Projeto Charlie - 14 "Brincando de Deus"

Um conto erótico de Mr. Charlie
Categoria: Homossexual
Contém 3483 palavras
Data: 20/05/2017 10:27:46

Meu amor por Jason aumentava cada vez mais. Por mais que algumas missões nos afastasse as vezes, decidimos morar juntos para aproveitar mais o tempo que podíamos.

Por ser um trabalho de risco, sempre fazíamos tudo como se fosse a ultima vez, tanto que nunca negamos um bom restaurante, um bom vinho ou qualquer outra coisa que tivéssemos vontade.

Meus pais dividiam o tempo entre os treinamentos na ISE e a nossa multinacional localizada em nossa cidade, já eu dividia meu tempo entre missões e faculdade, pois eu precisaria de uma vida fora das missões, e dediquei isso em estudos para tomar conta da empresa com meus pais. Podia ate ser uma vida cansativa, mas só o fato de chegar em casa e encontrar meu amor me esperando, fazia aquilo tudo valer a pena, isso tambem quando era eu quem o esperava.

Confesso que nao me importava nem um pouco de desistir daquele trabalho só para ter mais tempo para a empresa e me dedicar mais a Jason, mas ele amava o que fazia.

Já estávamos no auge de nossos vinte e dois anos e faltava poucos meses para eu concluir a faculdade, e aquilo me empolgava bastante. Foi em uma certa noite que Jason e eu acordamos com nossos celulares tocando, era um mandado de morte a nosso cuidado.

Era madrugada quando chegamos em trajes sociais ao baile de mascaras, estava realmente lotado, procuramos nosso alvo e damos inicio ao plano. O fato do alvo ser de nós dois, era pela quantidade de guarda-costas que ele tinha, o infeliz era muito importante.

O serviço teria que ser bem rápido, Pois liberaríamos um gas sonífero pelo duto de ventilação, fazendo assim os convidados pegarem no sono, cortaríamos as imagens das câmeras e desligaríamos por alguns instantes o sistema de energia. Localizamos cada guarda-costas e quando liberamos o gás, os convidados pegaram no sono. Nossas máscaras eram próprias para efeitos de gás. Através de um sistema da ISE, um agente cortou o sistema de câmeras e energia. Jason e eu nunca agíamos separados, sempre executávamos os planos juntos, logo derrubamos os seguranças e fomos dar fim ao nosso alvo. Em meio ao silêncio de quem dormia e a escuridão que ali se apresentava, eu apenas vi uma claridade rápida ao som de um disparo que me levou ao chão. As luzes se acenderam e vejo meu terno sujo de sangue, mas eu não sentia dor alguma, nao era meu sangue. Olhei para o lado e Jason estava caído, quem tenha sido que disparou a bala, o acertou fazendo-o cair sobre mim. Tudo a minha volta começou a rodar.

-meu Deus, Jason, fala comigo amor. -eu o abraçava e tentava estancar o sangue.

-nao chora amor, sabemos o risco do trabalho que levamos. -ele colocava as mãos no meu rosto enquanto falava bem devagar.

-nao meu amor, essa não é sua hora, fica comigo. -Eu chorava encostando minha testa na dele.

-calma amor. Obrigado, obrigado por me mostrar como o amor é lindo e como a vida é bela e me desculpe nunca ter te mostrado a simplicidade da vida, eu te amo. -escorreu uma única gota de lagrima de seu olho.

-nao Jason, eu tambem te amo...Jason, Jason...JASONNNN. -eu o sacudia na esperança de ele acordar, segundos depois eu tinha apenas o corpo do meu amado caído em meu colo no meio do salão.

Naquele momento nosso alvo estava dormindo tanto quanto os outros convidados, mas eu nem liguei mais para ele e quem quer que tenha atirado, com certeza estava bem longe. Tudo que consegui fazer foi pedir ajuda ao agente do outro lado da escuta, minha cabeça girava e meu coração queria sair pela boca, depois simplesmente apaguei.

Acordei em um dos dormitórios, mau abri meus olhos e já fui procurar Jason achando que aquilo tudo havia sido um sonho, mas ao encontrar meus pais em uma sala e eles me olharem com um olhar de tristeza, voltei a realidade novamente. Apenas corri até os braços deles e chorei como uma criança.

