Quando Amar Machuca - CAPÍTULO 01 - A força da paixão

Um conto erótico de J.D. Ross
Categoria: Homossexual
Contém 2250 palavras
Data: 19/03/2017 15:12:45
Última revisão: 22/05/2018 21:47:41

Primeiramente quero agradecer ao grande volume de leituras. Também quero agradecer em especial a VALTERSÓ e Plutão pelos carinhosos comentários, mais uma vez obrigado queridos. Bora lá?

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Últimos diálogos

- Vou até a casa de minha mãe pegar meus cobertores. - Falei rapidamente indo em direção a porta - Fique a vontade, eu volto em uma hora no máximo.

- Tudo bem, posso dar alguns petiscos para eles? - Perguntou ele parecendo realmente interessado nos gatos.

- Sim claro! - Respondi fechando o porta.

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Assim que estacionei meu carro na entrada da casa pude ver pelo retrovisor a mãe do Zack se aproximando. Tirei o cinto e sai do carro em direção ao porta-malas, assim que o abri para pegar os cobertores pude ouvir o sotaque inconfundível dela.

- Boa tarrde treinador Foster!

- Boa tarde Sra Smith! - Respondi tentando esconder meu desconforto.

- Onde está meu filho? Estou muito cansada prreciso dormir algumas horras! - Falou ela caminhando em direção a porta de entrada.

- Deve estar brincando com os gatos, dei uma saidinha, precisava pegar alguns cobertores que deixei na casa da minha mãe.

- Gatos? - Falou ela exageradamente espantada.

- Sim eu tenho dois! - Respondi naturalmente. - Algum problema?

- Ah me desculpe pela reação. Eu sou muito alérrgica, vou esperrar aqui forra. - Parando de caminhar imediatamente - -

Porr favorr, diga para o Zachary trrocar de roupas antes de sairr.

- Tudo bem, só um instante vou chamá-lo. - Entrei rapidamente.

- Obrrigada! - Respondeu imóvel enquanto eu desaparecia pela porta.

Dentro da casa segui para a sala, depois para a cozinha, mas não o encontrei. Então subi as escadas e me dirigi para o quarto de hóspedes, chegando lá, bati na porta.

- Pode entrar! - Ouvi a voz doce dele.

- Com licença, sua mãe está a sua espera lá fora! - Abrindo a porta - Ah antes que eu esqueça, troque de roupas.

- O quê? Como assim troque de roupas? - Perguntou ele me olhando com espanto.

- Não me sentencie a morte, foi um pedido da sua mãe! Respondi tentando parecer engraçado.

- Ah está explicado, ela já sabe que você tem gatos! - Disse ele revirando os olhos nas órbitas. - Diga que já estou descendo por favor.

- Ok... e me desculpe, não sabia que ela era tão paranóica com gatos. - Disse saindo do quarto.

- Não se preocupe já estou acostumado com as excentricidades da minha mãe! - Falou guardando uma escova de dentes e uma grande escova de cabelos em uma pequenina bolsa de mão, parecendo muito incomodado com aquela situação.

Sem dar resposta fechei a porta e fui ao encontro da Sra Smith. Chegando lá fora ela estava impaciente andando de um lado para o outro. Quando me viu foi logo perguntando.

- Ele já está pronto?

- Sim só está guardando algumas coisas e logo estará aqui! - Mal terminei a frase e ele passou por mim rapidamente.

- Vamos estou pronto, e sim eu troquei de roupas! - Disse ele com muita reprovação na voz, indo em direção ao carro, parou no meio do caminho e virou-se - Obrigado treinador foi muito divertido - Seu semblante e sua voz mudaram completamente ao proferir estas palavras.

- Não tem de que, me diverti muito também, volte quando precisar! - Falei tentando mais uma vez esconder o meu desconforto com toda aquela situação.

- Acrredito que não serrá mais necessárria esta medida trreinado. - Disse a mãe dele.

- Por que não? - Questionou o garoto com as sobrancelhas semi-cerradas.

- Sua tia está vindo morrar conosco, falei com ela ontem a noite! - Disse ela parecendo contente.

- A tia Marie? - Falou ele com desdém na voz.

- Não querrido, quem virrá é a tia Michele irrmã de seu pai! Sorrindo satisfeita.

- Graças a Deus! - Disse Zack com o sorriso de orelha a orelha, correndo abraçar a mãe - Deus existe mesmo.

- Mais uma vez obrrigada trreinador o senhorr salvou minha vida na noite passada. - Se aproximando de mim com a mão estendida. - Não sei como lhe agrradecer, estamos aqui a menos de um mês e não temos nenhum parrente morrando na cidade.

- Não tem por que agradecer, foi um prazer ajudar! - Respondi apertando a mão dela com um misto de alívio e aperto no peito.

