Projeto Charlie - 6 "Ahhh aquelas pernas grossas"

Um conto erótico de Mr. Charlie
Categoria: Homossexual
Contém 1962 palavras
Data: 09/04/2017 17:27:14

Na hora de ir embora vejo o carro do Henrique do lado de fora do meu trabalho me esperando, resolvi parar de evitar ele e acabar logo com isso.

-oi. -Disse ele com cara de cachorro que caiu da mudança.

-oi. -Digo seco.

-você não me atende, nao responde minhas mensagens, não te encontro em casa. Resolvi vir aqui no lugar que teria certeza que te encontraria.

-Por quê será que não me encontra, que não consegue falar comigo?! Na verdade acho que não tem mais nada para conversarmos.

-Charlie por favor, me perdoa, aquilo não foi nada do que você tava pensando.

-foi o que então? -Me encosto no carro pra ouvir o que ele tinha a me dizer.

-O Sergio não significa nada pra mim, aquele beijo foi ele que roubou de mim. -Ele se cala e fica de cabeça baixa.

-só isso? -Perguntei esperando mais. -apenas isso que tem pra me falar?

-não. -ele começou a contar a historia de cabeça baixa. -a um tempo atrás eu confesso que chegamos a ficar juntos, mas ele acabou ficando neurótico querendo voltar e eu nao queria pois sou louco por você, deixei isso bem claro pra ele. Eu pedi pra ele não me procurar e nao me ligar, e na festa ele não parava de me olhar e provocar, entao resolvi ir conversar com ele para acabar com aquilo tudo.

-e a unica coisa que você acabou naquela noite foi com nós dois. Não sei se você imaginava que eu sabia do caso de vocês, mas você sumia, não dava noticias. Sempre era uma historia diferente, resolvi parar de ser trouxa e descobrir o que você estava aprontando. Henrique eu tenho todas as conversas nojentas de vocês no meu e-mail, minto, na verdade eu apaguei, aquilo é irrelevante para mim agora.

-desculpa amor, isso não ia se repetir mais. Por favor não me deixa.

-"A.M.O.R.". -fiquei refletindo a palavra por um momento. -você foi a primeira pessoa que amei Henrique, a primeira droga de pessoa que amei, naquele dia que você me levou naquela sacada antes de você atender o telefone, eu ia dizer o quanto eu te amava, mas seu amante acabou ligando.

-eu também te amo, vamos viver esse amor, eu sei que fui um otário, mas sou apenas seu e de mais ninguém.

-nao Henrique, você não é mais meu. Agora voce fala de amor, eu tive a oportunidade de mostrar meu amor por voce, mas você estragou tudo. Pelo menos os outros que passaram pela minha vida foram rápidos, eu nem sentia nada. Mas não, você esperou o idiota aqui te amar pra você pisar na bola, esperou oito meses pra decidir me trair, Henrique oito meses nem é tanto tempo assim, mas você não perdeu tempo. -Ele apenas me olhava cabisbaixo enquanto caia algumas lágrimas de seus olhos.

-eu entendo que não queira me perdoar, sei o que fiz e sei as consequências disso, mas te peço pelo menos perdão por tudo.

-eu até acredito que ele tenha te roubado aquele beijo, mas que sua boca passou propositalmente em cada parte daquele corpo, isso também acredito, e a boca é apenas uma das partes que passou por lá. Aproveita que meu coracao está frio, e faça da minha frieza um motivo para você seguir em frente.

-eu sinto muito e te amo muito também, mas precisava pelo menos conversar com você.

-entao estamos conversados, e não me peça para ficar com você ou te perdoar. Isso leva tempo. Dor de amor demora a cicatrizar. -ele tentou me abraçar, mas segurei seus braços e me afastei.

-eu espero que possa me perdoar, vou me redimir com você, eu prometo. -disse adentrando seu carro.

-Tchau Henrique. -Ele apenas colocou seus óculos escuros para disfarçar o choro e partiu.

Naquela hora fui para meu carro e nao contive o choro, eu amava aquele infeliz. Nao teria mais aquele corpo, aqueles olhos verdes, aquilo doia mais que antes. Pior que a dor da traição é a dor do rompimento, quando você tem a certeza que não terá mais aquela pessoa.

Cheguei em casa desnorteado, sem chão. Meus pais ficaram sabendo que rompi com o Henrique mas não disse a eles o real motivo. Os próximos dias foram horríveis, as semanas piores ainda, foram três meses para eu começar a esquecer um pouco do Henrique, que vez ou outra ainda tentava contato comigo.

