Projeto Charlie - 11 "esse sou eu Charlie, isso é o que eu faço"

Um conto erótico de Mr. Charlie
Categoria: Homossexual
Contém 3444 palavras
Data: 10/05/2017 19:13:41

Eu já estava cansado de viver a mesma vida pacata e sem ambições, ou até mesmo ficar apenas sonhando. Mais um mês já havia se passado e eu na mesma monotonia de todos os dias, não aguentava mais ficar atrás de uma mesa mexendo com documentos seis dias por semana, oito horas por dia. Fiquei alguns dias pensando naquele sonho adormecido, então decidi entrar em uma escola de aviação e fazer um curso de línguas. Seria apenas alguns meses de muito sufoco, mas valeria a pena.

Durante os meses de curso, eu não saía e mau via Gabriel também, conversávamos mais por telefone. Ele conheceu uma garota em uma boate e acabou se apaixonando por ela, finalmente ele quietou aquele pau dele com uma só garota, cheguei a ver algumas fotos dela e ela era realmente linda e ele queria muito me apresentar ela, mas a falta de tempo me impossibilitava. Um certo dia cheguei super cansado do curso, foi um dia muito exaustivo, queria apenas minha cama. Fui para o banho e fiquei um bom tempo deixando a água correr pelo corpo. Quando voltei para o quarto para pegar uma roupa, vejo a bermuda e a cueca que Marcelo havia me emprestado no dia em que estive no seu apartamento, tinha esquecido completamente dela, tanto que até esqueci de devolver. Peguei ela e apertei contra meu corpo pelo menos para ter um pedacinho dele ali comigo. Dessa forma deitei e adormeci.

Os quatro meses se passaram e eu terminei o curso de aviação e estava apenas no curso de línguas, agora eu teria um pouco mais de tempo. Felizmente passei na prova da ANAC, agora era só aperfeiçoar os outros idiomas e daí já seria questão de tempo até conseguir o emprego.

Numa terça de manhã quando me arrumava para ir trabalhar, recebo uma ligação do Gabriel.

-caiu da cama grandão? Hoje depois do trabalho vou aí na sua casa.

-Já saiu para o trabalho? -disse ele nem respondendo a minha brincadeira.

-não, ainda não. Por quê?

O telefone fica em silêncio por um momento. -Charlie eles querem te matar, você precisa sumir! -gritava ele na linha, e a ligação é encerrada.

O que tinha acontecido ali? Eu precisava saber como Gabriel estava. Saí com o carro rapidamente até sua casa.

Nem elevador eu esperei, fui de escada mesmo, vou logo abrindo a porta do seu apartamento e vejo a cena dele amarrado na cadeira machucado com sua então namorada apontando uma arma para sua cabeça.

-prazer em finalmente te conhecer Charlie. -Disse ela com um sorriso irônico.

-que porra você está fazendo com ele? -pergunto indo em direção a ela.

-quer que eu estoure a cabeça dele? É melhor não chegar perto.

Nessa hora a porta se fecha e olho para trás para ver quem era.

Uma moça com o cabelo negro e liso preso a um rabo de cavalo, num vestido preto bem colado e um salto agulha enorme vai adentrando o apartamento.

-Emily? -Digo surpreso.

-agora aprendeu meu nome viadinho? -Disse chegando bem próximo ao meu rosto. -sabia que você viria de qualquer forma para ajudar seu amiguinho. Tinha que te ver novamente para ter certeza de que não estava mesmo morto. Pena que levou meses até este momento.

Aquela vadia tinha um cheiro bem suave de rosa.

-o que você quer comigo? -Digo com ela ainda bem próxima ao meu rosto. Então sinto uma pancada me fazendo cair. A desgraçada tinha o braço bem pesado.

-amarre ele. -Ordenou ela ao grandalhão atrás dela, que me colocou ao lado do Gabriel.

Emily pegou uma arma que estava em cima da mesa e ficou passando a ponta na cabeça.

-até agora eu não acredito que aquele desgraçado achou que eu fosse a porra da madrasta da Branca de Neve, só pode. Aquele infeliz do Sam não conseguiu te matar e preferiu forjar sua morte para mim sem nem mesmo achar que eu pudesse descobrir. -Dizia se referindo ao Erick. -é muita incompetência mesmo, ele sempre foi um fraco, mas ele teve o que merecia. -Dizia com um sorriso irônico.

