Quando Amar Machuca - CAPÍTULO 00 - Prefácio - O início

Um conto erótico de J.D. Ross
Categoria: Homossexual
Contém 2713 palavras
Data: 15/03/2017 18:08:42

Este é o capítulo introdutório da minha mais nova série de Romantismo gay. Espero que possam apreciar em todas as suas nuances.

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Estava eu naquela manhã cinzenta como de costume, observando o desenvolvimento das atividade da equipe de ginástica artística da qual sou o treinador. Tenho dois estagiários que me auxiliam e sete atletas todos do sexo masculino, porém um novo atleta iria juntar-se a nossa equipe em alguns minutos. Isso ocorreria a pedido do diretor de esporte do clube onde trabalho, estou a frente desse projeto a aproximadamente quatro anos.

Ouvi alguns passos atrás de mim, virei-me para poder ver quem se aproximava e pude ver o meu chefe juntamente com uma senhora de uns 40 anos, esguia, cabelos encaracolados negros na altura dos seios, pele muito branca e olhos grandiosamente negros. Logo atrás com uma grande bolsa, seguia-os um garoto de cabelos lisos e compridos amarrados em um rabo de cavalo, ele parecia ter no máximo quatorze anos, era de estatura baixa não tinha mais que 1m e 60cm, porém tinha um corpo bem trabalhado, trajava um collant azul celeste com branco muito justo ao corpo.

- Bom dia treinador Foster. - Iniciou meu chefe estendendo a mão.

- Bom dia Sr. Nickelson - Respondi prontamente apertando sua mão.

- Esta é a Sra Phillips! - Disse ele apontando a mulher.

- Oh sim, muito prazer!

- O prrazer é todo meu! - Respondeu ela com um sotaque que provavelmente era francês.

- Esse é meu filho Zachary. - Continuou ela puxando o garoto para perto.

- Ele é o novo reforço da nossa equipe! - Adiantou-se meu chefe parecendo muito satisfeito com a nova contratação.

- Achei que tinha me falado que o novo atleta era um pouco mais velho! - Comentei tentando não parecer rude.

- Quantos anos acha que ele tem trreinador? - Interveio a mãe com um sorriso de desafio.

- Acredito que não mais do que 14 anos, estou certo? - Falei franzindo a testa e encarando o menino que mal se mexia.

- Hahaha, ele tem 16, completarrá 17 anos em 3 semanas. - Disse ela rindo muito, parecendo muito satisfeita com meu equívoco.

- Nossa não parece! - Falei tentando esconder a surpresa.

- Ele tem muito mais surpresas. Zack pode mostrar ao treinador? - Falou o Sr. Nickelson, apontando para o espaço onde treinamos os movimentos de solo.

O garoto largou a bolsa, fez alguns movimentos para soltar as articulações, tentando assim, mandar um aporte maior de sangue para os músculos. Caminhou até o tablado alternando em ficar nas pontas dos pés e dar alguns saltitos. Assim que chegou lá, ele saiu em disparada e iniciou sua série. Porém por algum motivo meus olhos só buscavam os detalhes do corpo dele, as acrobacias eram sim muito bem executadas, tudo muito limpo e suave e no fim ele seguiu com uma sequência de flic-flacs absurdamente rápidos, finalizou com um triplo mortal com pirueta que me fez despertar do meu transe. Eu não podia acreditar, aquilo não podia ser real, só podia estar alucinando.

- Espera, espera isso foi um triplo mortal com pirueta? - Falei virando-me para trás de queixo caído.

- Ah foi sim treinador! - Sorria meu chefe divertindo-se com meu total espanto.

- Meu Deus isso é impossível! - Continuei sem conseguir me conter.

- Parece que não é não! - Insistiu a mãe toda orgulhosa.

Depois daquela demonstração o dia seguiu seu ritmo normal, Zack se reuniou aos demais ginastas e eles treinaram as três horas seguintes. Voltamos após o almoço para a sessão de treino da tarde e aquele garoto continuou a me surpreender, ele era excepcionalmente técnico em seus movimentos, e sempre que errava se irritava e repetia exaustivamente até acertar. O que mais me espantava era como ele se importava em ajudar os demais e como ele ficava perguntando para mim coisas técnicas sobre seus movimentos, ele mesmo identificava seus erros, não precisava, mas sempre queria minha opinião. Sei que isso parece ser normal, mas acreditem não é, pessoas com extraordinário potencial comumente são egocêntricas e se negam a serem ajudadas e ajudar os outros. Ou seja, aquele menino era diferente e a cada novo momento ele se mostrava ser alguém realmente especial, eu nunca havia conhecido alguém como ele.