Gabriel não saia do meu lado, ou estávamos na minha casa ou estávamos na casa dele.

Depois do quarto mês, próximo ao fim de ano eu ja estava mais tranquilo com meus sentimentos.

Minha rotina era casa, trabalho, academia e casa novamente, não saía. Henrique praticamente parou de me procurar. Bruna sempre entrava em contato comigo para saber como eu estava, o lado bom foi poder me afastar dos pais de Henrique, como aquilo me aliviava.

Lembro que era meio de dezembro quando decidi sair novamente, na verdade fui obrigado, Gabriel praticamente me arrastou pra fora de casa, fomos pra boate GLS.

-agora sim ta gato. -dizia Gabriel no meu ouvido por causa do som alto.

-nao precisa bajular. -respondi de volta.

-ja viu algum lobo, cordeirinho?

-na verdade não estou nem procurando.

-quer saber, bora beber ja que amar ta difícil. -disse ele me puxando para o bar, foram umas 2 tequilas para me animar, sou fraco para bebida.

Curtíamos muito na pista, preferi não ficar com ninguém, aquele dia eu só queria curtir com meu amigo. Como Gabriel não curte homem, sempre que chegava alguém dando em cima dele, ele me abraçava dizendo que era meu namorado.

Já era quase três da manhã quando meu celular toca. Era um numero que eu não conhecia, fui pra um canto com menos barulho.

-alô.

-Charlie...

-sim, quem fala?

-é o Marcelo. -Nunca mais havia falado com Marcelo após aquele almoço. Ele estava com uma voz embargada, ele com certeza estava bêbado. Fiquei surpreso com aquela ligação.

-Marcelo voce ta bêbado, o que foi?

-eu nao consigo. -Fez uma pequena pausa. -eu nao consigo voltar para casa. Só voce pode vir aqui. Eles nao querem me deixar ir embora.

-onde voce está?

-oi, alô?! -Disse uma outra voz ao telefone.

-oi, quem fala?

-é o gerente do bar. -ele me explicou por alto o motivo da ligação e me falou o local onde eu poderia buscar o Marcelo.

-sim, sei onde fica, logo chego aí.

-tudo bem, eu agradeço. -disse ele desligando o telefone.

Informei Gabriel que precisaria ir embora. Como ele conheceu uma mina lá na boate, ele iria ficar por lá mais um pouco. Peguei o primeiro taxi que vi e sai dali e parti para encontro de Marcelo.

Cheguei lá e fui informado sobre a situação. Marcelo tinha bebido todas que pôde, na hora de pagar nao lembrava a senha do cartão e nem tinha levado dinheiro. Não imaginava que veria aquele homem elegante e educado naquela situação um dia.

Paguei a conta de Marcelo e peguei a chave do seu carro, chegamos ao estacionamento e o coloquei no banco do passageiro. Ali fiquei observando como aquilo era triste e engraçado ao mesmo tempo, mas mesmo embriagado ainda sim ele era lindo. Depois de muito esforço tentando fazer ele não dormir, consegui o endereço de sua casa.

Segui com a BMW ate uma parte nobre da cidade, quando fui entrando em um condomínio um tanto quanto conhecido, perguntei ele novamente se era ali que ele morava e ele me responde que sim. Não estava acreditando naquilo, era o condomínio onde eu havia vindo anteriormente com o Henrique. Com dificuldade tirei ele do carro e seguimos até o elevador.

-qual andar você mora? -perguntei levantando seu rosto para ele não cair no sono. Deus, aquele homem era bastante pesado.

-moro na...nem precisou ele responder mais nada.

-deixa eu adivinhar, você mora na cobertura?!

-sim, como voce sabe? -pergunta ele com os olhos cerrados e tropeçando as palavras.

-acredite, você não vai querer saber. -a porta do elevador se fecha.

Ao chegarmos na cobertura todo meu pensamento voltou a Henrique, primeiro a vista, depois nosso sexo ali na sacada e depois o amante dele ligando.

Pela primeira vez eu adentrei mais naquele apartamento. Tinha banheiro em baixo, mas como eu teria que subir aquelas escadas uma hora ou outra com ele, por quê não agora?!

Com dificuldade chegamos ao seu quarto. Tinha o cheiro dele, aquele cheiro amadeirado, todo arrumado e com aquela linda vista da sacada. O levei até o banheiro e lá pensava se dava um banho nele ou nao.

