O filho dos sonhos

Um conto erótico de Gustavo
Categoria: Homossexual
Contém 2550 palavras
Data: 19/04/2017 15:47:12

Dizem que todos os pais sempre gostam mais de um filho do que dos demais. Não estou aqui para desmentir essa teoria, mas para confirmá-la. Sempre fui louco pelo meu filho mais velho. Esse amor intenso, a princípio paterno e casto, tornou-se uma paixão mais intensa ainda depois que ele se tornou adulto. Não o amava tanto por se parecer comigo, como se poderia pensar, mas por ser exatamente meu oposto. Mais alto, mais forte, mais másculo, mais macho.

Não me entendam mal quando digo que ele era mais macho que eu. Não significa que eu não seja um homem másculo e macho. Sou homem de verdade, do tipo que sempre gostou de mulher e que nunca teve grandes interesses em outros homens. É evidente que de uma quedinha, de uma leve atração ou de um interesse passageiro durante a adolescência ninguém está livre.

Tive meus momentos com um amiguinho de infância com o qual descobri as primeiras gozadas, lá pelos quatorze ou quinze anos, muito mais em punhetas coletivas do que em relações sexuais propriamente ditas. Chegamos até o ponto onde seria razoável entre dois garotos, isto é, evidentemente pegamos no pau um do outro, retribuímos a punheta, sentimos a textura, o volume e a temperatura do caralho do amiguinho, mas não passou disso. Não sentimos o sabor, por exemplo. Não passamos de uns toques inocentes. Mas quem nunca fez isso quando descobriu os primeiros furores sexuais, as primeiras descargas hormonais? Se não fez, sentiu vontade e deveria ter matado essa vontade. Eu matei a minha.

Mas antes mesmo dos dezesseis essas coisas já haviam ficado para trás, porque sempre havia na escola umas menininhas dispostas a tirar os garotos do prumo, a levá-los para o mau caminho. Este meu amiguinho de folguedos e eu fomos levados para esse caminho logo cedo, com as primeiras namoradas.

Quando eu coloquei pela primeira vez meu cacetinho saliente numa vagina tenra ele foi o primeiro a saber disso. E quando ele fez a mesma coisa, foi a mim que contou primeiro. E nessa altura tudo o que vivêramos havia ficado no passado e, com o passar dos anos, caiu num semiesquecimento conveniente e confortável para ambos. Como todos os homens, nós não gostávamos de lembrar de que certa vez já mantivéramos um caralho alheio bem quentinho em nossas mãos, pois isso não é coisa de macho.

E por falar em macho, logo cedo descobri que estava fadado a este destino, qual seja, o de homem heterossexual, responsável, másculo, marido exemplar e pai idem. Casei-me logo cedo justamente com essa primeira namoradinha, a que me apresentou aos prazeres bucetísticos. A partir do momento em que descobri que enfiar meu cacete numa vagina e enchê-la de leitinho era bom, não pensei mais em outra coisa. Sequer pensei que poderia haver muitas outras vaginas à disposição se eu quisesse. Eu me contentei com aquela, que era conhecida, íntima e confortável, e me converti no marido fiel com apenas 23 anos, logo depois que acabei a faculdade de Direito.

Pai exemplar também foi um papel que me caiu como uma luva logo cedo na vida. Para ser exato, precisamente dez meses após meu casamento tornei-me o feliz pai de um belo garotão de cabelo escuro e farto, grande e forte como um touro. Foram essas as palavras que o médico usou ao me dar a notícia logo depois do parto. Esse médico, por coincidência, era também um jovem recém formado, aquele meu amigo de infância. Trocamos um abraço caloroso e eu entrei no quarto onde minha esposa me esperava para apresentar o bebezão que se tornaria razão do meu viver a partir de então.

Vieram mais uma filha logo em seguida e depois dela outro garoto, ambos muito amados, embora eu deva admitir, por uma questão de honestidade comigo mesmo, que não com a mesma intensidade do primeiro.

