Olá meninas, boa noite, mais cedo hoje, enfim, obrigada por sempre me receberem bem, um beijo a todos e todas que vem comentando e falando comigo pelo email, obrigada também pela força sobre o blogue, sei que ando meio ausente por lá, mas eu gosto de estudar cada detalhe antes de escrever. Uma novidade também, eu estou no instagram, quem quiser pode me adicionar lá, eu poderei responder mais pelo direct, postar fotos e conselhos, dicas do dia, coisas sobre contos ou romances, vocês que mandam. O instagram é stardustwriter_01. Quem viu meu blogue, vai perceber logo pela foto do perfil, quem não, é só notar uma foto de um céu azul noturno com a lua. Lá estará minha primeira postagem também. Um beijo, bora pro conto?
Continuando...
Após as festas de fim de ano, chegada de 2015, coisas novas, mudei de vez pra casa da Charlote, meses depois, abril, especificadamente. Charlô e eu estávamos mais próximas, curtindo o amor, mas ela ainda não havia deixado de lado essa história de perseguição, eu não sabia o que fazer. Decidi esperar pra ver no que daria. Olívia também estava morando conosco. Ilze e Colin, haviam ido passar um domingo conosco, fazia tempo que não nos víamos.
Em um fim de semana, tive a “honra” de conhecer minha sogra, que pessoa “adorável”, ela foi nos visitar no domingo e acreditem foi “ótimo”. Em meio ao café da manhã, ela chega adentrando a casa.
- Bom dia família, que bom os rever. – Dizia Miss Caroline.
- Vó que bom te ver. – Dizia Olívia.
- Meu amor, não me chame de avó, se não parecerei velha, estou no auge dos meus 59 anos ainda.
Todos foram cumprimentar, exceto Charlô que ficou meio incomodada com a presença da mãe.
- Amor tá bem? Não vai falar com sua mãe? – Perguntava eu.
- Sinceramente eu não esperava vê-la hoje, na verdade faz tempo que eu não a vejo. – Dizia Charlote.
- Então? Vai lá e fala, ela é sua mãe, deve ser gente boa.
- Ela não sabe da gente Priscila.
- Acontece, qual o filho que nunca teve vergonha de dizer aos pais que estava namorando?
- Ela não sabe que eu me tornei lésbica de vez. Na cabeça dela, eu só vivo aventuras pra provocar, mas que no fundo eu desejo me casar com um homem.
- Ah sei bem como é esse tipo de relacionamento, já passei por isso. Enfim, se você não se sentir à vontade pra me apresentar como sua namorada, tudo bem, eu entendo e espero.
- Obrigada amor, você é incrível. – Dizia Charlote me abraçando.
- Filha, só você que não me cumprimentou e quem é essa sua amiga? – Perguntava Ms. Caroline.
- Oi, muito prazer, sou a Priscila. – Falava eu sorrindo e cumprimentando.
- Você é linda Priscila, mas vou te dar um conselho, troca essa camisa do Harry Potter, essas histórias juvenis já passaram de moda. A calça está bem arrumada pra um jeans, parece até social, cabelo bem ajeitado e claro sua corrente precisa de um pingente bonito, porque esse com um HP, por favor minha cara, parece a marca da impressora. – Dizia ela, praticamente falando mal do Harry Potter e, de mim, ninguém pode falar mal dessa saga, HP é mito, quem disser o contrário é porque não teve juventude.
- Ah, muito obrigada pelas dicas, irei segui-las com prazer. – Dizia eu com uma cara de envergonhada e bolada com aquele ser.
- Nossa mãe, já chegou ofendendo minha amiga. – Dizia Charlote.
- Amiga? – Perguntava Ms. Caroline com um tom de desconfiança.
- Sim mãe, ela é amiga do trabalho e da família, sempre bem-vinda aqui.
- Bem, se ela convive contigo no trabalho, deveria ter ensinado como se vestir melhor e não como uma adolescente rebelde. Priscila, me responda, quantos anos você tem?
