A notícia do tumor pegou todos de surpresa. Guilherme ficou inconformado com o diagnóstico dos exames. Ele passou a semana no hospital para saber quais eram as reais possibilidades de uma cirurgia. Naquele período, o jovem não quis receber a visita de ninguém.
Os seus amigos e, claro, Felipe e John ficaram desesperados por não conseguirem ver o primogênito de Leopold Thompson. No quarto do hospital, Guilherme apenas chorava e ficava em pânico por causa de sua morte prematura.
O grupo se encontrou na casa de Paris, que era a única com informações sobre o quadro de saúde de Guilherme. O coração de Felipe batia fora do compasso. Ele queria ver o namorado, mas não queria fazer nenhuma besteira.
— Eu preciso vê-lo. Eu...
— Calma, Felipe. — pediu Kaity, sentando ao lado do amigo e pegando em sua mão. — Ele acabou de receber um diagnóstico pesado. O Guilherme precisa de tempo.
— Na verdade, eu nem consigo imaginar o que está se passando pela cabeça do Guilherme. Eu queria tanto poder abraçá-lo. — lamentou Felipe, abraçando Kaity e chorando.
— O Leopold foi bem específico naquele dia. Ele não quer que o filho receba visitas. O importante é que ainda existem exames. Isso não é o fim, pessoal. — disse Paris, mostrando para os amigos a mensagem que Leopold a enviou.
— É uma pena mesmo. — soltou Wong, que estava sendo um apoio para Nariko.
— Mas já faz uma semana. Será que descobriram uma forma de eliminar o tumor? — questionou Dylan, pesquisando sobre tumores no cérebro na internet.
— Eu sabia que tinha algo de errado, mas não que era isso. Ele sempre teve fortes dores de cabeça. — afirmou Felipe, limpando as lágrimas.
— Isso é verdade, mas a culpa não é de ninguém amigo. — garantiu Paris, pegando na mão de Felipe e apertando. — Vamos torcer pelo melhor e não vamos largar a mão do Guilherme, ok.
Mesmo com o terrível diagnóstico de Guilherme, a vida dos seus amigos teve que seguir. Paris ainda não havia se resolvido com o pai, que não aceitava o seu relacionamento com um homem de cor. Já Dylan e Kaity tentavam lidar com a gravidez de Rebecca.
Já Felipe não conseguia se concentrar em nada. Por causa da prisão de Nick, o trabalho na Escola de Intercâmbio dobrou. Pela primeira vez, o intercambista fazia os serviços pela metade, inclusive, recebeu diversas reclamações dos estudantes.
— Felipe, eu sei que é um momento delicado. Estamos tão consternados e aflitos, mas precisamos manter o foco. — pediu George, que estava entrevistando possíveis candidatos para a vaga de Nick.
— George, eu te respeito muito, mas tenho uma coisa que preciso fazer. — disse Felipe, antes de levantar e sair em disparada pela porta.
Com muita coragem e desespero, Felipe seguiu para a empresa de Leopold Thompson. De alguma maneira, o intercambista queria informações do namorado. O prédio estava localizado em um dos bairros mais caros de Londres. Com suas linhas arrojadas e superfícies espelhadas, o edifício parecia tocar o céu, refletindo o movimento incessante da cidade ao seu redor.
Ao entrar no lobby, Felipe foi imediatamente envolvido pelo ambiente sofisticado. O chão era de mármore negro, polido até brilhar, enquanto as paredes de vidro davam uma sensação de espaço. Porém, o que surpreendeu Felipe foi a quantidade de seguranças espalhados pelo saguão.
Com o coração acelerado, o jovem já se preparava para correr na direção de um dos elevadores, mas acabou esbarrando com John, que não escondeu o descontentamento de ver o rival em seu ambiente de trabalho.
— Eu posso saber o que você está fazendo aqui?
— Preciso conversar com o Leopold agora... e....
— O Senhor Thompson não pode receber ninguém no momento.
