O pequeno Porsche disparou através do complexo de condomínio de luxo onde Colt morava. O carro era novo, assim como o condomínio, e muito parecido com o grande maço de dinheiro abrindo um buraco em seu bolso. Todos esses presentes eram segredo, ninguém sabia nada a respeito. Isto era um jogo complicado, contornando todas as regras claramente quebradas, mas Colt nunca se permitiu preocupar-se. Era a única vantagem de ter um pai influente envolvido. Ele cuidava de todos esses pequenos detalhes.
Colt manobrou para sua vaga no estacionamento, freando o carro abruptamente. Esse condomínio ficava a uma curta distância da universidade, mas ele adorava dirigir esta coisa. Ele reconhecia que era um pouco imprudente dirigindo, mas qual a vantagem de se ter um carro foda esportivo se não pudesse viver no limite? E Colt, certamente esteve muito perto da borda esta noite.
Talvez mergulhar além do limite seja uma maneira melhor de descrever. Ele finalmente se enfiou no rabo doce e apertado de Jace Montgomery. Há quanto tempo ele fantasiou sobre isso? Desde que o viu pela primeira vez, o que significa há muito tempo. E o sexo foi praticamente a perfeição, assim como ele sonhou que seria.
Será que foder Jace esta noite foi para o topo do melhor sexo de sua vida? Diabos, porra sim! Jace era o número um do sexo perfeito ali. Colt sempre quis que seu primeiro encontro sexual homem-a-homem fosse com Jace Montgomery. O problema atual? Agora que provou de Jace uma vez, ele queria mais. Isso não era uma interessante mudança de rumo? Não, não realmente. No fundo, Jace sempre foi uma das pessoas mais importantes na vida de Colt.
Engraçado como ele nunca tinha trocado mais que algumas palavras com o cara. Colt abriu a porta do carro e se deparou com a música estridente vinda do condomínio. Spring arrebentava, envolvendo o lugar em um clima total de festa, mesmo quando a noite mal havia começado. Nenhum de seus vizinhos planejava ficar sóbrio por muito mais tempo em seu período de férias. Era uma meta, e eles certamente se destacavam em sua missão.
A música alta que deu boas-vindas a Colt quando saiu do carro, o distraiu de seus pensamentos. Esta era uma experiência nova, ele sempre manteve o rádio alto enquanto dirigia porque o silêncio significava pensar, e pensar sempre tinha um jeito de trazer Jace aos seus pensamentos. Jace Montgomery era o segredo que manteve bem próximo de seu coração por quatro longos anos. A profundidade dessas emoções assustava um pouco. Mas de alguma forma, depois de hoje à noite, ele já não tinha medo desses pensamentos. Porra, se sentia muito bem.
― Ei, Colt! Venha se juntar a nós. ― Gabby, sua vizinha, o chamou de sua varanda no segundo andar, bem em frente à porta de seu apartamento. Seu condomínio parecia lotado de gente, repleto de dentro para fora. Colt e seus amigos planejavam festejar na Sixth Street hoje à noite, mas se seus amigos vissem Gabby já dançando de sutiã e calcinha, eles nunca iam sair de lá. Isso não parecia muito ruim. Ele preferia passar a noite toda pensando sobre o sexy Jace Montgomery de qualquer maneira.
― Eu vou te encontrar mais tarde. Tenho que dar um telefonema, ― Colt gritou, acenando com o celular. Ele foi direto para o seu apartamento, levemente desapontado quando viu a sua sala de estar cheia de pessoas também.
Colt navegou através das massas de seus amigos, contornando ao redor da sala, indo direto para seu quarto. Como esperado, estava ocupado também.
― Cara, sério, me poupe. ― Colt disse, ao pé de sua cama olhando para Tim, seu melhor amigo. Tim deu-lhe um olhar de olhos vermelhos vidrados e a fêmea com ele olhou em volta na mesma condição. Sorte para Colt que Tim só tinha ido até o ponto de tirar a blusa da garota.