Por volta das 18:30 hrs eu estava saindo em direção ao meu carro e pude ouvir alguém me chamados, olhei para trás e era o Zack tentando correr com dificuldades por causa de sua grande bolsa.

- Espere por favor treinador, preciso falar com você! - Gritava ele, enquanto sinalizava para que eu esperasse com o braço levantado e a mão espalmada.

- O que houve Zack algum problema? - Falei assim que ele se aproximou.

- É que o Sr. Nickelson disse que o senhor me levaria para minha casa - Falou ele largando a bolsa e apoiando as mãos nos joelhos, parecendo estar tendo dificuldades para respirar.

- Espera, a sua mãe não vem lhe buscar? - Perguntei quase que no reflexo - Você está bem, sente-se aqui! - Coloquei ele sentado no meio fio do estacionamento.

- Tudo bem já estou melhor, é que tive que descer três andares correndo! - Falou ele sorrindo parecendo já estar se recuperando.

- Certo, mas você não me respondeu, sua mãe não vem lhe buscar? - Insisti no questionamento.

- Ah claro, não ela só pode me trazer ela trabalha a noite! - Disse ele se colocando de pé novamente - e o Sr Nickelson disse que você poderia me dar uma carona já que moramos no mesmo bairro.

- Entendi, então entre e vamos preciso correr para pegar o Harry e o Rony. - Apontando para a porta do carona.

- Eles são seus filhos? - Perguntou após sentar-se e colocar o sinto.

- Quem Harry e Rony? - Questionei sorrindo.

- Sim! - Respondeu ele meio envergonhado.

A expressão envergonhada dele por algum motivo me fez sentir uma onda absurda de carinho, minha vontade era de abraçá-lo. então meu coração disparou e eu virei-me rápido para o volante, dei partida no carro e respondi tentando disfarçar meu desconforto crescente.

- Não não, são meus gatos eu os deixo com minha vizinha enquanto estou trabalhando e hoje ela precisa ir ao médico então não posso me atrasar. - Sentia o olhar dele fixo em mim.

- Ah que legal eu sempre quis ter um gato, mas minha mãe é alérgica - Falou ele com uma doçura indescritível na voz, ele realmente parecia gostar de gatos.

- Qualquer dia desses se quiser pode aparecer na minha casa para ver meus gatos. - Falei quase que automaticamente, em segundos, meu cérebro parecia um vulcão. O que eu estava fazendo, eu sou treinador dele.

- Claro treinador seria muito legal! - Disse ele sorrindo e com um brilho no olhar difícil de descrever.

Eu apenas sorri de volta hipnotizado pela beleza tão singular dele. Nesse momento ele estava com seus cabelos negros soltos, o vento que entrava pela janela lhe concedia um movimento único, os dentes brancos e perfeitamente alinhados com exceção do afastamento entre os dentes da frente, davam a ele um charme ainda mais peculiar. Ali próximo dele eu podia notar que ele tinha pequenas sardas sobre o pequeno nariz, seus lábios eram finos e rosados, sua mandíbula tinha um formato meio quadrado e o principal, seus olhos negros e grandes com cílios também grandes davam um destaque incrível a seu rosto, sem falar em suas sobrancelhas negras e muito bem desenhadas. Não consigo explicar o que se passava comigo, aquilo era inédito para mim, sempre fui muito profissional, jamais me envolvi com colegas de trabalho quem dirá com alunos, mas algo nesse garoto me tirava do meu lugar comum.

Alguns minutos depois de iniciarmos nossa pequena viagem ele sinalizou onde se encontrava seu prédio. Parei o carro numa vaga um pouco depois da entrada, estendi a mão em sinal de despedida.

- Até amanhã! - Falei cordialmente

Ele segurou minha mão com muita delicadeza e para minha total surpresa se inclinou em minha direção. Eu fiquei paralisado e meu coração disparou. Então ele beijou meu rosto. A sensação foi tão incrível que meus olhos se fecharam.