-para uma bruxa só falta a vassoura e a maçã. -Disse Gabriel.

-está achando isso engraçado? -Disse ela se virando pra ele.

-não se atreva a encostar um dedo nele. -Disse Gabriel olhando para ela com ódio.

-olha só que gracinha Charlie, seu protetor amarrado, todo fudido e ainda sim querendo te defender. -ela então dá uma coronhada com a arma na cabeça dele.

-PARA. -Gritei vendo ela machuca-lo mais ainda.

-o que você tem hem garoto. -ela andava de um lado para o outro. -conseguiu fazer o comandante da nossa equipe se rebelar contra nós.

-do que é que você está falando, eu não sei de nada.

-tão ingenuo. Agora me fala onde está o Marcelo. -ela já começava a gritar nessa frase.

-como vou saber do Marcelo, você que é a noiva dele. -ela me olha um tanto quanto surpresa.

-você realmente não sabe de nada mesmo do que estou falando né?! Marcelo é um assassino de aluguel garoto, o melhor, na verdade mais conhecido como "O Atirador".

Assassino de aluguel, Marcelo é um assassino de aluguel?! Aquilo me atingiu em cheio, eu não conseguia acreditar naquilo. Meu olho marejava mas eu não conseguia chorar.

-está triste por estar apaixonado por um assassino Charlie? Que perca de tempo, eu mesma poderia ter te matado, já que você não tem a informação que preciso. Vou matar você e seu amiguinho e depois vou atrás do Marcelo, o irmão que descumpriu a ordem de não sair do grupo.

-ele é seu noivo, como consegue?

-eu até cheguei a amar o Marcelo, mas tinha planos maiores para mim, e depois da morte de seus pais, eu precisei ficar de olho nele, ele tinha atitudes muito suspeitas. Mas na dúvida, não poderíamos eliminar um dos nossos melhores assassinos simplesmente por ter suspeitas.

-chefe, o Líder está na linha. -Um dos grandalhões entregava o celular a ela.

-vou dar um último minuto para vocês se despedirem. -Disse pegando o celular e indo para o quarto.

-então você namora uma assassina?! -falo com a garota apontando a arma para Gabriel.

-era para ficar de olho em você Charlie, e obter informações. -dizia ela respondendo por Gabriel. -mas como você nunca aparecia, tivemos que agir.

De repente a namorada de Gabriel cai no chão com um buraco de bala na nuca. Os dois grandalhões sacaram suas armas para atirar no que fosse que tinha matado a garota. Marcelo surge atrás deles e acerta o rosto de um com um soco, e quando ele se vira, Marcelo enfia uma bala em sua testa. O outro quando ia atirar, levou um golpe deixando a arma cair, fazendo Marcelo atirar bem abaixo do queixo do cara.

Emily surgiu do quarto e já partiu para uma luta com Marcelo. Gabriel e eu tentávamos nos soltar involuntariamente. Em determinado momento Marcelo segura Emily por trás e ela fica tentando se soltar.

-não acredito que convivi boa parte da minha vida com uma bandida medíocre.

-você deixou o grupo, nos traiu. -ela dizia com dificuldade. -tomou o caminho mais fácil e achou melhor fugir. Lembra da nossa lei? Agora você deve morrer.

-você quem traiu todo mundo se juntando as falcatruas do Líder e depois arrastando todos os outros irmãos com vocês dois.

-olha para a gente Marcelo. -Disse ela encarando um espelho que estava a frente deles. -é isso que nós somos, você e eu. Não somos tão diferentes assim.

-tem razão, não somos tão diferentes e claro que você não só se juntaria ao Líder como viria a ser a puta da amante dele. Nosso noivado acaba aqui amorzinho e pode ter certeza de que não sou eu quem vai te matar. Minhas mãos vão estar limpas quando eu ver você morrer.

Aquelas palavras fizeram Emily ficar com mais ódio ainda e ela relutava para se soltar, mas Marcelo a enforcou até ela desmaiar.

Marcelo levou Emily até uma coluna de ferro que tinha na lavanderia e amarrou suas mãos com correntes. E então veio até nós dois.

-você matou eles. -Digo olhando espantado aqueles corpos no chão.