― Venha se juntar a nós. Eu tenho uma amiga. ― a menina disse, levantando-se nos cotovelos, expondo-se completamente a ele. Dessa posição, ele podia adivinhar que os seios eram reais. Engraçado como esse foi seu único pensamento.
― Hoje não. Tim, eu preciso do meu quarto, amigo. ― Tim ignorou Colt e voltou-se para a Double-D, continuando sua exploração. Colt estendeu a mão para puxá-lo para fora da cama. Seu amigo gritou, mas não tinha escolha a não ser ficar em pé. Foi quando Colt percebeu que tinha começado toda a cena um pouco errado. O Calção de Tim caiu direto no chão.
― Cara! Sério, nós já conversamos sobre isso! No quarto de hóspedes! ― Colt estremeceu ao ver Tim duro e pronto, furando para fora debaixo de sua camiseta.
― Está ocupado. ― Disse Tim, jogando as mãos para o ar com um encolher de ombros. O movimento o fez perder o equilíbrio e ele lutou para ficar em pé com sua bermuda em torno de seus tornozelos. Colt passou as mãos pelos cabelos em frustração. Com base no relógio ao lado da cama, já fazia quase quinze minutos que tinha deixado o ginásio e ele queria chamar Jace antes que chegasse em casa.
― Cai fora. ― Colt falou enquanto empurrava Tim do quarto. Double-D foi a próxima. Ela provou ser um pouco complicada de lidar, porque estava em cima dele. Demorou um segundo para desalojá-la e fechar a porta atrás dela.
― Jogando duro só conseguiu me excitar! ― ela gritou do outro lado da porta enquanto Colt entrava em banheiro para fazer a sua chamada com o máximo de privacidade, tal como queria.
― Colt esperava que a porta do banheiro fechada fosse abafar o som da festa do outro lado. Colt não queria que Jace pensasse nele como um cara de farra. Ele revirou os olhos com esse pensamento absurdo. Jace já tinha que saber que ele era um cara totalmente festeiro. Com um suspiro, ele discou, rezando para que Jace atendesse.
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― Porra, você tem uma bunda bonita! ― Jace mal encostou o telefone no ouvido antes de uma voz ecoar as palavras lisonjeiras. Ele olhou para o identificador de chamadas, confuso quando o nome Gostoso apareceu. Ele não reconheceu o nome ou número na tela quando atendeu.
― Colt? ― Perguntou Jace, um sorriso instantâneo se formou em seus lábios quando disse esse nome. Poderia esta noite ficar seriamente melhor? Ele tinha acabado de ter sua fantasia pornô de vestiário cumprida, por nada menos que seu perfeito garoto dos sonhos, e agora o objeto de seu desejo o chamava. Não, não podia ficar melhor do que isso.
― Acho que eu deveria saber quem mais poderia estar te chamando. Você está vendo alguém que eu deveria saber? ― Colt rosnou a última parte com a voz profunda e sexy. Jace não podia deixar de se sentir incrivelmente satisfeito que Colt sequer fingia se importar. Houve um momento de silêncio antes de Jace morder o lábio e tentar dar uma resposta atrevida.
― Eu apenas estou saindo com cada Tom McCorkle, Dick Needham e Harry Lewis que eu conseguir. ― Ironicamente, todos eles faziam parte da linha defensiva com os quais Colt jogava durante os últimos quatro anos.
― É melhor você não estar! ― Colt falou, rindo. Bingo! Ele obteve a resposta que estava buscando com aquela pequena provocação. E ele realmente ouviu uma pitada de ciúme na voz de Colt?
― Eu não estou saindo com ninguém. E você? Eu pensei que você estava saindo com Magda McCarthy. ― Jace perguntou. O pessoal da limpeza estava entrando pelo vestiário, empurrando seus carrinhos grandes, sacudindo Jace, e ele se lembrou de onde estava. Ele se apressou, empurrou seu kit de banho no armário e jogou a mochila por cima do ombro antes de sair para que ninguém pudesse ouvi-lo tendo essa conversa.