À medida que ele crescia ia se tornando cada vez mais diferente de mim. Ao contrário de mim, que sou loiro, ele é moreno, com o cabelo tão escuro que parece haver sido tingido, tamanho o contraste com sua pele, que nem de longe é tão clara quanto a minha. Ele também é bem mais alto que eu, mais largo e mais forte. E desde pequeno é dado a atividades esportivas. É do tipo que pratica de tudo, de natação a futebol, passando por musculação e lutas. Tudo oposto a mim, que sempre fui o tímido e intelectual, que prefere um bom livro a qualquer outra coisa e só pratica um mínimo de atividade física em nome da boa saúde, jamais por prazer.

Ele também é despachado, carismático e sorridente. Acaba se tornando fatalmente o centro das atenções aonde quer que vá. Não é exatamente um homem bonito. Não que seja feio, mas está longe do tipo físico do príncipe dos contos de fadas com que dez entre dez garotas sonham. Mesmo assim sempre esteve cercado delas. Sempre houve duas ou três que o disputavam, às vezes literalmente a tapas, pois o que ele não tem em beleza, tem em abundância em carisma. E naturalmente que todos os esportes e a vida saudável que leva tornam-no um homem para lá de interessante.

Sempre fomos muito próximos, desde que isso não envolvesse eu me entregar de corpo e alma a alguma atividade esportiva. Nisso ele puxou à mãe e à família dela. Aliás, como de resto, inclusive fisicamente, ele é muito mais parecido com a família materna.

Mesmo assim, de vez em quando praticamos juntos alguma atividade física, só mesmo pelo bem da nossa relação parental. Além disso, de toda gama de esportes que ele gosta de praticar, um ou dois também pratico, em nome da saúde, como já disse. Pratico musculação e corrida. E basta. Portanto, de vez em quando vamos à academia juntos e damos umas corridas no parque perto de casa.

Foi numa dessas idas à academia que o vi com olhos pouco paternos pela primeira vez. Normalmente fazemos nossa série de musculação, em seguida eu vou tomar meu banho e volto para casa, enquanto ele ainda tem as aulas de luta ou de outra coisa qualquer, por isso só volta para casa mais de uma hora depois de mim.

Um dia, ao me encaminhar para o vestiário, ele me seguiu.

“Não vai pro jiu-jítsu?” perguntei.

“Não. Cê viu aquela mina de short vermelho?”

“Sim. Bonita.”

“Bonita e gostosa pra caralho. E faz dias que tá me dando mole.”

“Vai sair com ela?”

Ele passou o braço pelo meu ombro e me apertou contra si. Estava suado, ofegante e com o familiar sorrisão largo de orelha a orelha quando disse:

“Agora. Tá querendo rola faz tempo. De hoje ela não passa.”

Não sei explicar o porquê de essa última frase ter me soado diferente. Não era a primeira vez que ele falava que ia “comer” uma garota. Isso sempre me soou como a coisa mais natural do mundo, principalmente vindo de um rapaz de dezenove anos, nos primeiros anos de faculdade, quando um cara com o tipo físico e a personalidade dele costuma passar o rodo. Ele, aliás, estava passando o rodo havia alguns anos, desde os primeiros do ensino médio.

Naquele dia, porém, foi como se ele fosse outra pessoa. Era como se aquele jovem atraente e simpático que me abraçava e falava de suas aventuras sexuais com tanta cumplicidade não fosse meu filho, embora ele as confessasse a mim exatamente por ser seu pai. Eu, contudo, ouvia um macho potente, fogoso e predador, que me falava de meter a rola, e era como se não estivesse preparado para ouvir aquilo.

Tanto que, enquanto seguíamos para o vestiário, ele ainda agarrado a mim e todo eloquente sobre o que o esperava na cama da dama de vermelho dali a alguns minutos, eu me senti desconfortável sem saber exatamente a razão desse desconforto.