— John, por favor. — Felipe não tinha mais forças para chorar e contou com a empatia de John.
— Ele não pode. — assegurou John, pensando se acionava a equipe de segurança. — A agenda dele está lotada. — andando.
— Por favor! — gritou Felipe, segurando no braço de John. — Você disse que não era o vilão. — a frase atingiu um gatilho em John, que revirou os olhos e respirou fundo.
— Ok. — disse John, andando na direção dos elevadores. — Vem comigo.
Felipe respirou fundo, tentando manter a calma. Sabia que cada palavra a partir daquele momento precisava ser cuidadosamente escolhida. John ainda era o seu rival e não poderia vacilar ou desagradá-lo. No elevador, o silêncio parecia se fazer presente entre eles. O escritório de Leopold ficava no 42º andar do edifício.
— Como o Guilherme está? — perguntou John, colocando as mãos nos bolsos e olhando para frente.
— Não sei. — respondeu Felipe. — Ele não quer receber ninguém.
— Ufa. — soltou John, quase aliviado. — Pensei que era apenas comigo.
— Quero muito conversar com o Sr. Leopold.
— Entendo. — disse John. — Bem, espero que consiga, de verdade. Agora precisamos pensar no bem do Guilherme... e... — respirando fundo. — Por mais que doa falar isso, ele precisa de você.
— Ok. — Felipe se limitou em dizer, estranhando o comportamento de John.
Em um jantar, Paris contou para os pais a história da doença de Guilherme. Os dois ficaram tristes, pois conheciam bem a família Thompson. Porém, durante a conversa, a patricinha precisou mentir sobre o relacionamento com Steve. No dia seguinte, Paris encontrou Steve em seu apartamento e aproveitou para matar a saudade.
— A vida é frágil, né? — questionou Steve, entrelaçando os seus dedos com os de Paris. — Logo o Guilherme, que parecia ser tão saudável.
— Estamos na expectativa. — disse Paris. — Espero que o melhor aconteça.
— Eu vi um apartamento hoje. — revelou Steve. — Fica perto do Centro da cidade.
— Sério? — perguntou Paris, olhando para o nada, parecendo pouco animada. Sua feição deixou Steve sem graça. — Desculpa, amor. Isso é uma coisa muito boa. Mas não consigo tirar o Guilherme da minha cabeça.
— Eu entendo. Eu entendo. Vem cá. — Steve puxou Paris para si e a abraçou.
O problema Rebecca ainda flutuava na relação de Kaity e Dylan. Eles decidiram se encontrar em uma praça próximo a Escola de Intercâmbio. A intercambista russa queria conversar com o namorado sobre confiança e amizade em um relacionamento. Mas para a sua surpresa, Rebecca apareceu no encontro.
— Com licença, Rebecca. — pediu Kaity, pegando Dylan pela mão e o levando para próximo de uma árvore. — A gente pode conversar em particular?
— Claro. — seguindo Kaity. — Tá tudo bem?
— Sim. Estou ótima...
— Fiquei feliz por você marcar esse encontro. — afirmou Dylan, tocando no rosto da namorada e sorrindo.
— Tá bom, vou ser obrigada a falar isso, Dylan, qual é? Você trouxe a Rebecca com você.
— E o que tem demais?
— Era para ser uma coisa íntima. Eu ia dizer que tudo bem se você quisesse acompanhar a gestação dela e...
— E porque você está agindo assim?
— Limites. Tudo tem um limite. — Kaity começou a chorar e limpou as lágrimas que escorriam.
— Amor?
— Desculpa. — lamentou Kaity, limpando as lágrimas. — Eu estou com muita coisa na cabeça. Primeiro essa garota e agora o Guilherme.
— Meu amor, eu te entendo. — Dylan abraçou a namorada. — Eu também estou muito triste. Eu sei que não sou muito de mostrar meus sentimentos, mas isso tá acabando comigo. Não consigo dormir direito desde que soube.