― Não, já faz algum tempo isso. Saímos juntos algumas vezes. ― Disse Colt. Jace realmente parou de andar e ficou a poucos metros da porta do ginásio com aquela pequena bomba que foi detonada. Colt e Magda não eram um casal? Essa pequena informação chocaria a escola. Colt e Magda foram vistos em todos os lugares juntos. Magda era a atual Miss Texas para o status de herói nacional do futebol americano de Colt. Jace não tinha ideia de como responder. Assim, ele não o fez e optou por uma mudança de assunto.
― Minha bunda dói. ― Jace soltou, à procura de alguma coisa para dizer e esconder a confusão sobre Magda e Colt ainda nublando sua mente.
― Espero que em um bom sentido. ― Colt rosnou. Essas poucas palavras curtas fez o estômago de Jace animar-se. El realmente estava tendo borboletas revoando em seu estômago por causa do tom da voz de Colt? Melhor ainda, Colt realmente disse isso a ele?
― Como você conseguiu meu número? Não que esteja reclamando, porque não estou. É que eu estava pensando, isso é tudo. ― Jace realmente estava com a língua presa. A necessidade de sair sob toda essa emoção frenética agitando dentro dele, aparentemente, o tinha feito divagar.
― Quando você voltou para o chuveiro, eu programei o meu número no seu telefone. Eu tenho o seu número. Eu também olhei dentro de seu armário. Não fique com raiva. Eu não ia fazer isso. Eu só ia ter certeza que limpamos bem, mas você é um cara arrumado. Eu sei que baguncei tudo, então eu vou colocar em ordem para você. ― Será que Colt estava divagando? Espere! Uma questão ainda maior, em que mundo Colton Michaels iria perceber que Jace Montgomery era uma aberração obsessiva compulsiva sobre sua organização pessoal?
Jace impulsionou-se para frente e empurrou as pesadas portas de ginásio. Estava escuro lá fora no final da noite, e o campus estava nos estágios iniciais das férias de primavera. A maioria dos alunos já tinham ido embora, logo que a sua última aula terminou. Jace caminhava sozinho por um local bem iluminado até o seu apartamento no campus. Ele havia tomado esse caminho, pelo menos, mil vezes antes. Nunca tinha notado os ramos das grandes árvores de carvalho balançando suavemente na brisa da noite ou o aroma das flores que davam boas-vindas à primavera e o fresco aroma da grama cortada enchendo o ar. Ele respirou profundamente, sem se questionar o porquê de notá-los agora, apenas permitindo que todas essas coisas, juntamente com a voz de Colt, acalmarem seus pensamentos frenéticos.
― Acho que falei demais, não? ― Perguntou Colt pelo silêncio de Jace. Sua voz caiu uma oitava abaixo de novo, tornando-se rouca.
― Não... Não realmente. ― Seu pênis começou a se mexer de novo, droga ele estava mal. Ele colocou o telefone em seu ombro e estendeu a mão para ajustar- se, porque, evidentemente, o pau dele tinha tomado conhecimento da mudança na voz de Colt, também. O que era interessante em si mesmo, porque ele tinha acabado de ter dois orgasmos de fazer a terra tremer há menos de uma hora.
― Mas você está surpreendido por eu ter cobiçado você esse tempo todo?
― Perguntou Colt.
― Sim, isso foi muito chocante. É algo inacreditável na verdade. ― Jace admitiu. Ele lentamente subiu até seu apartamento no quarto andar. Ele compartilhava o pequeno lugar com outros quatro líderes de torcida masculinos. Todos eles ainda estavam no campus, líderes de torcida seniores eram obrigados a permanecer no fim de semana com a academia aberta para ajudar a qualquer um dos novos candidatos nas próximas eliminatórias de líderes de torcida.
O silêncio entre eles demorou tanto tempo que Jace olhou para baixo para ver se o telefone ainda estava ligado. Depois de mais um longo momento, ele disse a primeira coisa que lhe veio à mente: ― É por isso que a sua chamada veio como Gostoso, em vez de um nome. Eu estava tão confuso. ― Colt ainda não falou. Quando Jace chegou ao andar de cima, ele finalmente perguntou:
― Você ainda está aí?