-desculpe por verem isso, mas era eles ou vocês dois que estariam mortos agora.

-por quê faz isso, o que querem comigo? -Digo como se ele nem tivesse nos salvado.

-de nada. -responde ele nos desamarrando. -rápido precisamos sair daqui. -Disse já me puxando.

-eu não vou a lugar nenhum com você. -Disse puxando meu braço de volta.

-sério isso, vai fazer drama agora Charlie?

-você mentiu para mim, você é um assassino de aluguel. Eu quase morri por sua causa.

-e eu vou me culpar por isso até o último dia da minha vida, mas Charlie agora não é hora, vocês precisam vir comigo agora, é só questão de tempo até outros chegarem, depois conversamos sobre isso.

-Charlie acho que se não formos com ele, esses caras não vão ser os últimos a virem atrás da gente, precisamos saber o que está acontecendo e você sabe que não é a polícia que vai nos ajudar. -Gabriel diz e me olha esperando minha decisão sobre ir com ele ou não.

-ele é um assassino de aluguel Gabriel.

-sim, um assassino que nos salvou, e acho que vocês dois precisam conversar sobre isso.

Sem mais pensar, saio porta a fora seguido pelos dois. Entramos no carro do Marcelo e saímos rapidamente dalí.

-sério Gabriel. Você nunca namora e quando decide namorar é logo com uma assassina? -digo olhando Gabriel todo machucado do meu lado.

-isso explica muita coisa. -Diz ele com a cara lerda mesmo machucado.

-como você está, te machucaram muito? -digo passando a mão em seu rosto.

-só me bateram quando te alertei no telefone, mas sou bruto, você sabe. -Disse sorrindo.

-obrigado por me defender. -Disse o abraçando.

-e valeu por vir me ajudar. -Ele se estendeu ainda com dor e deu um beijo na minha cabeça.

Marcelo estava sério ao voltante, em momento algum parou de olhar pra frente e não trocamos uma palavra sequer.

Fomos direto para a cobertura.

-seu amigo precisa se lavar e colocar uns curativos. -disse entregando uma toalha e um kit de primeiros socorros para Gabriel.

-bom, vou indo para o banheiro, seja lá onde fique. Vocês precisam conversar...muito.

-subindo as escadas, segundo quarto da direita. -disse Marcelo na minha frente com os braços cruzados. -quer sentar ou prefere ouvir em pé? -perguntou já virando para mim.

Sentei e ele sentou-se então a minha frente olhando fixamente nos meus olhos.

- Até a uns quatro meses atrás eu trabalhava para um grupo chamado ISE, é um grupo de assassinos de alugueis voltado para eliminar os mal feitores, assim digamos. Bandidos, políticos corruptos, criminosos do auto escalão e por aí vai. De quatro anos para cá tenho descoberto que o líder do grupo tem feito acordos valiosos eliminando pessoas inocentes, apenas por dinheiro. Eu estava matando pessoas inocentes Charlie! Eu não menti sobre minha história para você, apenas da morte do meu pai, mas meus pais trabalhavam para a ISE, eles eram dois de alguns outros que nos treinava la dentro. Quando descobriram o esquema de eliminar inocencentes, tentaram impedir, e o líder ordenou que eles deveriam morrer, mas eles conseguiram forjar a própria morte e hoje estão escondidos tentando descobrir quem é o líder para poder acabar com essa eliminação em massa. Eles me informaram sobre todos os esquemas, e desde então venho trabalhando como agente duplo na tentativa de descobrir quem é o Lider. De repente conheço você, quando você entrou no meu carro por engano eu estava indo eliminar um alvo naquela festa. Você todo meigo, sofrendo alí no banco, me amoleceu e preferi te ajudar a eliminar mais uma pessoa que não merecia morrer. Apenas você e a Emily tinham meus números pessoais, por isso eu sempre estou com um numero diferente. Nesse tipo de trabalho nunca podemos ter algum afeto ou apego com alguém fora do meio, senão acaba acontecendo isso que aconteceu a você. No dia que você me encontrou bêbado realmente era por conta da Emily, descobri que ela sabia dos esquemas e estava ligada ao líder nas falcatruas. Desde então estava com ela apenas para tentar descobrir alguma coisa. Quando me apeguei a você eu não consegui mais seguir em frente com isso e quando um irmão desiste das suas responsabilidades para com o grupo, ele pode sair apenas com autorização do líder, fora isso, ele morre. Depois do natal, quando desrespeitei um mandado de morte eu sumi por uns dias, foi quando te atacaram la no Rio, eu não sabia que eles já sabiam do seu contato comigo, eles queriam me machucar te machucando, mas eu não soube de nada disso simplesmente porque você não morreu, mas por insistência dos meus pais acabei voltando a ativa.