-nós sentimos tanto quanto você filho, nós amávamos aquele garoto. -Minha mãe me abraçava forte.

-Chora filho, coloca para fora tudo que esta te sufocando aí dentro. Você sabe quem fez isso? -meu pai perguntava ainda me abraçando.

-Jack, nao é hora para isso. -minha mãe o repreendia.

-nao mãe, é hora sim. Eu nao sei quem fez isso com ele, mas eu vou o encontrar com certeza. -dizia irado enquanto enxugava as lagrimas. -E o alvo, alguem terminou o serviço?

-sim, o eliminaram e limparam toda aquela cena. -Disse meu pai.

-o velório será agora as onze da manhã filho, vá se aprontar. -minha mãe enxugava meus olhos.

As onze horas da manhã estavam os irmãos um pouco afastados do caixão e os pais do Jason, eu e meu pais ao lado do meu amor que descansava em paz. Depois de algumas palavras bonitas de algumas pessoas, o caixão começou a descer, eu nao disse nada, apenas fiquei em silêncio o tempo todo, a dor era insuportável.

Quando paramos de contar quantas vidas tiramos ao longo de anos, quando paramos de perceber que estamos brincando de Deus e julgando quem deve viver ou morrer, quando não sentimos mais um pingo de compaixão por aqueles que suplicam por suas vidas, por dentro praticamente já estamos tão mortos quanto eles. Ver Jason ali nos seus últimos segundos de vida, me fez voltar a vida por dentro novamente, mas nao por um bom motivo, voltei a vida apenas para sofrer por me ver perdendo Jason enquanto eu suplicava por sua vida. Voltei a vida para sentir meu coração queimar no peito, voltei a vida para sentir tudo que os familiares daqueles de matávamos sentia, tive o castigo de sentir meu interior vivo e ser morto novamente e enterrado junto a Jason.

De acordo com que os dias iam passando eu ficava cada vez pior, vendi nossa casa e voltei para a casa dos meus pais até decidir o que fazer. O coração de gelo que eu ganhara após a morte de Jason, so aumentava minha lista de alvos, e descontava todo meu sofrimento em meus treinamentos, tanto que acabei me tornando o melhor nas missões e acabei recebendo o nome de atirador, isso quando fui escalado para ser o capitão dos agentes no programa ISE.

Um ano após a morte de Jason eu ja estava cansado daquele lugar, de todas aquelas pessoas, eu precisava sair dali.

-BRASIL filho, não esta sendo um pouco radical demais nao? -Minha mãe perguntava surpresa.

-sim mãe, aquele é o único lugar que me acalma, que me deixa bem. Aqui tem se tornado um lugar cada vez mais deprimente para mim.

-tem certeza da sua decisão filho? -meu pai falava serio.

-tenho sim pai, absoluta certeza.

-então tem nosso total apoio, nao é Margoh? -ele colocava os braços no ombro da minha mãe.

-é sim filho, tem nosso apoio. -ela percebera que eu realmente precisava daquilo.

Como muitas eliminações eram diretas do Brasil, eu poderia trabalhar de lá mesmo e comandar outros agentes mesmo estando longe, e também poderia ajudar na empresa dos meus pais a distância. Comprei uma cobertura com uma linda vista em um edifico de um amigo da nossa família que também trabalhava na ISE. Depois de alguns dias com tudo já pronto, parti para o Brasil.

Algumas longas horas depois eu adentrava a terras brasileiras, por mais que eu tivesse apenas nascido ali, eu sentia que estava voltando para casa. Eu nao estava fugindo da minha dor de perder Jason, estava apenas começando de outra forma, de uma forma que nao fosse me prender a ele a tudo que eu fizesse, que nao me fizesse sofrer cada vez mais. É...acho que eu estava fugindo mesmo.

Nao demorei muito para me adaptar à aquele lugar, nossa empresa tinha alguns advogados em nosso país, mas como eu iria tratar de assuntos direto do Brasil e para não precisar ficar me deslocando apenas por conta de advogados, tive uma indicação da agente Emily de um ótimo advogado chamado Edward, que trabalhava tanto para clientes do Brasil como também para outros clientes de outros países, o que facilitaria muito para mim.