― Sim, estou. ― Colt continuava com a mesma voz sexy e grave. — Eu só estava pensando. Estou aliviado que finalmente criei coragem suficiente e fiz o primeiro movimento. Eu não estava mentindo, estive observando você desde que éramos calouros. Eu nunca tive a coragem de chegar até você antes. Eu sabia que se eu não fizesse isso hoje à noite, nós nos formaríamos e eu perderia minha chance.
— Eu nem sei como responder a isso. — Disse Jace. Ele parou novamente no topo da sua escada, olhando para a noite. Seu coração batia violentamente no peito. Aquelas palavras significavam algo. Tinham que significar! Jace desesperadamente queria que significassem algo, porque eram as palavras mais doces que ele já ouviu.
— Espera, eu não terminei. Deixe-me dizer tudo. Eu não tinha certeza que era mesmo gay no começo. Então, alguns anos atrás, eu estava no gramado com alguns dos caras e eu vi você beijando aquele ruivo do grupo LGBT. Eu gostava de ver você nos jogos, mas ele estava lá também, acenando e mandando aqueles beijos malditos. Essa merda me deixava louco. Eu não conseguia me concentrar. Eu estava cometendo tantos erros, chamando as jogadas erradas, porque eu não conseguia arrumar minha cabeça sobre você. Deus, meu pai estava tão chateado comigo por meu comportamento. Eu finalmente tive ignorá-lo, empurrá-lo para fora de minha cabeça. Mas eu ainda o observava com ele. Não podia evitar. Eu admito que estava com ciúmes. Eu odiava vê-lo nas arquibancadas a cada jogo do caralho. Então eu pensei sobre isso quando voltava para casa, quando ele parou de vir ao jogo. Mas eu ainda não disse nada. Hoje, quando eu vi você ir para o vestiário, eu agarrei a minha chance. — Colt confessou. Sua voz soava diferente de alguma forma. Não aquela confiante que sempre associava com Colt e definitivamente não era a voz rouca, profunda e sexy de sua escapada no vestiário mais cedo.
— Isso é uma mentira. De jeito nenhum, você me olhava seriamente de perto? Eu... Uau. Ok, sim. O nome desse ruivo é Bradley, e eu o peguei com Roger, meu co-capitão e companheiro de quarto. Eu terminei com ele. Eu ainda não posso acreditar que você me observava! Uau! — Jace parou quando chegava até a porta de seu apartamento para abri-la. O barulho dentro de seu apartamento o fez dar um passo para trás; ele não queria abafar a conversa.
— Não é uma mentira. É pura verdade de Deus. Eu lhe disse que eu estava te observando, quando estávamos fazendo amor esta noite. Eu não minto, Jace. — Colt afirmou com naturalidade. Jace podia ouvir a honestidade em sua voz e se focou nas palavras "fazer amor". Eles fizeram amor?
— Eu não acredito em você, e você decolou tão rápido depois. — Disse Jace, recostando-se contra a parede de tijolos.
— Saí rápido, porque eu já tinha arriscado tanto. Para nós dois, ninguém sabe sobre mim... — Colt ligeiramente fez uma pausa antes de mudar de assunto. — Agora vamos voltar a falar sobre seu traseiro doendo, não é?
— Eu definitivamente não estava reclamando. Você me bateu bem. Você sabe que eu vou sentir você por um bom tempo. — Jace respondeu de volta, provocando Colt, tentando manter a voz baixa. Ele estava sozinho do lado de fora, mas por algum motivo isso parecia algo proibido, ele não queria que ninguém o ouvisse e estragasse este momento.
— Vamos falar sobre você. Então, o quê? Você é bissexual? — Bem, isso foi um pouco abrupto! Jace inclinou a cabeça contra a parede de tijolos. Eu sou uma idiota. — Eu sinto muito Colt, isso saiu errado. Você não tem que responder. Não é da minha conta.
— Não, é uma pergunta justa. E eu sei que confessei um monte apenas um segundo atrás, mas realmente não estou pronto para dizer isso ainda. Quer dizer, eu totalmente iria falar sobre isso com você, se eu falasse sobre isso. Eu só não acho que posso. Ainda não. — Respondeu Colt de volta.