Com estes sentimentos muito confusos assisti eles seguirem para o carro, impecavelmente limpo e brilhoso, num tom muito peculiar de vermelho. Pelo vidro traseiro pude ver os lindos olhos negros dele me fitando e acenando em sinal de tchau com a mão direita espalmada, antes de desaparecer novamente atrás do banco do carona. Com a imagem daquele garoto se contorcendo entre os banco para me dar tchau entrei novamente em casa. Nunca senti minha casa tão vazia, nem mesmo Harry e Rony ajudavam a diminuir a solidão que passei a sentir. Até aquele momento eu não havia percebido o quão grande e fria havia se tornado minha casa sem a presença do Zack. Sim parece loucura minha, algumas horas atrás eu só queria ele fora daqui e agora tudo que eu mais quero é tê-lo aqui sentado ao meu lado nesse imenso sofá.

Vários dias se passaram após aqueles acontecimentos, eu e Zack continuamos a interpretar nossos papéis. Ele como sempre muito disciplinado, era sem dúvida alguma meu melhor atleta, o que deixava o Sr. Nickelson muito feliz e orgulhoso. Em uma de suas visitas raras ao ginásio se aproximou de mim e cochichou.

- Esse garoto tem muito futuro, com ele na equipe temos chances reais de medalha no próximo World Championship of Gymnastic Artistic. - Esfregando as mão com um sorriso bastante medonho no rosto.

- Sim, ele é muito dedicado e tem evoluído muito, conseguimos minimizar muitos dos pequenos problemas de postura que ele tinha. - Falei tentando parecer o mais profissional possível.

Enquanto o Sr. Nickelson se afastava indo em direção a porta de saída, eu fiquei ali de braços cruzados tentando não demonstrar meus sentimentos. E diga-se de passagem, sempre fui muito bom nisso. Por dentro a vontade que eu tinha era de agarrar aquele garoto ali mesmo naquele tablado e enchê-lo de beijos, porém por fora, eu era uma grande pedra de gelo, respondendo apenas o que me era perguntado e em raros momentos dava alguns gritos com instruções ao acaso para algum atleta aleatório, desta forma, mantinha o meu disfarce.

Por volta das 17:30 eu encerrei as atividades do dia, os garotos mereciam um descanso, tinham trabalhado muito e muito bem. Estava eu sentado no banco lateral próximo as barras paralelas olhando para minha prancheta fazendo algumas anotações, quando ouvi aquela voz doce e meu coração disparou imediatamente.

- Treinador? - Iniciou ele.

- Sim, diga Zack! - Respondi levantando os olhos - Posso ajudar?

- Sim pode! - Respondeu ele sorrindo meio encabulado.

- Certo então diga! - Sorri satisfeito.

- Bom por onde eu começo? - Falou ele em tom de pergunta, porém me pareceu uma pergunta retórica, então eu fiquei ali em silêncio. - Eu quero muito melhorar a minha série nas argolas e quero sua ajuda para isso, podemos ficar até o fim do nosso horário?

- Sim nós podemos, más o que há de errado com sua série? - Questionei com genuína curiosidade.

- Nada de errado, mas ela me parece estar incompleta, quero adicionar um elemento novo e quero sua opnião. - Os olhos dele brilhavam ao falar - Se importa de me ajudar a subir nas argolas? quero te mostrar uma coisa dentro da série.

- Claro que não, vamos lá! - Levantei do banco e o segui até as argolas.

Chegando lá ele se posicionou abaixo das argolas levantou os braço e olhou para mim, em sinal de que estava pronto. Eu rapidamente segurei em sua cintura, juntos flexionamos os joelhos e sem precisar de muita força eu o suspendi no ar em direção as argolas. A sensação de segurar ele em minhas mãos foi incrível, o cheiro do pó de magnésio misturado ao cheiro do desodorante dele me fez lembrar dos meus tempos de atleta. As argolas eram meu aparelho favorito e onde eu consegui meus melhores resultados. Fui me afastando para que ele pudesse iniciar a série e logo meus pensamentos sumiram. Zack era lindo e seus movimentos eram perfeitos, eu não conseguia imaginar nenhum elemento novo para melhorar a série dele. Foi então, que no meio da série, após fazer uma sequência de três giros sobre o eixo sem soltar as argolas ele parou com os braços totalmente estendido, formando dois ângulos de 90º de cabeça para baixo. As argolas não se mexiam, seu corpo não se mexia, ele parecia nem mesmo respirar. Assim como ele eu também parei de respirar, em seguida ele voltou a movimentar-se e terminou a série com um triplo mortal esticado com pirueta, cravado. Eu estava atônito, sem saber o que fazer, apenas o aplaudi freneticamente, ele por sua vez apenas me olhava e sorria, era um sorriso tão sincero e lindo que eu também passei a sorrir.

- Foi incrível! - Disse assim que consegui parar de aplaudir.

- Gostou mesmo treinador? - Perguntou ele sorrindo satisfeito.

- Sim, eu não sei nem o que te dizer foi muito bom mesmo! Achei que a série não podia melhorar, mas eu estava redondamente enganado - Falei sentindo-se muito orgulhoso dele - Sua performance foi realmente perfeita.

- Obrigado! - Disse ele correndo em minha direção e abraçando-me na altura do abdômen.

- Não precisa agradecer, só estou dizendo a verdade! - O abraçando e afagando seus cabelos.