Eu não procurei outro relacionamento, eu até saía algumas vezes, transava com alguns caras para suprir meu tesão, mas não era gostoso como era com Jason, então pela primeira vez comecei a procurar mulheres. No final acabou sendo mais gostoso do que eu imaginava, eu conseguia sentir mais prazer com elas do que com os caras que eu peguei nesse meio tempo.

Eu estava com vinte e quatro anos quando fui informado pela ISE que Emily seria transferida para o Brasil e pegaríamos algumas missões juntos. Não demorou muito para Emily e eu termos um caso, ela praticamente se jogava para cima de mim e minha carne falava mais alto.

Uma certa noite eu cheguei cansado em casa depois de uma missão, Emily já dormia, fui ate a cozinha procurar algo para forrar o estomago e meu celular vibra com um numero que eu não conhecia.

-oi

-filho escuta atentamente. -falava minha mãe esbaforida do outro lado da linha. -descobrimos falcatruas a respeito do Lider, ele tentou nos matar mas forjamos nossa morte. Se faça de desentendido e depois que receber a noticia nos procure no nosso esconderijo que te explico tudo, ok?

-ok. -ela desliga o telefone logo após a minha confirmação.

Fiquei alguns minutos processando aquela informação, apaguei aquele numero, acabei perdendo a fome e fui dormir esperando a bomba da ISE no dia seguinte sobre a morte dos meus pais.

Quando o sol começou a aparecer naquela manha, eu acordo com uma ligação da ISE já imaginando do que se tratava. Após fazer uma bela atuação, acordo Emily e pouco tempo depois voamos a caminho da base, se minha atuação por telefone acabou sendo convincente, pessoalmente eu fiz uma cena maior ainda. Eles tiveram a capacidade de colocar meus pais como vilões da historia, de que eles tinham se rebelado contra os irmãos para tomar o lugar do Líder, claro que não acreditei naquilo, meus pais levavam aquele trabalho muito a sério, a única coisa que eu precisava fazer era encontrar meus pais.

-eu vou para casa, é muita coisa para minha cabeça. -falei depois de toda a situação.

-eu vou com voce amor. -Emily já soltou logo de imediato.

-não, não. Preciso ficar um pouco sozinho, minha mente funciona melhor assim.

-está bem, mas não deixa de me ligar para não haver preocupação.

-ok, ligo sim. -falei ja saindo para fora daquele lugar.

O esconderijo dos meus pais não ficava muito longe de casa e era em um lugar nada movimentado abaixo do solo da floresta.

-filho, até que em fim você chegou. -minha mãe me abraçava.

-o que esta acontecendo? -eu ja não aguentava mais aquela confusão.

Ela me explicou toda a situação, das falcatruas do líder até a fuga de uma boa parte dos irmãos que estavam do lado dos meus pais.

-então não vou voltar para lá, aquele desgraçado fudeu com tudo. Mãe eu tenho matado pessoas inocentes. -eu estava incrédulo com tudo aquilo.

-não filho, você não pode sair. -meu pai já apareceu logo de imediato. -não temos ninguém lá dentro para poder descobrir quem é o Líder, nós precisamos de você lá agindo como agente duplo para descobrir quem é ele para podermos agir.

A principio relutei, mas no final acabei cedendo, mesmo tendo que eliminar inocentes. Eu não poderia falar com ninguém sobre a situação, nem mesmo com Emily, que logo já estava me ligando para saber como eu estava.

-eu preciso ir, senão agorinha ela aparece lá. -eu digo os abraçando.

-vai ficar tudo bem filho, temos tudo que precisamos aqui e logo vamos eliminar o Lider e fazer da ISE o que ela era antes.

Eu peguei um contato direto deles e logo fui embora dali, fui realmente para casa deles no caso de Emily aparecer por la.

Fingi luto por muito tempo, mas por fingir acreditar na historia da trairagem dos meus pais, logo fui eliminando a tristeza, poucos dias depois já estávamos de volta ao Brasil.