Esse meu primeiro desconforto, entretanto, não era nada perto do que senti quando ele arrancou em dois segundos a roupa diante de mim como a coisa mais natural do mundo. Natural como de fato havia sido todas as vezes até ali em que eu o vira nu e vice-versa. Jamais houve tabu a respeito disso entre nós. Mas naquele dia, ao ver aquele moreno largo despido diante de mim não pude segurar um princípio de ereção.

Atribuí essa minha ereção insipiente ao fato de que o ouvira há pouco falar de aventuras sexuais, à associação dessas aventuras com a lady in red, que de fato era mesmo gostosa demais, ao calor do momento e ao sangue quente de quem acabava de se entregar à atividade física vigorosa.

Apesar de toda essa racionalização, entretanto, tive que enrolar para tirar a roupa, pois não podia sequer pensar em aparecer nu diante dele naquele estado. Devo ter levado uns dez minutos só desamarrando os cadarços dos tênis, depois enrolei para tirar a camiseta, de modo que quando ele saiu do banho, enrolado na toalha, fresco e recendendo a sabonete e a limpeza, eu ainda não havia acabado de me despir.

“Pô, pai, ainda nesse estado?”

“Pois é, vê só? Enrolei tanto que você já terminou.”

Ele apoiou a mão no meu ombro, depois me deu três tapinhas e disse rindo:

“É a idade, né não, velho? Você não é mais o mesmo depois que passou dos quarenta.”

“Você tem razão. E olha que ainda não faz três anos, hein!” respondi, ri também e continuei a enrolar e a disfarçar que o cheiro de sabonete havia me deixado ainda mais perturbado.

Ele vestiu-se quase tão rápido quanto havia se despido. Antes de sair ainda disse:

“Ainda bem que não vamos para o mesmo lado. Já pensou se eu dependesse de carona sua?”

Eu ri e continuei sentado no banco no centro do vestiário, meio encurvado, fingindo que me recuperava do meu esgotamento de quarentão.

“Ih, pelo visto isso vai longe” disse ele. Em seguida me deu um beijo no rosto e sumiu.

E eu continuei ali, tentando entender o que se passava comigo. Era possível que eu estivesse desejando meu próprio filho? Justamente eu, que jamais fora infiel à minha esposa? E justamente um homem? E logo meu filho? Não, de jeito nenhum. Isso era coisa da minha cabeça. Eu só podia estar doente. Ou era fruto do estresse, pois eu andava trabalhando demais, o escritório de advocacia do qual era sócio estava indo bem demais e eu estava mergulhado até o pescoço no trabalho. Só mesmo alguém à beira da estafa como eu para colocar na cabeça uma ideia tão estapafúrdia como a de sentir tesão pelo próprio filho.

Abri o chuveiro gelado sobre mim e a água fria me causou um sobressalto. Só mesmo assim para eu esfriar a cabeça e esquecer tais ideias. Acabei relevando o episódio e deixando as ideias absurdas de lado. Ao chegar em casa já havia esquecido o que passara e durante o jantar conversei com minha esposa e meus dois outros filhos como se nada houvesse acontecido.

Pouco antes da meia noite, quando arrumava minhas coisas no escritório de casa para dormir, ele entrou. Estava radiante. Mesmo que eu não soubesse o que havia acontecido via-se sem sombra de dúvidas nos olhos dele o que se passara. Era mais que evidente, pelo semblante relaxado e pelo sorriso ainda mais franco do que de costume, que ele acabara de gozar rios de porra com a garota da academia.

“Pai, puta que o pariu…”, começou.

“Foi o que você esperava?”

“Foi muito melhor. Muito mais gostosa do que parece. Caralho…”

“Uau!” que mais eu podia dizer?

“Tô morto, paizão. Arriado mesmo. Vou dormir, mas depois te conto.”

