, sei não hein.
- Fica na sua Alan, segura a bola.
(Jogo a bola para o Alan.)
Douglas não veio hoje? - Pergunto.
Pedro: Não. A mãe dele não tá legal.
(A mãe do Douglas tinha descobrido um câncer, e ultimamente estava sendo difícil pra eles. Devido a isso ultimamente o Douglas estava bem revoltado com a vida. No sentido literal.)
- Entendi.
Jogamos bola, e quando deu umas 17:00 horas, fomos pra casa. No caso, Alan foi pra minha. Ao abrir a porta eu entro resmungando.
- Parece que tu não tem casa. Só vive aqui...
Alan: Ah é? Pensei que tu curtisse a minha presença mas tô vendo que estou incomodando. Flw aqui.
Seguro ele pelo braço e olhando nos olhos dele falo:
- Porra Alan, tu sabe que é brother. Tava zoando com tua cara, até se quiser vir morar aqui, você sabe que pode.
Alan: Eu sei putão. Cadê tia Ana?
- Vai dar plantão no hospital hoje. Quer dormir aqui hoje? Liga pra tia Jú e fala com ela.
Alan: Acho que ela não vai deixar. Fiquei fora o dia todo.
- Fala que tá aqui man. Ela deixa.
Alan: Beleza. Posso tomar banho, ou quer um abraço de reconciliação antes?
- Sai Alan kkk. Você tá todo suado.
Alan: Vem cá...
(Ele se aproxima, prevejo que realmente vou ganhar um abraço suado. Mas fui mais ágil. Corro pro banheiro e tranco a porta.)
Alan: Hahaha, quero ver se tu vai ficar aí até amanhã.
- Puta que pariu. Aff Alan.
Alan: Relaxa, deixe eu tomar banho.
Saio do banheiro e dou espaço pra ele entrar e vejo ele dando risada.
- Kkkk ridículo. Vou buscar uma toalha para você. (Dou as costas e ele me dá um tapa estralado na bunda.)
Alan: Vai lá, bundão.
Olho pra ele e mando meu dedo do meio. Subo para o primeiro andar, vou até meu quarto e pego uma toalha e um short pra o Alan. Desço de novo, e chamo ele.
- Alan? Morreu aí dentro?
Encosto na porta e vejo que estava apenas entre aberta, olho pra dentro, noto que o box está aberto.
Não sei o porquê mas algo me chamava, eu precisava me aproximar mais.
Vi o Alan dentro do box de frente para a porta, com os olhos fechados.
Meu Deus, ele estava se masturbando no meu banheiro. Aquela sua mão acariciando seu membro, passeando por aquele pedaço de carne pra cima e pra baixo bem devagar.
Eu não percebi mas já mordia meus lábios apreciando aquela visão. A toalha que eu estava segurando já estava no chão.
Passo minha mão por cima do meu pau, observando o Alan se tocar. Estou mais que excitado, vejo que necessito de um apoio.
Me equilibro tocando a porta do box. Porém, aquela porra arrastou sem querer e com o barulho, Alan abriu os olhos fixando em mim.
Alan: Porra!
- Fodeu.