-ai caralho, isso é demais para minha cabeça. -disse eu já levantando, mas ele segura meus ombros.

-eu ainda não terminei. Depois daquele dia que você foi até meu prédio e me encontrou com a Emily, naquela mesma noite eu recebi um envelope confidencial na portaria, quando abri era o seu mandado de morte com algumas exigências para o Sam fazer você confessar onde eu estava. Junto havia algumas provas de que foi a Emily quem havia ordenado a morte, foi aí que vi que já era tarde demais, que já tinha te exposto ao perigo. Desde então eu fugi do grupo e coloquei vários atiradores confiantes dos meus pais para te proteger. E hoje por pouco não consigo te salvar.

-por quê você nunca me disse nada nesse meio tempo que tem colocado gente para me vigiar?

-eu não sabia como te preparar para essa conversa.

-e a vadia da sua ex noiva, a que ia me matar é quem me conta.

Marcelo fica em silêncio por um instante e se aproxima, ficando bem próximo a mim.

-e se eu te contasse antes o que eu era, ainda sim continuaria perto de mim? -ele diz já com seu rosto bem próximo ao meu. -todas as vezes que sumi de você foi porque eu tinha medo de te envolver nisso. Mas sempre me sentia bem quando estava perto de você, antes eu sempre preferi ser sozinho a ter uma distração por conta do meu trabalho, mas aí você apareceu. Esse sou eu Charlie, isso é o que eu faço​, e você foi minha saída disso.

Ficamos alguns segundos nos olhando. Um alarme dispara e nos tira do transe.

-não sei como funciona o lance de assassino, mas um alarme nunca é bom sinal. -Diz Gabriel descendo as escadas.

-é o alarme do sensor de distancia. Eles estão a uns 5 minutos daqui. Precisamos sair daqui o quanto antes, mas antes temos que pegar meu armamento lá no quarto.

Marcelo ficou frente ao espelho que tinha na parede e um mecanismo de leitor de retina, após confirmação, abriu um acervo cheio de armas.

-não vai dar tempo de pegar tudo, segurem essas bolsas. -E foi enchendo com armas de vários tipos.

-e essa que mais parece uma bazuca? -Perguntava Gabriel.

-essa é minha mimosa, uso para ocasiões especiais. -Disse ele a pegando e dando um tapinha nela antes de pendurá-la no ombro.

-e por onde vamos fugir? -Disse eu já com a bolsa cheia.

-por aqui. -diz ele abrindo uma falsa parte da parede, revelando um pequeno elevador. -como podem ver esse é um elevador minúsculo, vai dar direto no subsolo, vai um por vez. Vão indo que preciso inslalar uma coisa aqui. -Marcelo diz enquanto arma uma bomba no quarto. Gabriel já havia descido.

-tá maluco, vai explodir o prédio todo.

-relaxa gatinho, sei o que to fazendo. Preciso criar uma distração, e como temos pouco tempo, essa é a unica distração no momento.

Nesse hora já adentravam o prédio. -rápido, desce que estou logo atrás de você. Cheguei ao subsolo e Marcelo chegou logo depois.

-Cadê a BMW? -Disse eu procurando o carro.

-e quem disse que vamos de BMW?! -ele destrava um Bentley Flying. -precisamos de um pouco mais de velocidade. -Disse piscando pra gente.

Colocamos as bolsas no banco de trás junto do Gabriel e fomos na frente.

-pelo celular Marcelo verificava as câmeras do apartamento.

-como vai saber na hora de ativar a bomba? -Perguntei.

-bomba, que bomba? Gabriel já estava assustado.

-agora. -Marcelo apertou o botão de ativação da bomba explodindo todo o apartamento. -essa bomba. Disse virando para o Gabriel. -agora é nossa deixa, com certeza tem mais deles lá fora, se segurem.