- Até amanhã treinador! - Disse ele soltando o cinto e abrindo a porta - Obrigado pela carona! - Falou já fora do carro se abaixando para me olhar pela janela.

- Por nada! - Respondi atônito, os olhos dele me encarando me tiravam de órbita.

Ele virou-se e foi em direção a portaria, fiquei ali esperando que ele entrasse no prédio. O andar dele era gracioso, sua silhueta majestosa, o corpo era perfeito, a personalidade linda, tudo naquele garoto me encantava. Não pude me conter e por alguns instantes me peguei fantasiando um beijo saboroso, apaixonado e molhado entre nós.

Aquilo apesar de me trazer um calor adorável ao coração também deixou-me muito confuso e apreensivo. Nada de bom poderia sair daquela situação, eu era o treinador dele, tinha 24 anos de idade, ele era meu aluno, sem mencionar que era também menor de idade.

O restante da viagem foi povoada de pensamentos confusos e desconexos, se de um lado eu me sentia muito atraído por ele, por outro, o meu lado racional gritava dizendo que aquilo era um erro de proporções armagedônicas. E foi com esses muitos pensamentos eclodindo em minha cabeça que eu fui para minha casa após pegar meus dois gatos. Já na cama demorei muito a pegar no sono, desejando que aquilo fosse apenas um sonho, que logo acordaria e tudo voltaria a ser como antes.

Lá por volta das 23:00hrs, eu que já estava cansado de contar carneirinho e rolar de um lado para o outro na cama. Quando pude ouvir o telefone tocar. Desci as escadas rapidamente e atendi com o coração na mão, ligações a esta hora nunca são boas notícias.

- Alô?

- Alô, trreinador Fosterr? - Reconheci o sotaque da mãe de Zack, senti o coração gelar.

- Desculpe encomodarr a esta horra! - Ela falava calmamente como se quisesse me vender algo.

- Não é incomodo alguns, estava acordado repassando algumas séries! - Disse tentando ser cordial e amigável.

- Cerrto, tivemos um prroblema aqui no hospital, chegarram várrios pacientes de um acidente envolvendo dois ônibus, parrece que são mais de 50 ferridos, não poderrei irr parra casa. Serrá que o senhor se importarria se Zack dorrmisse em sua casa? Desde que invadirram nossa última casa ele não fica sozinho a noite.

- Sim claro, diga para ele que já estou indo buscá-lo! - As palavras saíram da minha boca, mas eu não saberia dizer como, meu coração estava acelerado, minhas mãos suavam muito.

- Obrrigado Sr. Fosterr, até brreve! - Falou ela apressada e desligando antes que eu pudesse responder.

Depois de voltar da casa de Zack e lhe oferecer algo para comer, levei ele para o quarto de hóspedes.

- Desculpe não tive tempo de arrumar, mas está habitável. Coloquei lençóis e fronhas limpas, trouxe três cobertores, caso sinta frio tem mais no meu quarto, a porta está sempre aberta não precisa se preocupar depois que durmo nada me acorda. Se ouvir um barulho como o de um trator não se preocupe sou eu, dizem que eu ronco muito. - Falava apressadamente tentando parecer engraçado e de alguma forma pareceu estar funcionando, ele não parava de sorrir.

- Muito obrigado Sr. Foster, está tudo ótimo. - Falou ele me encarando com aqueles lindos olhos negros.

- Por nada, pode me chamar de Gregory ou Greg se assim preferir. - Disse indo em direção a porta.

- Ok, obrigado Greg! - Falou com um sorrisinho tímido - Boa noite.

- Boa noite Zack, durma bem! - Eu parecia uma criança novamente, me senti na casa dos meus pais novamente quando algum amigo que eu gostava vinha passar a noite.

- Obrigado, durma bem também! - Respondeu ele fechando a porta.

Se estava difícil dormir antes imagine agora, passaram-se uns 45 ou 50 minutos até que finalmente adormeci. Por volta de 04:00 da manhã senti um friozinho no rosto e acabei acordando, estranhamente senti um ar quente em minha nuca, fui virando-me devagar e para minha surpresa completa era o Zack. Quando terminei de virar ele abriu seus grandes olhos negros.

- Peço desculpas pela intromissão, você disse que poderia vir no seu quarto pegar alguns cobertores se sentisse frio, fiz como disse, só que não tem nenhum no seu guarda-roupas. - Disse ele com uma naturalidade anormal.