- Eu tenho 24 anos, em breve 25. – Respondia eu.
- Viu Charlote? A menina tem quase 25 anos e você não a ensinou a ser vestir bem, parece até uma adolescente com esse estilo rebelde. Nem Olívia se veste assim. – Mãe da Charlote tem uma “sutileza”
- Mãe eu acredito que a senhora não tenha vindo aqui para ofender minha convidada.
- Verdade Charlote, vim passar o dia com vocês e trouxe alguns pratos para o almoço em família.
- Ah nós estávamos planejando fazer um churrasco. – Dizia Charlote.
- Querida melhore, isso é tão cafona. Você as vezes me encanta com sua elegância e charme, porém, às vezes se deixa levar por coisas tão banais.
- Mas... – Charlote é interrompida.
- Sem mais, vamos todos ao jardim, deixe que meu mordomo arruma as coisas pro almoço. – Falou Ms. Caroline indo em direção ao jardim.
- Relaxa viu Pri, ela é assim mesmo com todos. – Dizia Colin tocando no meu ombro e indo em direção ao jardim.
Charlote olhava pra mim com uma cara de vergonha por não ter dito nada pra me defender.
- Pri me perdoa por não ter dito nada ali, ela foi tão grossa contigo. – Dizia Charlote envergonhada.
- Hey amor, calma, eu entendo, não se preocupe, eu aguento a fera da sogrinha kkkk. – Dizia eu dando um selinho carinhoso nela. – Agora dá pra ver de onde veio tanta marra sua kkkk.
- Para sua besta kkkk, eu não pareço com minha mãe.
- Ah não? Deixa eu ver... Quando eu cheguei aqui, você me veio com lições, ordens, seguimentos a serem cumpridos, dicas de moda para psicólogos kkkkkkk. Tem certeza que não parece? Kkkkkkk.
- Mas eu sou diferente, consigo ser mais relevante, amorosa, não sou uma megera, mesmo em meus momentos de raiva, eu consigo pensar com cautela pra não magoar. Ela não, simplesmente joga tudo no ventilador.
- Calma Charlô, isso é mágoa, vai passar, vem, vamos curtir o domingo, está um dia lindo, quem sabe você e sua mãe se entendem?
- E você Pri? Quando vai se entender com os seus?
- Olha, o assunto aqui é sua mãe, não meus pais, vamos logo.
Íamos rindo até o jardim, a “adorável” sogra conversava com Colin e Ilze, Olívia estava na piscina me chamando. Achei até melhor ir, depois daquela recepção, manter um pouquinho de distância não faria mal.
*** Enquanto isso na mesa ***
- O casamento de vocês parece bem feliz. – Dizia Ms. Caroline para Colin e Ilze.
- Sim, estamos bem felizes. – Dizia Colin beijando a mão de Ilze.
- E onde está o filho de vocês? – Perguntava Ms. Caroline.
- Está com meus pais, ele queria vir visitar a irmã, mas tem aula amanhã. – Respondia Ilze.
- Planejam ter mais filhos? – Perguntava Ms. Caroline.
- Talvez, estamos tentando ter mais um, mas está um pouco difícil. – Dizia Colin olhando pra Ilze sorrindo.
- Então já conseguiram. – Dizia Ms. Caroline.
- Como assim? – Perguntava Colin.
- Olha a expressão dela, os seios estão maiores, rosto pálido, rejeitando comida desde que chegou. Se dúvida eu tenho um teste de farmácia aqui, mas eu nunca me engano. Ilze, parabéns querida, você está grávida.
- Eu não consigo acreditar, quero esse teste, farei-o agora. – Ilze pegou o teste e foi até o banheiro.
- E você Charlote? Já pensou em ter mais um filho? – Perguntava Ms. Caroline.
- Não sei, nunca pensei muito nisso, tenho Olívia que é uma ótima filha. – Falava Charlote enquanto analisava o ambiente.
- E o Henry, será que não gostaria de ter?
- Henry e eu não namoramos mais.
- Como assim? Porque?