— Eu só preciso de tempo. — Kaity deu um beijo rápido no namorado e saiu.
— Kaity...
— Ei, Dylan. — Rebecca pegou no braço do rapaz. — Eu queria um sorvete. — olhando para os lados. — Ei, cadê a sua namorada?
— Ela, ela precisou sair. — respondeu Dylan confuso.
— Entendi. — falou Rebecca com um sorriso malicioso no rosto.
Quando Felipe entrou na sala de Leopold Thompson, sentiu um misto de admiração e tensão tomar conta de si. O ambiente que o cercava era tão imponente quanto o homem que ele estava prestes a enfrentar. O escritório, localizado no último andar do prédio, exalava sofisticação. Cada detalhe parecia ter sido meticulosamente pensado para impressionar e intimidar.
As paredes eram feitas inteiramente de vidro, oferecendo uma vista panorâmica de Londres. A cidade se estendia diante dos olhos de Felipe, um mar de prédios e ruas que pareciam minúsculos. Era como se Leopold tivesse o mundo a seus pés, observando tudo de uma posição privilegiada.
— Tanta grana. — pensou Felipe, observando cada detalhe do ambiente. — Infelizmente, isso não pode salvar o Guilherme.
No centro da sala, uma grande mesa de madeira escura ocupava um lugar de destaque, com linhas modernas que contrastavam com o brilho dos objetos de metal espalhados sobre ela. Ao redor, prateleiras de vidro exibiam prêmios e troféus, símbolos das inúmeras conquistas de Leopold ao longo de sua carreira. Havia uma aura de perfeição ali, como se cada sucesso tivesse sido meticulosamente calculado.
Mas o que realmente chamou a atenção de Felipe foi a parede à esquerda. Nela, uma coleção de fotografias estava disposta com cuidado, como uma galeria de honra. No centro, uma grande imagem da família Thompson dominava a cena. A foto, estilizada como um retrato da realeza britânica, mostrava Leopold, sua esposa e seus filhos em poses formais, com roupas elegantes e expressões severas. A semelhança com a monarquia não era acidental; era uma clara demonstração do status e da ambição de Leopold. A família era apresentada não apenas como poderosa, mas quase intocável, como se fizesse parte de uma elite reservada a poucos.
Respirando fundo, Felipe se aproximou da mesa, onde Leopold o aguardava com uma expressão indecifrável. O silêncio na sala era pesado, carregado de expectativas não ditas. Felipe sabia que aquela conversa poderia mudar tudo. A sala, com toda sua grandiosidade e opulência, parecia amplificar a importância daquele momento, como se cada palavra trocada ali tivesse o peso do mundo.
— Senhor Thompson — começou Felipe, tentando manter a voz firme, mas não conseguindo esconder completamente o nervosismo —, eu vim aqui porque preciso falar sobre Guilherme.
— Sente-se. — pediu o empresário, que desligou o notebook. — O que deseja?
— O Guilherme não quer falar comigo, senhor. — contou Felipe com as mãos geladas. — Estou muito preocupado com ele Sr. Thompson.
— Você sabe que o meu filho está doente, não é? — Leopold questionou, falando em português e, dessa forma, assustando Felipe.
— O senhor fala português?
— Sou casado há 20 anos com uma brasileira. — respondeu Leopold, sorrindo e tirando os óculos. — E se eu não falasse seria um pouco estranho, não é?
— Faz sentido. Bem, o Guilherme...
— Não vamos fazer rodeios, Felipe. — soltou Leopold, colocando os documentos sobre Felipe em cima da mesa.
— Onde o senhor encontrou isso? — quis saber Felipe, quase sofrendo um infarto. — Foi o John?
— Encontrei essa ficha na mochila do Guilherme. Quando ele estava no hospital.
— Senhor, eu posso explicar...