Ele me deu um beijo de boa noite e subiu. Eu fiquei atordoado. Sentia-me mais mal ainda do que mais cedo, porque outra vez estava com o diabo dentro das calças e não conseguia tirá-lo de lá.

Mas nada como o bom e velho sexo conhecido para a gente esquecer certos pensamentos. Nessa noite ataquei minha esposa com uma fúria que há muito não demonstrava. Ultimamente ela estava inclusive reclamando que eu trabalhava demais e que não lhe dava atenção. Pois se era atenção que ela queria, muito bem, atenção ela teria, em forma de um chá de rola caprichado.

No dia seguinte eu estava mais calmo. Mas evitei ficar a sós com meu filhão, pois ainda não me sentia confortável em ouvir suas peripécias sexuais. Eu tinha medo de ter a mesma reação dos dias anteriores e não estava preparado para aquilo. Ainda sentia um gosto amargo na boca só de lembrar o quanto sentira vontade de agarrá-lo no vestiário da academia e de como, assim que ele retornou mais tarde para casa, eu me pegara imaginando como estaria o cacete dele logo depois de ter se esbaldado na buceta da moça.

Por mais que eu quisesse me enganar, o fato é que não podia negar de mim mesmo que a visão de meu filho nu, ofegante e suado diante de mim enchera meus miolos de pensamentos para lá de inapropriados. Eu não estava de modo algum preparado para esses pensamentos e muito menos para as sensações que eles me causavam.

Eu sempre fora de me masturbar muito. Mantinha minha vida normal com minha esposa, tínhamos uma vida sexual razoável, na minha opinião, especialmente considerando os quase vinte anos de casados, e eu era fiel a ela desde sempre, mas sou obrigado a confessar que todas as vezes em que havia sentido desejo por outras mulheres ou mesmo por uma questão de puro hábito, eu me masturbara loucamente. Uma punheta por dia, no mínimo, religiosamente, desde que eu me entendera por ser humano sexuado.

Desde o episódio da academia, entretanto, era em meu filhão que eu pensava nessa minha diversão diária regular. Mas não consigo ainda confessar, nem para mim mesmo, que tipos de pensamentos eu tinha com meu garoto. Não sei se desejava abraçá-lo, não sei se queria beijá-lo, não consigo decidir se via o belo pau moreno em meus pensamentos, não tenho como confessar se gostaria de por minhas mãos naquele cacete (ou naquela rola, como ele se referia ao próprio pênis com tanta sensualidade). O fato é que minha, às vezes minhas duas, raramente três punhetas diárias eram inteiramente dedicadas ao moreno delicioso que eu tinha a honra de chamar de filho.

Eu já nem sentia sequer remorso. Do mesmo modo como sempre aplacara o desejo por outras mulheres na masturbação regular, por que não fazer a mesma coisa no caso dele? Enquanto aqueles desejos e aquela ânsia pelo meu filhão estivessem apenas nos meus pensamentos não haveria mal algum. É um princípio básico de Direito: os atos preparatórios e os pensamentos não constituem crime.

Portanto eu podia pensar em fodê-lo, em mamá-lo, em ser fodido por ele, em beijar-lhe loucamente a boca, em ter sua boca em volta do meu cacete, em por minhas mãos naquele belo peito largo, em sentir a textura daqueles glúteos firmes como rocha, em se o caralho de meu delicioso filho era babão como o do pai ou não… qualquer coisa. E bater punheta até esfolar meu pau, como nos tempos de adolescente. Nada disso poderia ser punido. Nada disso era crime. Nada disso era errado.

Mas será que eu conseguiria manter esses desejos só no pensamento?

Continua em Festa (de rola) na floresta.

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Comentários

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Que conto é essw... Parabéns escrita incrivel

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EXCELENTE. MUITO BEM ESCRITO. MUITO BEM NARRADO. POUCO DIÁLOGO, MAS TUDO BEM. ADORO CONTOS ENTRE PAI E FILHO. CONTINUE POR FAVOR.

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