- Sério? - levantei-me rapidamente e fui ao guarda-roupas, quase congelando, estava muito frio e eu não durmo com roupas pesadas, estava usando uma cueca boxe prata e uma camiseta de manga longa branca. - Poxa vida, acabei esquecendo que levei os cobertores extras para a casa da minha mãe semana passada, ela recebeu uns primos de Londres. Eu é que devo me desculpar.

- Volte pra cama vai congelar ai! - Sugeriu ele sorrindo - Trouxe todos os cobertores junto comigo, de frio não vamos morrer.

- Certo! - Apressei o passo e entrei no amontoado pesado de cobertores. - Está se sentindo quentinho? - Perguntei tentando puxar conversa.

- Antes estava melhor, seu corpo estava me mantendo aquecido. - Disse ele segurando meu braço esquerdo e puxando em sua direção, enquanto ele se virava de costas e se aconchegava no meu abraço. O movimento fez com que nós ficássemos de conchinha. - Agora está muito melhor, você é muito mais quente do que eu.

- Tá bom, acho melhor dormirmos, em menos de 3 horas precisaremos estar de pé. - Tentei desconversar, apesar de estar adorando aquilo, a situação não poderia ser mais embaraçosa e complicada.

- Tudo bem, vamos dormir! - Sussurrou ele colocando minha mão em seu peito.

A essa altura eu tentava não encostar minhas partes íntimas nele, meu pênis estava extremamente ereto, apesar de achar que meu coração acelerado já estava depondo contra mim, sendo assim, não queria mais esta outra prova física a evidenciar minha total falta de controle sobre meu corpo. O cheiro do cabelo dele não permitia que eu dormisse, sentir seus batimentos cardíacos suaves e sua mão pequenina sobre a minha não me deixava pensar em outra coisa, a não ser em como eu queria realmente apertar ele contra meu corpo, beijar, morder aquela orelhinha e fazer coisas inumeráveis com ele. Em algum momento eu acabei adormecendo, tive vários micro sonhos, todos sem pé nem cabeça. Algum tempo depois acabei sendo despertado pela claridade atípica em meu quarto, ao abrir os olhos percebi que eu estava sozinho na cama, por um segundo, senti um vazio muito fundo no estômago pensando “certo, foi tudo apenas um sonho”. Dirigi-me ao banheiro e após urinar tomei um rápido banho, arrumei-me, penteei o cabelo, escovei os dentes e segui para cozinha fazer meu café da manhã.

Foi quando percebi que meu despertador não havia despertado, corri em direção a cozinha para ver que horas eram, já que o dia estava parecendo mais claro do que de costume. Então ao passar pela porta pude ver o corpo dele de costas na frente do fogão, rapidamente ele se virou me encarando.

- Que bom que acordou o café já está pronto, como não sabia o que você comia fiz panquecas, ovos e bacon, tem cereal também. - Falou apontando para a mesa cheia de coisas.

- Não precisava ter se incomodado! - Tentando esconder a surpresa da cena, afinal a noite anterior realmente havia acontecido e não era o fruto de um sonho.

- Era o mínimo que eu poderia fazer! - Respondeu sentando-se à mesa - Ah o Sr Nickelson ligou e pediu que lhe avisasse que o centro esportivo ficará fechado hoje, parece que apareceram algumas rachaduras em umas das paredes e precisam averiguar.

- Bom parece que teremos um dia de folga então - Continuei com minha tentativa infrutífera de parecer natural com aquela situação.

Aquele dia passou vagarosamente e eu mal podia esperar para que a mãe de Zack viesse buscá-lo, aquela situação estava muito difícil para mim. E ele não facilitava, sempre que podia ele sentava-se ao meu lado, displicentemente pousava sua mão sobre minha coxa. A minha imaginação corria solta, por sorte eu estava com uma calça jeans folgada e uma cueca justa que ajudava a manter minha ereção controlada. Ele era muito bonito, aquele cheirinho que exalava do seu cabelo me enlouquecia. Não saberia descrever o que estava sentindo, mas sabia que aquilo precisava parar. Aproveitei que ele se distraiu brincando com meus gatos para inventar um motivo para sair de casa.

- Vou até a casa de minha mãe pegar meus cobertores. - Falei rapidamente indo em direção a porta - Fique a vontade, eu volto em uma hora no máximo.