Depois de quatro anos de namoro com Emily, eu a pedi em casamento, afinal eu já estava com vinte e oito anos, eu sei que era um passo longo demais em tão pouco tempo, mas eramos um ótimo casal, nos dávamos bem, eu a amava, não como eu ja amei Jason, mas ela me fazia bem e eu fazia bem a ela. Não morávamos juntos pelo fato de ela ter que viajar muito para os Estados Unidos, mas era o próximo passo para depois do casamento.

Certa noite eu mau havia chegado em casa de uma missão e já sou designado para outra, seria em uma festa de gala em uma parte nobre da cidade, o que facilitou muito para mim, pois seria em uma festa de trabalho de Edward, a qual eu havia sido convidado.

Me aprontei, coloquei um terno e uma arma com silenciador por baixo do traje e parti rumo ao meu alvo. Chegando a entrada pego meu celular para verificar o interior do lugar para dar início a execução, de repente a porta do meu carro se abre e um cara entra de uma vez. Automaticamente coloco a mão na arma para lhe enfiar uma bala, quando o vejo chorando desesperado me pedindo para partir. Olhei para fora e avistei Henrique, filho de Edward vindo rapidamente em nossa direção, entendendo o que se passava, apenas dei partida no carro e saí dalí com aquele garoto em prantos ao meu lado.

Eu precisava saber onde estava o levando, então decidi quebrar aquele gelo. Quando descobri que ele havia entrado no carro por engano, nao tive como não achar graça daquilo tudo. Aquele garoto não era uma ameaça, ele estava apenas desesperado depois de algum desentendimento, mas eu precisava rapidamente voltar para a festa para eliminar meu alvo, então o deixei em um ponto de taxi para voltar, pois eu não poderia demorar.

Quando ele saiu do meu carro eu o observei atentamente, ele tinha uma feição familiar, meu coração disparou e uma tristeza tomou conta de mim. Ele me lembrava um Jason mais novo e com menor porte físico. Fiz o contorno com o carro e o vi do outro lado da rua aguardando um taxi, ainda sofrendo sozinho. Não sei por que, mas voltei ao encontro dele e decidi o levar em casa, sem nem mesmo saber onde ele morava, dei total atenção a Charlie, deixando meu alvo totalmente de lado. Foi bom o ouvir desabafando sobre a vida, fazia tempo que eu não escutava os problemas de alguém que nao fosse os de Emily.

Depois de me despedir, fui embora pronto para ouvir no dia seguinte Mark falando sobre minha falha na missão, mas eu não estava nem ligando. Chegando em casa vou pegando minhas coisas no carro para entrar e vejo um celular no banco do carona, ele tinha o esquecido ali, então por falta de opção, destravei o celular dele que não tinha senha e liguei para o numero da mãe dele, que eu soube durante o desabafo que moravam juntos. Ainda com a voz manhosa ele quem me atendeu e marquei um encontro no trabalho dele para lhe entregar o telefone, como eu teria que resolver alguns assuntos, eu já almoçava por lá mesmo.

Depois de desligar o telefone eu me senti leve, aquele garoto que estava ao meu lado no carro, mesmo com seus problemas medíocres me deixou mais tranquilo. Tadinho, se ele parasse para ouvir o que era problema de verdade.

No dia seguinte quando o encontrei, ele estava com um semblante bem melhor e com um sorriso lindo, e ao entregar o celular a ele fui surpreendido com um pedido de almoço, como eu precisava almoçar aceitei de imediato. Ele era uma graça, um homem com jeito de menino muito encantador.

Já era a segunda vez que eu o via e devido ao meu trabalho, seria perigoso ele ser visto comigo, então depois daquele almoço eu troquei meu numero por segurança e não o procurei mais, mas confesso que no decorrer dos dias eu acabei sonhando com ele, ele me lembrava o Jason nas feições, mas a persona dele era totalmente diferente, era único e encantador. Aquele almoço foi tão agradável, fazia muito tempo que não me sentia uma pessoa que não fosse um assassino de sangue frio.