Marcelo arrancou com o carro, saindo bem rápido pela portaria e logo sendo seguido por mais três carros.

-preciso sair da cidade, não e seguro perto das pessoas e não podemos chamar a atenção da policia, que a essa hora já devem estar a caminho do apartamento.

Fomos saindo da cidade e pegando a rodovia. Alguns tiros ja acertavam o carro.

-o carro é blindado, consegue aguentar algumas balas. -disse Marcelo segurando o volante com uma mão e descarregando uma arma com a outra. -isso não está dando certo. Charlie preciso que você segure o volante para mim.

Eu estava em crise de pânico, aquilo era demais.

-Charlie, preciso de você aqui. -tudo passava em câmera lenta, eu apenas olhava assustado para Marcelo.

Marcelo volta o braço para dentro do carro, coloca a arma no colo e puxa meu rosto me dando um beijo. Aquele beijo me voltou para a realidade e Marcelo percebeu, mas não parou de me beijar. Como eu queria aquela boca, foi melhor do que eu imaginei, o ambiente era totalmente diferente do que eu ja tinha imaginado para aquele beijo, mas foi melhor ainda. Eu nem lembrava mais que Marcelo era um assassino e que estávamos em uma troca de tiros, apenas queria continuar ali com minha boca colada a dele.

-HEI...foi mau atrapalhar o casal aí, mas vocês estão ligados que estão atirando na gente e podemos morrer a qualquer hora ne?! -Gabriel dizia olhando para a gente.

Soltamos nossas bocas e Marcelo ainda com a testa encostada na minha deu um sorriso.

-consegue se controlar agora? -Acenti com a cabeça que sim. -ótimo, preciso que troque de lugar comigo e controle o volante.

Com dificuldade fizemos a troca. Eu nunca havia dirigido com tamanha velocidade, mas se não fosse assim, poderiamos morrer de qualquer jeito.

Marcelo pegou duas armas com Gabriel no banco de trás e começou a atirar contra um dos carros. Em determinado momento Marcelo acertou a suspensão do carro mais proximo a nós, fazendo os airbags acionarem e o motorista perder o controle, fazendo o carro capotar acertando o que vinha logo atrás. O terceiro apareceu chegando bem do nosso lado. Eu tinha que desviar de alguns carros que estavam a nossa frente e dos que vinham na direção contrária.

-wow, essa foi por pouco. -disse Gabriel quando quase não consegui desviar de um carro que vinha na pista contrária.

Trocamos de lugar novamente e Marcelo pegou o volante e começou a tentar capotar o carro do lado, enquanto o que estava no banco do passageiro atirava no nosso vidro. Quando o vidro se estilhaçou e estávamos totalmente fáceis de receber um tiro certeiro, Marcelo tirou levemente o pé do acelerador e bateu na lateral traseira do outro carro que capotou saindo da estrada.

-acabou? -Pergunto não vendo mais nenhum carro.

-Merda. -Disse Marcelo enquanto um helicóptero começava a atirar logo acima da gente.

Ele pegou algumas armas mais potentes e atirava rumo ao helicóptero mas acabou levando um tiro no braço.

-Marcelo você foi atingido.

-sim, mas foi de raspão. -Disse rasgando um pegaço da camisa para conter a ferida. -preciso que segure o volante.

Eu não poderia fazer nada para ajudá-lo segurando aquele volante. Gabriel olhou para mim e depois olhou para as armas.

-e aí mimosa, quer brincar um pouco? -Disse Gabriel olhando aquela que mais parecia mesmo uma bazuca.

Gabriel abriu o vidro traseiro colocando parte do seu corpo para fora do carro.

-vou precisar de uma arma maior. -disse Marcelo voltando sua atenção para o interior do carro.

Uma explosão se forma no céu e Marcelo olha para Gabriel que ainda estava com o corpo para fora do carro.

-explodir bandidos é simplesmente incrível, uhuuuuu. -ele gritava vendo o helicóptero cair logo atrás da gente. -O que foi? -Pergunta vendo nossa cara de surpresa quando ele volta para dentro do carro.

Marcelo e eu nos olhamos e sorrimos.

-e agora, como ficamos? -Pergunta Gabriel.

-agora preciso levar vocês para um lugar seguro até eu resolver tudo isso -Marcelo diz pegando minha mão e dando um beijo.

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