- Eu não o amava, pra que continuar com ele?
- Você também não amava o Harry e teve uma filha com ele.
- Gente, acho que minha mulher tá me chamando, vou ver como ela está. – Falou Colin se retirando, não querendo se meter no suposto barraco que poderia vir.
- Nossa mãe, precisava falar isso na frente do Harry? Eu o amei sim e ainda o amo, por isso tivemos a nossa filha que por sinal teve e tem muito amor de nós. – Charlote ainda olhava o ambiente.
- Charlote é impressão minha ou você não para de olhar o lugar como se estivesse alguém te vigiando?
- Impressão sua mesmo.
- E a sua amiga ali? Só amiga mesmo ou você ainda tem suas recaídas?
- Mãe, ela trabalha comigo, foi minha aluna, assistente e agora tem um cargo de confiança e merecido por todo seu esforço.
- Se dizes... Enfim, o que é você tá procurando? Parece paranoica.
- Mãe, meu jardim tem flores e um ar de vida, gosto de olhar ele, posso?
- Você mora aqui, pode vê-lo sempre. – Dizia Ms. Caroline, enquanto me olhava de longe.
*** Na Piscina ***
- Pri relaxa, minha avó é assim com todos, até com minha mãe, como pode ter visto. – Dizia Olívia.
- Mas eu tô calma, só fico preocupada com sua mãe, até admito ela falar mal da minha roupa, mesmo sendo Harry Potter, mas poxa, olha a Charlô tendo que engolir certas coisas.
- Pri, acredite, minha mãe sabe se cuidar, ela tem experiência em lidar com a fera kkkkkk.
- Uma família de felinos, sua mãe a leoa, sua avó a fera, imagine seu avô, deve ser o leopardo.
- Que isso Pri kkkk, o vô é até legal. Mas admita, ambas se parecem, negam, mas se parecem muito, não só fisicamente, mas em personalidade.
- Agora entendo porque sua mãe é marrenta.
Enquanto isso, Ilze gritava feito louca anunciando que estava grávida, da piscina escutávamos.
- Anda Olívia, vai dar os parabéns a sua “boadastra”, diz que eu irei dar os parabéns depois, tô com vergonha da sua avó. – Dizia eu.
- Ai, ai viu kkkkk, com medo da sogra né kkkkk. – Saia Olívia zombando de mim.
No tempo em que todos comemoravam a notícia, eu estava sozinha na piscina, até que Charlote sentou na beirada e ficou conversando comigo.
- Pri, você está bem?
- Estou amor. – Dizia eu sorrindo.
- Ficou aqui isolada, não foi dar os parabéns a Ilze ainda.
- Momento de família, Colin e Olívia estão muito felizes por isso.
- Você também faz parte dessa família, admita que está com vergonha da minha mãe.
- Sim, um pouco.
- Sabia, poxa, eu não queria te esconder nem nada, mas sei lá, mesmo eu com toda essa autoridade, ainda me sinto meio fraca perto da minha mãe.
- Hey Charlô, presta atenção. Não há razão para você se sentir assim perto dela, lembra quando você jogou tudo pro alto? Não esquente comigo, sério, mesmo que sua mãe fale algumas coisas, eu não ligo, eu te amo viu, não se preocupa com o que ela fala de mim.
A gente queria muito trocar uns beijos, porém, a mãe dela não parava de nos observar. O que restava era apenas ficar trocando olhares com Charlô e ficar dizendo o quanto ela era linda bem baixinho.
- O almoço está servido. – Anunciava Bartolomeu, o mordomo.
Sai da piscina e me sequei o máximo que pude, durante o almoço, enquanto todos falavam e comemoravam, eu permanecia um pouco quieta, até que minha “adorável” sogra chama minha atenção.
- Priscila, está tão calada, achei que a razão das pessoas serem psicólogas, eram falar muito.
- Estou apreciando o almoço, junto ao momento, afinal é um dia de comemoração. – Falava eu tentando não demonstrar minha vergonha.
