Olá, pessoal! Alguns aqui já me conhecem. Há algum tempo, comecei uma série sobre os irmãos Gabriel e Bruno (Descobrindo Prazeres em Família) que vocês podem acompanhar aqui:
http://www.casadoscontos.com.br/perfil/217377
Embora tenha encerrado essa série, queria ter dado uma continuação e feito outros contos, mas acabei perdendo minha senha e comecei tudo de novo. Então, espero que gostem dessa nova série. Uma boa leitura à todos!
Brinquedinho de Casal (Cap. 1)
Parado em frente ao espelho do meu quarto, tentava me decidir entre uma roupa e outra, ao mesmo tempo que me perguntava se era mesmo uma boa ideia aceitar o convite de Gustavo, de ir à boate onde ele costumava ir e inúmeras vezes já me convidara. Ah, meu nome é Victor e tenho 17 anos. Gustavo é meu melhor amigo, somos da mesma idade, ambos no último ano do ensino médio e vamos entrar com identidade falsa na balada hoje (coisa que pra ele é fichinha). Há tempos, meu amigo tenta me arranjar encontros, já tendo me apresentado para vários rapazes, que eu sempre dispensava por ser tímido ou não achar que tava pronto pra essas coisas de sair, namorar, ficar etc. No fim, acabei querendo isso. A carência bateu, resolvi me permitir viver essas experiências e num dia em que Gustavo resolveu perguntar pela milésima vez se eu topava sair com ele, para sua surpresa eu aceitei.
Já pronto pra sair, dei uma conferida em frente ao espelho e me certifiquei de que estava tudo certo. Como a ocasião era especial e se tratava de um novo passo, optei por algo que chamasse a atenção de um jeito bom, tendo escolhido uma calça skinny vermelha, daquelas coladas ao corpo (que por sinal, marcava minha bunda e ficava incrivelmente sexy), tênis esportivo e camiseta preta. Básico, bonito e sexy... exatamente como eu queria me sentir.
Gustavo chegou com nossa carona, um amigo mais velho dele que já dirigia. Me despedi da minha mãe e do meu padrasto, não antes de ouvir uma dúzia de vezes que era pra tomar cuidado, voltar antes da meia noite e bla bla bla. Fomos num grupo de 5 pessoas, contando com Gustavo, seu amigo que dirigia e eu. Ao chegar na boate, passar pela fila e entrar sem problema nenhum com a falsa identidade (Essa facilidade me deixou abismado), cada um seguiu pra um canto e quando dei por mim, estava sozinho no meio da pista, enquanto as pessoas dançavam alucinadas ao meu redor. Era uma balada gay e o que tinha de caras fortes, lindos sem camisa e se exibindo não estava escrito. Belo amigo esse meu, sumiu sem avisar e me jogou aos leões.
Tentei me soltar, dancei um pouco, mas logo cansei e comecei a andar pela boate (ou pelo menos tentar, já que aquele lugar estava pra lá de lotado), procurando por Gustavo. Em determinado momento, passei por uma porta e me vi dentro de um ambiente escuro. Não demorou para perceber que haviam pessoas se pegando naquele lugar, fazendo sexo oral ou de outras formas. Era a dark room. Saí dali, estranhando aquilo tudo e fui para o bar. Me sentei pensando em tudo que acabara de ver naquele quarto e sem querer, acabei ficando excitado ao imaginar tudo que faziam ali. Pedi um refrigerante e enquanto o tomava e tentava esconder o volume que se formara na minha calça, notei que havia um cara rondando o bar. Me chamou a atenção por ser um cara muito bonito, alto, sarado, dono de um olhar intenso e um jeito de macho que fazia qualquer um derreter. O cara analisava da cabeça aos pés cada um dos rapazes sentado ali e até alguns que estavam de pé. Notei também que um deles se levantou e cochichou algo perto do ouvido dele, cuja resposta foi um não, acenando com a cabeça. Fiquei curioso com aquilo, mas logo me distraí olhando pro outro lado da boate enquanto terminava eu refrigerante.
