Mariana sequer havia aberto os olhos e já podia sentir o cheiro daquele café da manhã especial. Era o café de sua mãe. Os quatro anos de sua faculdade de educação física haviam feito com que esquecesse, temporariamente, os mimos da sua casa. Foi feliz pois se não fosse o cheiro inconfundível do café de sua mãe, acordaria achando que ainda estava em seu minúsculo quarto de república na grande cidade onde estudava.
Ao auge de seus 23 anos a garota havia se formado e retornado para casa. Não havia conseguido emprego na cidade, mas a verdade é que não a suportava mais e sentia falta de casa. Tivera sorte em ter retornado à sua pequena cidade, pois havia conseguido seu primeiro emprego como instrutora de natação infantil. Era como se houvesse retirado um enorme peso de seus ombros e provado para sua família que teria uma carreira brilhante.
Mariana sempre foi uma garota alegre que portava um grande sorriso sempre que possível, porém era a maior parte do tempo timida e seu rosto expressava mais uma feição de reflexão quando não estava interagindo com alguém. Sempre gostou de esportes, sendo natação um de seus favoritos ao lado de mountain bike, e por isso seu corpo foi muito bem desenvolvido. Possui 65kg e 1,74 metro com pernas alongadas que portavam coxas grossas e torneadas, fortes panturrilhas para sustentá-las e pés com traços delgados e delicados. As grossas pernas evidentemente levariam a um bumbum volumoso que andava em semi-circulos a cada passo seu, com um rebolar natural que realçava as dobras de seus glúteos. Seus braços eram levemente delgados e exibiam seus musculos quando fazia esforço. Sua barriga levemente riscada por seus músculos abdominais. Seus seios haviam crescido além do esperado sendo eles já razões de muitas fofocas quando mais jovem e acreditavam que não cresceriam muito, porém ela não poderia ter provado mais o contrário: cresceram grandes e fartos, dançavam com cada passo. Seu rosto era delicado, com bochecas cheinhas, uma pele clara e leves pintinhas espalhadas entre seu nariz fino e arrebitadinho. Seus lábios carnudos mostravam que não era mais uma garota mas uma bela mulher. Seus cabelos castanhos escuros que partiam lisos e aos poucos se ondulavam até chegar a ligeiros caracois nas pontas, estavam quase sempre amarrados em trança que era jogada em cima de seu ombro, porém aos poucos estava aprendendo a deixa-los soltos e exibir sua beleza com naturalidade.
Aquela noite havia dormido com um pijama especial que sempre usara em casa, porém tinha vergonha de usar na república: um macacão Kigurumi* de coala juntamente com um par de meias brancas com pontinhas pretas. Adorava a peça, mas achava que seria ridicularizada perto das colegas da república. Logo ao despertar se espreguiçou e rodou na cama por vários minutos até finalmente se levantar. Seus passos apesar de suavizados por suas meias não escondiam o peso de suas solas suportando seu corpo e se chocando contra o chão de madeira da casa. O andar debaixo já sabia que estava acordada.
Na cozinha já estava a mãe, pai e a irmã mais nova de Mariana que já estava com seu caderno de estudos em cima da mesa, pronta para encarar o vestibular de medicina. As filhas haviam herdado a altura e cores de cabelos do pai, porém as pernas de certo vieram da mãe. Os seios eram um mistério, pois a matriarca não possuía muito volume em seu peito, ao contrário de suas filhas.
- Bom dia Mari. - Cumprimentou todos enquanto a filha mais velha sentava à meas
- Bom dia. Já estudando Lalá? - Provocou Laís, sua irmã.
- Alguém tem que orgulhar a família né Mari? - Retrucou Laís com um leve sorriso. - E aquele emprego? Como vai ser?
- Vou lá hoje logo depois do café. Quero conhecer o lugar melhor.
- Muito bem minha filha, que dia começa? - Perguntou o pai.
- Hoje mesmo pai, mas minha primeira aula será às 14 horas. Depois irei substituir um professor até as 18.
- É um bom começo, espero que tenha um bom dia! Um bom dia a todos!
O pai terminou de engolir uma torrada com manteiga e se despediu enquanto ainda mastigava e saía em direção à sala da casa.
- Mãe, quer que compre algo no mercado? Posso passar na volta pela manhã mesmo.
- No mercado não filha, mas se puder passe na venda da Alice e compre algumas verduras. Vou te passar a lista depois.
- Tudo bem. E você Lalá? Quais os planos de hoje?
- Se você deixar... estudar.
O tom de voz de Laís era sempre sútil e gentil, embora seu humor fosse ácido mas já não afetava sua irmã devido a convivência. Por fim, mãe e irmã se despediram e seguiram para suas rotinas diárias. Mariana terminou seu café com calma e arrumou a cozinha antes de sair para visitar seu local de trabalho.
Vestindo calças jeans cigarettes, sapatilhas alpargatas de tecido azul, uma camiseta cinza escura e uma leve camisa jeans de manga comprida, Mariana chamava atenção de muitos por onde andava. Muitos até a conheciam mas não reconheciam a garota. Os que passavam por ela de imediato olhavam seus seios dançando ligeiramente debaixo de sua camiseta, imaginavam como deveriam ser sem tecidos atrapalhando. Os que viam por trás de Mariana não evitavam olhar para sua bunda e reparar como a calça abraçava seus fartos músculos traseiros e hipnotizavam qualquer um que acompanhassem sua dança rebolada. Já acostumada com os olhares agressivos de forma passiva, ela andava com óculos escuros enquanto ouvia música para evitar perder a cabeça e ignorar aquilo que não lhe interessava.
Seu local de trabalho era uma pequena academia de ginástica que possuía dois andares com aparelhos de musculação, esteiras, banheiros. Uma escada levaria para um nível inferior adentro de uma espécia de "puxado" do prédio da academia que era onde se encontravam as piscinas, chuveiros e vestiários. Havia a grande piscina e uma menor que era onde Mariana trabalharia com seus alunos. Logo ao chegar foi recebida com um sorriso por Ana, a secretaria da academia.
- Oi! Você é a nova professora, certo?
- Isso mesmo, o Marcos está? - Perguntara sobre o dono da academia.
- Poxa, não... ele só chega a tarde hoje.
Ana parecia ser o tipo de pessoa energética e expressiva, sempre com expressões corporais e faciais fortes, como um teatro mas natural.
- De verdade? Que pena... Você acha que eu posso dar uma olhada nas piscinas? Só queria me acostumar um pouco com o lugar antes de começar as aulas.
- Claro! Vou liberar a catraca para você, fica a vontade.
As duas se entenderam com um sorriso e por fim Mariana começou a andar pelo local. Em seu passeio concluíu que a piscina menor era rasa e lhe daria maior mobilidade por cobriria um pouco acima da sua cintura, já os alunos que assumiria como substituta teria que guiá-los do lado de fora pois as aulas aconteceriam na piscina maior. Ao terminar de observar o ambiente, se despediu da recepcionista e tomou seu rumo de volta para casa.