— Meu filho ficou chocado quando descobriu que você matou uma pessoa, Felipe. — explicou Leopold, levantando e indo até a janela. — Eu fiz muita coisa errada com o Guilherme. Eu não sou um exemplo de pai, talvez porque eu não tive bons exemplos, como você mesmo deve saber. — Leopold voltou a atenção para Felipe. — Quanto você quer?
— Senhor? — Felipe levantou, parecendo assustado.
— Eu quero saber quanto você quer para ficar longe do meu filho?
— Eu. — Felipe não havia digerido o questionamento. — Eu não quero nada, senhor. Eu amo o seu filho.
— Vai se fazer de difícil? Diga o seu preço. — insistiu Leopold sentindo um nó na garganta, mas em sua cabeça o afastamento de Felipe era necessário.
— Senhor, desculpe, mas se isso funciona na sua família, não funciona na minha. Eu sou pobre e cometi erros, nossa como eu cometi, mas fique sabendo que os meus sentimentos pelo Guilherme são verdadeiros. Porque tudo é tão difícil? — Felipe perguntou a si. — Eu não preciso do seu dinheiro, senhor. Eu só preciso saber se o Guilherme está bem. — saindo do escritório.
Uma fera. Felipe não conseguia entender como Leopold poderia fazer uma proposta tão inusitada. A raiva era tanta, que o intercambista acabou esbarrando em seu rival.
— Você deve tá sabendo, né? — questionou Felipe se controlando para não socar John.
— Do que?
— Idiota. — soltou Felipe, apertando o botão do elevador. — Eu devo ter sido muito burro por ter acreditado em você.
— Escuta só, fadinha. Eu posso saber o motivo de eu ser acusado? — impedindo Felipe de entrar no elevador.
— O descobriu a minha ficha nas coisas do Guilherme. Ele me ofereceu dinheiro para ir embora. — contou Felipe. John não escondeu a surpresa.
— E o que você fez?
— Eu não vou deixar o Guilherme. — afirmou Felipe. — Não vou. — entrando no elevador.
— Se cuida. — disse John. A porta do elevador fechou e um sorriso apareceu no rosto dele. — E eu nem precisei fazer nada. Ponto para o John.
A mãe de Guilherme estava desesperada. Ela tentava conversar com ele, mas era praticamente impossível. Então, Anastácia decidiu recorrer a uma arma secreta. A pessoa que o seu filho mais confiava. A esposa de Leopold convocou Celestina. Apesar dos quilinhos a mais, Celestina parecia que flutuava no ar.
A babá de Guilherme gostava de usar vestidos longos e adorava usar acessórios. Anastácia buscou a funcionária no aeroporto e juntas seguiram para o hospital. Guilherme olhava para o teto, em sua cabeça cada segundo era importante, mas ele não conseguia aceitar a realidade.
De maneira sorrateira, Celestina entrou no quarto de Guilherme. A mulher tocou nos cabelos do jovem, que logo reconheceu aquelas mãos.
— Meu filhinho. — a voz de Celestina fez Guilherme chorar. — Não fica assim, vem cá.
— Eu vou morrer, Celestina. Eu vou morrer. — eram as únicas coisas que Guilherme conseguia fazer. Anastácia chorou ao ver a cena, mas saiu do quarto para deixar a babá conversar com o filho.
— Ei. — Celestina pegou no queixo de Guilherme. — Quantas batalhas nós já vencemos? Você vai deixar que esse tumor vença você?
—É inoperável. — explicou Guilherme. — Eles não tem um plano. Eles... — chorando e soluçando. — Eu não, eu não estou pronto.
— Vamos enfrentar juntos. — garantiu a mulher, vendo que Guilherme usava o cachecol que ganhou dela. — Você é um rapaz forte. Vai vencer esse tumor.
Milhares de pensamentos intrusivos invadiram os pensamentos de Felipe, mas fazer uma besteira poderia significar o fim de seu relacionamento com Guilherme. No dormitório, ele deu comida para Tchubirubas e deitou na cama. Aos poucos, o intercambista pegou no sono e teve um sonho estranho com o namorado.