Quando fui me levantar pra sair dali, eis que aquele cara que eu havia observado surge atrás de mim. Agora de perto pude reparar que ele era enorme, parecia um armário. Bastante musculoso e alto, devia medir 1,90 pra mais, fazendo eu me sentir uma formiga perto dele, com meu corpo magro e meus 1,70 de altura. A presença dele parecia me intimidar, de alguma forma. Seu perfume másculo e gostoso me embriagava. Como ele era cheiroso! E seu olhar intenso me deixava desorientado, excitado... me provocava um misto de coisas. Minhas pernas ficaram bambas quando ele colocou sua mão sobre o meu ombro e se aproximou do meu ouvido.
- E aí, bora fazer alguma coisa? – Perguntou o sujeito, com sua voz grave e incrivelmente sexy.
Fiquei completamente arrepiado, seduzido por aquele Deus grego e minha resposta foi meio que automática.
- Só se for agora. – Respondo entusiasmado, sorrindo pelo canto dos lábios.
- Então vem comigo! – Diz o cara, retribuindo meu sorriso e me segurando pela mão.
Ele me puxa, me fazendo acompanha-lo pela boate e pensar milhões de coisas. Talvez ele queira dançar, ou na mais atrevida das hipóteses, me levar pra dark room, credo! Se bem que fazer qualquer coisa com um cara desses não seria nada mau. Quando percebo, estamos caminhando em direção a saída da boate. Será que ele quer me levar pra algum lugar? Com o coração tremendo, me certifico de estar com o celular no bolso, me deixando levar por aquele estranho gostosão. Afinal, eu sempre fui tímido e nunca me permiti ser ousado ou ir no embalo, então agora era o momento de me soltar e fazer o que desse vontade, me aventurar e aprontar um pouco. Pelo menos essa noite, certo?
- Meu carro está bem aqui na frente – Diz o estranho, após sairmos da boate.
Não respondo nada até chegarmos em seu carro, um esportivo de luxo. Pelo visto ele era rico, muito rico. Quando entramos, me dou conta do quão longe eu estava indo. Nem me passou pela cabeça avisar o Gustavo que eu estava saindo com alguém. Tudo bem que ele foi um filho da puta e sumiu com os outros, me deixando meio largado na boate, mas poderia ficar preocupado. E esse cara, quem era ele? Nem o nome dele eu sabia e já estava dentro do carro dele. O que ia acontecer depois disso?
- Meu nome é Victor. Como você se chama? – Perguntei baixo, um pouco receoso enquanto ele ligava o carro.
- Sérgio. – Respondeu, ríspido e monossilábico.
- Então, Sérgio... onde a gente vai?
- Num lugarzinho aqui perto, não é muito longe da boate.
- Ah sim... – Digo, meio sem palavras.
Meu Deus, no que eu me meti? Onde esse cara está me levando? Será que vamos transar? Ele é bonito, gostoso, mas... será que é a hora, a pessoa e o lugar certo? Não planejei fazer isso hoje, ainda mais por ter vindo pra cá sem preservativos. Droga!
- Viu? Falei que era perto. Chegamos! – Diz Sérgio, parando o carro em frente a um hotel. É, pelo visto nós vamos mesmo transar.
Ao sairmos do carro, Sérgio entrega as chaves para um manobrista, coloca a mão no meu ombro e me conduz para dentro do hotel. Meu coração dispara e minha respiração se torna mais difícil. Apenas passamos pela recepção, atravessando direto em direção ao elevador. Descemos no andar em que Sérgio estava hospedado e conforme vamos andando em direção a porta de seu quarto, penso mil coisas que poderiam acontecer naquela noite, ficando mais tenso a cada passo. Ele bate na porta, o que me assusta. Quem estaria ali dentro? Em que confusão eu me meti agora?
Continua...
