Projeto Charlie - 10 "Mandado de morte"

Um conto erótico de Mr. Charlie
Categoria: Homossexual
Contém 1715 palavras
Data: 19/04/2017 22:07:03

Tento me soltar vendo na sua cara que ele pretendia mesmo era me matar.

-onde ele está? -pergunta ele soltando um pouco a pressão no meu pescoço.

-ele quem? Me solta. -Disse eu com dificuldade.

-não se faça de idiota. Onde está o atirador? -Disse forçando mais meu pescoço e depois soltando novamente.

-eu não sei de quem você está falando, você pegou a pessoa errada. -Quase não consigo respirar.

-não, você é a pessoa certa, me deram a ordem de fazer você confessar onde o atirador está antes de te matar. -Disse ele segurando meu pescoço com uma mão e na outra me mostrando uma foto minha com um alvo desenhado no rosto. -pelo visto você é importante para ele.

Aquilo era um mandado de morte, aquele cara era um assassino de aluguel.

Aproveitei que ele estava apertando menos o meu pescoço e consegui força para dar um murro nos seus testiculos, e ele acabou caindo para o lado. Levantei recuperando meu folego para sair dalí mas ele foi mais rápido e bateu com minha cabeça contra a porta e me deu uma joelhada no estomago, acabei caindo no chão.

Ele segurou no meu pescoço e me levantou e foi para me dar um soco mas peguei uma garrafa de vidro que estava em uma mesa de canto e acertei sua cabeça, ele cambaleou e caiu perto de suas roupas.

Alguém do lado de fora batia na porta perguntando se estava tudo bem. Provavelmente ouviu a pancadaria.

-por favor, me ajuda, ele ta tentando me matar. -Eu gritava do lado de dentro. -eu não sei quem você está procurando mas eu não fiz nada. -Disse me afastando.

Ele pegou uma faca que estava no bolso da sua bermuda e veio para cima de mim, com um golpe fez um corte na minha barriga quando tentei desviar dele.

Aquele sangue escorrendo me causou desespero. Ele veio para cima de mim e escorregou no líquido que tinha derramado quando quebrei a garrafa em sua cabeça, peguei um pedaço quebrado da garrafa e quando ele se aproximava de mim novamente cravei o pedaço de vidro no seu pescoço. Ele caiu fazendo pressão no corte.

-como você se sente sendo você a sangrar, desgraçado?!

Peguei a foto que estava com ele, abri a porta e saí correndo dali apenas de cueca e sangrando. Encontrei dois seguranças vindo em minha direção.

-ele está lá dentro. -disse eu com a voz fraca.

Um dos seguranças foi direto para o quarto. Provavelmente a pessoa que estava atrás da porta foi chamar ajuda.

-não tem ninguém lá dentro, provavelmente conseguiu fugir, vou chamar a ambulância. -o segurança voltava do quarto.

-o que?! Não acredito que aquele desgraçado ainda conseguiu fugir. -o corredor já se enchia de hóspedes tentando ver o que tinha acontecido. Peço para alguém pegar meu celular no quarto para eu ligar para o Gabriel que rapidamente já chegava no hotel.

-Charlie, o que aconteceu? Foi aquele filho da puta? Ai meu Deus você tá ferido, a culpa é minha, eu devia ter vindo com você.

-Gabriel para de lástima, a culpa não foi sua, apenas minha. Vai buscar meus documentos, depois te explico tudo.

Pouco tempo depois chega a ambulância e partimos para o hospital.

Chegando no hospital já fui atendido e logo já estava de repouso.

-por sorte não foi um ferimento fundo. -o médico explicava meu estado ao Gabriel. -foi apenas um corte superficial, precisou apenas de alguns pontos. Amanhã você já pode receber alta Charlie. -dizia ele já se virando para mim. -vou atender outro paciente, mais tarde a enfermeira trará sua medicação.

-tudo bem, obrigado doutor.

-até agora você não me explicou o que aconteceu lá. -disse Gabriel assim que o medico saiu.

-aquele filho da puta não foi pro hotel para transar comigo, ele queria me matar, essa aproximação dele esse tempo todo foi para isso. -tirei minha foto com o mandado de morte do meu bolso e mostrei a ele e expliquei sobre a briga no quarto.

-quem será que é esse tal de atirador e como você saberia? -Pergunta ele confuso.

-eu não faço a menor idéia, na verdade eu estou mais preocupado por ele ter fugido, afinal eu ainda estou vivo.

-vou ficar aqui com você e amanhã passamos no hotel para pegar nossas coisas e depois vamos direto para delegacia. A policia já esteve no hotel, amanhã vamos saber como ficou.

-é obvio que você vai ficar aqui comigo. -digo com ironia. -mas está certo então. -Devido a medicação acabei adormecendo.

Depois de receber alta fomos direto para o hotel pegar nossas coisas. Cheguei a falar com meus pais por telefone, mas não disse o que aconteceu.

As delegacias estavam em greve, o que me impossibilitou de registar o boletim.

-então vocês não podem fazer nada? Perguntava Gabriel já se exaltando.

-calma lá rapaz, eu entendo sua preocupação mas isso não é uma discussão, muito menos a casa da mãe Joana. -Disse o delegado. -infelizmente não houve nenhuma prova, a arma que o feriu não estava no local, nem sangue de outra pessoa, apenas o seu, nada no local tem evidência de outra pessoa.

-como assim não tinha evidência nenhuma? O quarto estava cheio de sangue, eu fui enforcado, olha meu pescoço. -aproveitei e tirei a foto do mandado e mostrei a ele.

-eu acredito em você, mas não temos provas nem evidências e mesmo pelas marcas no seu pescoço e essa foto sua apenas com um circulo em seu rosto, ainda sim não tem como definir quem fez isso.