— Eu te amo, Guilherme. Por favor, fique ao meu lado. — pediu Felipe, abraçando e beijando o namorado.
— Você é um assassino, Felipe. — disse Guilherme, jogando Felipe no chão. — Por favor, alguém me ajude!
— Parado. — pediu um policial, apontando uma arma para Felipe.
— Não atire. — pediu Felipe, acordando assustado.
Alguém estava batendo a porta. Sonolento, Felipe abriu e ficou surpreso com a visita. Anastácia. A mãe de Guilherme pediu licença e entrou no pequeno dormitório do genro. A mulher ficou impressionada com o cuidado e o caprichoso de Felipe com o dormitório.
— Esse cachorro está um pouco gordinho, né? — comentou a mãe de Guilherme, brincando com Tchubirubas.
— Olha só, dona Anastácia. — Felipe pensou nas palavras certas e continuou. — Eu gosto muito da senhora e não gostaria de ser desrespeitoso, mas não quero seu dinheiro. O seu marido já fez essa proposta e eu recusei. Eu amo o Guilherme, não quero o dinheiro dele. Eu sei que fiz coisas ruins no meu passado, mas eu amo o seu filho. — chorando. — Eu o amo. — ao ver o dono agitado, Tchubirubas começou a latir.
— O Leopold fez o quê?! — a informação chocou Anastácia, que acabou sentando na cama de Felipe. — Eu sinto muito filho. Ele está fora de si.
— Desculpa. Eu não queria jogar essa notícia assim em cima da senhora. — lamentou Felipe, que não sabia o que fazer. A situação estava desconfortável.
— Eu vou conversar com o meu esposo, Felipe. Mas eu preciso de você. O Guilherme precisa de você. Venha comigo, por favor. — implorou a mulher.
Depois dos exames iniciais, Guilherme foi liberado do hospital. Ao chegar em casa, o jovem teve uma crise e começou a destruir tudo. Leopold chegou em casa, mas não teve coragem de entrar no quarto do filho. Guilherme queria descontar toda a sua dor. Anastácia chegou acompanhada de Felipe. Apesar de não gostar, Leopold, não impediu o rapaz de entrar.
Felipe entrou no quarto de Guilherme e o impediu de jogar um vaso de flores contra a parede. Chorando, ele tentou abraçar o namorado que se afastou. Guilherme começou a bater em Felipe, mas perdeu as forças e caiu no chão chorando. Felipe sentou perto de Guilherme e o abraçou.
— Acabou. — Guilherme se deu por vencido.
— Não, não acabou. — afirmou Felipe, abraçando o namorado com força. — Eu prometo. Isso não vai acabar assim. — beijando Guilherme. — Eu te amo, Guilherme Thompson.
— Eu não quero que você me veja morrer. — chorando.
— Eu não vou te ver morrer. Lembra? Vamos para o Brasil, vou morar com você, vamos estudar. Você vai ser advogado, eu vou ser médico. Vamos criar o Tchubirubas. Eu não vou abrir mão disso. — abraçando Guilherme.
Anastácia teve uma discussão calorosa com Leopold. Ela lembrou ao marido de todas as coisas boas que a relação de Felipe e Guilherme trouxeram.
— Eu sinto muito. — lamentou o empresário. Leopold desabou e começou a chorar. — Vamos perder nosso filho.
— E você quer tirar do Guilherme a única coisa que ele ama? Não podemos seguir este caminho, amor. — a mulher abraçou o esposo e juntos lamentaram a situação do filho.
Felipe conseguiu fazer Guilherme dormir. Celestina entrou no quarto com o maior cuidado e ficou observando os dois. Felipe sorriu e lágrimas escorreram em seus olhos. Felipe sabia que a cada dia, um pouco de Guilherme iria embora. Então, naquele momento, enquanto fazia carinho no cabelo do namorado, Felipe decidiu que nos próximos meses faria de Guilherme Thompson a pessoa mais feliz do mundo.