Durante a noite resolvi olhar as câmeras de segurança como de rotina. Em determinado momento vi a cena de Henrique transando com o ex namorado na minha sacada, aquele filho da puta aproveitou a minha ausência para levar o viadinho do ex para fuder no meu apartamento, mas o ponto alto foi continuar passando as filmagens de duas semanas depois e o ver novamente fudendo no mesmo lugar com um cara diferente, aquilo me ferveu de raiva, olhei mais atentamente e reconheci aquele garoto que estava dando para o Henrique, era o Charlie. Se ele não tivesse desabafado para mim no carro, eu iria estar puto com ele, mas na verdade ele tinha sido lesado outras vezes e nem sabia, eu tentei passar a filmagem para frente, mas não consegui parar de olhar Charlie ali, por mais que ele estivesse com Henrique eu conseguia prestar atenção apenas em Charlie, que corpo gostoso, que bunda linda era aquela, nunca fiquei com alguém com uma bunda daquele tamanho, quando eu vi já estava de pau duro. Eu estava noivo e não podia nem pensar em outro homem, mas minha carne para Charlie foi mais fraca que qualquer outra vez, mas a presença de Henrique nas filmagens me broxava totalmente, continuei olhando as imagens de segurança.

Os meses foram passando e meu relacionamento estava muito desestabilizado, então decidi esquentar um pouco. Para não deixar esfriar mais, um certo dia liguei para Emily, ela estava a trabalho na base da ISE e eu a esperava no Brasil no mesmo dia.

-oi amor, que surpresa. -diz ela no telefone.

-queria ouvir sua voz. -Eu era o mais carinhoso possível.

-que fofo, está tudo bem?

-está sim, estou aguardando você chegar para eu preparar um jantar bem gostoso para você, que hora você chega?

-acho que por volta das dez da noite.

-ótimo, fico te aguardando então daquele jeito. -falei com uma voz bem safada.

-hum, ok delicia, vou o mais rápido possível então. Beijos, vou voltar ao trabalho, te amo.

-tambem te amo.

Logo quando vou desligar ouço uma outra voz percebendo entao que Emily não estava sozinha. Emily tem uma certa mania de não encerrar a ligação quando nos falamos, sempre eu era quem desligava o telefone, mas nesse dia algo me dizia que eu não deveria desligar.

-acho que você deve ficar de olho mais aberto com seu comandante Emily. -era uma voz de homem falando com ela.

-eu sei, desde que os pais dele morreram, ele tem agido diferente.

-pois é, então fique de olho aberto sempre. Agora vem aqui que vou continuar o que comecei antes do Marcelo ligar. -ele dizia com uma voz sacana.

-hum, só porque é o lider acha que pode ser autoritário o tempo todo?!. -ela sorria e o beijava.

Que porra era aquela, a Emily nao só sabia quem era o Líder como também estava transando com ele, depois de ouvir alguns gemidos minha única reação foi acertar meu celular na parede mais próxima, que nao sei como, mas nao quebrou...muito. Aquilo para mim era o suficiente, aquela desgraçada acabou com minha vida, com nosso noivado, eu quebrava tudo que via na minha frente. Por isso ela sempre viajava para os Estados Unidos, para fuder com aquele filho da puta.

Aquela cobertura passou a ser meu ponto de reflexão pelo resto do dia, eu apenas queria quebrar a cara daquela vadia e fazer ela me dizer quem era o Líder, mas no fim vi que não era uma boa idéia, tenho certeza de que ela optaria a morrer do que dizer quem era ele, afinal fomos treinados para isso.

Voltei a calma, fui para dentro e arrumei toda aquela bagunça. Eu não iria terminar com Emily ainda, mas também não iria levar o noivado adiante, iria enrola-la até eu descobrir quem era o Líder.

Naquela noite não fiquei em casa, e nem avisei Emily, claro que ela iria me procurar, mas depois eu inventava alguma coisa, então parti para o bar mais próximo que eu pudesse encontrar.

Perdi a conta de quanto bebi, eu havia saído as pressas, sem dinheiro, apenas com cartão. Cada vez que eu lembrava da ligação, era uma dose a mais que eu bebia, na hora de pagar eu nem lembrava mais minha senha e infelizmente meu foco passou da bebida para o gerente do bar, depois disso eu nao me lembro de mais nada.

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Comentários

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Essa Emily é uma piranha! Ainda bem que o Charlie surgiu na vida de Marcelo. :)

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