— Ok, não tem pressa, não vou pressioná-lo. Entendo que é um grande passo.
— Então, não era uma coisa bissexual. Claramente Colt estava escondido e precisava digerir tudo isso para sair por conta própria.
— Obrigado, Jace. Ouça, eu estava pensando. É primavera. Meu agente me conseguiu uma folga em um lugar no Havaí. Eu terei cinco dias, com início quarta- feira. É por isso que eu ainda estou aqui no campus. Você deve ir comigo. — Disse Colt e, como muitas vezes durante esta conversa, Jace estava ali congelado no lugar. Ele tinha acabado de ouvir isso mesmo? Ele olhou para a noite completamente confuso.
Férias com Colt? No Havaí? Sério?
— Você está aí? — Perguntou Colt.
— Sim. —Jace respondeu, sem saber muito bem como. Seu coração batia violentamente no peito. Ele não queria nada mais do que ir, mas ele não condições financeiras para bancar uma viagem dessas. Quanto custaria uma passagem de avião para o Havaí afinal? Certamente mais do que algumas centenas de dólares, certo? Isso era tudo o que tinha e seu coração afundou.
— Esse sim é para responder a ambas as minhas perguntas, ou apenas uma? Será que você já tem planos? — Colt perguntou com incerteza em sua voz.
— Eu ia para casa. Sem grandes planos. Você sabe, ou talvez não saiba, eu estou aqui com uma bolsa de estudos. Eu realmente não tenho dinheiro... — Jace começou, mas Colt cortou.
— Tenho duas passagens aéreas, bem como o local com as despesas pagas. Nós apenas precisamos de comida e de lubrificantes. — Colt riu, mas Jace permaneceu em silêncio, perguntando-se por que Colt lhe convidava e não um de seus amigos. Inferno, talvez outra pessoa recusou em cima da hora e Jace era uma segunda opção fácil, porque ele estava claramente disposto a ocupar esse lugar, dependendo da necessidade. Mas Jace ainda se importava em ser uma segunda opção? Não, ele não se importava. Ele seria estúpido se deixasse passar essa chance de umas férias no Havaí, descansando na praia, bebendo Mai Tais e tomando banho de sol tropical com o "gostoso" do telefone.
— Eu estava apenas brincando. Eu vou cobrir o custo da comida e nós não temos que... — Colt começou, mas Jace interrompeu.
— Não, eu entendo. Foi engraçado. — Respondeu Jace. Ele seriamente iria dizer sim? É isso mesmo?
— Mas não é engraçado o suficiente para rir. — Perguntou Colt, o humor estava de volta em sua voz e Jace percebeu que estava demorando muito para responder à pergunta de Colt.
— Não, não é isso, eu só... Isso só... Você me chocou hoje e agora você está fazendo isso de novo. — É isso aí, ele disse. Decidindo ir direto ao ponto, sem rodeios.
— Isso é uma coisa ruim? — Perguntou Colt.
— Não, não para mim. Será que vamos sozinho? Quero dizer, apenas nós dois? — Perguntou Jace, esperançoso.
— Sim, ninguém mais. Só nós dois. Então, você vai comigo? — A voz de Colt se elevou, ele parecia sinceramente animado. — Vamos lá, Jace, vamos fugir. Eu amei esta noite. Quero mais tempo com você, sozinho. Eu não estava mentindo quando disse que eu o observava desde que começamos nessa faculdade. Tem sido uma longa jornada para mim. Por favor. Diga sim.
— Veja, você continua me surpreendendo. — Disse Jace. A imagem visual do corpo moreno e musculoso de Colt nadando no oceano e toda aquela água pela sua pele nua... Droga, Jace estava pirando duro novamente!
— Eu sei, apenas diga sim. Foda-se, foda-se tudo. Basta dizer sim. — Colt implorou.
— Sim. — Ele disse, surpreso por ter escapado rapidamente de seus lábios.