-claro que...obrigado por nada delegado. -disse Gabriel me arrastando para fora dalí.

Aguardávamos o nosso ônibus na rodoviária, o céu estava nublado e com um vento bem gostoso.

-como você está? -pergunta Gabriel encostando minha cabeça em seu peito.

-preocupado. -Digo vago.

-vai ficar tudo bem, ainda vou pegar esse desgraçado.

-como todas as evidencias sumiram tão rápido? Como nem resquício de sangue encontraram daquele filho da puta? Como não houve nenhuma testemunha Gabriel? -Aquilo me intrigava.

-Charlie, quem fez isso com certeza não estava sozinho e provavelmente depois que saímos eles limparam toda a bagunça, e quanto as testemunhas, sinceramente eu nao sei, mas aquele delegado por algum motivo não quis nos ajudar, por isso te tirei de lá, e não vou te deixar sozinho um segundo sequer.

Diferente do avião, a viagem foi bem longa. Eu olhava para os lados automaticamente para ver se tinha alguém nos seguindo.

Quando chegamos em nossa cidade preferi ir direto para a casa do Gabriel, eu não queria que meus pais me vissem naquele estado.

Fiquei alguns dias na casa dele, quando disse aos meus pais o que aconteceu, apenas disse que foi um assalto que Gabriel e eu sofrera, mas conseguimos fugir e pedir ajuda, mas o bandido não tinha sido preso, no final até que a desculpa colou. Um mês após o ocorrido, eu já estava mais tranquilo, o medo de ver Erick novamente já não me atingia tanto assim.

Em um fim de semana estava no cinema com Gabriel e como estávamos próximo ao prédio do Marcelo, resolvi ver ele, saber como ele estava, esperando que ele tivesse esquecido aquele ocorrido.

Chegando próximo ao condominio vi ele na porta do prédio com sua noiva, foi fácil reconhecê-la, estavam se beijando e sorrindo bastante.

-eles estão bem novamente. -disse com um ar diferente

-qual o problema? -perguntou Gabriel.

-nada, nenhum, ele trocou de numero e nunca mais me ligou.

-pena você estar gostando de um cara que está noivo.

-espera, o que? -disse dando um riso forçado.

-ah para né Charlie, está na sua cara, até ele já deve ter percebido isso.

-nada a ver. Será que vou lá pelo menos dar um oi?

-se vai fazer você se sentir melhor, por que nao?!

Sem pensar muito já vou saindo do carro e indo em direção ao prédio, no caminho penso um pouco e paro. """Se ele trocou de numero e nem me ligou mais e nem me procurou, por que ele iria querer me ver agora? Não, não vou la não."""

Quando eu ia voltando vejo Marcelo me chamar.

-Charlie? -O vejo sentir certa surpresa. Claro que ele não esperava me ver.

-ah, oi. -Fui a encontro deles. -quanto tempo né, decidi apenas dar uma passada para cumprimentar já que nunca mais nos vimos.

Ele refletiu por um instante. - essa é minha noiva, Emily. Emily esse é o Charlie, um amigo.

Olho para ela e a percebo com uma cara seria e com uma certa surpresa por me ver.

-oi, prazer. -diz ela mudando para um sorriso, mas ainda sim continuava me analisando de cima a baixo.

-o prazer é todo meu. -Dou um beijo de cumprimento em seu rosto. - bom vou indo. Passei mesmo para saber como estava, já que está tudo bem, eu já vou. Foi um prazer te conhecer Amy.

-é Emily. -Diz ela ainda sorridente.

-ah sim, prazer novamente Emily. -nem dei tempo do Marcelo falar nada, não sei por quê, mas me irritei naquele momento por ter me forçado à aquilo, mesmo não tendo motivo, apenas sai apressado dali, meu coração estava a mil.

-é verdade. -Disse a Gabriel quando entro no carro.

-o que é verdade? -pergunta ele não sabendo do que eu falava.

-eu gosto dele. Ver ele ali com ela me abalou. Todas as vezes que o vi estávamos sozinhos, agora vendo ele com ela... não consegui ficar ali, sem querer estar ali só com ele, mas ela estava lá. Caralho eles são noivos, o que eu tenho na cabeça.

-e ela é uma gata hem... -ele diz vendo minha cara seria. -o que? Mas é verdade.

-revirei os olhos, ele nem prestava atenção no que eu dizia.

-sei não, se eu já achava o Marcelo com um ar misterioso, ela tem um ar mais misterioso ainda. -Disse olhando para eles pela janela do carro quando fui partindo dalí. -eu preciso me afastar do Marcelo.

-Charlie, desde o dia que vocês descutiram, ele te procurou? Não né, comece a gostar de quem gosta de você maninho. Gostar dele enquanto ele está com ela só vai te fazer sofrer.

-eu sei, pior que nem chegamos ter alguma coisa para eu ficar assim por esse cara, mas vou me afastar do Marcelo.

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Comentários

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Me perdi um pouco no capitulo, mas acho que vai ser explicado nos próximos. Vou prestar atenção... Quanto a fica longe do Marcelo não só é o correto como ainda vai ser fácil. Não é como se os dois vivessem se esbarrando por aí...

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O pensamento de se afastar do Marcelo é o correto, a Emily ficou surpresa ao ver o Charlie, pois foi ela quem mandou matar ele... Acho que ela pensa que o Marcelo à traía com o Charlie e quer vingança.

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REALMENTE, MUITA BAGUNÇA. NÃO ENTENDI MUITO BEM ESSE CAPÍTULO. ESSE LANCE DO ERICK. A EMILLY TB ME PARECEU SUSPEITA.

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Que bagunça! Estou adorando... Posta mais.

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