- Tudo bem, posso dar alguns petiscos para eles? - Perguntou ele parecendo realmente interessado nos gatos.

- Sim claro! - Respondi fechando o porta.

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Espero que gostem da nova série!

Até breve

Um forte abraço

J.D. Ross

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Comentários

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Uau, estou gostando do começo. Porém, gostei muito mais da explicação que dedicaste a Valtersó. Digna de uma pessoa com conhecimento de Teoria Literária. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Olá querido VALTERSÓ, bom dia!

Bom estou aqui para tentar esclarecer algumas de suas dúvidas quando ao capítulo introdutório desta minha nova série. Primeiramente quero agradecer ao seu comentário e como as dúvidas são plausíveis e de foro pessoal, acredito que merecem sim respostas.

Iniciarei esclarecendo que este texto trata-se de uma "Obra" de ficção, ou seja, não narra uma real história, pelo menos, não uma real história vivida por mim. Apesar de usar uma narração em primeira pessoa, o "Eu Lírico" que estou usando nem de perto trata-se da minha pessoa.

Seguindo, não é e nem mesmo foi minha intenção, detalhar nesse capítulo inicial toda a vida dos personagens. Muita coisa ainda será explicada dentro da própria trama, foi necessário deixar muitos questionamentos no ar, já que, diferentemente de uma narração em terceira pessoa, eu não posso usar a personagem central para falar de coisas que ele não sabe. Explico, em uma narração em primeira pessoa a personagem só relata aquilo que acontece com ela, ou algo que outra personagem conta a ela, por exemplo, ela não pode falar dos sentimentos do Zack antes que ele próprio fale sobre isso, espero que esteja ficando claro.

Terceiro ponto, meu foco aqui nessa estória é mostrar as dificuldades e desafios que um jovem homem, professor e treinador enfrenta em sua vida cotidiana e amorosa, não pretendo entrar em questões muito profundas das personagens secundárias, mas sim, irei explicar dentro da trama muitas coisas que você questionou, porém talvez não com tantos detalhes.

E para finalizar, quero colocar luz sobre um ponto que acho interessante ressaltar. Quando lemos qualquer Obra, precisamos entender que, muitas coisas não se explicam, ou quando se explicam a explicação é fraca. Este fenômeno foi estudado no século XIX por Samuel Taylor Coleridge quando ele cunhou o termo "suspensão da descrença". Sem essa suspensão, grandes obras da literatura ocidental como Cem Anos de Solidão ou Dom Quixote não teriam a menor relevância. Veja um pouco sobre essa ideia aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Suspens%C3%A3o_de_descren%C3%A7a

Exemplifico para contextualizar: Pense no mundo fantástico de Hogwarts, aquilo tudo é fantasia, porém para nos deliciarmos com a estória abdicamos da racionalidade e assumimos que aquele mundo existe. Outro exemplo está nos heróis dos quadrinhos, Clark Kent não é reconhecido como Super Man apenas por mudar o penteado e usar um óculos.

Querido talvez eu tenha escrito muito e ainda assim não tenha me feito entender completamente, peço desculpas se este for o caso.

Forte abraço

J.D. Ross

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NOSSA, TUDO MUITO ESTRANHO. QUE CHEFE É ESSE QUE OFERECE SUA CARONA PRO ALUNO NOVO. QUE MÃE É ESSA QUE NO PRIMEIRO DIA LIGA AS 23H PARA PEDIR Q O FILHO DORMISSE NA SUA CASA? TUDO MUITO ESTRANHO. QUE ALUNI NOVO É ESSE QUE DORME NO SEU QUARTO COM SUAS MÃOS ENTRELAÇADAS NA DELE E COM VC DE CONCINHA NELE? ISSO DE FATO EXISTE??? QUE ALUNO É ESSE QUE SE LEVANTA E FAZ O SEU CAFÉ DA MANHÃ COMO SE FOSSE O DONO DA CASA? ESTRANHO DEMAIS. NÃO SEI NÃO. O CONTO SERIA MUITO BOM SE NÃO FOSSEM POR ESSES DETALHES. SOU BEM CRÍTICO, MINUNCIOSO, DETALHISTA. NADA VAI ESCAPAR DOS MEUS OLHOS E DAS MINHAS CRÍTICAS.

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