— Ótimo! O seu celular tem serviço de mensagem? — Perguntou Colt animadamente. Jace podia ouvir algum ruído de fundo na ligação. A chamada estava abafada como se Colt tivesse dito algo a alguém. — Jace, você possui serviço de mensagens?
— Sim. — Disse Jace. Mandar mensagens de texto era a nova moda no campus, mas Jace secretamente tinha a esperança de que essa forma de comunicação nunca pegasse, porque era uma dor na bunda, teclar todos esses números apenas para as letras certas aparecerem na tela.
— Ótimo. Eu vou enviar todas as informações. Datas, horários de voos, assim como o endereço. É provável que não viajemos juntos. Eu já tinha reservado o meu voo quando eu decidi ir sozinho. — A voz de Colt sumiu.
— Está tudo bem. — Jace assegurou.
— Droga! Tenho que ir. Alguns dos caras do time estão aqui. David e Tim estão na minha bunda, então eu preciso ir. — Colt se desculpou, sua frustração era clara pelo tom de sua voz.
— Não tem problema. Eu vou falar com você depois. — Disse Jace, virando- se em direção a porta da frente.
— Sim. E, Jace, obrigado. — Colt sussurrou.
— Obrigado por quê? — Jace parou na porta da frente, com a mão na maçaneta.
— Só obrigado. Até logo. — Colt desligou o telefone.
Jace abriu a porta de seu apartamento. Seus colegas de quarto estavam claramente iniciando uma festa, tudo arrumado e pronto para a noite. A linha de copos com bebidas estava alinhada ao longo da barra da cozinha. Havia três rapazes e cerca de vinte doses prontos para descer goela abaixo. Eles estavam tragando, deixando a cada quarta dose para Jace.
— Hei! Onde você estava? Íamos deixar-lhe uma nota! — Gregory disse, depois de virar sua segunda dose. Cada pessoa neste apartamento estava na faculdade graças a uma bolsa de estudos. A falta de dinheiro os faziam ficar embriagado antes mesmo de sair de casa. As bebidas eram muito caras no bar.
— Vocês vão sem mim. Eu vou alcançá-los mais tarde. — Disse Jace, ignorando o grupo.
— Você teve sexo! — Jonathon gritou.
— Você teve. Menino de sorte! — Gregory destacou. Jace ignorou, não tinha alternativa, porque não havia qualquer possibilidade de compartilhar e eles poderiam pressioná-lo, até que dissesse alguma coisa.
— Você está andando engraçado. Você, seu passivo! — Gregory gritou. Jace fechou a porta de seu quarto e a trancou, sorrindo quando os ouviu na porta.
— Detalhes! Precisamos de detalhes! Eu sou o passivo! Você nunca foi! — Jace não poderia impedi-los de gritar em sua porta. Ambos estavam loucos e tinham zero senso de decoro. Eles iriam fazer ou dizer qualquer coisa.
— Longe da base como de costume. — Jace gritou de volta, agarrando seu iPod e empurrando os fones no ouvido, ignorando totalmente seus companheiros de quarto quando selecionou uma lista de reprodução e estendeu-se na cama, pensando em Colt.
Havia um plano de namoro em jogo. Jace se perguntou se ele tinha dito sim muito rapidamente? Ninguém diria que o cara estava maduro para a colheita. Jace lutava com seus sentimentos. Sem dúvida, ele já estava caindo duramente por Colt. Depois de uma sessão em um vestiário e uma breve conversa ao telefone, ele estava completamente perdido. Quem dirá passar dias em um paraíso tropical com ele? Se ele fosse, estava definitivamente se preparando para desgosto. Colt Michaels não se assumiria tão cedo. Além disso, se Colt saísse do armário, ele seria o mais procurado homem gay do campus. Ele era bonito demais e sexy de morrer.
Se Jace disse não para o Havaí, ele não teria outra chance de passar um tempo com ele, e certamente iria lamentar essa decisão para o resto de sua vida. Foda-se as regras do namoro. Ele tinha que, pelo menos, dar-lhes uma chance, não é?
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Oláa, o que estão achando?