- Verdade, uma comemoração linda. Mas aproveitando o momento eu gostaria de dizer umas coisas.
- Mãe! – Dizia Charlote.
- Calada Charlote. Eu estou falando. Não vou dizer que eu queria minha filha assim, mas terei que aceitar, sei que vocês têm algo juntas.
- Não é nada disso mãe. – Falava Charlote tentando amenizar.
- Minha querida, eu não sou burra, esse é irmão desse. – Falou apontando pros olhos. – Vi a troca de olhares entre vocês na piscina, sei que queriam se beijar e só não fizeram por minha causa. Charlote eu não entendo a razão de você gostar de mulheres e não sei se vou entender algum dia, mas pela primeira vez estou vendo alguém que te arranca sorrisos só de olhar. Claro que você teve um casamento “divertido” com o Harry, mas essa garota aqui (falou apontando pra mim), conseguiu fazer você amar de verdade, percebo isso nos seus olhos agora, como eles brilham só de vê-la. E o mais importante, eu gosto um pouco de você Priscila, tudo bem que seu estilo de roupa é péssimo, mas umas aulas de etiqueta te farão bem. Diferente da primeira namorada da minha filha, você não é louca, que vive induzindo minha filha a usar drogas e ficar em barzinhos, principalmente, roubar motos. – Falou Ms. Caroline.
Todos em silêncio, eu fiquei pasma, Charlote só faltou cair dura, o jeito era dizer algo.
- Olha, estou surpresa até demais e agradeço por essa confiança e apoio, mas principalmente por sua filha, acho que ela foi quem mais precisou ouvir isso da senhora, eu não ligo se ficasse falando mal da mim, mas a Charlote, ela é uma mulher incrível.
- Então Charlote, não vai dizer nada? – Perguntava Ms. Caroline.
- Acho que esperei mais de 20 anos pra você aceitar quem sou, principalmente por essa sua não aceitação sobre tudo que fiz e faço. Mas quer saber, sempre gostei de desafiar sua autoridade, e esse tempo me fez esperar pela pessoa certa. Hoje eu tenho que essa garota meio moleca, meio formal, meio social, meio doidinha kkk – Falou segurando minha mão. – Cada pedacinho desse me completa, eu fico feliz por ao menos tentar entender o que sinto e acredite, nada vai mudar.
- Então, vai ficar parada ou vai abraçar sua mãe? – Perguntava minha sogra.
Elas se abraçaram e o jantar prosseguiu. Na hora de ir embora, naquela noite, enquanto todos se despediam, Ms. Caroline me chamou para acompanha-la até o portão. Em meio ao abraço de despedida, ela sussurrou algo comigo.
- Minha filha está com a sensação de estar sendo observada, mas não ache que é algum tipo de paranoia, eu também tenho essas sensações e acredite, nunca me engano sobre essas coisas e muito menos ela. Eu mandarei meus homens ficarem de olho pelas redondezas até descobrir algo, não comente nada com ela sobre isso, quando eu descobrir algo, falo com você. Até lá, haja naturalmente, ou mando quebrarem sua mão e acredito que sem uma das mãos fique difícil de transar, certo? Beijinhos querida, até mais. – Ela falou isso com uma naturalidade, que me fez até ter medo dessa mulher.
“Após esse “lindo” recado, fiquei até com receio de comentar algo com Charlote, mas se até minha sogra percebeu, então eu que estou agindo como idiota por não acreditar, agora ficarei mais atenta e em silêncio. Algo me diz que eu sei quem pode estar metido nisso, mas por enquanto, só desconfianças. ”
CONTINUAAAA...
Espero que tenham gostado tanto do capítulo, quanto dessa "adorável sogra" kkkk. Um beijo meninas, me sigam lá no instagram: stardustwriter_01. Não se deixem levar pelos fakes, eu sou a única e verdadeira Stardust. Beijos e até mais, qualquer coisa, ao invés de só falarem pelo email e principalmente pra essas leitoras fantasmas, podem me procurar no direct.