Ele estava com traje social novamente, provavelmente foi do trabalho direto para o bar. Por fim fui desabotoando sua camisa, aquele peitoral com pelos rasos e loiros ja fazia meu pau dar sinal de vida. Ele era bem musculoso, levantei ele e tirei sua calça, estava sendo tentador para mim aquilo tudo, aquelas pernas...ahhh aquelas pernas grossas e com um pouco mais de pelo do que na barriga, sou fascinado por panturrilhas grossas e a dele me deixava extasiado. Eu iria dar banho nele de cueca, mas deixar ele dormindo de cueca molhada nao seria nada bom. Depois de pensar muito acabei tirando sua cueca. O volume que eu via antes em sua calça social era bem menor do que eu via agora, aquele pau veiudo e com pelos aparados era enorme, mesmo mole. Meu pau fazia pressão na minha calça para saltar para fora, a bunda grande com pelos bem rasos, malhada e durinha. Me contive e liguei a ducha na agua fria. Eu precisava mais daquela ducha fria do que ele, para apagar o fogo que ele acendeu em mim. Após coloca-lo lá dentro ele foi se despertando um pouco mais, a ponto de ficar em pé. O tirei do banho e enxuguei aquele corpo, mas não toquei em momento algum em seu pau ou sua bunda, mesmo querendo tirar uma casca, preferi respeita-lo.

Levei ele até a cama, preferi não mexer em suas coisas e deixei ele apenas enrolado no roupão dormindo. Ali me peguei olhando aquela tentação de homem. Fiquei pensando em onde poderia estar sua noiva, por que ela não estava ali em vez de mim?!

Desci e fui até a sacada, fiquei olhando a cadeira do sexo, então sentei na outra. Sentei na cadeira de frente para a piscina e fiquei olhando aquele céu estrelado.

Como o mundo é pequeno, Marcelo era o tal cliente do pai de Henrique que queria vender o apartamento, era tudo muito louco. Ele ainda tinha meu numero salvo, ele não apagou como eu havia imaginado.

Bom, agora já sabia que seu nome é Marcelo, trabalha não sei de que, tem uma BMW, é noivo, é o tal cliente do pai do Henrique e mora no ultimo apartamento onde eu queria estar.

Fui até a cozinha e interfonei na portaria solicitando um taxi e fiquei aguardando a chegada, voltei ao quarto e ele nem se mexido tinha. Ele iria ficar bem agora, talvez com uma terrível ressaca, mas bem. Não sei se ele se lembraria de ter me ligado ou qualquer outra coisa depois de se embriagar, mas pelo menos agora ele estava melhor. O interfone tocou informando a chegada do taxi, tomei o elevador até a portaria e entrei no taxi rumo a minha casa.

MARCELO

Acordei na minha cama com uma forte dor de cabeça, mau conseguia levantar. Estava apenas de roupão, não sabia como acabei de roupão na minha cama nem como cheguei em casa. Quem havia me trazido?!

Fui até o banheiro lavar o rosto e ver se melhorava um pouco, quando vejo aquele celular em cima da pia, o destravei e vi a foto do Charlie. Fiquei o segurando por um momento e simplesmente sorri.

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Comentários

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NÃO EXISTE CRIME PERFEITO. CHARLIE TINHA QUE ESQUECER O CELULAR. RSSSSSSSSSSSSS ACHO AINDA QUE DEVERIA TER SE APROVEITADO DO AMIGO, PELO MENOS UM BOQUETE. HENRIQUE DANÇOU. BEM FEITO. QUE FIQUE COM OS AMANTES PRA DEIXAR DE SER BESTA.

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Esse Henrique, hein? Deu de presente nao uma galhada, mas a Amazonia inteira no namorado, ficou até sem argumento para explicar os cifre. Que cretino! Espero que o guri fique com Marcelo.

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Concordo com Kelsier, não vi necessidade de dar banho no Marcelo... Fora isso, a história está ótima!!!

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Até eu numq circunstância dessas iria esquecer o celular kkkk Mas o conto tá demais, o Henrique nem lutou muito pelo Charlie e nem houve aquela conversa problemática de pós traição. Sem graça kkkk

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não acho que o banho era realmente necessário. Ele não iria morrer se dormisse sem um. Sei lá, sou meio sensível com isso de mexer com gente bêbada. É muito perto do abuso, por mais que você tenha boas intenções, despir uma pessoa que ta quase inconsciente. Me deixa perturbado... E o Charlie é campeão em esquecer o celular!! kkkkkk' To gostando cada vez mais desse conto porque não tem muito frescura!

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