Ficamos alguns instantes abraçados e ter o rosto dele repousando em meu peito era muito bom. O abraço dele era firme como era de se esperar, já que, ele era bastante forte apesar da pequena estatura. Quando fui soltando o abraço ele me encarou sorrindo e saiu correndo em direção ao vestiário, ao chegar na porta gritou.

- Ah vou tomar um banho, não precisa me esperar minha tia vem me buscar, vamos a uma pizzaria hoje - Com um sorriso lindo no rosto.

- Ok, divirta-se você merece! - Respondi gritando a caminho do meu armário.

Após recolher alguns papéis da minha mesa e colocá-los em meu armário, fui ao meu banheiro pessoal urinar, lavei as mãos e o rosto, aproveitei para ajeitar meu cabelo. Ali fiquei alguns instantes olhando para meu rosto, modéstia a parte, eu era um rapaz bonito naquela idade, minha pele morena clara e meus cabelos pretos davam um destaque muito grande a meus olhos azuis, meu corpo era bem trabalhado, eu não deixava de me cuidar sempre fui muito vaidoso. Sempre cuidei de meu cabelo, nunca usei nenhum químico, a cor sempre foi a natural e o mantive sempre bem cortado deixando a parte de cima maior para poder pentear para o lado, mantendo assim a franja caída. Toda vez que não estava trabalhando eu usava boas roupas, como disse antes, sou muito vaidoso e não gosto de ser visto fora do trabalho mal vestido. Já chegava usar aqueles uniformes esportivos horrivelmente coloridos, que me faziam parecer uma árvore de natal. Fui trazido a realidade com os gritos do zelador.

- Sr. Fosteeeer, Sr. Fosteeeer!

- Estou aqui no banheiro Seu Felippo! Gritei dando uma ultima olhada em minha aparência.

- Desculpe a gritaria, mas eu já posso trancar as janelas e os vestiários?

- As janelas e o vestiário feminino sim, já o masculino não o Zack ainda está tomando banho lá. - Respondi enquanto arrumava as minhas coisas na bolsa.

- Certo… - Disse ele sumindo pela porta - Ah já estava me esquecendo, o Sr. Nickelson quer vê-lo antes que o Senhor vá embora. - Aparecendo novamente na porta.

- Ah ok, muito obrigado, só preciso fazer uma coisa antes! - Sorri saindo atrás dele.

Antes de ir para o escritório do meu chefe resolvi passar no vestiário masculino para alertar Zack de que Seu Felippo estava querendo fechar o ginásio. Assim que passei pela porta meu coração disparou, meu corpo se arrepiou todo, minha boca secou e meu pênis ficou instantaneamente rígido como uma rocha. Zack estava de costas totalmente pelado secando seus longos cabelos negros, eu não consegui produzir nenhum som, fiquei totalmente hipnotizado por alguns instantes. O corpo dele era lindo, sem saber o que fazer olhei para o chão e falei.

- Zack?

- Sim treinador? - Ele virou-se para me olhar e pra minha surpresa ele continuou a se secar como se eu não estivesse ali.

- É... que Seu Felippo está querendo fechar o ginásio, será que você pode se apressar um pouquinho? - Falei tudo sem olhar para ele, porém minha visão periférica registrava tudo, principalmente, e especialmente o lindo pênis dele. Que a esta altura eu já olhava sem conseguir disfarçar.

- Claro treinador, já estou terminando. - Fingindo não perceber meu interesse no pau dele.

Sem conseguir tirar aquela cena da cabeça, fui saindo sem dizer mais nenhuma palavra. Cheguei a meu carro depois de passar no escritório do meu chefe, que me enterrou com uma papelada que eu deveria preencher e entregar na próxima segunda. Sentado imóvel no banco do carro, deixei minha imaginação trabalhar, sentindo-me extremamente excitado com aqueles pensamentos, resolvi seguir o mais rápido possível para casa. Após pegar meus gatos com minha vizinha e alimentá-los fui direto para o banheiro e lá tomei o banho mais delicioso e excitante que experimentei nos últimos 5 anos. Durante meu banho masturbei-me duas vezes e ainda sentia meus pensamentos borbulharem querendo o Zack.

Segui para a cozinha preparar meu jantar logo após minhas aventuras no chuveiro. Em poucos minutos toda a minha euforia transformou-se em uma solidão absurdamente sombria e sem nem mesmo me alimentar fui para meu quarto e deitado em minha cama deixei as lágrimas rolarem soltas e exteriorizarem toda minha tristeza, solidão e também todas minhas dores amorosas. Em algum momento entre meus soluços e pensamentos conturbados, deixei-me adormecer e sonhar com aquele lindo garoto por grande parte de minha noite.

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Espero que tenham uma ótima leitura.

Até breve

Um abraço Carinhoso

J.D. Ross

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Comentários

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POXA, QUE PENA QUE UMA TIA APARECEU NA HISTÓRIA PARA ATRAPALHAR ESSE RELACIONAMENTO.

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Boa escrita! Ao que tudo indica, pela sua preocupação em nominar o texto como capítulo 1, teremos uma continuação que eu gostaria de acompanhar. Portanto, aguardo a continuação para breve. Abração!

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